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Este documento discute o defeito no gene apc e sua relação com a polipose adenomatosa familiar e tumores esporádicos, além de abordar a síndrome de lynch, características de pólipos adenomatosos, classificação de haggitt, clínica, rastreamento e tratamento de doenças inflamatórias intestinais, síndromes relacionadas a pólipos e tumores colorretais, e tratamento de câncer colorretal metastático. O documento também detalha os critérios de amsterdã para diagnóstico de lynch, rastreamento de pacientes com risco habitual e alto, e diferentes opções de rastreamento para pessoas com risco habitual.
Tipologia: Resumos
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Não perca as partes importantes!
É o segundo câncer mais frequente para ambos os sexos - 96% são ADENOCARCINOMAS
acredita-se que o tumor evolua de pólipos adenomatosos gerados por inativação dos genes supressores (APC, DCC, p53) e/ou ativação de oncogenes (k-ras) Defeito no gene APC = relaciona-se à polipose adenomatosa familiar , mas está presente em 80% dos tumores esporádicos (que correspondem à 75% dos casos de neoplasia) Polipose adenomatosa familiar (PAF) = há no mínimo 100 pólipos; casos não tratados com colectomia total evoluem com neoplasia em 100% dos casos Síndrome de Lynch (câncer colorretal hereditário não polipose) = penetrância de 100%, corresponde a 5-10% dos tumores colorretais (sendo 70% no colón direito); decorrem da inativação dos genes MSH2 e MLH1, o tumor pode surgir de um pólipo adenomatoso, o termo ‘’não polipose’’ refere-se a ausência de relação com PAF o diagnóstico de Lynch é feito pela presença de todos os Critérios de Amsterdã ● evidência de câncer colorretal ou qualquer câncer HPCC (endométrio, ID, ureter ou pelve renal) diagnosticado por histologia em > 3 familiares , sendo ○ um deles obrigatoriamente parente de 1o^ grau dos demais ○ pelo menos um caso ocorreu em < 50 anos ○ o câncer ocorre em pelo menos 2 gerações ○ ausência de síndrome de polipose hereditária Lynch I = apenas câncer colorretal Lynch II = desenvolve outras neoplasias além do CA colorretal (sendo 30-60% adenocarcinomas de endométrio)
**ureterossigmoidostomia - risco de 2-15%, tende a surgir ~25 anos após o procedimento **endocardite por Streptococcus bovis FATORES DE PROTEÇÃO ● dieta rica em fibras, ácido fólico, cálcio e vitamina D ● AINES - uso crônico de aspirina reduz a formação de pólipos em 20-30% ● reposição hormonal - em mulheres na menopausa, especialmente após 5 anos de uso contínuo
ACS = recomenda iniciar após os 45 anos USPSTF = recomenda rastreamento dos 45-75 anos, sendo facultativo continuar até os 85 anos há 5 opções de rastreamento para pcts com ‘’risco habitual’’: ➢ sangue oculto nas fezes anual (não identifica pólipos pequenos, porque esses raramente sangram) ○ método guaiaco (teste convencional) ○ método FIT-DNA (imuno-histoquímica) - esse pode ser feito de 3/3 anos ➢ sigmoidoscopia flexível de 5/5 anos ➢ colonoscopia virtual de 5/5 anos ➢ colonoscopia de 10/10 anos rastreamento em pcts alto risco Síndrome de Lynch = colonoscopia 2/2 anos a partir dos 20 anos, e após os 35 anos passa a ser anual (+ específicos para mulheres) DII = colonoscopia anual com biópsia PAF = sigmoidoscopia flexível a partir dos 10-12 anos de acordo com a mutação APC Pólipos adenomatosos = colonoscopia com intervalo variado HF 1o^ grau antes do 60 anos = iniciar aos 40 anos ou 10 anos antes da menor idade de acometimento
macroscopicamente se dividem em 2 tipos: ⇒ lesões polipóides - mais comuns à direita - atualmente é o local mais acometido 38% cólon ascendente; 35% reto/sigmóide; 18% cólon transverso e descendente ⇒ lesões anulares constritivas - mais comum à esquerda - na imagem vistas como ‘’anel de guardanapo’’ ou ‘’maçã mordida’’ obs.: são tumores com velocidade de crescimento muito lenta, levam ~2 anos para dobrar de tamanho Classificação de Haggitt (nível de invasão do tumor no pólipo) 0 - carcinoma in situ (restrito à mucosa) 1 - carcinoma invade a submucosa do pólipo, acomete sua ''cabeça'' 2 - carcinoma invade a submucosa do pólipo, acomete seu colo 3 - carcinoma invade a submucosa do pólipo, acomete seu pedículo 4 - carcinoma invade a submucosa da parede intestinal - observa-se mtx linfonodais sm1: invade 1/3 superior sm2: invade 1/3 médio sm3: invade 1/3 inferior
pcts são assintomáticos nas fases iniciais e a progressão dos sintomas é lenta e dependente da localização
TX = não avaliado Tis = in situ (intraepitelial, invade lâmina própria) T1 = invade submucosa T2 = invade muscular própria T3 = invade subserosa, gordura pericólica/retal T4a = invade peritônio visceral T4b = invade outras estruturas N0 = não invade N1a = invade 1 linfonodo regional N1b = invade 2-3 linfonodos regionais N1c = sem acometimento de linfonodos regionais, mas com depósito tumoral na subserosa, mesentério ou pericólicos/renais N2a = invade 4-6 linfonodos regionais N2b = invade >7 linfonodos regionais M1a = mtx confinada a um órgão M1b = mtx em mais de um órgão M1c = mtx em peritônio (com/sem envolvimento de órgãos)
estágio I (T1 ou T2, N0, M0) estágio II (T3 ou T4, N0, M0) estágio III (N positivo, M0) estágio IV (M1)
Estadiamento de DUKES A (T1) - limitado a submucosa, sem linfonodos acometidos B1 (T2) - limitado a muscular própria, sem linfonodos B2 (T3) - limitado a subserosa, gordura pericólica ou perirretal, sem linfonodos B3 (T4) - invade órgão adjacentes, sem linfonodos C1 (T1-2 e N positivo) - b1 + linfonodos regionais C2 (T3 e N positivo) - b2 + linfonodos regionais C3 (T4 e N positivo) - b3 + linfonodos regionais D (M1)
● 90% dos tumores podem ser adequadamente ressecados, com uma mortalidade de 2-10% ● para ser considerada cirurgia curativa precisa de: ○ ressecção do tumor com margens de segurança de mínimo 5 cm ○ linfadenectomia regional de no mínimo 12-13 linfonodos ○ ressecção de mesocólon e suprimento vascular ○ reconstrução do trânsito imediata ou colostomia/ileostomia com reconstrução posterior obs.: devem ser ressecados, sempre que possível, mesmo em casos já metastáticos obs.: não é mais recomendado o preparo pré-OP com ATB VO ou preparo mecânico O local da lesão determina o tipo de cirurgia Ceco e cólon ascendente → colectomia direita com ressecção de pequeno segmento de íleo distal e metade inicial do cólon transverso ( hemicolectomia direita ) Flexura hepática e metade direita do transverso → colectomia direita ampliada (até 1/3 distal do transverso) Porção média do transverso → transversectomia
Metade esquerda do transverso e flexura esplênica = ressecção da metade esquerda do transverso, quase toda a metade direita (?) e cólon descendente Cólon descendente = metade esquerda do cólon transverso, cólon descendente e sigmóide (hemicolectomia esquerda) Sigmoide = sigmoidectomia obs.: em pcts com Síndrome de Lynch ou CA colorretal é feita proctocolectomia total com anastomose ileoanal ⇒ QT ADJUVANTE ● estágio I (T1-2; Dukes A-B1) = sem indicação de QT ● estágio II (T3-4; Dukes B2-3) = apenas tumores de alto risco ○ Alto risco: tumores perfurados, obstruídos, com células em anel de sinete, mucinosos, pouco diferenciados, aneuplóides, com del(18q) positivo, com invasão linfovascular ou perineural, com ausência de instabilidade microssatélite. ● estágio III (N1-2; Dukes C) = sempre indicado QT - iniciado no máximo 6 meses após cirurgia, reduz em 30% o risco de recidiva Quimioterápicos usados ( tto dura quase 6 meses ) ● estágio III usa 5-fluoracil, leucovorin (ácido folínico) e oxaliplatina - o esquemas de infusão com maior benefício é o FOLFOX ● estágio II usam apenas 5-fluoracil e leucovorin, porque a oxaliplatina não mostrou benefício Efeitos Colaterais
o reto possui uma extensão média até a margem anal de ~16 cm, e divide-se em três porções: reto baixo (até 5 cm da margem), médio (de 6-11 cm da margem) e reto alto (acima de 11 cm da margem) possui maior risco de invasão por contiguidade pois é um órgão intrapélvico, o que também dificulta a ressecção segmentar e obtenção de margens ‘’confortáveis’’ ⇒ QT + RT NEOADJUVANTE objetiva alcançar ressecções mais ‘’econômicas’’ e menor risco de recidiva indicação: estágio T3-T4 e/ou N1-2, invasão de mesorreto, tumores de reto baixo QT associa 5-fluoracil em infusão contínua ou capecitabina VO durante todo o período em RT (~5 semanas) ⇒ CIRURGIA feita 6-8 semanas após o término da neoadjuvância tumores de reto médio e alto = ressecção abdominal baixa com anastomose colorretal ou coloanal (ressecção do retosigmóide, preservação do reto distal) + ressecção total do mesorreto; margens de 5 cm proximal e 2 cm distal tumores de reto baixo