Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

Histórico da Museologia: Desenvolvimento e Referenciais, Notas de estudo de Museologia

Este texto apresenta um resumo histórico da formação da disciplina museologia, com referenciais importantes e debates relevantes que marcaram seu desenvolvimento. A partir de 1979, com a primeira publicação do icofom, até 2004, com a discussão sobre o patrimônio intangível, o texto aborda as ideias e debates que moldaram a museologia como campo de estudo independente.

Tipologia: Notas de estudo

2023

À venda por 30/05/2024

himadu
himadu 🇧🇷

3 documentos

1 / 9

Toggle sidebar

Esta página não é visível na pré-visualização

Não perca as partes importantes!

bg1
Museologia: marcos referenciais
1
Museologia: marcos referenciais
Matéria Teoria Museológica
Categoria Artigo
Período 2º P
Status Lido
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: CURY, Marília Xavier. Museologia: Marcos
Referenciais. Cadernos do CEOM. Chapecó: Argos, n. 21, p. 45-73, 2005.
Resumo
Este texto tem por objetivo apresentar alguns referenciais
históricos da formação da disciplina Museologia e do conjunto de postulados teóricos e
metodológicos que a compõem e que orientam a práxis em museus. Para tanto, o texto
apresenta cinco marcos como referenciais, no contexto internacional e nacional: (1) o
ICOFOM-Comitê Internacional de Museologia do ICOM-Conselho
Internacional de Museus; (2) alguns momentos referenciais do ICOM e do ICOFOM; (3) os
Documentos referenciais do ICOM; (4) a nova museologia; (5) a museologia brasileira e a
pesquisa.
Capítulos
O referencial do ICOFOM
Jan Jelinek - fundador do ICOFOM (1976) e presidente do ICOM na época
Criação oficial em junho de 1976
Objetivos principais
definição de museologia
constituição de um sistema de conhecimento museológico
desenvolvimento de programa de ensino universitário
compreensão das interrelações da museologia com outros campos de
conhecimento
foco final: configuração da museologia como campo de estudo independente
pf3
pf4
pf5
pf8
pf9

Pré-visualização parcial do texto

Baixe Histórico da Museologia: Desenvolvimento e Referenciais e outras Notas de estudo em PDF para Museologia, somente na Docsity!

Museologia: marcos referenciais

Matéria Teoria Museológica

Categoria Artigo

Período 2º P

Status Lido

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: CURY, Marília Xavier. Museologia: Marcos Referenciais. Cadernos do CEOM. Chapecó: Argos, n. 21, p. 45-73, 2005.

Resumo

Este texto tem por objetivo apresentar alguns referenciais históricos da formação da disciplina Museologia e do conjunto de postulados teóricos e metodológicos que a compõem e que orientam a práxis em museus. Para tanto, o texto apresenta cinco marcos como referenciais, no contexto internacional e nacional: (1) o ICOFOM-Comitê Internacional de Museologia do ICOM-Conselho Internacional de Museus; (2) alguns momentos referenciais do ICOM e do ICOFOM; (3) os Documentos referenciais do ICOM; (4) a nova museologia; (5) a museologia brasileira e a pesquisa.

Capítulos

O referencial do ICOFOM

Jan Jelinek - fundador do ICOFOM (1976) e presidente do ICOM na época Criação oficial em junho de 1976 Objetivos principais definição de museologia constituição de um sistema de conhecimento museológico desenvolvimento de programa de ensino universitário compreensão das interrelações da museologia com outros campos de conhecimento foco final: configuração da museologia como campo de estudo independente

Encontros internacionais

tratam de assuntos específicos 1977, Leningrado - instalação do comitê com a 1ª reunião do ICOFOM 1978 Niebrow - 1º encontro anual teve como resultado “a impressão de que parece não existir qualquer conceito real e especialmente base teórica para a museologia como disciplina científica” (KLAUSEWITZ, 1997, p. 15) reuniu diversos nomes importantes da museologia da época além de Jelinek como Lorenz, Piotrovski, Antonova, Awraam M. Razgon, W. Klausewitz, Willy Toft Jensen Primeira publicação do ICOFOM: “Possibilidades e limites na pesquisa científica típica para os museus”, de Jan Jelinek e Vera Slana Working Papers , jornal internacional 1979, Torgiano - 2º Encontro Anual 1980, México - Museologia, uma ciência em formação : tema indicado para debate “a partir da adoção da idéia de museologia como disciplina científica e ciência em formação por Klaus Schreiner (Alemanha). Zbynek Z. Stránský e Anna Gregorová (Republica Tcheca) e Vinos Sofka (Suécia). Discutiu-se, então, sobre o objeto de estudo da museologia. Nesse encontro, foram levantadas duas proposições. Na primeira, de Stránský e Gregorová, o objeto de estudo da museologia é a "relação específica entre o homem e a realidade". Stránský desenvolveu essa abordagem no final da década de 1970 e apresentou-a como sendo o objeto de estudo da museologia, em 1980. Na segunda, por Waldisa Russio [Camargo Guarnieri] (Brasil), o objeto de estudo da museologia é o "fato museal", a "relação profunda entre o homem e o objeto" (DoTraM, 1980, p.20)” 1981, Estocolmo - Museologia e interdisciplinaridade como método de ação para a prática nos museus, pesquisa em museologia e formação e capacitação profissional 1982, Paris - O sistema da museologia e interdisciplinaridade : a discussão não ocorreu por divergências (entre teoria museológica e ecomuseu) na temática, adiando pra 1983 e contemplando ambas propostas houve muita resistência contra a existência do ICOFOM nos primeiros anos, gerando crises. Autora ressalta que o encontro de Paris só ocorreu por conta de Rivière resultando em uma “nova fase” do comitê interrupção na publicação do MuWoP/DotraM

1989, Haia - Museologia e futurologia : exercício de ponderações sobre o futuro da museologia e os museus

1990, Livingstone - Museologia e meio ambiente

1991, Vevey - A linguagem das exposições : as exposições refletem a identidade de uma instituição e promovem a relação do homem com o objeto.

1992,Quebec - Simpósio de pesquisa Museológica

1993 - Museu, espaço e poder: avalia-se o peso político e ideológico dos museus e acervos. Projeto Ideias Museologicas Básicas implantado por André Desvallées no bojo do ICOFOM, um programa de pesquisa permanente sobre terminologia

1994, Pequim - Objeto - documento? : discussão sobre o objeto museológico como documento ou suporte de informações

1995, Stavanger - Museu e comunidade : relação dos museus com a sociedade, ênfase à questão de formação de público como usuário de museus

1996, Rio de Janeiro - Museologia e arte : em que medida a museologia e os museus podem fazer com que a sociedade participe do processo artístico, a expansão da ideia de arte, como arte é entendida e como musealizá-la

1997, Paris - Museologia e memória : o papel e a participação dos museus na construção da memória e os museus como lugares de memória. Ano do 20º aniversário do ICOFOM

1998, Melbourne - Museologia e mundialização: novos dilemas considerando a transculturação imposta pela mundialização

2000, Munique-Brno - Museologia e patrimônio intangível

2001, Barcelona - Museologia, desenvolvimento social e econômico : como a globalização e o capitalismo global vem afetando o cumprimento do papel dos museus junto à sociedade e política museal

2002, Cuenca - Museologia e apresentação - real(original) ou virtual? : sentido do objeto original em museus, considerando a realidade virtual como “resolução”.Veio a tona a problemática do uso de cópias, réplicas e modelos em museus e centros de ciências

2003, Barnaul - Museologia como instrumento para a unidade e a diversidade?

2004, Seul - Museologia e patrimônio intangível

Qual o objeto de estudo da museologia?

Segundo Peter van Mench (1994) A museologia como estudo da finalidade e organização de museus visão tradicional e bem aceita origem no Seminário Internacional de Museus Regionais no RJ, em 1958 compreensão da museologia como objetivos e organização de museus 1972: “estudo da história e trajetória dos museus, seu papel na sociedade, seus métodos de pesquisa, conservação, educação e organização, seu relacionamento com o ambiente físico e a classificação dos diferentes tipos de museus” (MENSCH, 1994. p. 4) considerada ultrapassada no início dos 80 A museologia como estudo da implementação e integração de um certo conjunto de atividades, visando à preservação e ao uso da herança cultural e natural considera que a museologia está reservada aos procedimentos que constituem o processo curatorial vigorou nos anos 80 A museologia como estudo dos objetos de museu relação entre museologia e museu como local para interpretação de objetos A museologia como o estudo da musealidade como uma qualidade distintiva dos objetos de museu defensor principal foi Stransky Ivo Maroevic defendia que “A museologia lida com o estudo sistemático dos processos de emissão de informação, contida na estrutura material da museália” A museologia como estudo de uma relação específica entre homem e realidade Z. Z. Stransky: mentor principal. Formula a definição de objeto da museologia como “[…] uma abordagem específica do homem frente à realidade cuja expressão é o fato de que ele seleciona alguns objetos originais da realidade, insere-o numa nova realidade para que sejam preservados, a despeito do caráter mutável inerente a todo objeto e da sua inevitável decadência, e faz uso deles de uma nova maneira, de acordo com suas próprias necessidades”

Pessoas referenciais no ICOFOM

Omarou Nao (Burkina Faso)

Momentos referenciais do ICOM e ICOFOM

1946 - criação do ICOM- Conselho Internacional de Museus 1958 - Rio de Janeiro realização do Seminário Internacional de Museus Regionais da UNESCO 1965 - Brno I Simposio sobre Teoria Museológica 1965 - Z. Z. Stransky diz que não há um objeto de estudos e sim tendências de conhecimento 1965 - W. Gluzinski a museologia não tem um objeto de estudo da museologia, mas vários que se realizam nas inúmeras esferas do museu 1971 Munique Seminario Internacional Museologia" organizado pelo Comité Nacional do ICOM. Contou com a representação oficial do ICOM de Georges Henri Rivière 1971 criação do "Le Creuset-Montceau les Mines" (experimentação museologica) 1971 IX Conferência do ICOM, Grenoble - reconhecimento de um novo modelo de museu: o "museu de bairro” 1972 - França - realização do Coloquio Museu e Meio Ambiente 1972 - Chile - realização da Mesa Redonda de Santiago do Chile 1976 - criação oficial do ICOFOM/ICOM 1977 - instalação do ICOFOM 1980 - Stránsky e Gregorova - o objeto de estudo da museologia é a "relação especifica entre o homem e a realidade" 1980- Rússio- o objeto de estudo da museologia é o fato museal, "a relação profunda entre o homem e o objeto" 1980-1981-publicação do MuWoP/DoTraM Museological Work Paper/Documents de Travail sur la Muséologie 1982 - criação do MNES-Nova Museologia e Experimentação Social 1982 - Tomislav Sola propós o termo Patrimoniologia , tirando o foco do museu e levando para as relações entre a sociedade e sua herança cultural 1983- início da série ICOFOM Study Series, hoje em seu 35" número 1984 criação do MINOM-Movimento Internacional por uma Nova Museologia 1986 - publicação do Dictionnarium Museologicum -lexico

1990 - criação dos sub-comitês do ICOFOM na África, Ásia, Europa, América do Norte e Caribe e também o ICOFOM LAM

Os documentos referenciais produzidos no âmbito do ICOM

Não são somente marcos históricos, mas também referências de ideais e ideias museológicas 1958 - Seminário Internacional de Museus Regionais da UNESCO sobre a Função Educativa dos Museus, Rio de Janeiro, Brasil. Esse seminário destacou o caráter educacional dos museus e o papel das exposições como vinculo entre o museu e a sociedade 1972 - Mesa Redonda de Santiago do Chile: Introduziu a noção de Museu Integral, isto é, os museus consideram a totalidade dos problemas da sociedade. 1984 - Declarações de Quebec e de Oaxaca: mantém-se a ideia de museu e património como um instrumento a serviço do desenvolvimento do homem e da sociedade, conforme proposto na Declaração de Santiago do Chile, em 1972. 1992 - Declaração de Caracas: os museus são espaços e melos de comunicação e servem à interação entre a sociedade e os processos e produtos culturais. E o museu entendido como agente para a participação do público na construção e reconstrução permanente dos processos culturais, agente este integrado e integrador.

A nova museologia como referência

Metodologia de interação entre o patrimônio cultural e a sociedade público = agente das ações de preservação e comunicação patrimonial processo = é educacional 1972: Declaração de Santiago do Chile e Colóquio Museu e Meio Ambiente Criação do MNES em 1982

Museologia brasileira como referência: nossos expoentes

Nomes brasileiros que foram/são estruturadores teóricos Heloisa Barbuy Heloísa Costa Maria Celia Tavares Moura Santos Maria Cristina Oliveira Bruno Maria de Lourdes Parreiras Horta