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Projeções detalhadas do agronegócio brasileiro para o período de 2022/23 a 2032/33, abrangendo diversos produtos e regiões. O estudo, realizado pelo ministério da agricultura e pecuária e a embrapa, analisa as tendências de produção, consumo e comércio, fornecendo informações valiosas para formuladores de políticas públicas e profissionais do setor.
Tipologia: Provas
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PROJEÇÕES DO AGRONEGÓCIO Brasil 2022/23 a 2032/ Projeções de Longo Prazo
LISTA DE SIGLAS ABAG – Associação Brasileira do Agronegócio ABIOVE - Associação Brasileira da Indústria de Óleos Vegetais CEPEA – Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada CGPOP – Coordenação-Geral de Políticas Públicas (SPA/Mapa) CNA - Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil CONAB - Companhia Nacional de Abastecimento EMBRAPA - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária ESALQ/USP- Escola Superior de Agricultura Luís de Queiroz- Universidade de São Paulo FAO - Food and Agriculture Organization of the United Nations FGV - Fundação Getúlio Vargas FIESP – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo IBA – Indústria Brasileira de Árvores IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IEA - Instituto de Economia Agrícola do Estado de São Paulo IPEA - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada MAPA - Ministério da Agricultura e Pecuária OECD - Organization for Economic Co-Operation and Development ONU - Organização das Nações Unidas SUEST/SMAE - Superintendência de Estratégia/Supervisão de Monitoramento e Avaliação da Estratégia da EMBRAPA SPA - Secretaria de Política Agrícola UFV - Universidade Federal de Viçosa USDA - United States Department of Agriculture
Projeções do Agronegócio - Brasil 2022/23 a 2032/ Principais municípios do Matopiba: Barreiras – BA, Correntina – BA, Formosa do Rio Preto – BA, Jaborandi - BA, Luis Eduardo Magalhães – BA, Riachão das Neves - BA, São Desidério – BA, Balsas – MA, Tasso Fragoso – MA, Baixa Grande do Ribeiro – PI, Bom Jesus - PI, Ribeiro Gonçalves - PI, Santa Filomena - PI, Uruçuí – PI e Campos Lindos - TO
Bioma AM (Amazônia) - Mato Grosso, Pará e Rondônia. Bioma MA (Mata Atlântica) – Bahia e Espírito Santo
O presente trabalho analisa as projeções do agronegócio brasileiro para o próximo decênio. Através dele atualizamos as Projeções do Agronegócio para o período 2022/23 a 2032/33. O trabalho procura indicar direções do desenvolvimento e fornecer subsídios aos formuladores de políticas públicas quanto às tendências dos principais produtos. Os resultados buscam, também, atender a um grande número de usuários dos diversos setores da economia nacional e internacional para os quais as informações ora divulgadas são de enorme importância. As tendências indicadas permitirão identificar trajetórias possíveis, bem como estruturar visões de futuro do agronegócio no contexto mundial para que o país continue crescendo e conquistando novos mercados. Projeções do Agronegócio 2022/23 a 2032/33 apresenta as projeções nacionais, e de regiões selecionadas, mas utiliza-se de estudos realizados por instituições nacionais e internacionais através das quais têm-se informações adicionais sobre tendências e cenários. O trabalho foi realizado por um grupo de técnicos do Ministério da Agricultura e da Embrapa, que cooperou nas diversas fases da preparação deste. Beneficiou-se, também da valiosa contribuição de pessoas/instituições que analisaram os resultados preliminares e informaram seus comentários, pontos de vista e sugestões sobre os resultados das projeções. Várias pessoas têm colaborado com a
Projeções do Agronegócio - Brasil 2022/23 a 2032/ análise e crítica dos resultados obtidos nos modelos. As observações referentes a essas colaborações foram incluídas no relatório, sem nominar os colaboradores, mas sim as instituições a que pertencem.
Ao atualizarmos o documento de Projeções, a Pandemia do COVID-19, diferente do ano passado, deixou de ser um problema tão relevante, embora ainda tenha exigido vigilância e cuidados das autoridades e das pessoas. O PIB do agronegócio brasileiro (Cepea/USP 2023), alcançou recordes sucessivos em 2020, 2021 e 2022. Esse triênio caracterizou- se como um dos melhores da história do agronegócio nacional. Em 2021, a participação do agronegócio no PIB foi de 26,6%, mas em 2022, devido principalmente a problemas climáticos, a participação caiu para 24,8%, e houve, também, uma retração do PIB do agronegócio. O PIB da Agropecuária para o primeiro trimestre de 2023, divulgado pelo IBGE em 1º. de junho de 2023, mostra um crescimento extraordinário da agricultura brasileira neste ano. A comparação do primeiro trimestre de 2023 com o trimestre anterior mostra um crescimento da agropecuária de 21,1%, enquanto o PIB cresceu 1,9%. Há, portanto, uma expectativa de elevado crescimento para este ano. Os preços agrícolas para o ano de 2023, para os produtos investigados, mostram-se, em geral acima dos obtidos em 2021, mas abaixo dos obtidos em 2022, para vários produtos relevantes, como algodão, soja, milho e outros. Um grande desafio atualmente enfrentado pela maioria dos produtos analisados é o custo de produção que se elevou muito, e que em 2022 ainda foi potencializado pelo conflito no leste europeu. Na pecuária, observa-se uma retração de preços de carne bovina e de frango, devido a uma redução dos custos da alimentação animal. Por outro lado, são produtos que têm-se beneficiado do comércio internacional favorável, e da taxa de câmbio vigente neste
Projeções do Agronegócio - Brasil 2022/23 a 2032/ Essas curvas de preços mostram tendência de elevação de preços internacionais para todos os produtos considerados. Há uma ligeira tendência de queda nos primeiros meses de 2023. Note-se que a soja tem uma posição de destaque em relação aos demais. A Figura abaixo procura dar uma visão sobre o comportamento dos preços agrícolas internacionais, e os custos de produção, indicados pelos preços de Fertilizantes e preços de Energia. Essas curvas mostram tendências.
Projeções do Agronegócio - Brasil 2022/23 a 2032/ Percebe-se que a linha de preços dos produtos agrícolas no período 2020 a 2023 cresce menos do que as demais. Os custos do Fertilizantes têm acentuada elevação, motivada principalmente pela guerra entre Rússia e Ucrânia. Mas a partir de 2022 a tendência vem sendo de retração dos preços de fertilizantes.
O período das projeções abrange 2022/23 a 2032/33. Em geral, o período que constitui a base das projeções abrange 28 anos, iniciado em
Projeções do Agronegócio - Brasil 2022/23 a 2032/
Produção (mil t) Área (mil ha) 2022/23 313.866 77. 2023/24 308.770 79. 2024/25 325.299 81. 2025/26 330.237 82. 2026/27 340.527 84. 2027/28 347.929 85. 2028/29 356.654 86. 2029/30 364.659 88. 2030/31 372.992 89. 2031/32 381.145 91. 2032/33 389.379 92. Fonte: Elaboração da CGPOP/DAEP/SPA/MAPA e SUEST/SMAE/Embrapa com dados da CONAB.
Produção (mil t) 24,1% Área (mil ha) 19,1%
Projeções do Agronegócio - Brasil 2022/23 a 2032/
Fonte: CGPOP/DAEP/SPA/MAPA e SUEST/SMAE/Embrapa As projeções para 2032/2033 são de uma produção de grãos de 389,3 milhões de toneladas, e corresponde a um acréscimo de 24,1% sobre a atual safra que está estimada em 313,8 milhões de toneladas (CONAB,2023), esta é a maior safra já obtida no País. Esse acréscimo corresponde a uma taxa de crescimento de 2,4% ao ano. A área de grãos deve aumentar 19,1% entre 2022/23 e 2032/33, passando de 77,5 milhões de hectares em 2022/23 para 92,3 milhões em 2032/33, o que corresponde a um acréscimo anual de1,7%. Esses resultados indicam uma tendência de crescimento com ganhos de produtividade. A tabela 3 e a figura 2, oferecem uma primeira indicação para os próximos anos a respeito do comportamento da área dos cinco principais grãos no Brasil. As projeções apontam para redução das áreas de arroz e feijão, e aumento da área plantada de soja e milho. A área de soja aumenta 123,2%, e a de milho 62,5%.
Projeções do Agronegócio - Brasil 2022/23 a 2032/ O Censo Agropecuário 2017 registrou que a área dos estabelecimentos no Brasil é de 351,3 milhões de hectares, que correspondem a 41,3% do território nacional. A área ocupada com lavouras, 63,5 milhões de hectares, representa 7,5% do território, as lavouras somadas às pastagens, 26,2%, e as matas e florestas dentro dos estabelecimentos representam 15,1% do território. Utilização das terras no Brasil (Hectares) Km² Total 351.289. Lavouras - permanentes 7.755. Lavouras - temporárias 55.642. Lavouras - área para cultivo de flores 119. Pastagens - naturais 47.323. Pastagens - plantadas em boas condições 100.311. Pastagens - pastagens plantadas em más condições 11.862. Matas ou florestas - matas ou florestas naturais destinadas à preservação permanente ou reserva legal 74.961. Matas ou florestas - matas e/ou florestas naturais 17.749. Matas ou florestas - florestas plantadas 8.658. Sistemas agroflorestais - área cultivada com espécies florestais também usada para lavouras e pastoreio por animais 13.863. Lâmina d'água, tanques, lagos, açudes, área de águas públicas para aquicultura, de construções, benfeitorias ou caminhos, de terras degradadas e de terras inaproveitáveis 13.040. Fonte: IBGE Censo Agropecuário 2017 ha % Área de lavouras 63.517.805 7, Área de Lavouras + Pastagens 223.015.352 26, Matas e outras 128.274.664 15,
Projeções do Agronegócio - Brasil 2022/23 a 2032/ Território 8.514.876 Km² 851.487.760 ha 7,5% do território é ocupado pelas lavouras. 26,2% do território é ocupado com lavouras e pastagens. 15,1% do território é ocupado com matas dentro dos estabelecimentos. Fonte: IBGE - Censo Agropecuário 2017 Como observa Pastore (2021) por um bom tempo o aumento da produção agrícola se beneficiou da expansão da fronteira agrícola combinada com o aumento da população empregada no setor. Porém, diante da tendência ao progressivo esgotamento da fronteira e da queda da proporção da população empregada na área, que passou a ser atraída pelos salários mais altos nas atividades urbanas, foi necessário buscar formas de elevar a produção através do aumento da produtividade (Pastore, 2021). A produtividade continuará sendo a principal força impulsionando o crescimento da agropecuária nos próximos dez anos. Em grãos, isto poderá ser observado ao confrontar os dados de projeções de produção e área plantada – produção 24,1% e área, 19,1%. Foram feitas projeções dos índices de Produtividade Total dos Fatores (PTF), e verificou-se que a taxa média de crescimento para o próximo decênio deve ficar abaixo à que o Brasil tem crescido, 1,48%, enquanto a média de 1976-2021 foi de 3,32% ao ano. A Figura 3 ilustra esses resultados. A figura onde se representa os fatores de produção, mostra direções opostas do crescimento de capital e mão de obra. Se por um lado a agricultura se torna cada vez mais intensiva em capital, por outro há um processo claro de substituição de trabalho nas operações. Essa tendência foi mostrada pelos resultados do Censo Agro 2017 (Ver Vieira Filho, J.E.R. e Gasques, J.G. 2020). Portanto, três tendências são observadas ao analisar os dados da produtividade: redução de mão de obra ocupada; redução ou baixo crescimento da área plantada devido aos ganhos de produtividade da terra; aumento do uso de capital. Essa tendência também pode ser observada nas informações do ERS-USDA (2020).
Projeções do Agronegócio - Brasil 2022/23 a 2032/
Fonte: Gasques, Souza, Gomes e Bastos, 2023
A redução da produção da área de arroz e feijão, tem levado a preocupação devido à importância desses alimentos para a população brasileira. Nos últimos anos o consumo de arroz reduziu-se em duas toneladas. Passou de 12,2 milhões de toneladas em 2016/17 para 10, milhões em 2022/23. O Rio Grande do Sul produziu 69,7% da safra 2022/23. Ocorre nas áreas produtoras de arroz desse estado um processo de substituição de arroz por soja. Isso faz que haja uma ocupação dos tabuleiros irrigados pela introdução da soja. Para o feijão, o consumo tem sido por volta de 2,85 milhões de toneladas, mas também é uma quantidade menor do que em anos anteriores. Paraná e Minas Gerais são os principais produtores de feijão. Representam 43,0% da produção nacional. Bahia, Goiás e Mato Grosso são adicionalmente os principais produtores.
Projeções do Agronegócio - Brasil 2022/23 a 2032/ Ano safra ARROZ 2022/2023 % Em mil toneladas Produção Nacional 9.947,7 100 RS Rio Grande do Sul^ 6.934,4 (^) 69, SC Santa Catarina^ 1.178,2 (^) 11, TO Tocantins^ 532,2 (^) 5, MT Mato Grosso^ 270,5 (^) 2, MA Maranhão^ 188,8 (^) 1, Total (^) 9.104,1 91, Fonte: Conab - Levantamento maio/ Principais estados produtores