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Guias e Dicas
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Coef. Variação e Valores de P dos Pesos, Comprimentos, Alturas e Larguras das Glândulas Ve, Manuais, Projetos, Pesquisas de Biometria

Os resultados de um estudo macroscópico e microscópico sobre as glândulas vesiculares e bulbouretrais de ovinos castrados e não castrados da raça santa inês. O documento inclui descrições topográficas, fotomicrografias e tabelas de medições de pesos, comprimentos, alturas e larguras das glândulas. O objetivo do estudo foi investigar as diferenças morfológicas e biométricas entre animais castrados e não castrados.

O que você vai aprender

  • Quais são as principais estruturas anatômicas das glândulas vesiculares e bulbouretrais de ovinos?
  • Quais são as diferenças morfológicas entre as glândulas vesiculares e bulbouretrais de ovinos castrados e não castrados?
  • Quais são as funções das glândulas vesiculares e bulbouretrais em ovinos?

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Salome_di_Bahia
Salome_di_Bahia 🇧🇷

4.5

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Camila de Castro Neves
Médica Veterinária
JABOTICABAL - SP - BRASIL
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UUNNIIVVEERRSSIIDDAADDEE EESSTTAADDUUAALL PPAAUULLIISSTTAA ““JJUULLIIOO MMEESSQQUUIITTAA FFIILLHHOO””

FAFACCUULLDDAADDEE DDEE CCIIÊÊNNCCIIAASS AAGGRRÁÁRRIIAASS EE VVEETTEERRIINNÁÁRRIIAASS

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MMOORRFFOOLLOOGGIIAA EE BBIIOOMMEETTRRIIAA DDAASS GGLLÂÂNNDDUULLAASS

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NNÃÃOO CCAASSTTRRAADDOOSS DDAA RRAAÇÇAA SSAANNTTAA IINNÊÊSS..

Camila de Castro Neves

Médica Veterinária

JABOTICABAL - SP - BRASIL

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NNÃÃOO CCAASSTTRRAADDOOSS DDAA RRAAÇÇAA SSAANNTTAA IINNÊÊSS..

Camila de Castro Neves

Orientadora: Profa. Dra. Silvana Martinez Baraldi Artoni

Te Tessee aapprreesseennttaaddaa àà FFaaccuullddaaddee ddee CCiiêênncciiaass AAggrráárriiaass ee VeVetteerriinnáárriiaass – – (^) UUnneesspp,, CâCâmmppuuss dede (^) JJaabboottiiccaabbaall,, cocommoo ppaarrttee ddaass eexxiiggêênncciiaass ppaarraa oobbtteennççããoo ddoo TTííttuulloo dede DoDouuttoorr eemm CCiirruurrggiiaa VeVetteerriinnáárriiaa - - ÁrÁreeaa dede CoConncceennttrraaççããoo eemm CCiirruurrggiiaa VVeetteerriinnáárriiaa..

JABOTICABAL - SP - BRASIL

Aprendi na vida a transformar o medo em desejo e desejo em confiança. Aprendi que quando se quer conseguir algo, tem que dominar a razão e não a força. Aprendi que acima de tudo, o importante é querer.

(Amir Klink)

Dedico e ofereço

À Deus, por me conceder a oportunidade de viver e evoluir através das experiências.

À minha mãe Celina por me auxiliar em todas as etapas de minha vida.

A minha Tia Elza e Tio Pedro (in memoriam) pelo apoio, confiança, carinho e amor incondicional que sempre depositaram em minhas decisões.

Aos meus irmãos pela amizade dedicada.

A Profa. Silvana, pelo apoio, ajuda e paciência.

A todos os amigos, colegas, professores e funcionários, pela amizade e contribuição indispensável ao meu aprendizado.

SUMÁRIO

Página LISTA DE TABELAS ................................................................................. vii

LISTA DE FIGURAS.................................................................................. vii

RESUMO................................................................................................... ix

ABSTRACT................................................................................................ x

I. INTRODUÇÃO........................................................................................ 1

II. REVISÃO DE LITERATURA................................................................. 2

III. OBJETIVOS.......................................................................................... 10

IV. MATERIAL E MÉTODOS..................................................................... 11

  1. PROCEDÊNCIA DOS ANIMAIS................................................................ 11
  2. COLETA DAS GLÂNDULAS VESICULARES E BULBOURETRAIS PARA O PROCESSAMENTO MACROSCÓPICO E MICROSCÓPICO............................. (^11)

2.1 TOPOGRAFIA DAS GLÂNDULAS VESICULARES E BULBOURETRAIS... 11

2.2 BIOMETRIA DAS GLÂNDULAS VESICULARES E BULBOURETRAIS....... 12

2.3 HISTOLOLOGIA DAS GLÂNDULAS VESICULARES E BULBOURETRAIS 12

  1. ANÁLISE ESTATÍSTICA........................................................................ 12

V. RESULTADOS...................................................................................... 14

Página

  • BULBOURETRAIS............................................................................................... 1. MORFOLOGIA E TOPOGRAFIA DAS GLÂNDULAS VESICULARES E
    1. BIOMETRIA DAS GLÂNDULAS VESICULARES E BULBOURETRAIS.........
    1. HISTOLOLOGIA DAS GLÂNDULAS VESICULARES E BULBOURETRAIS..
  • 3.1 GLÂNDULA VESICULAR..............................................................................
  • 3.2 GLÂNDULA BULBOURETRAL......................................................................
  • VI. DISCUSSÃO
  • VII. CONCLUSÃO......................................................................................
  • VIII. REFERÊNCIAS

larguras craniais das glândulas vesiculares e bulbouretrais em ovinos castrados e não castrados da raça Santa Inês, Unesp, Jaboticabal 2010.......................................................................... 20

Figura 7. Representação^ gráfica^ das^ médias^ e^ desvios^ padrão^ das larguras caudais das glândulas vesiculares e bulbouretrais em ovinos castrados e não castrados da raça Santa Inês, Unesp, Jaboticabal 2010............................................................................ 20

Figura 8. (A) Fotomicrografia da glândula vesicular de ovino castrado e (B) de ovino não castrado da raça Santa Inês, evidenciando: camada mucosa com as porções secretoras (MU), lâmina própria de tecido conjuntivo frouxo ( ), camada muscular lisa (ML), camada adventícia (AD), os vasos sangüíneos ( ), H.E. 10x................................................................................................. 21

Figura 9. (A) Fotomicrografia da glândula vesicular de ovino castrado e (B) de ovino não castrado da raça Santa Inêsevidenciando as porções secretoras com epitélio prismástico simples ( ),o ducto revestido pelo epitélio biestratificado ( ), septo fibromuscular ( ), tecido conjuntivo frouxo ( ) H.E. 10x................................................................................................. 22

Figura 10. (A) Fotomicrografia da glândula bulbouretral de ovino não castrado e (B) de ovino castrado da raça Santa Inês evidenciando as porções secretoras (acinos) ( ); lâmina própria ( ); musculatura estriada esquelética em corte longitudinal ( ); musculatura estriada esquelética em corte transversal ( ); septos fibromusculares ( ) H.E.10x.......................................................................................... 23

Figura 11. Fotomicrografia da glândula bulbouretral de ovino não castrado da raça Santa Inês, evidenciando o tecido linfático difuso ( ). H.E. 20x......................................................................................... 23

Figura 12 (A) Fotomicrografia da glândula bulbouretral de ovino não castrado e (B) de ovino castrado da raça Santa Inês evidenciando, as porções secretoras ( ),ducto revestido pelo epitélio pseudoestratificado com secreção em seu interior (1A) e sem secreção (1B). H.E.10x.......................................................... 24

MORFOLOGIA E BIOMETRIA DAS GLÂNDULAS VESICULARES E

BULBOURETRAIS DE OVINOS CASTRADOS E NÃO CASTRADOS DA RAÇA

SANTA INÊS

RESUMO : Neste trabalho foram utilizados 14 ovinos machos adultos, seis castrados e oito não castrados da raça Santa Inês com o peso médio de 32 kg. Foi realizado estudo macroscópico (topográfico e biométrico) e microscópico (histológico) das glândulas vesiculares e bulbouretrais com o objetivo de averiguar o comportamento dessas glândulas nos animais castrados e não castrados. Para o estudo macroscópico realizou-se a descrição destas duas glândulas, e avaliou-se a biometria após a dissecação e mensuração do peso, comprimento, altura e a largura das respectivas glândulas. Para a histologia foram obtidos fragmentos das respectivas glândulas os quais foram recortados, obteu-se cortes histológicos de cinco micrômetros sendo diafanizados em benzol e processados para inclusão do material em paraplast e corados com Hematoxilina-eosina e fotodocumentados em fotomicroscópio Olympus BX 50. Morfologicamente pode-se documentar que toda a sua topografia apresentou semelhança à espécie bovina, e na biometria evidenciou- se medidas macroscópicas menores (p<0,05) das glândulas de ovinos castrados em relação aos não castrados, exceto para o peso vivo dos animais e peso relativo das glândulas vesiculares (p>0,05). Histologicamente verificou-se que a glândula vesicular é um tubo enrolado sobre si mesmo seccionado em diferentes posições. Separando-o há uma delgada camada de tecido conjuntivo frouxo. A mucosa é pregueada e o epitélio é prismático simples com células altas ricas. A lâmina própria possui fibras elásticas e está envolta por uma camada muscular lisa, constituída por duas lâminas: uma interna, de fibras circulares e outra externa, de fibras longitudinais. A camada adventícia é constituída por tecido conjuntivo frouxo. Os ductos excretores principais estão revestidos por epitélio prismático biestratificado. As glândulas bulbouretrais são tubuloalveolares compostas por células prismáticas, citoplasma acidófilo e núcleo basal arredondado. Os ductos são revestidos por epitélio pseudoestratificado e a cápsula por tecido conjuntivo denso com músculo estriado esquelético. O tecido subcapsular apresenta componentes septais, constituído por tecido conjuntivo frouxo da lâmina própria e ocasionalmente tecido linfático difuso. Palavras-Chave: biometria, glândulas sexuais acessórias, histologia, ruminante.

I. INTRODUÇÃO

Os ovinos domésticos ( Ovis aries ) da família Bovidae foram um dos primeiros animais a serem domesticados pelos homens. Há séculos, os ovinos são explorados pela qualidade de carne e lã (HAFEZ, 2003). Segundo FONSECA (2005), a ovinocultura apresenta um ciclo de crescimento mundial, que se intensificou nas ultimas décadas, sobretudo em países em desenvolvimento, atualmente, detentores dos maiores rebanhos. Acompanhando esta tendência mundial projeta-se uma multiplicação da ordem de cinco vezes o rebanho brasileiro atual para os próximos vinte anos, podendo atingir mais de 100 milhões de cabeças de ovinos. Dentro desta perspectiva, poderá haver ampla necessidade de se assistir a reprodução destes animais, seja para permitir o aumento da eficiência reprodutiva e/ou produtiva dos rebanhos. A atividade reprodutiva dos animais encontra-se estritamente ligada ao sêmen que, além dos testículos e ductos genitais é produzido pelas glândulas sexuais acessórias dos ovinos e, em especial, a glândula bulbouretral que é bem desenvolvida e a próstata que se encontra disseminada e recoberta pelo músculo uretral. Poucas e inespecíficas são as informações dos autores sobre a morfologia dos órgãos componentes do trato genitourinário masculino dos ovinos castrados e não castrados. No que tange às glândulas anexas a uretra masculina, os autores são omissos, quando não parcimoniosos. Diante desses fatos, no presente estudo, pretendeu-se verificar alguns aspectos macroscópicos e microscópicos das glândulas vesiculares e bulbouretrais dos ovinos castrados e não castrados.

II. REVISÃO DE LITERATURA

As glândulas acessórias do aparelho reprodutor masculino dos ovinos são compostas pelas ampolas, glândulas vesiculares, glândulas bulbouretrais ou de Cowper e a próstata sendo que suas secreções contribuem com a maior parte do volume do ejaculado (ASHDOWN & HAFEZ, 1995; CAMPOS, 2003). A contribuição de cada glândula varia entre as espécies, devido à diferença de tamanho dessas glândulas e até mesmo a ausência de algumas delas em algumas espécies (GONZÁLEZ, 2002). As ampolas são dilatações da extremidade uretral e canal deferente, que armazenam pequenas quantidades de espermatozóides antes da ejaculação (BARIL et al., 1993). Durante a ejaculação, os espermatozóides previamente estocados na porção caudal do epidídimo são misturados com secreções produzidas nas glândulas sexuais acessórias (GA) (WAY et al., 2000). As glândulas sexuais acessórias fornecem nutrientes e vários fatores que alteram a superfície da membrana de células espermáticas (POLAKOSKI & KOPTA, 1982). A remoção das glândulas acessórias em ratos causou a redução no desenvolvimento e no número de embriões produzidos (YANAGIAMACHI, 1994), sugerindo que componentes secretados por essas glândulas, como as proteínas, podem ter uma influência paterna em eventos pós-fertilização. De outras perspectivas, o fluido coletado das GA de touros mostrou uma melhoria na capacidade de penetração de espermatozóides oriundos da cauda do epidídimo nos oócitos (HENAULT et al., 1995). Em regiões de clima temperado, o fotoperíodo exerce influência sobre o eixo hipotálamo-hipófise-gonadal (MARKUS et al, 2002), alterando a síntese e liberação de testosterona que, por sua vez, regula a atividade das glândulas sexuais anexas, inclusive as bulbouretrais cuja secreção é rica em fosfolipase A (NUNES, 1982; LA FALCI et al., 2002; SOUZA, 2010). Em bodes, as glândulas bulbouretrais secretam grandes quantidades de proteínas com atividade de lípase e fosfolipase. Originalmente, identificada como enzima coaguladora da gema de ovo, a EYCE (“egg yolk-coagulating enzyme”) foi descrita por ROY em 1957. Esta enzima catalisa a hidrólise das lecitinas presentes na gema de ovo (um dos constituintes utilizados em diluentes de sêmen) em ácidos graxos e lisolecitinas. Este último componente, em grandes quantidades, é tóxico

alcalina ajuda a neutralizar o ambiente ácido da uretra masculina e trato genital feminino, que, de outra maneira, tornaria inativos e mataria os espermatozóides (STABENFELDT & EDQVIST, 1996). O plasma seminal é compreendido das secreções originadas das glândulas sexuais acessórias, epidídimo e testículo por isso é difícil definir a contribuição de cada um destes órgãos para a performance reprodutiva (EVANS e MAXWELL, 1990, MAXWELL e JOHNSON, 2000, MARTINS, 2006, MOURA et al., 2006, SILVA, 2009). De acordo com NICKEL et al. (1973), GETTY (1986), GEORGE et al. (1998); GERAGHTY et al. (1998), GARTNER e HIATT (2003), DYCE (2010) as glândulas bulbouretrais também denominadas glândulas de Cowper são encontradas em todas as espécies exceto no cão e apresentam-se como vestigiais no gato. Essas glândulas são pares, pequenas, achatadas em sentido dorsoventral e situam-se quase ao nível do arco isquiático, na face dorsal da uretra junto à saída da pelve. São revestidas em grande parte pelo espesso e potente músculo bulboesponjoso e drenam no divertículo dorsal. Sua secreção aquosa é eliminada antes do ejaculado principal e flui pela uretra peniana, dando passagem à fração rica em espermatozóides. GETTY (1986) descreveu essas glândulas bulbouretrais como sendo tão pequenas nos touros que às vezes passam despercebidas, pois estão cobertas por uma espessa camada de tecido fibroso denso, e também parcialmente pelo músculo bulboesponjoso. Cada glândula tem um único ducto que se abre na uretra sob a cobertura de uma prega de túnica mucosa. Nos ruminantes e nos suínos, os ductos dessas glândulas abrem-se ao interior do recesso uretral, situado dorsalmente. Esta forma uma bolsa cega de profundidade na parede da uretra. Nos pequenos ruminantes as glândulas vesiculares e as bulbouretrais são bem desenvolvidas em relação à próstata, cuja parte externa está ausente e a interna encontra-se disseminada na uretra pélvica (DELLMAN & BROWN, 1982). As glândulas vesiculares e as bulbouretrais são de grande importância para a fisiologia do macho, sendo que as primeiras são androgóneo-dependentes enquanto que as últimas são prolactina-dependentes (NUNES, 1982). GRIFFITH & FARRIS (1949), dissecando os músculos bulbo e ísquio- cavernoso na região da base do pênis do rato, descreveram um par de pequenas e globosas glândulas bulbouretrais, as quais abrem seus ductos na superfície dorsal da uretra flexuosa.

JUNQUEIRA & MARTINS (1947) e GUDE et al. (1982), consideraram que no rato as glândulas vesiculares são formações irregulares, cujas cavidades são revestidas por um epitélio cubóide ou cilíndrico, que, juntamente com uma delgada lâmina conjuntiva, repousam sobre uma camada de músculo liso, envolto por uma adventícia de tecido conjuntivo frouxo. Cada glândula apresenta um único ducto, que desemboca na uretra. As glândulas bulbouretrais são túbulo-acinosas, com epitélio secretor constituído por células piramidais e os seus ácinos glandulares contêm granulações grosseiras. Os ductos excretores dessas glândulas estão revestidos por epitélio cilíndrico ou cúbico simples e terminam em um ducto único. JUNQUEIRA & CARNEIRO (2008) e BACHA JR & BACHA (2003) relataram histologicamente que as glândulas bulbouretrais no homem são formações pares tubuloalveolares com células do tipo mucoso e apresentam músculo estriado esquelético e liso nos septos que separam os seus lóbulos. Histologicamente HIB (2003) descreveu a vesícula seminal, em humanos, como sendo uma glândula tubular simples, longa, que desemboca entre o limite da ampola do ducto deferente e do ducto ejaculador. Estruturalmente semelhante à ampola do ducto deferente, seu percurso é sinuoso e de suas paredes originam-se divertículos. Sua mucosa possui um epitélio pseudo-estratificado com células cilíndricas altas não ciliadas e células basais ovais. As células secretoras são altas e por isso possuem um desenvolvido retículo endoplasmático rugoso e complexo de Golgi. Podem ter inclusões de lipofucsina, de cor parda. A lâmina própria é similar a do ducto deferente com a diferença que há formação de pregas mais altas e delgadas, que se ramificam. As pregas unem-se entre si e correm em direção distintas com isso os cortes tangenciais da mucosa mostram um labirinto de cavidades anfractuosas e às vezes isoladas das demais. A lâmina própria é circundada por duas camadas de células musculares lisas, uma circular interna e outra longitudinal externa, sendo que as camadas musculares estão envoltas por tecido conjuntivo frouxo, rico em fibras elásticas. No homem a superfície secretora da glândula vesicular é enorme devido ao seu tamanho e apresenta pregueamentos da mucosa, o que se nota devido ao fornecimento de mais de 70 % do volume do sêmen. Durante a ejaculação a musculatura da vesícula seminal contrai e expulsa para o ducto ejaculatório uma parte da secreção depositada na luz da glândula (HIB, 2003).

região dorsal, na raiz da cauda. Histologicamente é do tipo túbulo-alveolar, com delicadas trabéculas de tecido conjuntivo frouxo entre os túbulos. Também apresenta citoplasma pouco corado e vacuolisado, sugerindo secreção do tipo mucosa (mucoproteínas). MATAMOROS (1981) mencionou que na paca, ( Cuniculus paca ) as glândulas vesiculares são pares, localizadas ventralmente à vesícula urinária, com bordas lobuladas, o que lhe confere um aspecto ramificado. Na superfície interna, apresenta uma mucosa muito enrugada revestida por epitélio pseudo-estratificado e cilíndrico simples, constituindo uma estrutura em forma de labirinto sob o tecido conectivo. Na base destas glândulas, encontram-se as glândulas coaguladoras, formadas por um tubo enovelado. As glândulas bulbouretrais localizam-se, lateralmente, na porção média da uretra, possuindo forma oval. HIKIM (1982) descreveu que as glândulas bulbouretrais no rato são órgãos lobulares do tipo alveolares complexas e apresentam uma grande variação na forma e no tamanho. OLDS & OLDS (1979) comentaram que, no rato, as glândulas bulbouretrais são pequenas, lobuladas, formadas por massas ovais, conectadas à uretra por ductos únicos. Cada glândula é recoberta por fibras musculares, compreendendo o músculo bulboglandular. A abertura dos ductos dessa glândula é uma depressão média na porção dorsal da uretra, nas junções pélvica e esponjosa. HEBEL & STROMBERG (1986), ao estudarem os órgãos reprodutores masculinos do rato, descreveram as diversas porções do trato genitourinário. Determinaram que as glândulas bulbouretrais, localizam-se lateralmente ao reto; nos tecidos conectivos, entre os músculos bulboesponjosos e ísquiocavernosos. Um fino ducto excretório segue cranioventral e medialmente, penetrando na parede do bulbouretral, na transição da uretra pélvica para a bulbar. Além disso, verificaram que a glândula e o ducto são recobertos por musculatura estriada esquelética. GRASSÉ (1955) e POPESKO, RAJTOVÁ e HORÁK (1992) demonstraram as glândulas anexas à uretra masculina no rato, camundongo, hamster e coelho, indicando, esquematicamente, a forma e localização destes órgãos. Esses autores relataram que as glândulas bulbouretrais são, externamente, homogêneas e, parcialmente, cobertas por um estrato muscular do músculo bulboesponjoso. GOTTEICH et al. (1996) comentaram que, no rato toupeira ( Spalax ehrenbergi ), não há glândula vesicular e glândula coaguladora. Todavia possui

glândula prostática e glândula de Cowper. A glândula bulbouretral é localizada lateralmente a coluna vertebral, seguida da glândula prostática. Sua estrutura histológica se assemelha às glândulas mucosas e seus ductos penetram na secção posterior da parte cavernosa da uretra. PINHEIRO (2000) descreveu a estrutura dos ductos excretores das glândulas sexuais acessórias e da uretra, bem como suas relações sob os aspectos macroscópico e ultra-estrutural do gerbilo da Mongólia ( Meriones unguiculatus ). Foram utilizados 124 animais machos, com três meses de idade e peso médio de 90g. A estrutura anatômica e histológica do sistema reprodutor masculino do gerbilo é semelhante a do rato albino, do camundongo e do hamster dourado, principais roedores utilizados em laboratórios. Os ductos excretores da próstata, das glândulas de coagulação e das bulbouretrais drenam seu conteúdo, independentemente, na uretra. A anatomia e a histologia das glândulas sexuais acessórias e da uretra do gerbilo são semelhantes as dos animais domésticos e a do rato albino, enquanto a ultraestrutura se apresenta similar a do homem, revelando células pertencentes ao sistema neuroendócrino difuso. JUCA et al. (2009) avaliou 49 carneiros da raça Santa Inês por meio de exames andrológicos e de imagens ultrassonográficas dos testículos e das glândulas sexuais anexas. Após o esvaziamento do reto do animal, procedeu-se às mensurações dorsoventral (altura) e avaliações da ecotextura das glândulas vesiculares e bulbouretrais. No exame ultrassonográfico as glândulas vesiculares apresentaram-se como estruturas de contorno irregular, envoltas por uma membrana de maior ecogenicidade, com um estroma de ecotextura variável. Segundo CHANDOLIA et al. (1997) a intensidade da ecogenicidade dessas glândulas declina durante a fase de desenvolvimento dos animais, indicando a acumulação de fluidos nessas estruturas. As bulbouretrais foram visibilizadas como estruturas ovóides, de ecogenicidade variável, delimitadas por uma membrana hiperecóica.