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Organização e Morfologia do Caule em Monocotiledôneas e Eudicotiledôneas, Notas de aula de Anatomia

Este documento discute a organização e morfologia do caule em monocotiledôneas e eudicotiledôneas, incluindo suas funções, tipos básicos e morfologia externa. O caule é o órgão que sustenta as folhas e estruturas de reprodução, e pode ser aéreo, fotossintetizante ou não. As plantas apresentam diferentes tipos de crescimento, como monopodial e simpodial, e diferentes estruturas, como rizomas, bulbos e pseudobulbos.

O que você vai aprender

  • Qual é a função do caule em uma planta?
  • Quais são os tipos básicos de caules encontrados em Monocotiledôneas e Eudicotiledôneas?
  • Como a organização do caule difere entre Monocotiledôneas e Eudicotiledôneas?

Tipologia: Notas de aula

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Wanderlei
Wanderlei 🇧🇷

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Aula
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META
Discutir a organização e a morfologia do caule de Monocotiledôneas
e Eudicotiledôneas
OBJETIVOS
Ao final desta aula, o aluno deverá:
Distinguir a função, tipo de crescimento e tipos básicos de caules
encontrados com maior freqüência em Monocotiledôneas e em
Eudicotiledôneas.
PRÉ-REQUISITOS
Tecidos Vegetais
CAULE
Tecidos vegetais.
(Fonte: http://loja.bioaulas.com.br).
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Aula

META

Discutir a organização e a morfologia do caule de Monocotiledôneas e Eudicotiledôneas

OBJETIVOS

Ao final desta aula, o aluno deverá: Distinguir a função, tipo de crescimento e tipos básicos de caules encontrados com maior freqüência em Monocotiledôneas e em Eudicotiledôneas.

PRÉ-REQUISITOS

Tecidos Vegetais

CAULE

Tecidos vegetais. (Fonte: http://loja.bioaulas.com.br).

Morfologia e Anatomia Vegetal

INTRODUÇÃO

O caule é o órgão da planta que sustenta as folhas e estruturas de reprodução e estabelece o contato desses órgãos com as raízes. As plan- tas superiores apresentam a mesma organização básica caulinar: nós, que representam a região de inserção das folhas, e os entrenós que compreen- dem as regiões entre dois nós consecutivos. Acima do ponto de inserção de cada folha desenvolvem-se as gemas, que se localizam nas axilas foliares e são denominadas de gemas axilares ou laterais. Na porção terminal do caule encontra-se a gema apical, formada por uma região meristemática, primórdios foliares e gemas axilares em desenvolvimento. A dominância da gema apical em relação à gema lateral o caule vai ter um crescimento monopodial, ou seja, cresce sem que haja ramificações. A dominância das gemas laterais em relação à apical vai proporcionar ao vegetal um crescimento denominado simpodial, onde é muito comum a presença de ramificações. Em relação a anatomia do caule, o floema e o xilema estão juntos formando feixes, ao contrário que na raiz onde estes tecidos vão estar alternados formando cordões. Nas Eudicotiledôneas os feixes vasculares do caule são organizados em um ou mais cilindros, enquanto que no caule de Monocotiledôneas, os feixes vasculares estão desorgani- zados. Agora vamos conhecer um pouco mais sobre o caule?

Caules. (Fonte: http://www.lydiacristina.com).

Morfologia e Anatomia Vegetal

1. TIPOS BÁSICOS DE CAULES AÉREOS

A) Haste - Caule delicado, não lenhoso, ereto, da maioria das ervas. B) Tronco – Caule lenhoso, de delgado a muito robusto, da maioria das árvores e arbustos. Em geral apresenta um fuste bem desenvolvido. Há um tipo especial de tronco, o tronco suculento que apresenta-se intumes- cido, em certas árvores pelo acúmulo de água. Ex: paineiras ( Chorisia spp.), barriguda ( Cavanillesia arborea ) e baobá ( Adansonia spp.), todas da família Bombacaceae, e ainda o umbuzeiro ( Phytolacca dioica , Phytolacaceae). C) Estipe – Caule geralmente cilíndrico, não ramificado, com uma coroa de folhas apenas no ápice. Típico das palmeiras, Dracaena (Agavaceae), Pandanus (Pandanaceae). D) Colmo – Caule bem dividido em nós e entrenós bem marcados, geral- mente ramificados com folhas desde a base. Presente nas Monocotiledôneas, podendo se apresentar cheios ( Saccharum officinarum , cana-de- açúcar) ou ocos ( Bambusa spp., bambu). E) Caule volúvel – Caule que se enrola a um suporte (trepadeiras e cipós como Ipomoea spp. Convolvulaceae, Serjania spp., Sapindaceae). F) Sarmento – Caule longo e flexível, prostrado, preso ao solo com raízes em apenas um ponto. Encontrando um suporte podem subir, enrolando- se neles ou formando gavinhas que se enrolam ( Cucurbita , abóbora, Sechium vulgare , chuchu).

Caule (^) Aula

G) Estolho ou estolão – Eixo caulinar lateral, rastejante que emite raízes^7 nos nós, fixado ao solo em mais de um ponto ( Fragaria vesca , morango). Alguns estolhos, quando encontram um substrato, podem subir por meio de raízes grampiformes ou gavinhas, como em hera ( Hedera helix ). H) Cladódio – caule modificado com função fotossintetizante e/ou de reserva de água, geralmente em plantas afilas ou com folhas transforma- das em espinhos (Cactos, Cactaceae, Ruscus (Liliaceae), Asparagus spp. (Liliaceae), carqueja ( Baccharis spp. Asteraceae). Alguns autores distin- guem fiolocládios, caules com aspecto de folha e crescimento determina- do, restringindo o termo cladódio para os caules com crescimento indeterminado. I) Rizóforo – eixo caulinar com crescimento geotrópico positivo, porta- dor de raízes adventícias que podem auxiliar na sustentação ou estabili- zação da planta ( Vernonia spp. Asteraceae, e Rhizophora mangle Rhizophoraceae).

2. TIPOS BÁSICOS DE CAULES SUBTERRÂNEOS

Associam as funções de armazenamento de reservas e de propagação vegetativa

  • Rizomas

São caules subterrâneos, geralmente de crescimento horizontal, que podem ter ramificação simpodial ou monopodial (com menos freqüên- cia). Crescem indefinidamente e com o passar dos anos morrem as partes mais velhas, mas a cada ano produzem novos brotos, podendo cobrir grandes áreas. Seus ramos espessados podem apresentar entrenós curtos, com catáfilos incolores e membranáceos, raízes adventícias e gemas. Freqüentemente as espermatófitas apresentam rizomas simpodiais, onde cada porção corresponde ao desenvolvimento de gemas axilares sucessi- vas. A gema terminal de cada porção produz o broto epígeo. Exemplo: Sanseviera thyrsiflora , Paspalum nicorae. Nos rizomas monopodiais a gema terminal continua o crescimento indefinido do rizoma, ao mesmo tempo em que as gemas axilares origi- nam os brotos epígeos. Microgramma vacciniifolia é uma pteridófita epífita com rizomas que se espessam pela atividade de uma gema apical, e se ramificam irregularmente.

  • Tubérculos caulinares

Possuem crescimento limitado, são epígeos ou subterrâneos, poden- do originar-se por forte espessamento primário ou secundário do hipocótilo,

Caule (^) Aula

proteção. No inverno os limbos foliares morrem e o bulbo fica embaixo^7 da terra. No ano seguinte a gema apical desenvolve o ramo florífero, uti- lizando as reservas acumuladas, o bulbo se consome totalmente e a plan- ta morre. No alho, Allium sativum , todas as túnicas são delgadas e papiráceas. Na axila de cada túnica se desenvolvem duas a cinco gemas colaterais que formarão bulbillhos, os dentes de alho, cada um com uma só túnica carnosa ao redor da gema terminal. Cada bulbillho irá originar um broto epígeo, e as gemas situadas na axila das túnicas protetoras formarão no- vamente bulbillhos. Na Tulipa, as folhas espessadas são catáfilos, que nunca apresentam partes aéreas, as mais externas de proteção e as mais internas de reserva, se observa uma gema terminal e uma gema na axila do catafilo mais inter- no. Na primavera a gema terminal originará o ramo florífero, utilizando as reservas do bulbo. As folhas persistem depois da floração e no verão as reservas se acumulam nos catáfilos da gema axilar, formando um novo bulbo (bulbo simpodial) que repetirá o processo. Uma vez que se forma o novo bulbo o caule aéreo e o disco velho secam.

  • Xilopódio

Sistema subterrâneo muito espessado, geralmente lignificado e duro, comum em diversas espécies de cerrados e campos brasileiros, cuja estru- tura anatômica ainda não é bem conhecida, podendo ser formado parcial- mente por caule e raiz ( Camarea spp. Malpighiaceae, Dorstenia spp. Moraceae).

MODIFICAÇÕES CAULINARES

A) Gavinhas – Estruturas que se enrolam a um suporte, sensíveis a estí- mulos de contato. Ex: maracujá ( Passiflora spp., uva, Vitis vinifera ). Podem também ter origem foliar, mas a gavinha caulinar encontra-se sempre, na axila das folhas. B) Espinhos caulinares – são gemas que se desenvolvem formando ra- mos curtos e pontiagudos, com função de proteção contra predação. São estruturas vascularizadas que se encontram sempre na axila das folhas. Existem espinhos de origem foliar, como os existentes em Cactaceae. C) Domácias – termo aplicado a qualquer modificação estrutural de um caule, bem estabelecida na espécie, que permite o alojamento regular de animais. Exemplo, o caule fistuloso (oco) das embaúbas ( Cecropia spp. Moraceae) é sempre ocupado por formigas específicas.

Morfologia e Anatomia Vegetal

CONCLUSÃO

A disposição de xilema e floema nos permite identificar o caule em detrimento dos outros órgãos vgetativos. Neste órgão, o floema e o xilema estão juntos formando feixes, ao contrário que na raiz, onde estes tecidos vão estar alternados formando cordões. Dentre os diversos tipos de cau- les citados, destaca-se o caule modificado com função fotossintetizante e/ou de reserva de água, que geralmente ocorre em plantas áfilas ou com folhas transformadas em espinhos. São os cladódios característicos das Cactaceae que nos permite identificar os representantes desta família em relação às demais famílias de Angiospermas. Muitas Orchidaceae possu- em tubérculos caulinares chamados pseudobulbos que armazenam água. Abrangem um entrenó em Oncidium e Coelogyne ou vários entrenós em Catasetum. A presença ou ausência de pseudobulbos na família é bastante utilizada na delimitação genérica. Outra peculiaridade dessa família é que a mesa pode apresentar espécies com crescimento monopodial e simpodial.

RESUMO

Nesta aula aprendemos um pouco sobre o caule, que é o órgão da planta que sustenta as folhas e estruturas de reprodução e estabelece o contato desses órgãos com as raízes. Podem ser aéreos, fotossintetizantes ou não, sustentado por um sistema radicular geralmente subterrâneo, e apresenta fototropismo positivo. Possui várias funções, entre elas a de condução (seiva inorgânica para as regiões fotossintetizadoras e seiva or- gânica para as demais partes da planta), armazenamento (acumuladores de reserva e de água) e reprodução (atuar na propagação vegetativa (re- produção assexuada das plantas). De acordo com a inibição ou não das gemas laterais e apicais pode apresentar dois tipos de crescimento: monopodial, onde o crescimento se dá pela atividade de uma única gema apical, que persiste ao longo da vida da planta, podendo não desenvolver qualquer ramificação lateral. Exemplos: palmeiras, mamoeiros. E o simpodial, ond e v árias gemas participam consecutivamente da formação dos eixos caulinares, sendo a ramificação intensa. Este padrão é o res- ponsável pela conformação variada das copas da maioria das Eudicotiledôneas arbóreas. Vimos ainda os caules podem ser aéreos ten- do como principais tipos básicos os listados a seguir: haste, tronco, estipe, colmo, caule volúvel, sarmento, estolho, cladódio e rizóforo. Ou podem ser subterrâneos onde vão associar as funções de armazenamento de re- servas e de propagação vegetativa. São eles: rizomas, tubérculos caulinares, tubérculos radiculares e os bulbos.