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Mononucleose: características clínicas, Notas de estudo de Infectologia

Reusmo detalhado sobre mononucleose e suas características clínicas. Diagnóstico, tratamento, sinais e sintomas, grupos prevalentes, etc.

Tipologia: Notas de estudo

2025

Compartilhado em 17/06/2025

pedro-lucas-carolino
pedro-lucas-carolino 🇧🇷

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SÍNDROME DA MONONUCLEOSE
-Síndrome de aparecimento agudo, que possui sinais e sintomas inespecíficos, limitados no
tempo e em gravidade
-Os sinais e sintomas incluem: febre, adenomegalias, hepatoesplenomegalia, cefaleia, rash
cutâneo, fraqueza, mal-estar, faringite dolorosa, amigdalite exsudativa e linfadenopatia
cervical
Alterações laboratoriais
-Hematológicas: leucocitose de até 20 mil leucócitos/mm3, linfocitose, com presença de
linfócitos atípicos e ocorrência de prolinfócitos (células de Downey)
-Bioquímica: elevação de enzimas hepáticas, nas quais TGO, TGP e LDH
Características
-Agente etiológico da mononucleose infecciosa é o vírus de Epstein-Barr
-O vírus gera infecção latente dos linfócitos B, gerando uma gamopatia policlonal
-Doença é autolimitada, sendo o período de incubação do vírus de 4 a 7 semanas
-A primeira infecção na infância é sintomática em cerca de 10% das crianças, na faixa etária
de 15 a 25 anos, 30 a 50% é sintomática e acima de 40 a sintomatologia é bastante
raramente
Transmissão
-Contato íntimo, não necessariamente venéreo
-Transfusão de sangue
-Contato com a saliva infectada, pois o vírus é secretado intermitentemente pela orofaringe
> por isso conhecida como “doença do beijo”
-Congênita
Patogênese
-Infecção ocorre pela via respiratória
-Vírus colonizam o tecido linfático da orofaringe, infectando linfócitos B e células epiteliais
-Vírus produzem IL-10, que bloqueia a ação das células NK e dos LTCD8
Manifestações clínicas
-Os principais sinais e sintomas são amigdalite exsudativa e linfadenopatia cervical
-Também são bem frequentes esplenomegalia, vômitos e hepatite
-As erupções cutâneas decorrentes da doença estão, em maioria, relacionadas ao uso de
ampicilina para tratamento
Infecção cronicamente ativa
-Ocorre quando os sinais e sintomas persistem por mais de 6 meses
-Podem aparecer outras manifestações clínicas na forma crônica, como: febre prolongada
vespertina, pneumonite (gerando tosse), meningite, uveíte, síndrome nefrótica, pancitopenia
por hipoplasia de medula e hepatite imunomediada
Testes sorológicos
-Análise do antígeno do capsídeo viral (VCA)
*IgM anti-VCA: positivo desde o início da infecção até passada 4 a 6 semanas
*IgG anti-VCA: tem pico nas 2 a 4 semanas e persiste sempre
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SÍNDROME DA MONONUCLEOSE

-Síndrome de aparecimento agudo, que possui sinais e sintomas inespecíficos, limitados no tempo e em gravidade -Os sinais e sintomas incluem: febre, adenomegalias, hepatoesplenomegalia, cefaleia, rash cutâneo, fraqueza, mal-estar, faringite dolorosa, amigdalite exsudativa e linfadenopatia cervical Alterações laboratoriais -Hematológicas: leucocitose de até 20 mil leucócitos/mm3, linfocitose, com presença de linfócitos atípicos e ocorrência de prolinfócitos (células de Downey) -Bioquímica: elevação de enzimas hepáticas, nas quais TGO, TGP e LDH Características -Agente etiológico da mononucleose infecciosa é o vírus de Epstein-Barr -O vírus gera infecção latente dos linfócitos B, gerando uma gamopatia policlonal -Doença é autolimitada, sendo o período de incubação do vírus de 4 a 7 semanas -A primeira infecção na infância é sintomática em cerca de 10% das crianças, na faixa etária de 15 a 25 anos, 30 a 50% é sintomática e acima de 40 a sintomatologia é bastante raramente Transmissão -Contato íntimo, não necessariamente venéreo -Transfusão de sangue -Contato com a saliva infectada, pois o vírus é secretado intermitentemente pela orofaringe

por isso conhecida como “doença do beijo” -Congênita Patogênese -Infecção ocorre pela via respiratória -Vírus colonizam o tecido linfático da orofaringe, infectando linfócitos B e células epiteliais -Vírus produzem IL-10, que bloqueia a ação das células NK e dos LTCD Manifestações clínicas -Os principais sinais e sintomas são amigdalite exsudativa e linfadenopatia cervical -Também são bem frequentes esplenomegalia, vômitos e hepatite -As erupções cutâneas decorrentes da doença estão, em maioria, relacionadas ao uso de ampicilina para tratamento Infecção cronicamente ativa -Ocorre quando os sinais e sintomas persistem por mais de 6 meses -Podem aparecer outras manifestações clínicas na forma crônica, como: febre prolongada vespertina, pneumonite (gerando tosse), meningite, uveíte, síndrome nefrótica, pancitopenia por hipoplasia de medula e hepatite imunomediada Testes sorológicos -Análise do antígeno do capsídeo viral (VCA) *IgM anti-VCA: positivo desde o início da infecção até passada 4 a 6 semanas *IgG anti-VCA: tem pico nas 2 a 4 semanas e persiste sempre

-Antígeno precoce (EA) *IgG anti-EA: positivo na fase aguda e cai para níveis indetectáveis em 3 a 6 meses > detecção de Ac contra EA é um sinal de infecção ativa -Antígeno nuclear EBV (EBNA) – IgG EBNA *Aparece 2 a 4 meses após o início dos sintomas, persistindo para sempre *Não é visto na fase aguda da infecção Como fazer a interpretação dos testes sorológicos? -Infecção primária aguda > IgM anti-VCA elevados e IgG EBNA baixos -Recuperação da infecção primária > IgM anti-VCA baixos e IgG anti-EA elevados -Após alguns meses da infecção primária > IgM anti-VCA baixos e IgG EBNA elevados -Em caso de reativação > IgM anti-VCA baixos e IgG anti-EA/ IgG EBNA elevados Diagnósticos diferenciais -Angina de Plaut-Vincent -Viroses por citomegalovirus e adenovirus -Virus da hepatite A e B -HIV Tratamento -Excluir condições bacterianas associadas, como amigdalite estreptocócica, difiteria e faringite aguda -O uso de cultura bacteriana pode ser útil -Repouso relativo -Medicamentos sintomáticos, exceto AAS, que pode prolongar a duração dos sintomas -Uso de corticoesteroides em caso de hipertrofia tonsilar ou anemia hemolítica Doenças crônicas associadas -Leucoplasia pilosa -Carcinoma de nasofaringe -Linfoma de células-T -Linfoma de Hodgkin

CITOMEGALOVIROSE