Baixe Reduzindo Níveis de Estoque: Aplicação Prática de Ferramentas de Gerenciamento de Estoques e outras Notas de aula em PDF para Cálculo, somente na Docsity!
MODELO DE GESTÃO DE ESTOQUES PARA RESSUPRIMENTO DE
EMBALAGENS EM UMA INDÚSTRIA ALIMENTÍCIA
Edmilson Fernando Rinco Green Orientador: Prof. Dr. Lars Meyer Sanches
Universidade Estadual de Campinas Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo Departamento de Geotecnia e Transportes Curso de Especialização Gestão da Cadeia de Suprimentos e Logística
RESUMO Este trabalho tem como objetivo apresentar uma aplicação prática para reduzir os níveis de estoque através do uso das ferramentas disponíveis para gestão de estoques. Por intermédio da utilização racional destas ferramentas o departamento pode deixar de realizar atividades triviais, ganhando novas responsabilidades estratégicas e marcando o início de uma função estratégica.
ABSTRACT This paper has the goal of presenting a practical application of reducing storage levels through the usage of available tools for inventory management. By the means of racional usage of these tools, the department will gain new responsibilities, establishing the beginning of a strategic function.
1. INTRODUÇÃO Segundo Martins (2006) é corrente ouvir falar sobre custos associados à logística, gestão da cadeia de suprimentos, bem como a gestão de estoques, que tem sido a preocupação de muitos gestores, e de todos os indivíduos que estão envolvidos direta ou indiretamente ao processo produtivo.
Os estoques podem ser definidos por matérias-primas ou produtos acabados que estão fisicamente disponíveis pela empresa até o momento de serem processados ou vendidos para os clientes por diversos canais. Para Slack, Chambers e Johnston (1999) o estoque é definido por acumulação de recursos que possui materialidade e podem ser processados ou não em um determinado sistema produtivo.
Esta pesquisa foi desenvolvida no setor de planejamento programação e controle da produção e suprimentos de uma indústria alimentícia, abordando o processo de aquisição de embalagens de demanda dependente e as respectivas decisões de ressuprimento através de um estudo de itens representantes da curva A, B e C.
O objetivo deste trabalho e proporcionar a empresa estudada a redução dos estoques a níveis compatíveis com a segurança desejada, através do uso racional das ferramentas teóricas da gestão de estoques.
As compras de embalagens por meio de importação em grandes lotes vêm acarretando altos níveis de estoques com coberturas maiores de três meses que geram elevados custos de manutenção e obsolescência. Esse trabalho foi desenvolvido com a justificativa de revisar o sistema de ressuprimento adotado pela empresa.
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 Administrações de Estoque De acordo com Moreira (2009) os estoques são bens físicos conservados de forma improdutiva, por algum espaço de tempo, independente da quantidade armazenada. Refere-se a produtos acabados que são destinados a venda ou despacho, como matérias-primas e componente destinados ao processo de transformação.
2.2 Custos de Estoque Menciona Dias (1993) que os custos podem ser agrupados em diversas modalidades. A grande maioria dos custos de armazenagem - aluguel, mão de obra, depreciação de instalações e equipamentos de movimentação - são fixos e indiretos. “Custo fixo é considerado quando o seu valor não se altera com as mudanças, para mais ou para menos do volume produzido ou vendido dos produtos finais.” (PADOVEZE, 2003, p. 54)
2.3 Classificação ABC A curva ABC é um método que tem como objetivo a classificação de informações, separando os itens mais relevantes ou que causam maior impacto, os quais são normalmente em menor número. “O objetivo é definir grupos para os quais diferentes sistemas de controle de estoque serão mais apropriados, resultando em um sistema total mais eficiente em custos.” (CORRÊA; CORRÊA, 2008, p.369)
Não existem critérios padronizados, mas se toma como padrão a seguinte divisão:
- Classe A: Construídas por poucos itens (até 10% ou 20% dos itens), o valor de consumo acumulado é alto (acima de 50% até 80% em geral).
- Classe B: Formada por um número médio de itens (20% a 30% em geral), possuindo um valor de consumo aproximadamente de 20% a 30%.
- Classe C: Constituída com grande número de itens (acima de 50%), o valor de consumo é baixo (5% a 10%).
Figura 1: A curva ABC Fonte: Martins e Laugeni, 2006, p.
2.4 Giro de Estoque Explica Gitman (2002) que o giro dos estoques é significativo somente quando comparado ao de outras empresas pertencentes ao mesmo setor. Este índice de giro, quando dividido por 360 (número aproximado de dias do ano), resulta no número médio de dias de venda que a empresa tem em estoque. “O giro dos estoques geralmente mede a atividade, ou liquidez, dos estoques da empresa.” (GITMAN, 2002, p.112)
2.9.1 Lote de compra para o modelo de revisão periódica
Neste modelo, os lotes de compra são variáveis de lote para lote, no momento de colocar o pedido será calculada a quantidade de material que vai ser adquirida. “Convém ressaltar que no sistema de revisão periódica, em função dos lotes de compra não serem fixos, não será possível utilizar o lote econômico de compra.” (PEINADO; GRAEML, 2007, p.735)
Seu cálculo pode ser obtido pela seguinte equação:
IR Intervaloderessuprime nto.
D=Demandamédia.
LC=Lotedecompra.
Onde:
=
ES Estoquefísico.
TR=Tempoderessuprimento.
ES=Estoquedesegurança.
=
2.10 Tempo de Ressuprimento Para Siqueira (2009) uma das variáveis de suma importância para gestão de estoque é o tempo de ressuprimento ou lead time, que é o tempo decorrido entre a emissão do pedido de compra até o item ser incorporado ao estoque, não é uma constante, podendo variar em função de alguns fatores. Encontramos o lead time através dos dados históricos armazenados no departamento de compras ou por meio de informação junto ao fornecedor.
2.10.1 Ponto de Ressuprimento De a corodo com Garcia, Lacerda e Arozo (2001) o ponto de ressuprimento ocorre quando o nível de estoque atinge um certo volume, e um novo pedido é emitido. Para anular os efeitos da variabilidade do tempo de ressuprimento e demanda diária, estoques de segurança devem ser adicionado ao ponto de ressuprimento
Seu cálculo pode ser obtido pela seguinte equação:
PR = ( DxTR )+ ES D=Demandamédiano período.
PR=PontodeRessuprimento.
Onde:
ES=Estoquede segurança.
TR=Tempoderuprimento(leadtime).
2.10.2 Desvio padrão do tempo de ressuprimento Segundo Siqueira (2009) o tempo de ressuprimento (conhecido também como tempo de resposta ou lead time ) dificilmente é uma constante, sofrendo mudanças em função do produto, do fornecedor, da modalidade de transporte escolhido, condições de transito ou climáticas.
Seu cálculo pode ser obtido pela seguinte equação:
( )^2
n
x x S i =Elementoida amostra..
S=Desviopadrãodaamostra.
Onde:
x i n=Númerodeelementosdaamostra
x=Médiadaamostra.
2.11 Dimensionamento do Estoque de Segurança Segundo Pozo (2002) também conhecido como estoque mínimo ou estoque reserva, sendo uma quantidade mínima de itens que permanecem estocadas com a finalidade de amortecer a
LC = NS − EF ⇒ LC =[ D^ × ( IR + TR )+ ES ]^ − EF
variação do sistema. O estoque de segurança tem o propósito de suprir variação de demanda durante o lead time de maneira idêntica ao modelo clássico, porém conjugando o erro de previsão com a inconstância no lead time.
2.11.1 Estoque de segurança com demanda variável e (TR) constante Para Corrêa L e Corrêa A (2008) as demandas não são constantes, elas possuem uma flutuação aleatória em torno de uma média. Se a empresa definir não trabalhar com estoque de segurança e a demanda durante o período for maior que assumida no momento do dimensionamento do ponto de ressuprimento o estoque chegará a zero antes do novo recebimento, levando-se em conta a variação da demanda durante o tempo de ressuprimento, através da fórmula:
ES =Z x TR x σ D Z=númerodedesvios padrão.
ES=estoquedesergurança.
Onde:
=desvio-padrãoda demanda.
TR tempoderessuprimento. σ D
=
2.11.2 Estoque de segurança com demanda e (TR) variáveis Segundo Peinado e Graeml (2007) a variabilidade pode acorrer tanto para a demanda como para o tempo de ressuprimento, então ambas devem ser consideradas para mensurar o estoque de segurança, levando-se em conta a variação da demanda e do tempo no cálculo do tempo de ressuprimento, através da fórmula:
ES Zx ( ) (^2 )
_^2 2 = TRx σ (^) D + D x σ TR
=Desviopadrãoda demanda
=Desviopadrãodotempoderessuprimento
TR=Tempomédioderessuprimento
D=Demandamédianoperíodo
Z=Númerodedesviospadrão
Onde:
D
TR σ
σ
2.12 Lote Econômico de Compra (LEC) Conforme Martins e Laugeni (2006) este sistema também é conhecido como sistema de reposição continua, menciona o autor que a pergunta crucial é “quando repor o material” e quais serão as quantidades a serem compradas para que haja equilíbrio entre custo financeiro, custo de efetuar a compra, esta soma nos da o custo total.
- Cf = custo fixo de fazer um pedido de ressuprimento, é considerado “fixo”, pois é um custo que não varia com a quantidade pedida.
- Ce = custo anual de estocagem, é o custo anual de armazenagem de uma unidade do item, incluindo todos os custos ocorridos para manter o item em estoque.
O custo do pedido CP: os custos de pedido são calculados multiplicando os custos fixos de um pedido Cf pelo número total de pedidos feitos ao longo do tempo do ano (dado pela demanda anual DA dividido pelo tamanho do lote L).
Formulas: L
DA CP = Cf x 2
Le Cex Le
DA Cf = =
Tabela 1 : Distribuição em % dos EMB, segundo a classificação ABC.
Categoria
Com relação aos valores Com relação aos itens Valor % Quantidade % A R$ 39.320,84 51,10% 22 10,05% B R$ 25.121,87 36,48% 87 39,73% C R$ 4.419,82 6,42% 110 50,23% TOTAL R$ 68.862,53 100% 219 100,% Fonte: Autor
Verificou-se que o grupo A representam aproximadamente 57,10 % de valor e 10,5% da quantidade de insumos na Curva ABC. Enquanto que os itens do grupo B representam 36,48% de valor e 39,73% da quantidade de insumos na Curva ABC e os demais pertencentes ao grupo C, representam 6,42% de valor e 50,23% da quantidade de insumos na Curva ABC.
O segundo passo foi levar em consideração o cálculo da demanda mensal e anual de três itens de maior giro da Curva A, B e C, com base nos custos unitários dos mesmos.
4.1 Resultados alcançados Através do estudo foi definido o lote econômico de compra e o ponto de ressupimento para as embalagens do (Grupo A, B e C), de demanda dependente. Foram definidos alguns parâmetros que definem quanto e quando pedir, estoque mínimo e de segurança, número de pedidos por ano e o ponto de ressuprimento das embalagens.
4.2 Políticas Sugeridas para o EMB01, EMB02 e EMB
4.2.1 Consumo médio da demanda para o EMB01, EMB02 e EMB Abaixo segue a demanda dos últimos 12 meses e o consumo médio para os itens codificados como EMB01 do Grupo A, EMB02 do Grupo B e EMB03 do Grupo C.
Figura 3 : Cálculo do consumo médio da demanda usando o Excel para o EMB01, 02 e 03 Fonte: Autor
Resultados: 2.946 unidades para EMB01, 534 unidades para EMB02 e 82 unidades para EMB03.
4.2.2 Desvio Padrão da demanda para EMB01, EMB02 e EMB O entendimento do consumo mês a mês do estoque é crucial, mas não suficiente para compreender o seu comportamento. Para melhoria do modelo deve adotar a variabilidade do seu consumo por meio de um parâmetro estatístico conhecido como desvio-padrão (indicado por “s”).
Figura 4 : Cálculo σ da demanda usando o Excel para o EMB01, 02 e 03 Fonte: Autor
Resultados: 1.051 unidades para EMB01, 239 unidades para EMB02 e 91unidades para EMB03.
4.2.3 Lote Econômico para o EMB01, EMB02 e EMB No estudo foi utilizado o “Solver” (Ferramenta Excel) para encontrar o tamanho do lote, onde os custos totais (dados pela soma dos custos de pedidos os custos da taxa de armazenagem) são mínimos. Encontramos os custos mínimos de operação do sistema quando os custos totais de armazenagem se igualam aos custos totais com pedidos, considerando como restrições a demanda anual em unidades.
Figura 5 : Representação da utilização da ferramenta Solver para o EMB01, 02 e 03 Fonte: Autor
O resultado ótimo ocorre quando encontramos um ponto de equilíbrio, conforme quadro abaixo:
Tabela 2 : Ponto de equilíbrio entre CC e CP para o EMB01, EMB02 e EMB Item Lote (Q) CC por un. x Q/2 CP custo de obtenção x D/2 Demanda x Preço CT (CC + CP + CI) EMB01 460 R$ 6.910,72 R$ 6.910,72 R$ 884.408,43 R$ 898.229, EMB02 207 R$ 2.789,47 R$ 2.789,47 R$ 144.095,40 R$ 149.674, EMB03 77 R$ 1.143,42 R$ 1.143,42 R$ 24.211,08 R$ 26.497, Fonte: Autor
O gráfico abaixo apresenta o Ponto de equilíbrio entre CC e CP para o EMB
Figura 6 : Variação dos CP e CC em função a Q para o item EMB Fonte: Autor
Figura 9 : Cálculo do ponto de ressuprimento usando o Excel para EMB01 e 02 Fonte: Autor
A empresa deverá fazer um novo pedido de compra quando a quantidade em estoque atingir o nível de 7.166 unidades para o EMB01 e 1.399 unidades para o EMB02.
4.2.7 Revisão Periódica Foi adota a política de revisão periódica para as embalagens pertencentes ao grupo C. Neste sistema de ressuprimento, o estoque é reposto em intervalos fixos e constantes de tempo, que são pré-estabelecidos.
4.2.8 Nível de suprimento para o EMB Neste sistema, o nível de suprimento é representado por uma quantidade de material que atenda a demanda durante todo o intervalo de ressuprimento, onde também é feita adição do estoque de segurança.
Figura 10 : Cálculo do nível de suprimento usando o Excel para as embalagens EMB Fonte: Autor
O nível de ressuprimento será quando o EMB03 atingir 235 unidades.
4.2.9 Lote de compra para o EMB
No sistema de revisão periódica, os lotes de compras não são fixos.
Figura 11 : Cálculo do lote de compra usando o Excel para as embalagens EMB Fonte: Autor
Para efeito de cálculo, adotamos que estoque físico neste momento encontra-se com 100 unidades. Isto é, 135 unidades do item EMB03.
4.2.10 Comparação entre a antiga e nova política adotada Aplicando a nova política para o item EMB01, observou-se que o estoque médio reduziu de 15.138 unidades para 7.277 unidades, de semelhante modo, a cobertura de estoque de 186,
dias para 73,78 dias, aumentando o giro de estoque de 1,93 para 4,88 vezes ao ano. Além da redução das posições paletes ocupadas de 31 posições para 15 posições.
Quando aplicada a nova política para o item EMB02, observou-se que o estoque médio reduziu de 2.112 unidades para 1.624 unidades e a cobertura de estoque de 140,46 dias para 91,33 dias, aumentando o do giro de estoque de 2,56 para 3,94 vezes ao ano. Também ocorreu a redução das ocupações paletes de 5 posições para 4 posições.
Finalmente o item EMB03, após a aplicação da nova política observou-se que o estoque médio reduziu de 488 unidades para 276 unidades e a cobertura de estoque de 179,13 dias para 101,44 dias, o giro de estoque aumentou de 2,01 para 3,55 vezes ao ano. Neste caso não houve redução das ocupações posições paletes.
Figura 12: Custos de armazenagem para a Antiga e Nova política das EMB01, 02 e 03 Fonte: Autor
Com a nova política observou-se a redução dos custos operacionais e o aumento do giro de estoque, que é um indicador responsável pela saúde financeira. Comprar grandes quantidades e desperdiçar dinheiro, além do desembolso de caixa antecipado, perde-se o custo de oportunidade e aumentam os custos de manutenção de estoques. Todos os grupos ABC apresentaram reduções dos estoques médios. Tomando como exemplo o item EMB verificou-se que o estoque médio de 15.138 unidades passou para 7.277 unidades que equivale a uma redução de 7.861 unidades, este valor multiplicado pelo preço de compra de R$ 25,01 resulta em um montante de R$ 196.603,61 que poderia ser aplicado a uma determinada taxa de oportunidade ou reinvestido na empresa. Este cálculo também poderia ser aplicado aos demais itens da curva B e C.
Figura 13 : Comparação entre os custos para as EMB01, 02 e 03 Fonte: Autor
Custo Atual de Armazenagem
Novo Custo de Armazenagem Redução EMB01 - Curva A R$ 908,28 R$ 436,62 - R$ 471, EMB02 - Curva B R$ 126,72 R$ 97,44 - R$ 29, EMB03 - Curva C R$ 29,28 R$ 16,56 - R$ 12,
R$ 908, R$ 436, -R$ 471,
R$ 126,72R$ 29,28 R$ 97,44R$ 16,56 (^) -R$ 29,28-R$ 12, -R$ 1.000,
-R$ 500,
R$ -
R$ 500,
R$ 1.000,
Valores em R$
Comparação entre os custos - Política Atual vs Política Proposta
Figura 15
: Nova Política proposta para a EMB01, 02 e 03 e suas implicações
Fonte: Autor
5. Considerações finais
De acordo com os objetivos estabelecidos, esse trabalho proporcionou o desenvolvimento de uma proposta para melhorar a gestão de estoques, apresentando um método de ressuprimento que possibilite viabilidade econômica e operacional à empresa estudada. Propostas que já vêm sendo implementada pela empresa parcialmente.
Para o bom funcionamento da política de gestão de estoques seria recomendado a implementação do S&OP ( Sales and Operation Planning ) , que visa à sincronização dos esforços de cada departamento de forma inteligente, transparente e bem comunicada.
O uso do método quantitativo para cálculo da Previsão de Demanda como o ponto de partida vai fornecer toda a base para uma gestão eficiente dos estoques, oferecendo estimativas futurísticas confiáveis dos recursos materiais necessários para a transformação, venda e consumo.
A criação de um plano Mestre de Produção (PMP), permitirá acompanhar a projeção de estoques durante o tempo, bem como os limites mínimos e máximos de estoque.
A empresa já possuiu a licença para uso do módulo de planejamento da produção, e poderia usar a ferramenta do MRP I, que permite calcular as quantidades de materiais e em que momento comprar. Para parametrização poderia usar os cálculos apresentados neste trabalho para operacionalização do sistema.
Adotar alguns indicadores de desempenhos “KPI” possibilitaria a empresa medir quantitativamente o que está sendo executado e gerenciá-la de forma adequada para o atingimento das metas. Tais como:
- OTIF ( On Time In Full ) - é um indicador usado para monitorar a qualidade de entrega de produtos e serviços.
- IRA ( Inventory record accuracy ) - é um indicador usado para monitorar a exatidão do inventários (códigos e quantidade) em relação ao sistema.
- ILA ( Inventory Location Accuracy ) - é um indicador usado para monitorar a exatidão do inventário por localização (códigos) em relação ao sistema.
Em suma, a adoção de uma política para gestão de estoque proporcionará à empresa um bom nível de serviço à operação e a redução de custos diversos, aumentando a competitividade frente à concorrência.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BALLOU, R. H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos: planejamento, organização e logística empresarial. 5. ed. Porto Alegre: Boockman, 2006. CORREA, H. L.; CORRÊA, C. A. Administração de produção e operações: manufatura e serviços: uma abordagem estratégica. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2008.
