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Mitos e verdade sobre procedimentos odontologicos na gravidez
Tipologia: Resumos
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O estudo consiste em revisão de literatura sobre o tema estudado, de cunho exploratório e qualitativo. Essa metodologia se restringe em uma análise da produção bibliográfica em determinada área temática, fornecendo uma visão geral, evidenciando novas ideias. Para isso realizou-se a coleta de trabalhos científicos sobre o assunto em bancos de dados sobre estudos de mitos e crendices odontológicos como: GOOGLE Acadêmico (www.scholar.google.com.br/?hl=pt), SCIELO (www.scielo.org) e Biblioteca Digital de Dissertações e Teses (http://bdtd.ibict.br/vufind/). Utilizaram-se palavras-chaves como “gestante”, “prevenção”, “mitos” e “odontologia preventiva” , podendo ser colocados isolados ou em conjunto. Após a leitura de dez artigos incluindo dissertações, foram selecionados quatro para serem utilizados no trabalho. Alguns autores, os quais foram utilizados neste trabalho, sugerem que algumas informações sobre as pacientes sejam esclarecidas durante a gestação, para que o profissional possa executar o tratamento de forma responsável e cautelosa, que temporariamente se torna especial, baseando-se no que realmente é verdade. Diante disso ele deve saber quanto às alterações decorrentes da gravidez que são: Alterações Fisiológicas (pressão sanguínea arterial, frequência cardíaca, concentração de proteínas no sangue, alterações hormonais, e outras); Alterações Psicológicas (baixa autoestima, medo de que aconteça algum problema com o bebê); Alterações Bucais (gengivite, presença de placa bacteriana, alterações na saliva – xerostomia, e flora bucal).
Através da revisão bibliográfica pode se concluir que as gestantes devem ser priorizadas nos programas de atenção odontológica, e os profissionais da odontologia devem procurar desmistificar crenças e mitos em torno do atendimento. Contudo, todo e qualquer médico dentista tem a capacidade de atender a paciente gestante, principalmente durante o segundo trimestre, porém, os dentistas devem estar atentos a alguns temas relacionados ao seu tratamento, principalmente a terapêutica medicamentosa, já que as mesmas apresentam algumas restrições. Por mais que a gestante seja caracterizada como uma paciente especial, vários estudos confirmam que, se as gestantes forem submetidas a práticas educativo-preventivas durante a gestação sobre bons hábitos favoráveis no pré-natal, as mesmas serão multiplicadoras de saúde no âmbito familiar, e podendo até controlar e prevenir doenças bucais dos seus futuros filhos e parentes. Compreende-se, portanto, a necessidade de termos uma formação contínua, capacitada e atualizada dos odontologistas para impedir a disseminação de mitos e crendices, a fim de não se sentirem despreparados para atender as pacientes. E usarem as medicações corretas, não realizarem exames e procedimentos desnecessários que possam pôr em risco a vida do feto e havendo necessidade, esperar até a 16 ª semana de gestação para realizar exames de raio x, proporcionando obrigatoriamente toda a proteção necessária para a máxima proteção da gestante e seu bebê. Além disso, manter o programa de pré-natal que conscientiza e ensina a gestante do que pode ser feito durante a sua gestação que não cause danos ao feto e de investir nos atendimentos a domicílio a essas grávidas para garantir o acesso e cuidado bucal dessas mulheres.
OLIVEIRA, JFM; GONÇALVES, PE. Verdades e Mitos sobre o Atendimento Odontológico da Paciente Gestante. Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial. Volume 50 , N° 3 , 2015. LESSA, I.B. Promoção à saúde bucal da gestante. Trabalho de Conclusão de Curso – Curso de Especialização em Atenção Básica em saúde da família. UFMG – Corinto/MG – 2016. BASTIANI, C.; COTA, A.L.; HONÓRIO, H.; RIOS, D. Conhecimento das gestantes sobre alterações bucais e tratamento odontológico durante a gravidez. Odontol. Clín.-Cient., Recife, 9 ( 2 ) 155 - 160 , abr./jun., 2010. BOTELHO, D.L.; LIMA, V.G.; ALMEIDA, J.R. ODONTOLOGIA E GESTAÇÃO: A IMPORTÂNCIA DO PRÉ-NATAL ODONTOLÓGICO. SANARE (Sobral, Online).;vol. 18 ( 2 ): 69 - 77 , 2019.
TRATAMENTO ODONTOLÓGICO: Um dos trabalhos analisados, reitera que o Ministério da Saúde (MS) salienta que o primeiro trimestre ( 2 ª a 8 ª semana de concepção) é o período menos adequado para o tratamento odontológico (OLIVEIRA, JFM, 2015 ). Além disso, a maioria das pacientes pode apresentar indisposição, enjoos matutinos e náuseas a menor provocação. Neste período, devem-se evitar tomadas radiográficas. Porém quando necessário, fazê-la tomando as devidas precauções, tais como, o uso de avental de chumbo, protetor de tireoide e filmes de exposição ultrarrápida. Deve ser enfatizado que os cuidados bucais da mãe se refletem no bebê em desenvolvimento. Realizar, somente, terapia periodontal básica, polimento coronário e controle de placa. Por isso, o tratamento odontológico deve ser realizado no segundo trimestre, época mais indicada, por ser o período de maior estabilidade da gestação. Porque no terceiro trimestre, a gestante costuma apresentar frequência urinária aumentada, devido ao peso e redução da bexiga, edema das pernas, pela compressão da veia cava inferior, e devido ao tamanho aumentado do útero, pode comprimir e causa a obstrução parcial ou completa da artéria aorta e da veia cava. E a redução no retorno do suprimento sanguíneo cardíaco reduz a pressão sanguínea e a circulação útero-placentária, representando um perigo para o feto.
Durante a gestação ocorrem diversas alterações físico-psicológicas na mulher, as quais são responsáveis por inseri-la em um grupo de pacientes necessitando de cuidados diferenciados. É sabido que o atendimento odontológico à gestante é cercado de mitos e preconceitos, tanto por parte das gestantes, como por parte dos Cirurgiões Dentistas (CDs), fazendo com que a mulher no período gestacional não receba tratamento ou não receba um tratamento adequado. Procedimentos eletivos devem ser preferencialmente executados entre o 4 º. e o 7 º. mês pela maior estabilidade da gestação. Entretanto, dor e infecção devem ser tratados a qualquer momento, buscando a remoção de sua etiologia. No entanto, há diversos mitos e preconceitos em torno do atendimento odontológico à mulheres grávidas, que em grande parte das situações, acabam por subestimar a evidência científica de que não é contraindicada a consulta odontológica. Pelo contrário, a literatura é unanime ao relatar a importância deste tipo de atendimento, principalmente neste período em que a mulher encontra-se mais suscetível a problemas bucais por diversos fatores. Todo e qualquer cirurgião dentista tem a capacidade de atender a paciente gestante, principalmente durante o segundo trimestre, porém deve estar atento a alguns temas relacionados ao seu tratamento, como à terapêutica medicamentosa. Quanto ao exame de raios-X, não é contraindicado quando o profissional protege a paciente com o avental e colar de chumbo. A suplementação de flúor à gestante é contraindicada, mas a sua terapia oral com flúor sim, principalmente, para melhorar a condição bucal da mãe. O aumento da prevalência de doenças periodontais e cárie dentária ocorrem devido a maus hábitos de higiene pela mãe, e não decorrente da gravidez. De acordo com os artigos e dissertações utilizados neste trabalho, buscou-se abordar algumas estatísticas em forma de gráfico e tabela, e versar sobre algumas propostas recomendadas pelos autores dos mesmos. O objetivo deste estudo foi realizar uma revisão crítica da literatura odontológica acerca dos mitos e verdades sobre o atendimento odontológico da paciente gestante, assim como a importância da Medicina Dentária Preventiva nesta fase. Tabela 1 – Medicamentos mais recomendáveis para gestantes no tratamento odontológico FONTE: OLIVEIRA, JFM. Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial. Volume 50, N°3, 2015.
TIPO DE MEDICAMENTO MAIS RECOMENDÁVEIS Anti-inflamatório Corticóides preferenciais (Prednisona ( 5 e 20 mg) e Prednisolona ( 5 e 20 mg)) Para procedimentos mais invasivos (Betametasona 0 , 5 e 2 , 0 mg)) Analgésicos Paracetamol 500 mg (baixas concentrações) Acetominofen – 500 ou 750 mg Antibióticos Usar em casos necessários: Penicilinas (Ampicilinas – 250 ou 500 mg e Amoxicilinas – 250 ou 500 mg) Eritromicina – 250 ou 500 mg Para infecções mais graves: Metronidazol ( 250 ou 400 mg) + Penicilina ( 500 mg) Amoxicilina ( 200 mg) + Clavulanato de potássio ( 28 , 5 mg) Anestésicos Anestésico local
**- Lidocaína 2 % com adrenalina
Gráfico 3: Procedimentos que as gestantes julgam não poder realizar durante a gestação. FONTE: BOTELHO, D.L ODONTOLOGIA E GESTAÇÃO: A IMPORTÂNCIA DO PRÉ-NATAL ODONTOLÓGICO. SANARE (Sobral, Online).; 18 ( 2 ): 69 - 77 2019 Jul-Dez. Com a revisão da literatura, fez-se necessário criar um protocolo de assistência visando melhoria de atendimento às gestantes (LESSA, Iracema, 2016 ).