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Mitos da Criação - Mitologia Egípcia, Trabalhos de Introdução à Filosofia

Resumo sobre os mitos da criação da mitologia egípcia

Tipologia: Trabalhos

2024

Compartilhado em 30/03/2024

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matheus-cesario-1 🇧🇷

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Egito Antigo - Os Mitos da Criação
Matheus Porfirio Cesario¹
CONTEXTO
Isolamento Geográfico – deserto circundante, mar vermelho e mediterrâneo;
Agricultura e criação de animais nas margens férteis do Nilo;
Formação dos reinos do Alto Egito e do Baixo Egito - período pré-dinástico;
~3.100 AC - unificação do Egito por Namer (Menés), governante do Alto Egito,
tornando-se o primeiro faraó e dando início ao Império Antigo.
CARACTERÍSTICAS RELIGIOSAS
Politeísmo – cada deus possui uma função específica dentro da ordem das coisas, onde
cada cidade ou região possuía seus próprios deuses.
Antropo/Zoomorfismo as divindades possuíam características humanas (nascem,
crescem e morrem, adoecem, sentem raiva, inveja, amor, traem, etc...) e animais.
Imobilismo - A ordem cósmica era obra divina e que precisa ser conservada, mantendo
intacta a Primeira Criação (perfeita), onde toda mudança é risco de regressão ao estado
de caos e barbárie e, por conseguinte, o triunfo das forças das trevas.
MITO DA CRIAÇÃO
Não há um mito da criação universal, masuma base compartilhada por
todos sobre como ocorreu a criação.
Antes da criação todo o universo era um corpo infinito de águas, escuro,
inerte, sem separação de elementos, sem vida ou morte desde toda a eternidade. Para
caracterizar esse estado primitivo do mundo os egípcios personificaram seus aspectos em
quatro casais de deuses primordiais. Eram Nun e Nunet como as águas ilimitadas, Huh e
Hauhet como o infinito, Kuk e Kauket como a escuridão e Amun e Amunet como o oculto.
Esses quatro pares de deuses são conhecidos comumente como a Ogdôade de Hermópolis.
Dos oito aspectos do universo primordial, dois tem importante relevância. O
primeiro é Nun como as águas infinitas que mesmo sendo inertes possuía capacidade
geradora, onde o potencial para a ordem existia e de onde tudo teve sua origem. O segundo é
Amun, que se formou a si mesmo e é retratado como divindade suprema, rei dos deuses,
representando tudo o que está oculto e vivendo dentro e além de Nun, transcendente e
invisível, razão por trás de todas as coisas, dos deuses e da própria criação.
¹ Aluno do 1º semestre do curso de Filosofia da Faculdade Canção Nova, 2024
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Egito Antigo - Os Mitos da Criação Matheus Porfirio Cesario¹ CONTEXTO  Isolamento Geográfico – deserto circundante, mar vermelho e mediterrâneo;  Agricultura e criação de animais nas margens férteis do Nilo;  Formação dos reinos do Alto Egito e do Baixo Egito - período pré-dinástico;  ~3.100 AC - unificação do Egito por Namer (Menés), governante do Alto Egito, tornando-se o primeiro faraó e dando início ao Império Antigo. CARACTERÍSTICAS RELIGIOSAS  Politeísmo – cada deus possui uma função específica dentro da ordem das coisas, onde cada cidade ou região possuía seus próprios deuses.  Antropo/Zoomorfismo – as divindades possuíam características humanas (nascem, crescem e morrem, adoecem, sentem raiva, inveja, amor, traem, etc...) e animais.  Imobilismo - A ordem cósmica era obra divina e que precisa ser conservada, mantendo intacta a Primeira Criação (perfeita), onde toda mudança é risco de regressão ao estado de caos e barbárie e, por conseguinte, o triunfo das forças das trevas. MITO DA CRIAÇÃO Não há um mito da criação universal, mas há uma base compartilhada por todos sobre como ocorreu a criação. Antes da criação todo o universo era um corpo infinito de águas, escuro, inerte, sem separação de elementos, sem vida ou morte desde toda a eternidade. Para caracterizar esse estado primitivo do mundo os egípcios personificaram seus aspectos em quatro casais de deuses primordiais. Eram Nun e Nunet como as águas ilimitadas, Huh e Hauhet como o infinito, Kuk e Kauket como a escuridão e Amun e Amunet como o oculto. Esses quatro pares de deuses são conhecidos comumente como a Ogdôade de Hermópolis. Dos oito aspectos do universo primordial, dois tem importante relevância. O primeiro é Nun como as águas infinitas que mesmo sendo inertes possuía capacidade geradora, onde o potencial para a ordem existia e de onde tudo teve sua origem. O segundo é Amun, que se formou a si mesmo e é retratado como divindade suprema, rei dos deuses, representando tudo o que está oculto e vivendo dentro e além de Nun, transcendente e invisível, razão por trás de todas as coisas, dos deuses e da própria criação. ¹ Aluno do 1º semestre do curso de Filosofia da Faculdade Canção Nova, 2024

A divindade oculta Amun decidiu criar o mundo, o que exigiu a ajuda de Ptah que é o deus dos artesãos e dos trabalhos manuais. Assim todas as coisas foram criadas de seu coração e de sua palavra. Na teologia de Mênfis , Ptah é a força criativa que transforma o pensamento de Amun em realidade material, o tradutor da vontade divina. Tanto o pensamento de Amun quanto a força de criação de Ptah se manifestam fisicamente na criação de uma semente na extensão de Nun. Essa semente, segundo a tradição de Heliópolis é Atum, concentrando em um único lugar toda a matéria e todos os deuses indiferenciados em potência dentro de si. Atum, que antes estava adormecido, desperta e ganha vida própria separando-se de Nun, tornando-se o “restante” além das águas infinitas, o primeiro monte de terra. O deus do vento Shu, que ainda está dentro de Atum começa a soprar, enchendo-o como um balão. Agora Atum transforma-se na personificação do mundo criado. Shu e Tefnut deusa da umidade, irmãos e esposos, são separados de Atum. Possuindo vida própria eles formam a primeira atmosfera e dão início ao tempo. O conceito de tempo para os egípcios é cíclico, a repetição infinita, nascer e pôr do sol, vida e morte, cheia e vazante do Nilo, etc. Atum envia seu olho para encontrar e supervisionar seus filhos recém criados Shu e Tefnut. Ao enviar seu olho Atum deu origem ao primeiro nascer do sol. Atum é também a forma do deus sol em seu ocaso enquanto Rá é sua forma mais poderosa ao meio dia e Kepri pela manhã ao nascer do sol. Quando o olho de Rá – Atum encontra Shu e Tefnut e chega a hora de voltar encontra outro olho em seu lugar. O olho rejeitado cheio de dor e raiva por ter sido substituído chora, e dessas lágrimas surge a humanidade. O grande inimigo de Rá é Apófis, uma serpente monstruosa que representa o caos e a desordem e que todas as noites tenta engolir o sol e jogar toda a criação nas trevas. Por isso Rá durante a noite enquanto viajava em sua barca solar pelas águas do Duat lutava nestas doze horas contra essa serpente ajudado por outros deuses que lhe faziam companhia e lhe protegiam. Assim cada novo nascer do sol era o triunfo da ordem sobre o caos para os egípcios. Shu e Tefnut se uniram e deram origem a Geb a terra e Nut o céu. Geb e Nut viviam abraçados e por isso Rá ordenou que Shu os separasse, o que os obrigou a encontrarem-se em segredo. Rá sabendo disso amaldiçoou o casal impedindo Nut de dar a luz durante 360 dias, o ano completo até aqui. Ajudados por Toth, deus ibis da sabedoria, que ganhou da lua em um jogo e conseguiu uma parte de suas iluminações e com isso cria mais cinco dias adicionados ao final do ano, totalizando 365 dias. Nestes cinco dias Nut dá à luz a