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O Grande Livro do Reiki veio trazer aos praticantes um manual acessível para todos os níveis, abordando as várias disciplinas que constituem o Usui Reiki Ryoho, ...
Tipologia: Esquemas
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Não perca as partes importantes!
A nós, humanos, são dados pelo Universo, vida e uma missão. Quando nos dá vida e uma missão, nunca poderá impor doença ou infortúnio sobre nós. Independentemente do que aconteça na vida, devemos confiar no Universo e manter um estado de mente pacífica, para podermos cumprir esta missão. Este é o propósito e a razão de viver. — M ikao U sUi
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A união do eu através da harmonia e do equilíbrio. — M ikao U sUi
eiki É Simples — A Arte de Cuidares de Ti Mesmo é um livro dedicado ao autocuidado através do Usui Reiki Ryoho. Mas porque escrever um livro sobre autotratamento? O Grande Livro do Reiki veio trazer aos praticantes um manual acessível para todos os níveis, abordando as várias disciplinas que constituem o Usui Reiki Ryoho, e claro que o autotrata‑ mento está também nele incluído. No entanto, esta é uma téc‑ nica tão profunda que pode auxiliar a abordar tantas questões pelas quais passamos e nem sempre é tão praticada, que vale mesmo a pena sintetizar e desdobrar os seus vários conceitos e aplicações. Neste livro apresento‑te 11 capítulos que se relacionam com o autotratamento:
1. Reiki é... Uma abordagem sobre o método e a energia que usamos. 2. Aprender Reiki Algumas considerações sobre como aprender Reiki, os níveis e o papel do mestre de Reiki. 3. Sentir a energia O que é sentir e as várias formas de sentir a energia. 4. Cultivar uma filosofia de vida
A profundidade da filosofia de vida e como a aplicar no autocuidado.
5. O autotratamento Como aplicares o autocuidado e as suas várias técnicas. 6. Autotratamento para…
As várias condições às quais o autotratamento pode ser aplicado. w
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Podes também ler o livro segundo os temas pelos quais tenhas curiosidade, necessidade para o teu próprio autocuidado ou até aprofundamento do que já fazes, como por exemplo «Sentir o corpo a balançar ou rodopiar», «Visualizar cores», «A energia nas reuniões de trabalho», «Chorar durante o autotratamento» e mesmo «Como aliviar a pressão interior». Apesar de o livro ter capítulos e mesmo tópicos independentes, tudo aqui está inter‑relacionado e irá ajudar‑te a compreenderes melhor o que fazes, o que sentes e até o que pensas.
Podemos ler muito, mas nem sempre isso significa que colo‑ camos em prática o que absorvemos. Então a minha sugestão é, por exemplo, na secção «Autotratamento para...» usares a ficha de trabalho, que podes também pedir‑me por e‑mail e assim imprimires sem riscar o livro. Quando escrevemos colocamos os pensamentos em ordem, comparamos e podemos observar os resultados. É uma boa forma de te conheceres melhor e também veres o teu progresso. Também no capítulo «Autotratamento» tens uma ficha de trabalho que te auxiliará a sintetizar ou esquematizar o que pretendes fazer, porquê e para quê. Espero que este livro possa ser‑te útil e em qualquer questão está à vontade para me contactares por e‑mail. Lembra‑te de que não quero substituir os ensinamentos do teu mestre — essa aprendizagem é a que deves seguir e o que eu escrevo é apenas um outro desenvolvimento da prática. Sem dúvida que o Reiki é para ti!
João Magalhães
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ter com ele de todos os lados e desejaram aprender ou ser tratadas por ele. Ele era muito popular… O seu nome era Mikao Usui, também conhecido como Kyoho. Nasceu na aldeia de Taniai, Yamagata, na província de Gifu, e era antepassado de Tsuname Chiba, que foi general do exército entre o final do período Heian e o início do período Kamakura. O seu pai era chamado Taneuji, conhecido como Uzaemon, e a sua mulher vinha da família Kawai. Nasceu a 15 de agosto de 1865. Desde criança que estudava arduamente e a sua habilidade era superior à dos seus amigos.
Figura 1 — Sepultura e memorial de Mikao Usui, em Saihoji, Tóquio.
Sabemos que o Mestre Usui teve milhares de alunos e que viajou entre muitas terras, mas não foi por isso que ele foi considerado uma pessoa de virtudes e méritos, mas por ter fundado um método « de como promover a saúde do corpo e da mente », através do Reiki. Mesmo este método terapêutico pode
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ser comparado a centenas de muitos outros onde as mãos são colocadas para que aconteça um fluxo de energia, mas as virtu‑ des e méritos vêm de algo muito mais profundo — a filosofia de vida, a missão do método e o seu conceito sobre a prática e aquele que pratica. Quando alguém cria uma filosofia de vida que visa a «melhoria do corpo e da mente», e promove um caminho de autodescoberta e aprimoramento interior, essa é uma pessoa de mérito. Os cinco princípios que o nosso Mestre Mikao Usui legou começam pela constatação do momento presente, só por hoje:
Estes princípios são como uma bússola que nos guia pela vida, promovem a harmonia, a confiança, a compreensão pelas lições de vida, a honestidade e uma vida bondosa. Algo que nos faz refletir bem sobre todas as atitudes que tomamos é a definição do método que praticamos. Dizia o Mestre Usui:
A missão do Usui Reiki Ryoho é guiar para uma vida pacífica e feliz, curar os outros, melhorar a sua felicidade e a nossa.
Assim, um praticante de Reiki não precisa de definir a sua vida para criar conflitos, mas para construir a paz, não para levar sofrimento aos outros, mas para os aliviar dele. Alguém que constrói um método assim é uma pessoa de grande virtude e mérito. O Reiki não é apenas aplicar as mãos e deixar fluir energia. Esse é um entendimento superficial, pois para nos ligarmos a esse fluxo precisamos de compreender melhor o significado daquilo que dizia o Mestre Usui:
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Reiki é a abreviatura de Usui Reiki Ryoho e, ao mesmo tempo, representa a grande Energia Universal que está presente em tudo o que existe.
A prática terapêutica não está apenas confinada ao nosso bem‑estar, ela também representa a ligação à nossa consciência, unindo mente e coração, assim como à consciência da própria vida à qual chamamos Universo, ou Vida. Quando estamos focados na nossa intenção, com a mente limpa dos inumeráveis pensamentos que produzimos, então sentimos algo poderoso dentro de nós a que chamamos Amor Incondicional ou Compaixão. Tal acontece porque sentimos em nós a equalização da harmonia da nossa mente com o coração e de tudo o que somos com a própria vida. Então, o método que o Mestre Usui criou é uma prática extraordinária, em primeiro lugar voltada para nós, para o desen‑ volvimento da nossa consciência, da nossa dimensão espiritual, para a «melhoria do corpo e da mente», como veremos no capí‑ tulo «Cultivar uma Filosofia de Vida». O Reiki é então um método, pois está estratificado em níveis de aprendizagem distintos, com técnicas de autoaplicação e apli‑ cação a outros, para desintoxicação, mudança de pensamento, tratamento e ainda meditação. O Mestre Usui advertia que em primeiro lugar devíamos cuidar de nós, senão como poderemos cuidar dos outros^1? Aprender Reiki é aprender a cuidar de nós.
(^1) Usui Reiki Ryoho Hikkei — O Grande Livro do Reiki.
João Magalhães
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Figura 3 — Mestre Mikao Usui.
Pela sua abordagem tão aberta, inclusiva e orientadora aos valores humanos, a prática de Reiki acaba por sofrer muitas aculturações e até dogmas pessoais. Indo ao encontro da cultura americana dos anos 70 , o Usui Reiki Ryoho embrenhou‑se em teorias de energia tibetanas, novos símbolos que traduziam interpretações pessoais, um sentido de «poder» a cada nível que se alcançava e um afastamento das técnicas e mesmo das expres‑ sões japonesas. No Brasil encontrou também outras expressões ligadas à cultura espiritual eclética do país, assim como em Portugal. A essência estava lá, mas muitas práticas‑satélites que eram apresentadas faziam do Reiki algo com uma vertente de espiritismo ou de curandeirismo. Compreendemos, pelo entendimento original dos ensina‑ mentos do Mestre Usui, que o Reiki não é nem uma religião nem um culto espiritual, que não tem dogmas ou crenças, pois não é necessário a pessoa acreditar para que o Reiki flua. O praticante não canaliza algo como se faz no espiritismo, não recebemos indicações externas nem precisamos de capaci‑ dades mediúnicas. Não é um dom aquilo a que se chama deixar
João Magalhães
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Figura 4 — Uma forma de fazer Reiji Ho, a técnica para seguir a indicação da energia e da consciência.
Paul Mitchell, um mestre de Reiki, aluno de Hawayo Takata e responsável pela manutenção do Usui Shiki Ryoho, em 1999 escreveu sobre um tema que é muitíssimo importante, sendo que também em Portugal encontramos a mesma ques‑ tão, ou seja, o uso da palavra Reiki para definir a energia e o método.
Reiki é uma palavra japonesa que a Sr. a^ Takata traduziu como «energia vital universal» ou «poder de Deus». «Universal» é uma palavra importante, significa em qualquer lado, comum a tudo, partilhado por todas as coisas. «A energia vital» é uma energia de vida misteriosa, é a energia que dá, mantém e sustenta a vida. E aqui temos um problema interessante. Quando definimos algo não devemos usar as palavras que elucidam essa definição, mas quando eu digo «energia vital» refiro‑me à energia da vida e eu estou justamente a fazer isso!
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A razão é que estamos a falar de algo tão elementar, tão básico, tão universal que não existem outras palavras. «Poder de Deus» é o mesmo conceito mas numa outra perspetiva. O poder de Deus é algo universal, não existe uma energia de vida que não seja um poder de Deus. Vemos que não existe uma única criatura viva que não tenha «reiki». Se não tivesse «reiki» não teria vida. Todos os seres humanos têm «reiki», a energia. Nem todas as pessoas têm «reiki», o Sistema Usui de Tratamento por Reiki.
Definir o Reiki pode ser verdadeiramente estranho, prin‑ cipalmente porque no Ocidente o conceito pode ser transpor‑ tado para tantas coisas que nada têm a ver com a essência da energia.
REIKI, A ENERGIA VITAL Quando vais para uma serra onde apenas há natureza, o que sentes? Já experimentaste praticar Reiki na natureza longe de uma povoação? Se já, deves ter sentido como a energia parece ser tão mais imediata. Na nossa sala parece que fazemos um esforço para sentir, na natureza ela está presente. Então, o Reiki é mesmo isso, é uma incrível força vital que se expressa mais intensamente consoante o seu ambiente. No entanto, se uma árvore estiver doente ela não receberá tanto Reiki quanto outra árvore que esteja em equilíbrio. Pode parecer estranho, mas não é. Quando estás doente sentes‑te parado, apenas te apetece estar no sofá, para ver se o teu corpo consegue fazer o menor esforço possível e assim recuperar mais rapidamente, mas muitas vezes a tua ação é não que‑ rer mais nada senão descansar, nem te apetece sair para ires receber Reiki. Esta é uma condição natural que significa que nem sempre conseguimos tratar‑nos e precisamos de auxílio externo, da mesma forma como acontece na natureza. O Reiki está sempre presente, nós é que nem sempre o rececionamos.