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A história da descoberta do hiv/aids, sua transmissão e as manifestações bucais associadas à doença. O texto aborda a importância da descoberta de uma variante mais agressiva do vírus, as técnicas de diagnóstico e tratamento, além de discutir as implicações éticas e sociais da epidemia. Baseado em fontes científicas e é de interesse para estudantes de medicina, odontologia e ciências da saúde.
Tipologia: Trabalhos
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Docentes: Julierme José de Oliveira (Virologia), Jandra Pacheco dos Santos (Bacteriologia), Ronaldo Alves Pereira Junior (Micologia). Discentes: Gabriel Sousa Lorenzo (RA: 202211482), João Correia da Silva Neto (RA: 202211541), Rubya Rodrigues de Freitas (RA: 202211493), Vitória Lima Fernandes (RA: 202113390). GOIÂNIA, 2022
Trabalho Acadêmico de Microbiologia Da Graduação de Medicina Veterinária Do Centro Universitário De Goiás - Goiânia. Docentes: Julierme José de Oliveira (Virologia), Jandra Pacheco dos Santos (Bacteriologia), Ronaldo Alves Pereira Junior (Micologia). GOIÂNIA, 2022
A síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS), foi registrada primeiramente em 1977 nos Estados Unidos, Haiti e África Central, entretanto seu reconhecimento veio em meados de 1981, quando os centros de prevenção e de controle de doenças dos Estados Unidos postou um relatório, anunciando cinco mortes vítimas de AIDS. As vítimas identificadas eram pacientes adultos do sexo masculino, homossexuais, apresentavam pneumonia por Pneumocystis carinii, Sarcoma de Kaposi e comprometimento do sistema imunológico, levando a conclusão que se tratava de uma nova doença infecciosa e transmissível. (GOV, 2016). Em 1983, o HIV-1 foi isolado de pacientes com AIDS pelos pesquisadores Luc Montaigner, na França, e Robert Gallo, nos EUA, recebendo os nomes de LAV (Lymphadenopathy Associated Virus ou Virus Associado à Linfadenopatia) e HTLV-III (Human T-Lymphotrophic Virus ou Vírus T-Linfotrópico Humano tipo lll) respectivamente nos dois países. (GOV,2016). Em 1986, foi identificado um segundo agente etiológico, também retrovírus, com características semelhantes ao HIV-1, denominado HIV-2. No mesmo ano, um comitê internacional aconselhou que o termo HIV (Human Immunodeficiency Virus ou Vírus da Imunodeficiência Humana) fosse usado para denominá-lo, reconhecendo-o como uma zoonose. (GOV, 2016). Pertencendo a família Retroviridae e subfamília Lentivirinae, possui genoma RNA viral se recriando a uma cópia do DNA e se integrando ao genoma do hospedeiro, o HIV é bastante lábil no meio externo, ele é inativo por muitos agentes químicos e físicos. Consegue sobreviver no meio externo por no máximo 1 dia, já as partículas podem sobreviver em uma temperatura ambiente por 15 dias. (GOV, 2016). Não se sabe ao certo qual a origem do HIV-1 e 2, apenas que é uma grande família de retrovírus relacionados a primatas não- humanos, da África sub-Sahariana.(GOV,2016). O HIV- 1 possui dois grupos Major e Outlier, variabilidade genética de até 30%. Grupo M tem 9 subtipos: (A, B, C, D, E, F, G, H e I). Grupo O tem 1 subtipo. O HIV- 2 há 5 subtipos: (A, B, C, D e E). Não se tem conhecimento total sobre, entretanto há a possibilidade de variantes virais terem diferentes índices de transmissibilidade e patogenicidade.
A AIDS como outras pestes pegou o mundo de surpresa, onde a sociedade industrializada ao final do século XX, se dizia ser capaz controlar todas as doenças infecciosas por meio de imunização ou tratamento, essa expectativa imodesta respingou principalmente no HIV devido a dificuldade de efetivar os meios preventivos comprovados (modificação de comportamento, utilização de preservativos, bancos de sangue seguros, utilização de seringas descartáveis), desenvolvimento de medicamentos realmente eficazes e de custo acessível e, ainda, de desenvolver e disponibilizar vacinas.(GRECO,2008). A epidemia grave e mortal no início dos anos 80, envolveu diversos aspectos das relações humanas, sexo, morte e preconceito, a disseminação global da infecção pelo HIV e o envolvimento da sociedade civil clamando por acesso à informação, verbas para pesquisa e novos medicamentos, a oportunidade de expandir a discussão sobre temas complexos (como a sexualidade, morte, uso de drogas ilícitas, confidencialidade) trouxeram subprodutos benéficos. (GRECO,2008). Comparado a outros programas de controle de doenças, o Brasil tem enfrentado corajosamente essa epidemia, com a distribuição (e produção local) de preservativos, a produção local e distribuição de medicamentos anti-retrovirais sem custo adicional para os pacientes, a implantação de rede pública de laboratórios para diagnóstico e acompanhamento de pacientes e suporte para pesquisas. (GRECO,2008). Em relação à ciência, os conhecimentos adquiridos em relação à epidemia da AIDS são realmente admiráveis desde os primeiros casos clínicos relatados em 1981 (Okie, 2006), e, mesmo antes da descoberta do agente etiológico, já se afirmava ser esse infeccioso e sexualmente transmissível. Relacionado a ética a AIDS desnudou uma serie de desafios legais como, Alocação de recursos escassos; Prevenção; Sigilo e confidencialidade; Discriminação; Proteção da saúde pública versus proteção individual (saúde pública versus necessidades individuais); Pesquisa envolvendo seres humanos; Aplicação dos princípios de justiça distributiva. (GRECO,2008). Aids amplificou a necessidade de colaboração internacional, e a Organização Mundial da Saúde (OMS), inicialmente por meio do Programa Global de Aids e seu sucessor, a Unaids, tem tido indiscutível papel nesse processo. Foram criadas outras instituições não-governamentais e filantrópicas, como o Fundo Global para Malária, Tuberculose e AIDS, a Unitaid (para aumentar a disponibilização de anti-retroviriais mediante novos fundos de financiamento) e fundações (Bill and Melinda Gates, Bill Clinton, entre outras). (GRECO,2008). Se por um lado, expande a quantidade de recurso
recorrente (Felipe et Al. 2016; CORREA & ANDRADE; 2005; NEVILLE et Al., 2016; BASTOS 2012; NICO LIELO et al., 2013). Uma característica muito comum do HIV é o aparecimento de lesões bucais, essas lesões podem ser dívidas em 5 grupos sendo eles, grupo 1 infeções fúngicas, grupo 2 infeções virais, grupo 3 condições idiopáticas, grupo 4 infeções bacterianas e grupo 5 lesões neoplásicas. A candidíase por exemplo é considerada uma infecção oportunista, além desta pode haver também a aparição de herpes, normalmente a herpes é encontrada na parte dorsal da língua e dos lábios. É possível notar também o aparecimento de úlceras aftosas e gengivite ulcerativa necrosante. Devido à alta quantidade de sinais clínicos orais são necessários o tratamento com cirurgiões dentistas ajudando a ter uma prevenção e tratamento dessas manifestações. A AIDS também pode acometer os felinos causando a imunodeficiência viral felina, nos gatos pode causar alguns sinais clínicos e até a morte destes animais. A imunossupressão nos gatos também pode causar infeções secundárias. As infeções secundárias normalmente causam alguns sinais como a enterite, gengivite, doença respiratória e dermatite. A imunodeficiência em si acaba causando febre alta, perca de peso devido à falta de apetite. DIAGNÓSTICO, TRATAMENTO E PREVENÇÃO Os testes para detecção, são divididos em quatro grupos: Detecção de anticorpos; Amplificação do genoma do vírus; Detecção de antígenos; Cultura viral. As técnicas usadas são para a detecção de anticorpos contra o vírus, tem um, porém, eles detectam respostas do hospedeiro contra o vírus e não o vírus próprio. (GOV, 2016). Existem outras técnicas que detectam o vírus diretamente e são menos utilizadas, aplicadas apenas em situações específicas: acompanhamento laboratorial de pacientes, mensuração da carga viral para controle de tratamento, exames sorológicos indeterminados ou duvidosos etc. As técnicas são: ELISA (teste imunoenzimático); Western-blot; Imunofluorescência indireta; Radioimunoprecipitação. (FIOCRUZ, 2022). Outros testes para detecção de anticorpos em desenvolvimento, são testes rápidos para estudos de campo, triagens de grandes populações e decisões terapêuticas em emergências, geralmente baseados em técnicas de aglutinação em látex e hemaglutinação. (GOV, 2016).
Já as técnicas de cultura viral são: Cultura de células mononucleares de sangue periférico para isolamento do HIV; Cultura quantitativa de células; Cultura quantitativa de plasma. (GOV, 2016). Em relação ao tratamento existem duas classes de drogas liberadas, as que inibem a transcriptase reversa e as que inibem a protease. Drogas que inibem a replicação do HIV bloqueando a ação da enzima transcriptase reversa, agindo convertendo o RNA viral em DNA, são as Inibidoras da transcriptase reversa. Nucleosídeos: ● Zidovudina (AZT) cápsula 100 mg, dose:100mg 5x/dia ou 200mg 3x/dia ou 300mg 2x/dia; ● Zidovudina (AZT) injetável, frasco-ampola de 200 mg; ● Zidovudina (AZT) solução oral, frasco de 2.000 mg/200 ml; ● Didanosina (ddI) comprimido 25 e 100mg, dose: 125 a 200mg 2x/dia; ● Zalcitabina (ddC) comprimido 0,75mg, dose: 0,75mg 3x/dia; ● Lamivudina (3TC) comprimido 150mg, dose: 150mg 2x/dia; ● Estavudina (d4T) cápsula 30 e 40mg, dose: 30 ou 40mg 2x/dia; e ● Abacavir comprimidos 300 mg, dose: 300 mg 2x/dia. Não-nucleosídeos ● Nevirapina comprimido 200 mg, dose: 200 mg 2x/dia; ● Delavirdina comprimido 100 mg, dose: 400 mg 3x/dia; e ● Efavirenz comprimido 200 mg, dose: 600 mg 1x/dia. Nucleotídeo: ● Adefovir dipivoxil: comprimido, 60 e 120 mg, dose: 60 ou 120 mg 1x/dia.
a um terremoto nos campos da virologia e da infectologia. O atordoamento causado pela aparição de uma enfermidade que matava as pessoas às centenas e que se espalhava rapidamente só tem paralelo ao observado há dois anos entre médicos e cientistas depois do surgimento dos primeiros casos de Covid-19.(FELIX, 2022). A enorme diferença é que, à época, a ciência não dispunha nem de tecnologia nem de conhecimento suficientes para detectar o agente causador tão velozmente quanto o que se viu agora, com o SARS-CoV-2. Das notificações dos pacientes internados com pneumonia em Wuhan, na China, no fim de dezembro de 2019 à nomeação do responsável pela Covid passaram-se quinze dias. Com o HIV foram necessários dois anos. (FELIX, 2022). REFERÊNCIAS GOV:"Aids: etiologia, clínica, diagnóstico e tratamento" Unidade de Assistência. Agost. 201 6. Disponível em; < https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/Aids_etiologia_clinica_diagnostico_tratamento .pdf>. Acesso em: 03 de dez. De 2022. GRECO, Disceu B. A epidemia da Aids: impacto social, científico, econômico e perspectivas. SciELO - Scientific Electronic Library Online , São Paulo, 16 de Nov. 2008. Disponível em < https://www.scielo.br/j/ea/a/wDqrgD5DQM4YZgbqjWbSyYh/?lang=pt>. Acesso em: 03 de dez. De 2022. CDMV, Qual é o Papel Do Médico Veterinário Na Saúde Pública? DOK Hospital veterinário, Rio de Janeiro, 18 de Maio 202 2. Disponível em:https://cursoscdmv.com.br/carreira/papel-medico-veterinario-saude-publica/. Acesso em: 03 de dez. De 2022. FIOCRUZ, HIV: sintomas, transmissão e prevenção, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 13 de fev. 2022. Disponível em:< https://www.bio.fiocruz.br/index.php/br/sintomas-transmissao-e-prevencao-nat-hiv>. Acesso em: 04 de dez. De 2022. NEVILLE,B.W.,etal. Patologia Oral e Maxilo facial. 4ªed.RiodeJaneiro:Elsevier,2016. FELIPE, L. C. S., et al. Pacientes com HIV/AIDS na odontologia e suas manifestações bucais. Journal Of Orofacial Investigation, v.3, 2016.
COM HIV/AIDS PODE APRESENTAR: UMA REVISÃO DE LITERATURA. Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação, [S. l.], v. 7, n. 12, p. 506 – 521,