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Métodos de Separação de Proteínas: Dosagem de Proteínas e Métodos Cromatográficos, Notas de aula de Materiais

Nesta aula, abordamos os assuntos de dosagem de proteínas e métodos cromatográficos para separação de proteínas e imunoglobulinas. Aprenda sobre os métodos baseados em mudanças espectrales, interações com proteínas, e métodos de lowry e biureto. Além disso, saiba como medir o conteúdo de proteínas e separá-las usando cromatografia de troca iônica e gel filtração.

O que você vai aprender

  • Como funciona a interação entre proteínas e reagentes em métodos de dosagem de proteínas?
  • Quais são as vantagens e desvantagens da cromatografia de troca iônica e gel filtração?
  • Qual é a função do método de Lowry na determinação de conteúdo de proteínas?
  • Qual é a importância de dosar proteínas em biologia molecular?
  • Quais são os métodos cromatográficos utilizados para separação de proteínas?

Tipologia: Notas de aula

2022

Compartilhado em 07/11/2022

jacare84
jacare84 🇧🇷

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PURIFICAÇÃO DE IgG ATRAVÉS DE
CROMATOGRAFIA DE TROCA IÔNICA EM
DEAE -CELULOSE
Os assuntos abordados nessa aula são:
- Dosagem de proteínas
- Métodos cromatográficos para separação de
proteinas e para a separação de imunoglobulinas
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PURIFICAÇÃO DE IgG ATRAVÉS DE

CROMATOGRAFIA DE TROCA IÔNICA EM

DEAE -CELULOSE

  • Os assuntos abordados nessa aula são:
  • Dosagem de proteínas
  • Métodos cromatográficos para separação de

proteinas e para a separação de imunoglobulinas

Métodos de Isolamento de Biomoléculas

O isolamento ou purificação de uma proteína é uma etapa que precede

os estudos de suas características físico-químicas, de sua estrutura 3D

e a compreensão de suas propriedades biológicas.

Inicialmente, a estratégia de purificação de uma proteína é empírica, ou

seja, baseada em tentativa-erro, e deve ser desenhada para cada proteína

individualmente. Não há como prever quais métodos serão os mais

eficientes para se purificar uma proteína pela primeira vez.

Métodos de

purificação

1 proteína

isolada

Proteínas de uma célula

ORGANELAS

Lisossomos^ Lisossomos Mitocôndria^ Mitocôndria Golgi Golgi Núcleo Núcleo

SOBRENADANTE

F (^1) F 2 F 3 F (^4)

F (^2) .1 F^2 .2 F (^2).

F (^2) .3.1 F^2 .3.2...... F (^) 2. 3.N

Precipitação com Sal/Solvente

Precipitação com Sal/Solvente

Cromatografia Troca Iônica

Cromatografia Troca Iônica (pH ou resina diferente)

F (^2) .3.N.X

1 Proteína apenas

(0.001g) - 0.1 a 0.5% total

Gel Filtração

MATERIAL BIOLÓGICO DE PARTIDA: (100g)
O fluxograma ao lado representa a
“marcha” de purificação de uma proteína,
mostrando as etapas sucessivas, cada
uma consistindo de método, que levam ao
isolamento de uma proteína presente
numa mistura complexa.
Observe a quantidade de proteínas
(100g) presente no material inicial e
quanto da proteína purificada se obtém no
final (0,001g). Esses números são típicos
para a purificação da maioria das
proteínas, em especial enzimas.
Em cada etapa, a proteína de interesse é
separada das demais com base em uma
propriedade diferente. Consequente-
mente, as proteínas ainda misturadas com
aquela que está sendo isolada são cada
vez mais semelhantes em suas
características físico-químicas, exigindo
métodos cada mais sensíveis , capazes
de explorar pequenas diferenças, para se
chegar à proteína pura.

BCA = ácido 2,2'-Bicinchonínico ou 4,4'-Dicarboxy-2,2'-biquinoline

Reagente Bradford = Coomassie Brilliant Blue G-

Método baseado em uma mudança espectral do reagente, em que dá absorção máxinma a 595 nm (cor azul), quando interage com proteínas. Interação com proteínas se dá através de forças de Van der Waals e ligações iônicas, especialmente com arginina, mas também com resíduos de histidina, lisina, tirosina, triptofano e fenlialanina.

Ìons Cu2+^ reduzidos a Cu+^ em presença de proteínas reagem fortemente com o BCA formando um composto azul,

Reagente de Biureto: sulfato de Cu2+^ em tartarato

Cu2+^ reage com as ligações peptídicas e produz um complexo púrpura com absorção máxima em 540 nm

  1. Cu2+^ é quelado pela proteína [ Cu2+-proteina ]
  2. Reação redox Cu2+^ + (ligações peptídicas) —> [ Cu+^ -proteína]

Ìons Cu2+^ reduzidos a Cu+^ em presença de proteínas e cadeias laterais de aminoácidos aromáticos, Tyr e Trp, e de Cys, reduzem o reagente de Folin-Ciocalteu (ácido fosfo- mobidênio-tungstênio), dando um composto de cor azul.

Método de Lowry

Métodos para medida do conteúdo de proteína:

2.2.- Método:-

2.2.1.- Deixe o volume de tampão imediatamente acima da coluna abaixar

abrindo cuidadosamente a coluna, e aproveite para regular o fluxo da coluna

para 12 gotas por minuto. Quando não houver mais tampão acima da resina e

com a coluna fechada, deve ser adicionada a solução de gama globulina, com

muito cuidado e com o auxílio da micropipeta. Em seguida, abrir vagarosamente

a coluna para deixar a solução de gama globulina entrar na resina, fechando a

coluna quando isso ocorrer. Adicionar, a seguir, com muito cuidado, um volume

de tampão de eluição. Conectar com o frasco de tampão com cânula e sifonado

de modo a permitir um fluxo continuado de tampão para a coluna de resina. Abrir

o fluxo da coluna, começar a colher as frações de 3 ml cada uma, aferindo o

fluxo novamente para 12 gotas por minuto.

2.2.2.- Testar de cada fração colhida, por coloração rápida e com reativo

apropriado em uma microplaca, a presença de proteína, misturando-se l da

fração com l do reativo.

2.2.3.- Faça a leitura das frações colhidas em espectrofotômetro UV, no

comprimento de onda de 280nm, contra um branco de tampão fosfato 0,005M

pH 8,0.

2.2.4.- Faça um pool das frações com maior concentração proteíca e armazene

a -20ºC para ser testada na próxima aula, por imunoeletroforese.

Gama-Globulina

3ml

12 gotas/min

Assunto 04- figura 01

Para remover o excesso de sal ou do solvente no precipitado, utiliza-se a diálise.

-amostra é colocada dentro de um saco feito com uma membrana de celofane com poros
tratados, que permite a passagem de moléculas até 10,000 d.
  • o saco contendo a amostra é imerso em um recipiente contendo o solvente que se deseja
  • excesso de sal ou de solvente se difunde para o solvente
  • após várias trocas de solvente, todo o excesso de sal/solvente terá sido retirado.

Para obter as proteínas precipitadas em solução novamente, é

necessário reverter as condições que levaram à precipitação.

Membrana de celofane

solvente

solução a ser dialisada

Aos precipitados obtidos com sal ou
solvente, adiciona-se água.
Ao precipitado obtido com variação
de pH, retornar ao pH original.
início final

Dt

Concentração Tempo ou volume

Coletor de frações

Funcionamento Básico de uma Coluna Cromatográfica

Uma coluna é um tubo cilindríco aberto nas duas extremidades e preenchido com a resina ou
matriz ou gel cromatográfico. A coluna é constantemente alimentada com líquido (tampão),
banhando a resina e forçando o contacto desta e as moléculas que estão sendo analisadas.
Abaixo está representado o esquema geral de uma cromatografia:

Tempo 1

Mais tampão é colocado na coluna, forçando os componentes da amostra a interagirem com a resina

Componentes da amostra se separam e saem da coluna com diferentes volumes de tampão

Tempo 2 Tempo n

Líquido que sae da coluna é recolhido em tubos de um coletor de frações

Os componentes da mistura são separados por interação diferenciada com a resina, com base em propriedades moleculares como:

  • massa molecular
  • carga elétrica
  • solubilidade
  • afinidade

Amostra com diferentes componentes

Resina embebida em tampão

Tempo zero

Um cromatograma, como o gráfico ao lado, é a maneira usual de se representar o resultado de uma cromatografia.

Cromatografia de gel filtração ou peneira molecular

grãos (beads) da resina com poros

grão da resina poroso

proteína grande proteína pequena

Tampão “empurra” moléculas através da resina

tubos

Na gel-filtração, as proteínas que penetram nos poros da resina precisam diferentes
volumes de tampão para saírem da coluna, conforme suas massas moleculares, percorrendo os
canais internos dos grãos. Quanto maior o número de grãos que cada molécula entrar durante o
percurso através da coluna, maior o volume necessário para sua saída.
Proteínas maiores que o diâmetro dos poros não são separadas e saem da coluna com
pouco tampão, correspondente apenas ao volume da coluna externo aos grãos, também chamado de
volume morto (Vo).
Proteínas menores que o diâmetro dos poros não são separadas e saem da coluna com um
volume de tampão correspondente ao volume interno (Vi, volume total menos o volume do próprio gel).

Moléculas com massas diferentes

Fluxo do tampão

Absorbância a 280 nm
volume
Medida da ativ. biológica

Moléculas maiores

Moléculas menores

Kav

Massa molecular (kD)

20 40 60 80 100 120 mL
25 50 75 100 125 mL
volume de eluição

A cromatografia de gel-filtração possibilita estimar a massa molecular de

uma proteína em seu estado nativo

Além de purificar, por ser realizada em condições de pH, força iônica
e temperatura que preservam a atividade biológica da proteína, a
gel-filtração fornece a Mr do seu estado nativo.
Para isso, é necessário “calibrar” a coluna com proteínas de massa
molecular conhecida, construindo-se uma curva de calibração.
O volume de saída (eluição) de uma proteína numa coluna de gel-
filtração é proporcional ao logaritmo de sua massa molecular.

Curva de calibração

traçado da medida de atividade biológica nas frações

Medir o volume de eluição da fração mais ativa. Transportar para a curva de calibraçao.

Ler a massa correspondente

Observa r a escala log

Como funciona a Cromatografia de Troca Iônica

Adsorção

Eluição

Moléculas com a mesma carga, ou sem carga, não interagem com a resina, sendo as primeiras a sair da coluna

Adição de sal ao tampão resulta em competição entre os íons em solução e as moléculas adsorvidas na resina.

Na+Cl-^ +

A cromatografia de troca iônica compreende duas etapas:
1) adsorção das proteínas com carga contrária à
resina, e saída da coluna das proteínas com a
mesma carga;
2) eluição das proteínas adsorvidas.

+

+ +

No exemplo ao lado, como funciona uma resina catiônica ou
trocadora de ânions, como o DEAE-celulose):
Para a eluição, as condições de adsorção da coluna
(pH ou força iônica) são alteradas para neutralizar a
interação entre as proteínas e a resina.
Mais frequentemente utiliza-se um aumento da
concentração do sal no tampão, pois alterações
de pH podem desnaturar proteínas, levando-as a
precipitar dentro da coluna.

ácido PI

básico

neutro^ -
-COOH -COO
-NH 3
H+
H+
-NH 2

Como funciona a Cromatografia de Troca Iônica

O processo da cromatografia de troca iônica depende da diferença de ponto isoelétrico
das proteínas na amostra e das condições escolhidas de pH e de força iônica.

Proteína P.I. Pepsina <1, Ovalbumina galinha 4, Albumina sérica humana 4, Tropomiosina 5, Insulina bovina 5, Fibrinogênio humano 5, Gama-globulina 6, Colágeno 6, Mioglobina equina 7, Hemoglobina humana 7, Ribonuclease A bovina 7, Citocromo C equino 10, Histona bovina 10, Lisozima, galinha 11, Salmina, salmão 12,

Ponto Isoelétrico de algumas Proteínas

Proteínas apresentam carga positiva quando em meio ácido em relação ao seu PI, e carga negativa, quando em meio alcalino em relação ao seu pI. Nesse caso, a referência para se dizer que o meio é ácido ou básico é o PI da proteína, e não o pH do meio.

A carga das proteínas varia em função do pH do meio, pois o pH influencia o estado de dissociação das cadeias laterais dos aminoácidos ácidos e básicos.

Tipos de Resina de troca Iônica

Tipos de Resina de troca Iônica

Existem vários tipos de resinas de troca iônica disponíveis no mercado.

NOME TIPO GRUPO IONIZÁVEL OBSERVAÇÕES Dowex 1 Fortemente básica Ø - CH 2 N+(CH 3 ) 3 Troca aniônica resina de polistireno Dowex 50 Fortemente básica Ø - SO 3 - H Troca Catiônica resina de polistireno DEAE -celulose Básica Dietilaminoetil Fracionamento de proteínas

  • CH 2 CH 2 N+(C 2 H 5 ) 2 ácidas e neutras CM -celulose Ácida Carboximetil Fracionamento de proteínas
  • CH 2 COOH básicas e neutras DEAE -Sephadex Gel de dextrano Dietilaminoetil Combinação de gel filtração básico - CH 2 CH 2 N+(C 2 H 5 ) 2 e troca iônica de proteínas ácidas e neutras CM - Sephadex Gel de dextrano Carboximetil Combinação de gel filtração ácido - CH 2 COOH e troca iônica de proteínas básicas e neutras
  • Dowex: Dow Chemical Co.; Sephadex: Amersham Pharmacia Biotech; Bio- Gel: Bio Rad Laboratories

Cromatografia de afinidade:

Eluição: condições que interferem na ligação da proteína ao
ligante, como mudanças no pH e/ou força iônica, ou
por competição com o ligante livre

Desprezar proteínas não retidas

Lavagem

Eluição pH 2,0 ou sal

Antígeno A puro

Anti-A interage apenas com a proteína A

-

Mistura de proteínas

Coluna empacotada com esse gel

Partículas de gel recobertas de anticorpos anti-A

Adsorção

Complexo Ag-AC é desfeito

Um dos métodos mais eficientes para a purificação de proteínas, possibilitando um alto rendimento com número reduzido de etapas.

A separação de moléculas tem como base a interação específica do analito (molécula-alvo) com um ligante imobilizado na matriz. Forças envolvidas nessa interação podem ser não covalentes (eletrostáticas,

hidrofóbica, pontes de H)

ou covalentes (p.e., ponte dissulfeto).

Ex: cromatografia de imunoafinidade