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Introdução à Metodologia Científica: Elaboração de Trabalhos Acadêmicos, Transcrições de Metodologia

metodologia cientifica, apostila de metodologia cientifica

Tipologia: Transcrições

2023

Compartilhado em 04/12/2023

rodrigo-lopes-g54
rodrigo-lopes-g54 🇧🇷

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METODOLOGIA CIENTÍFICA
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METODOLOGIA CIENTÍFICA

SUMÁRIO

NOSSA HISTÓRIA

A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empre- sários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criada a nossa instituição, como entidade ofere- cendo serviços educacionais em nível superior. A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a partici- pação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber atra- vés do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do serviço oferecido.

1. INTRODUÇÃO

A Metodologia Científica é, etimologicamente, um discurso sobre o cami- nho que alguém deve percorrer se pretende fazer ciência. Em outras palavras, a Metodologia Científica é uma disciplina que capacita alguém para avaliar méto- dos, identificar limitações e implicações que dizem respeito às suas utilizações. O método é uma série de preceitos abstratos que regulam a ação; a me- todologia é um conjunto de procedimentos utilizados, uma técnica e sua teoria geral. Dessa forma, a metodologia avalia a aplicação do método por meio de procedimentos e técnicas que garantem a legitimidade do conhecimento obtido. Assim, a metodologia se relaciona com a epistemologia, um estudo que tem por objeto a própria ciência, os discursos e as técnicas específicas de cada ciência em particular. Tem interesse pela descrição e análise dos métodos, es- clarece seus objetivos, utilidade e consequências, procura compreender todo o processo de pesquisa científica. A Metodologia Científica relaciona, de forma inseparável, referenciais epistemológicos, métodos e procedimentos técnicos. Quando se decide por um ou mais métodos de pesquisa, o pesquisador deve compreender que sua con- cepção tem uma dimensão fundamentalmente histórica e que depende da espe- cificidade do objeto investigado. Não há uma visão linear, estática e homogênea da investigação científica

  • ou seja, não há um método científico geral onde todas as ciências venham encontrar o seu lugar comum. A importância da Metodologia Científica como disciplina consiste em que ela desenvolve a capacidade do aluno de observar, selecionar e organizar cien- tificamente os fatos. A Metodologia Científica tem como finalidade a formação do espírito cien- tífico. Isto quer dizer, a leitura crítica do cotidiano, o uso sistemático de técnicas de pesquisa, a documentação e, fundamentalmente, a tentativa constante de relação entre a teoria metodológica e a prática da pesquisa. A disciplina orienta o aluno no processo de investigação para que ele possa tomar decisões, ser agente de seu aprendizado no processo de investigação científica. Isso porque ela tem como pressuposto que no aprendizado pela pesquisa o aluno aprende a

2. TIPOS DE TRABALHOS CIENTÍFICOS

Na vida acadêmica você se depara com diversos tipos de trabalhos aca- dêmicos e/ou científicos, dentre eles: Trabalhos de Graduação, Trabalho de Conclusão de Curso, Monografia, Dissertação, Tese e Artigos Científicos. Ou- trossim, cada um desses trabalhos apresenta peculiaridades, como a sistemá- tica, a investigação e a fundamentação. Contudo, mesmo que cada trabalho acadêmico e/ou científico tenha suas peculiaridades e seja elaborado com finalidades específicas, é possível, visuali- zar neles um padrão que compreende, de um modo geral, introdução, desenvol- vimento e conclusão. Por isso, a partir de agora, você terá acesso a algumas peculiaridades sobre os trabalhos acadêmicos e/ou científicos. a) Trabalhos de Graduação: No decorrer da sua graduação, é provável que tenha elaborado trabalhos para disciplinas diversas. Esses não necessariamente tinham como pretensão atingir o cunho cien- tífico dos trabalhos de excelência da área que você estudou, mas oportunizar o desenvolvimento de um raciocínio aos moldes das pretensões científicas. Ou, ainda, pode-se mencionar que os trabalhos de graduação também têm como propósito permitir uma revisão bibliográfica ou literária de um determinado as- sunto ou assimilar conteúdo específicos de uma área cientifica. b) Trabalhos de curso: O Trabalho de Curso (TC), também conhecido como Trabalho de Final ou Conclusão de Curso (TCC), é tido como uma mono- grafia sobre um assunto específico. Este trabalho possibilita a investigação sobre determinados temas ou fenômenos por meio da análise, reflexão e produção textual, bem como, muitas vezes, da defesa oral da pesquisa perante uma banca examinadora. Medeiros (2003, p. 249) ressalta que: Na monografia de gradua- ção, é suficiente a revisão bibliográfica, ou revisão de literatura. É mais um tra- balho de assimilação de conteúdos, de confecção de fichamentos e sobretudo, de reflexão. É, propriamente, uma pesquisa bibliográfica, o que não exclui capa- cidade investigativa de conclusões ou afirmações de autores consultados. c) Monografia: Apesar de haver esta classificação, aceita, inclusive, inter- nacionalmente, são comuns certos equívocos em relação à palavra monografia no que diz respeito a dissertações, teses e trabalhos de fim de curso de gradua- ção. Segundo D’Onofrio (2000, p. 72, grifo do autor): o prefixo grego mono (de

onde derivam palavras como monge, mosteiro, monossílabo, monolítico etc), corresponde ao latino solus (solteiro, solitário, solicitude), significa” um só” e graphein = “escrever”. Como se pode verificar, etimologicamente, monografia define um trabalho intelectual concentrado em um único assunto. A monografia, exigida para a obtenção do título de especialista em alguns cursos de pós-graduação lato sensu , é semelhante ao Trabalho de Final de Curso, apresentado em cursos de graduação. Por isso, para Medeiros (2003), não há razão para falar em três níveis: monografia, dissertação e tese. Ambos são trabalhos monográficos, dissertativos, mas com características distintas. No entanto, tal distinção é usada para diferenciar o grau do acadêmico-graduado (monografia); mestre (dissertação); doutor (tese). Apesar da diferenciação, se- gundo o autor mencionado, o texto não deixa de ser monografia, respeitadas, é claro, suas peculiaridades. d) Dissertação: A dissertação, que paulatinamente está se destinando aos trabalhos de cursos de pós-graduação stricto sensu (mestrado), busca, sobre- tudo, a reflexão acerca de um determinado tema ou problema, o que ocorre pela exposição das ideias de maneira ordenada e fundamentada. Dessa forma, como resultado de um trabalho de pesquisa, a dissertação deve ser um estudo mais completo possível em relação ao tema escolhido. De acordo com a NBR 14724 (2011, p. 2), dissertação é: Documento que representa o resultado de um trabalho experimental ou exposição de um estudo científico retrospectivo, de tema único e bem delimitado em sua extensão, com o objetivo de reunir, analisar e interpretar informações. Deve evidenciar o conhecimento de literatura existente sobre o assunto e a capacidade de sistematização do candi- dato. É feito sob a coordenação de um orientador (doutor) visando à obtenção do título de mestre. Para obter o grau de mestre, segundo Medeiros (2003, p. 249): [...] além da revisão de literatura, é preciso dominar o conhecimento do método de pesquisa e informar a metodologia utilizada na pesquisa. [...] embora não haja preocupação em apresentar novidades quanto às descobertas, o pesquisador expõe novas formas de ver uma realidade já conhecida.

Além disso, o artigo pode ser definido como “publicação com autoria de- clarada, que apresenta e discute ideias, métodos, técnicas, processos e resulta- dos nas diversas áreas do conhecimento” (ABNT, NBR 602 2, 2003, p. 2). A principal característica do artigo científico é que as suas afirmações de- vem estar baseadas em evidências, sejam elas oriundas de pesquisa de campo ou comprovadas por argumentos que sustentem as conclusões expostas no ar- tigo e que passaram pelo crivo da comunidade científica. Isso não significa que o autor não possa expressar seu parecer no artigo, e sim que deve demonstrar para o leitor qual o processo lógico que o levou a adotar aquele parecer e quais evidências ou argumentos tornam consistente a sua ideia e digna de crédito frente à comunidade científica. Para Santos (2007, p. 43), os artigos científicos “são geralmente utilizados como publicações em revistas especializadas, a fim de divulgar conhecimentos, de comunicar resultados ou novidades a respeito de um assunto, ou ainda de contestar, refutar ou apresentar outras soluções de uma situação convertida”. Quanto ao conteúdo do artigo científico, este pode abranger os mais vari- ados aspectos e, além disso, pode, conforme Marconi e Lakatos (2005, p. 262): a) versar sobre um estudo pessoal, uma descoberta, ou dar um enfoque contrário ao já conhecido; b) oferecer soluções a questões controvertidas; c) levar ao conhecimento do público intelectual ou especializado no as- sunto novas ideias, para sondagem de opiniões ou atualização de in- formes; d) abordar aspectos secundários, levantados em alguma pesquisa, mas que não seriam utilizados na mesma.

3. CONCEITOS DE PESQUISA CIENTÍFICA

A pesquisa tem como finalidade a produção de novos conhecimentos atra- vés da utilização de procedimentos científicos. Assim, contribui para o trato dos problemas e processos do dia a dia nas mais diversas atividades humanas, no ambiente de trabalho, nas ações comunitárias, no processo de formação e ou- tros (SILVA, 2008). Muitos autores dedicaram suas obras à publicação de suas percepções e conceitos sobre pesquisa e salientam que trata-se de um processo de perguntas e investigação; além de ser também sistemática e metódica, com o propósito de aumentar o conhecimento humano (COLLIS; HUSSEY, 2005). Assim, a ciência desenvolvida por meio da pesquisa é um conjunto de procedimentos sistemáticos, baseados no raciocínio lógico, com o objetivo de encontrar soluções para os problemas propostos mediante o emprego de méto- dos científicos e definição de tipos de pesquisa (CERVO; BERVIAN, 2002; AL- VES, 1999). O conhecimento torna-se uma premissa para o desenvolvimento do ser humano e a pesquisa como a consolidação da ciência. “A pesquisa, tanto para efeito científico como profissional, envolve a abertura de horizontes e a apresen- tação de diretrizes fundamentais, que podem contribuir para o desenvolvimento do conhecimento. ” (OLIVEIRA, 2002, p. 62). Para o desenvolvimento de qualquer pesquisa científica, é necessária a defini- ção dos procedimentos metodológicos. Assim, o pesquisador deve citar e explicar os tipos de pesquisa que o estudo trata, podendo ser: a) Pesquisa metodológica: Quando são criados métodos e instrumentos para captar informações e se chegar a determinado fim. Esse tipo é mais ligado a caminhos, formas, maneiras e procedimentos para se chegar a alguma solu- ção. b) Pesquisa exploratória: É utilizada quando ainda não se tem muitas in- formações sobre o campo que se pretende abordar. Por isso, naturalmente, ela não é baseada em hipóteses, já que as informações necessárias para isso ainda serão descobertas.

  1. Elaboração da pesquisa bibliográfica e seleção das obras relevan- tes;
  2. Formulação do problema;
  3. Especificação dos objetivos (gerais e específicos);
  4. Justificativa da escolha da pesquisa;
  5. Definição da metodologia a ser empregada;
  6. Coleta dos dados;
  7. Tabulação dos dados;
  8. Análise, comparações e discussão dos dados;
  9. Conclusões;
  10. Relatório final.

4. PROJETO DE PESQUISA

O projeto de pesquisa deverá ser organizado de acordo com a NBR 15285/2005 que determina a estrutura abaixo:

  1. Capa (elemento obrigatório);
  2. Folha de rosto (elemento obrigatório);
  3. Lista de ilustrações (elemento opcional);
  4. Lista de tabelas (elemento opcional);
  5. Lista de abreviaturas e siglas (elemento opcional);
  6. Sumário (elemento obrigatório);
  7. Corpo do texto (elemento obrigatório); → Introdução → Problema Hipóteses (quando couber) → Objetivos Justificativa → Referencial teórico → Metodologia → Recursos humanos, materiais e financeiros (quando necessário) → Cronograma
  8. Referências (elemento obrigatório);
  9. Apêndices (elemento opcional);
  10. Anexo (elemento opcional). 4.1 Introdução Na introdução, devem ser contemplados: delimitação do assunto, obje- tivo(s), a justificativa e outros elementos necessários (metodologia adotada na pesquisa) para situar o tema do artigo. O último parágrafo da introdução deve mostrar para o leitor a estrutura do artigo (por exemplo: Inicialmente se abor- dará... Na sequência... ou Primeiramente... Em um segundo momento...). Ao ler esse último parágrafo, o leitor tem a sensação de encontrar ali uma espécie de sumário e pode ir direto para a seção que lhe for mais interessante alguns verbos usados na formulação de objetivos, de acordo com Silva e Menezes (2001): a) para determinar estágio cognitivo de conhecimento: definir, enunciar, conceituar, nomear, relacionar, etc; b) para definir estágio cognitivo de compreensão: iden- tificar, descrever, distinguir, explicar, expressar, traduzir, analisar, especificar,

c. conversar com seu orientador para concentrar-se nas informações mais relevantes. 4.2 Problema de pesquisa Após a escolha e a delimitação do tema, o próximo passo é a transfor- mação do tema em problema. “Problema é uma questão que envolve intrinseca- mente uma dificuldade teórica ou prática, para a qual se deve encontrar uma solução”. A primeira etapa de uma pesquisa é a formulação do problema, que deve ser na forma de perguntas (CERVO & BERVIAN, 2002, p. 84). A palavra problema não significa uma dificuldade, um obstáculo real à ação ou à compreensão, mas sim o foco, o assunto, o tema específico delimitado e formulado pelo pesquisador para ser alvo de seu estudo e de sua prática. Pode ser uma oportunidade percebida pelo aluno sobre uma temática a ser pesqui- sada. Esse é um dos primeiros itens elaborados em uma pesquisa. (SILVA, 2006). No início de sua pesquisa, você deve elaborar uma ou mais perguntas que se tornem seus questionamentos e que surjam a partir da identificação de uma situação problema. Você deve fazer esta etapa do seu estudo na forma de uma pergunta (interrogativa) que norteará seu estudo e será respondida ao longo da pesquisa. Muitas vezes, as pessoas pesquisam por necessidade ou simplesmente por curiosidade. Então, toda pesquisa começa com uma dúvida, teórica e/ou prá- tica, que o pesquisador tenta entender e para a qual busca uma solução. “Formular o problema consiste em dizer, de maneira explícita, clara, compreensível e operacional, qual a dificuldade com a qual nos defron- tamos e que pretendemos resolver, limitando o seu campo e apresen- tando suas características. Desta forma, o objetivo da formulação do problema é torná-lo individualizado, específico, inconfundível” (RUDIO, 1980, p. 75). Segundo Lakatos & Marconi (1992), para ser considerado apropriado, o problema deve ser analisado sobre os seguintes aspectos de valoração: viabili- dade, relevância, novidade, exequibilidade e oportunidade. Cervo & Bervian (2002, p.85) Complementam colocando que “desde Einstein, acredita-se que é mais importante para o desenvolvimento da ciência saber formular problemas do que

encontrar soluções”. O problema de pesquisa é uma pergunta que deve ser re- digida de forma clara, precisa e objetiva, cuja solução seja viável pela pesquisa. Geralmente, a elaboração clara do problema é fruto da revisão de literatura e da reflexão pessoal (CERVO & BERVIAN, 2002). Segundo Schrader (1974 apud LAKATOS; MARCONI, 2001, p. 103), para que um problema seja cientificamente válido, devem-se considerar as seguintes questões:

  • pode o problema ser enunciado em forma de pergunta?
  • corresponde a interesses pessoais (capacidade), sociais e científicos, isto é, de conteúdo e metodológicos? Esses interesses estão harmonizados?
  • constitui-se o problema em questão científica, ou seja, relacionam-se en- tre si pelo menos duas variáveis?
  • pode ser objeto de investigação sistemática, controlada e crítica?
  • pode ser empiricamente verificado em suas consequências? Com o intuito de esclarecer um pouco mais a formulação do problema, leia o relato de Gil (2006, p. 49 - 50): [...] na acepção científica, problema é qualquer questão não resolvida e que é objeto de discussão, em qualquer domínio do conhecimento [...] pode-se dizer que um problema é testável cientificamente quando envolve variáveis que podem ser observadas ou manipuladas. As pro- posições que se seguem podem ser tidas como testáveis: Em que me- dida a escolaridade determina a preferência político-partidária? A des- nutrição determina o rebaixamento intelectual? Técnicas de dinâmica de grupo facilitam a interação entre os alunos? Todos estes problemas envolvem variáveis suscetíveis de observação ou de manipulação. É perfeitamente possível, por exemplo, verificar a preferência político- partidária de determinado grupo, bem como o seu nível de escolari- dade, para depois determinar em que medida essas variáveis estão relacionadas. Portanto, lembre-se: o problema de pesquisa não necessariamente é uma dificuldade, algo negativo, podendo ser uma oportunidade (positivo) e sempre em forma de questionamento.

Segundo Cervo & Bervian (2002), os objetivos definem a natureza do tra- balho, o tipo de problema, o material a coletar, etc. O objetivo geral refere-se a uma visão global e abrangente do tema de pesquisa. Ele está relacionado com o conteúdo intrínseco dos fenômenos, dos eventos ou das ideias estudadas (LAKATOS & MARCONI, 1992). Cervo & Ber- vian (2002, p. 83) complementam afirmam que, no objetivo geral, “[...] procura- se determinar com clareza e objetividade, o propósito do estudante com a reali- zação da pesquisa”. De acordo com Lakatos & Marconi (1992), os objetivos específicos apresentam um caráter mais concreto. A sua função é intermediária e instrumental porque auxilia no alcance do objetivo geral e, ainda, permite aplicá-lo em situações par- ticulares. Para Cervo & Bervian (2002, p. 83), definir objetivos específicos significa aprofundar as intenções expressas nos objetivos gerais, as quais podem ser: mostrar novas relações para o mesmo problema e identificar novos aspectos ou utilizar os conhecimentos adquiridos para intervir em determinada realidade. “Na definição dos objetivos deve-se utilizar uma linguagem clara e direta como: meu objetivo com esta pesquisa é...”. A linguagem deve ser objetiva, precisa e clara. Do ponto de vista técnico, o objetivo deve sempre iniciar com um verbo no infinitivo, representando a ação que se quer atingir e concluir com o projeto, como: compreender, constatar, ana- lisar, desenvolver, capacitar, entre outros. Os objetivos classificam-se em obje- tivo geral e objetivos específicos (SILVA, 2006). O objetivo geral refere-se diretamente ao problema do trabalho. Inicia-se a frase do objetivo geral com um verbo abrangente e na forma infinitiva, envol- vendo o cenário pesquisado. Já os específicos podem ser considerados uma apresentação pormenorizada e detalhada das ações para o alcance do objetivo geral. Também são iniciados com verbos que admitam poucas interpretações e sempre no infinitivo (SILVA, 2006). O verbo utilizado no objetivo geral deve ser amplo e não aparecer também em algum um objetivo específico do mesmo projeto. Pense que em um bom pla- nejamento, assim como em uma execução e desenvolvimento, é fundamental que se tenha de maneira clara qual objetivo se deseja alcançar (SILVA, 2006).

Quadro 1 - Verbos sugeridos para objetivos 4.5. Justificativa A justificativa compreende a apresentação de forma clara e objetiva das razões de ordem teórica e ou prática que fundamentam a pesquisa. Justificam- se a escolha do tema, a delimitação realizada e a relação que o pesquisador possui com ele. “Procura-se aqui demonstrar a legitimidade, a pertinência, o in- teresse e a capacidade do aluno em lidar com o referido tema” (CERVO & BER- VIAN, 2002, p. 127). Para Lakatos & Marconi (1992), é a parte do trabalho que apresenta res- postas à questão do porquê da realização da pesquisa. É de suma importância para conseguir financiamento para a pesquisa e para demonstrar a relevância da mesma. Deve enfatizar: a) o estágio em que se encontra a teoria respeitante ao tema; b) as contribuições teóricas que a pesquisa pode trazer; c) importância do tema do ponto de vista geral; d) importância do tema para os casos particulares em questão;