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ETIOLOGIA, DEFINIÇÃO, CATEGORIAS, TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO, TRATAMENTOS, EFICÁCIA, AVALIAÇÃO CONFIÁVEL, PROGNÓSTICO PRECOCE, FOCO NO AUTOTRATAMENTO, MELHORES RESULTADOS, PREVENÇÃO DA RECORRÊNCIA, SEGURO, EFICIENTE E RÁPIDO, APLICAÇÃO EM QUALQUER ESTÁGIO, MÉTODO VERSÁTIL, REDUÇÃO NO USO DE MEDICAÇÃO, AUTOSSUFICIÊNCIA DO TRATAMENTO, PREVENÇÃO DAS DORES, MAIOR CONSCIÊNCIA CORPORAL DO PACIENTE, MENOR CUSTO PARA O PACIENTE, INDICAÇÕES E CASOS QUALITATIVOS.
Tipologia: Teses (TCC)
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“Todo mundo é capaz de dominar uma dor, exceto quem a sente.” William Shakespeare RESUMO Tendo em vista o conforto do enfermo, a presente pesquisa explora o método Mckenzie, a fim de compreender os benefícios de sua aplicação. Para tanto, é necessário analisar as empregabilidades, categorias e o diagnóstico. Realiza-se, então, uma pesquisa exploratória. Diante disso, verifica-se que os resultados se demonstraram satisfatórios com a melhora significativa da dor o que impõe a constatação da efetividade das práticas. Palavras-chave: Mckenzie. Método. Efetividade. Dores. ABSTRACT View of the patient's comfort, this research explores the Mckenzie method in order to understand the benefits of its application. For that, it is necessary to analyze employability, categories and diagnosis. Then, an exploratory research is carried out. In view of this, it appears that the results proved to be satisfactory with a significant improvement in pain, which requires the verification of the effectiveness of practices. Keywords: Mckenzie. Method. Effectiveness. Pains.
Figura 1 : Demonstração dos exercícios........................................................... 19
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística apontou que o problema mais comum entre os brasileiros é a dor nas costas, que atinge mais de 16% da população ativa e é a doença crônica que mais causa afastamento no trabalho. Diante disso, segundo a publicação, oito em cada dez brasileiros vão ter dor nas costas ao longo da vida. Nessa perspectiva, diante do contingente de casos, percebe-se a necessidade de evidenciar a efetividade e as aplicações do método Mckenzie no tratamento da má postura, desarranjo e da disfunção que interferem diretamente no bem estar do indivíduo.
O presente trabalho se justifica pela necessidade da prática do método Mckenzie, que por sua vez auxilia efetivamente no conforto do enfermo. Dessa forma, espero contribuir com o tema apontando as utilidades do método na redução de dores, a fim de que promova aos acometidos alívios e bem estar.
A descoberta da efetividade do método Mckenzie se deu em 1956, a partir da observação de um acaso de padrões em um paciente, por Robin Mckenzie. No qual foram submetidas alterações de posicionamentos físicos, que influenciaram na desaparição da dor existente. Minha primeira experiência com o que chamei de 'Centralisation Phenomenon' (Fenômeno da Centralização) ocorreu em
envolvimento ativo do paciente e a participação na gestão de sua queixa. O Método McKenzie é uma das filosofias de tratamento mais reconhecidas para queixas musculoesqueléticas no mundo. A estratégia de gestão reconhece a natureza biopsicossocial das queixas musculoesqueléticas e incentiva a gestão efetiva do paciente. 2.3. CATEGORIAS É necessária uma avaliação inicial para analisar características da dor e classificar pacientes como tendo Síndrome Postural, Síndrome da Disfunção ou Síndrome do Desarranjo. A Síndrome Postural é identificada quando as queixas ocorrem pela manutenção em uma determinada posição, tal como: lavar louça, ficar sentado ou até mesmo deitado. Os tecidos são sadios e os sintomas cessam brevemente ao liberar a tensão no local, ou seja, mudança ou adaptação da postura. O tratamento neste caso, consiste na educação quanto ao alinhamento errôneo (decúbito dorsal, sedestação, ortostatismo, marcha e AVDs), ergonomia (em casa ou no trabalho) e mecânica corporal adequada. Quando não abordada, esta condição, a longo prazo, poderá evoluir para a Síndrome da Disfunção. A Síndrome da Disfunção ocorre quando os tecidos moles (músculos, tendões, fáscia e cápsula articular) estão encurtados e inelásticos, levando a diminuição da mobilidade articular, fraqueza muscular, alinhamento defeituoso, ou seja, desequilíbrio do sistema musculoesquelético e o início de limitações funcionais. No entanto, a movimentação não desencadeia dor e nem irradiação, é apenas referida ao final de determinados movimentos. Nestes casos, a fisioterapia já tem um papel importante, porém na maioria dos casos os profissionais somente são recrutados quando há uma piora do quadro clínico, ou seja, quando chega a Síndrome do Desarranjo. Na Síndrome do Desarranjo a dor é constante, intensa, incapacitante e por vezes irradiada, comprometendo os movimentos e agravando os sintomas. Algumas alterações como hiper cifose torácica, escoliose e torcicolo poderão estar presentes, assim como queixas de rigidez progressiva, má postura ou a sensação de que a cervical ou lombar estão “fora” do local ideal. O fisioterapeuta precisará atuar na
estabilização de possíveis locais hiper móveis, fazer uso de terapia manual sobre segmentos rígidos, hipomóveis e usar o raciocínio de terapia mecânica proposto pelo método McKenzie. 2.4. TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO A avaliação do MDT pode determinar com precisão um diagnóstico mecânico e um plano de tratamento subsequente que corresponda a esse diagnóstico. Ao compreender o comportamento mecânico da queixa apresentada, o médico é capaz de formular uma estratégia de tratamento que seja lógica, fácil de implementar e tenha um efeito previsível sobre os sintomas do paciente. Permite que o médico reconheça rapidamente quais pacientes podem se beneficiar do tratamento, reduzindo assim a necessidade de exames radiológicos caros e demorados. O processo de avaliação também permite a identificação de apresentações 'não mecânicas' que possam exigir mais investigação ou estratégias alternativas de gestão. A filosofia do Método McKenzie se baseia na avaliação, tratamento e prevenção. Sendo uma avaliação mecânica exclusiva que objetiva identificar rapidamente a origem do problema ou a causa da dor. O tratamento será realizado utilizando as informações colhidas durante a avaliação, onde o terapeuta prescreverá um exercício específico que poderá ser realizado durante as sessões, em casa ou no trabalho. Sendo assim, o MDT visa tanto a solução dos sintomas atuais quanto a prevenção, a longo prazo, diminuindo o risco de reincidência. A avaliação inicial destina-se a coletar dados referente às posturas e tempo que o indivíduo permanece nas mesmas, durante as atividades de vida diária (AVDs), tanto para estudar quanto em sua atuação profissional. Esta avaliação permite analisar se o início da dor, é oriunda de carga estática sustentada, dinâmica, se possui relação com a ergonomia de trabalho, se a queixa álgica diminui ou desaparece ao deixar a postura causadora, se o surgimento da dor ocorre ao tentar- se alcançar uma amplitude de movimento (ADM) máxima específica ou aparece durante qualquer parte do arco de movimento e gera comprometimento funcional. A partir dos dados obtidos na avaliação, os pacientes podem ser classificados como
aumentando sua satisfação com os exercícios realizados tanto na clínica quanto em casa, com o foco de abolir a dor e recuperar função da coluna ou da articulação. Ao identificar o movimento que minimiza a dor, ele será inicialmente selecionado para principiar o tratamento, objetivando diminuir a intensidade, frequência ou local da dor (centralização). Caso seja o movimento de extensão, o mesmo poderá ser realizado com o paciente em decúbito ventral apoiado sobre cotovelos, antebraços e mãos, evoluindo para extensão de cotovelos e apoio apenas nas mãos (Figura 1, Imagens 1A e 1B). Além disso, ensina-se o paciente como fazer a postura em ortostatismo (Figura 1, Imagem 1C) poderá ser feita com o paciente em decúbito dorsal, tendo seus joelhos abraçados contra o tórax, progredindo para flexão de tronco e quadril unilateral com apoio a frente em posição bípede ou levar as mãos ao solo em ortostatismo (Figura 1, Imagens 1D, 1E e 1F). O desvio lateral é mais utilizado nos casos de escoliose, com a correção inicial realizada pelo fisioterapeuta e posteriormente em ortostatismo frente ao espelho, para enaltecer a posição ideal ao paciente (Figura 2, Imagens 1G, 1H e 1I). Indicam-se duas séries de 10 a 15 repetições, sustentadas por 1 e 2 segundos, com o paciente sempre tentando alcançar a máxima amplitude de movimento. Apesar da opção primária por um determinado movimento, à medida que o paciente evolui, todos os movimentos deverão ser adicionados ao tratamento, a fim de proporcionar maior elasticidade tecidual. Para complementar, o método propõe mobilizações e manipulações articulares.
Figura 1 Artioli DP, Bertolini GRF. Método McKenzie 2.6. EFICÁCIA 2.6.1. Avaliação confiável Para ser eficaz, qualquer sistema de tratamento deve ser baseado em uma avaliação sólida e um diagnóstico ou classificação precisa. Pesquisa científica apoia a confiabilidade do sistema McKenzie e pode ajudar a melhorar ainda mais a educação formal. Inúmeros estudos fornecem dados sobre as prevalências, demonstram a integralidade do sistema e a validade do processo de diagnóstico. 2.6.2. Prognóstico precoce Os pacientes buscam informações sobre seu prognóstico estimado. O processo de avaliação de McKenzie permite prever o prognóstico do paciente principalmente dentro de consultas.
Uma das principais vantagens do método é a possibilidade de seu uso mesmo nos momentos de dor aguda, subaguda e crônica. Assim, não é preciso esperar uma melhora do quadro clínico para realizar uma avaliação e iniciar o tratamento com o método, desde que você esteja sendo orientado por um fisioterapeuta que domina o método Mckenzie 2.6.8. Método versátil Pode ser aplicado para vários tipos de dor e outros problemas na saúde, pois seus objetivos são: Reduzir os sintomas através de exercícios, recuperar completamente a função, prevenir reincidência, por isso sua eficiência pode ser comprovada nos mais diversos casos e diagnósticos. 2.6.9. Redução no uso de medicação O método não depende do uso de medicações e outras intervenções. Assim, a reabilitação é segura ou sem efeitos colaterais do uso de medicações para o paciente. Além disso, o método garante que a causa do problema está sendo solucionada, não sendo apenas um tratamento paliativo. 2.6.10. Autossuficiência do paciente O método está baseado no ensinamento das técnicas para o paciente, de modo que ele próprio possa praticar em casa ou em qualquer lugar que o paciente esteja, sem a necessidade de equipamentos, dando a total independência ao paciente. Sem a necessidade de equipamentos. Isso permite que seus resultados se estendam a curto, médio e longo prazo durante seu processo de reabilitação, já que o paciente pode continuar o tratamento, continuamente e o mais importante, de forma preventiva. 2.6.11. Prevenção das dores Diante desses dois pontos que falamos acima, é possível solucionar não apenas as dores atuais, mas também a incidência de novas crises a longo prazo. O fisioterapeuta especializado no método também ensina o paciente a identificar as atividades, movimentos e posturas que pioram e melhoram o paciente, de forma a prevenir problemas no futuro e dando a autonomia do resultado posterior ao tratamento para o paciente. 2.6.12. Maior consciência corporal para o paciente
Ao ensinar e educar o paciente sobre os exercícios há uma melhora da percepção e consciência corporal um maior incentivo para uma consciência corporal, de forma que ele passa a compreender melhor como seu corpo funciona, quais são as posições e posturas que propiciam maior dor. Além do fisioterapeuta indicar quais são as posturas mais adequadas para seu dia a dia, minimizando, assim, o risco de novas ocorrências. 2.6.13. Menor custo para o paciente O auto tratamento é uma forma mais rápida, eficaz e com menor custo do que os tratamentos tradicionais, principalmente por utilizar exercícios para a reabilitação do paciente, sem depender de substâncias químicas e outros métodos complementares. Além disso, são utilizadas poucas sessões para obter o resultado esperado. A média para que o paciente tenha alta é entre 5 e 8 sessões, na maioria dos casos quando aliado com a autorresponsabilidade do paciente na realização dos exercícios prescritos. Por isso, ele já é recomendado por médicos e até por companhias de seguro saúde. 2.7. INDICAÇÕES O Método McKenzie é indicado para todas as pessoas que, em algum momento, sofreram com uma crise de dor nas costas, seja na região cervical, torácica ou lombar e que estejam evitando determinados movimentos para minimizar a dor; quem sente algum tipo de rigidez no corpo ou tem dificuldades de levantar após ficar sentado por muito tempo, todos aqueles que apresentam algum tipo de dor e desconforto nas articulações após ficar muito tempo sentado, todos que sentem dores, formigamentos ou algum tipo de dormência na região do pescoço, ombros, braços, mãos, tornozelos e pés; pessoas que sentem dor contínua e persistente (podendo se estender a anos) na coluna lombar baixa, quadril, púbis e cóccix, quem tem dor na coluna sacro lombar e sente a irradiação para pernas e pés, pessoas que sofrem de dor de cabeça, ATM, bruxismo, dores faciais; lesões articulares diversas; lesões musculotendíneas; DORT (LER);fibromialgia, pós operatórios, hérnia de disco, osteoartrose, dor no quadril, dor sacral e na região púbica, condromalácia patelar; desgaste articular no joelho e para todos aqueles
PETERSEN et al (2011) compararam o método McKenzie com o uso de manipulação articular, ambos tendo adicionado o uso de orientações, em pacientes com dor lombar (com ou sem dores na perna, sendo que a maioria dos pacientes tinham dor crônica) que apresentavam centralização ou periferização da dor. Houve maior melhora da incapacidade funcional no grupo tratado com o método McKenzie, nas comparações de 2 e 12 meses após o tratamento, sendo que nos 2 meses pós tratamento houve maior número de indivíduos relatando sucesso com o tratamento do método McKenzie. BROWDER et al (2007), num estudo clínico randomizado, compararam dois grupos de indivíduos com dor lombar cuja dor irradiava para abaixo dos glúteos e que obtinham centralização com movimentos de extensão, sendo que um dos grupos recebeu tratamento baseado no método McKenzie (repetidas extensões em decúbito ventral e em pé e outras atividades) e o outro realizou fortalecimento da musculatura de tronco. Houve uma melhoria da função maior no grupo que realizou exercícios baseados no método McKenzie nas reavaliações (após 1 semana, 4 semanas e 6 meses do fim do tratamento), enquanto somente na 1ª semana após o tratamento a melhora da dor foi significativa em relação ao grupo que realizou fortalecimento. SKIKIC et al (2004) comparou um tratamento baseado no método McKenzie com um baseado no método Brunkow para melhorar a mobilidade da coluna, observando que o método McKenzie foi mais eficaz para atingir esse objetivo. MOFFETT et al (2006) compararam dois grupos de pacientes que tinham dor lombar ou cervical, sendo que um realizou tratamento baseado no método McKenzie, e o outro realizou tratamento fisioterapêutico baseado na terapia comportamental-cognitiva, sendo que ambos os grupos obtiveram resultados semelhantes. Porém, o grupo McKenzie apresentou maior satisfação com o tratamento, e uma análise posterior realizada por MANCA et al (2007) concluiu que o método McKenzie tinha melhor custo-benefício. GARCIA et al (2011) obtiveram resultados semelhantes tanto na diminuição da dor quanto no desempenho funcional de indivíduos tratados ou com o método McKenzie ou com a participação numa Escola de Coluna (que, dentre as atividades, estavam inclusos alongamentos musculares e exercícios de fortalecimento
abdominal). GARCIA et al (2013) fizeram o mesmo, encontrando melhores resultados no desempenho funcional nos indivíduos que foram tratados com o método McKenzie. O método de Terapia Mecânica e Diagnóstico (McKenzie) apresenta um processo de avaliação que tem se demonstrado bastante confiável (exceto na avaliação da presença do (“lateral shift”), do qual se destaca a avaliação da existência ou não da centralização, cuja presença indica a tendência a um melhor prognóstico, assim como indica também que a dor lombar se origina dos discos intervertebrais. Porém, houve um grau de consistência na obtenção de benefícios, seja a diminuição da dor, a satisfação ou melhora funcional, em praticamente todas as pesquisas, o que nos permite dizer que o método traz benefícios e que, dessa forma, tem utilidade clínica comprovada.