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Guias e Dicas
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Renascença Italiana: Cidades, Artistas e Obras-primas, Provas de Artes

Este documento oferece um panorama do renascimento italiano, concentrando-se em duas cidades-chave - florença e urbino - e em seus respectivos mecenas, artistas e obras-primas. Ao longo do texto, são apresentados artistas como masaccio, piero della francesca, sandro botticelli, leonardo da vinci e rafael sanzio, bem como suas obras-primas, como a 'cúpula de santa maria del fiore' de brunelleschi, 'a trinità' de masaccio, 'a última ceia' de leonardo da vinci e 'a escola de atenas' de rafael sanzio. Além disso, o documento aborda a influência dos mecenas medici em florença e os condes montefeltro em urbino.

O que você vai aprender

  • Quem foram os principais artistas do Renascimento italiano e quais foram suas obras-primas?
  • Quais foram as principais inovações artísticas e arquitetônicas do Renascimento italiano?
  • Em que aspectos as cidades de Florença e Urbino se destacaram durante o Renascimento?
  • Quais são as principais cidades do Renascimento italiano e quais foram as suas contribuições para o período?
  • Como os mecenas desempenharam um papel importante no Renascimento italiano?

Tipologia: Provas

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Amazonas
Amazonas 🇧🇷

4.4

(80)

224 documentos

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MESTRES DO
RENASCIMENTO
NO CCBB-SP -
OBRAS-PRIMAS
ITALIANAS
SELEÇÃO DE 57 OBRAS-PRIMAS DE
GRANDES MESTRES
PROVENIENTES DE IMPORTANTES
COLEÇÕES DA ITÁLIA.
[PARTE 1: FLORENÇA E URBINO]
Instituto de Artes da UNESP
Prof. Dr. Percival Tirapeli
Rafael [Raffaello Sanzio]
(Urbino, Itália, 1483 - Roma, Itália, 1520)
Cristo Benedicente, 1506
[Cristo Abençoando], óleo sobre madeira,
31,6 x 25,4 x 1,5 cm
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MESTRES DORENASCIMENTONO CCBB-SP -OBRAS-PRIMASITALIANAS

SELEÇÃO DE 57 OBRAS-PRIMAS DE

GRANDES MESTRES PROVENIENTES DE IMPORTANTES

COLEÇÕES DA ITÁLIA. [PARTE 1

: FLORENÇA E URBINO]

Instituto de Artes da UNESP

Prof. Dr. Percival

Tirapeli

Rafael [Raffaello Sanzio] (Urbino, Itália, 1483 - Roma, Itália, 1520)

Cristo Benedicente, 1506

[Cristo Abençoando], óleo sobre madeira,

31,6 x 25,4 x 1,5 cm

OBRAS EM EXPOSIÇÃO São 48 pinturas, dois desenhos, umaporta

entalhada,

quatro

esculturas,

um^

afresco

destacado

e um

baixo-

relevo em mármore para apresentarao público.^ Sandro

Botticelli (Florença, Itália, 1445-1510) Duomo di Santa Maria delCestello Annunciation [Anunciação] (detalhe)

1489-1490 Tempera sobre madeira19.1 x 31.4 cm

Palazzo Vecchio,Fachada Florença, Itália

A PERSPECTIVA Ao contrário de outros períodos da história da arte ocidental, o Renascimentodemarca um momento decisivo em direção à modernidade, quando o fazer artísticopassa a adquirir o estatuto de uma atividade também intelectual, deixando de serreconhecida apenas como uma habilidade manual. Passam a ser valorizadas assoluções formais que cada artista realiza, promovendo um novo modo derepresentação espacial, agora marcado pelo emprego da perspectiva. Palazzo Vecchio, Salone dei Cinquecento.

Florença, Itália

Alessandro Filipepi, dito

Sandro Botticelli

(Florença, Itália

,^ 1445-1510),

Allegoria della Primavera,

c. 1482–

[Alegoria da Primavera].

têmpera sobre painel. 207,0 x 319,0 cm

FLORENÇA Sete escultores participaram do concurso do Batistério em que cada um deveria criar uma placa debronze com tema preestabelecido e de um dado formato:

Sacrificio d’Isacc o

[Sacrifício de Isaac],

tema bíblico a ser inscrito no perímetro mistilíneo de um “compasso” polilobado de 45,0 x 38,0centímetros.Das placas apresentadas, Brunelleschi foi o inovador mais avançado, o experimentador maisousado, não apenas escultor, mas arquiteto, engenheiro, inventor, cientista, que, concentrando-sejustamente no Batistério com uma de suas famosas “tavolette” e dedicando outra ao Palazzo deiSignori, hoje conhecido como Palazzo Vecchio, demonstrou os princípios da perspectiva linear: umanorma para a representação do espaço que guiaria as artes e também inspiraria os grandesprogressos da cartografia, influenciando os métodos de percepção e medida da Terra, e abrindo defato a era das grandes viagens de exploração e chegada a novas terras, como o ContinenteAmericano.Protagonista da visão em perspectiva, o homem passava a se colocar no centro de todas as coisas,alinhado com o pensamento humanista que se alimentava de fontes clássicas: os textos antigos,redescobertos nas bibliotecas dos monastérios ou levados pelos prelados gregos ao Concílio paraa união das Igrejas do Oriente e do Ocidente (1439), originais que, como ouro puro,enriqueciam aliga do cadinho florentino dos saberes.

BRUNELLESCHI Nessa cidade de torres, basílicas, palácios, atividades visionáriasdestinadas

a^

se^

prolongar

por

décadas,

ateliers

de

pintores,

escultores

e^

artesãos,

animada

por

uma

intensa

vida

civil

e

religiosa, ergueu-se a cúpula oitavada de Santa Maria del Fiore,obra-prima de arquitetura e ciência da construção concebida porBrunelleschi com audácia inovadora e terminada em 1436, “(...)estrutura tão grande, ereta sobre os céus, ampla a ponto de cobrircom sua sombra todos os povos toscanos, feita sem qualquerajuda de travamentos ou estrutura de madeira (...)”, segundo oentusiasmado relato de Leon Battista Alberti (1404-1472).Estavam ativos naquele tempo artistas como Donatello (c. 1386-1466), Luca Antonio Della Robbia(1400-1482), Michelozzo (1396-c. 1472), Fra’ Angelico (1395-1455), Paolo Uccello (1397-1475).

Lorenzo Ghiberti (Pelago, Itália, 1378 - Florença, Itália, 1455) Portas do Batistério de Florença.10 cenas bíblicas.

Trabalhou 23 anosna construção daporta (1401-1424)

Portas do Batistério As duas plaquetas, assim como os dois artistas, permanecem como o mais eloquentesímbolo da alvorada de um novo dia nas artes, cuja luz se irradiará de Florença para todaa Itália. A relação direta coma herança da Roma clássica, o ímpeto expressivo eo vigor compositivo se manifestam em Brunelleschi. A elegância do gótico internacional, odomínio intuitivo do espaço e a harmonia de uma antiguidade mais sonhada do queconhecida unem-se em Ghiberti.Este último, vencedor do concurso, trabalhou por toda a vida nas portas do Batistério: aprimeira com histórias evangélicas (1401-1424) e a segunda, de beleza e fama suprema,com histórias bíblicas, conhecida como

Porte d’Oro

ou^

Porte del Paradiso

[Porta de Ouro

ou Porta do Paraíso] (1425-1452), misteriosas gravuras de Urbino com nítidas vistasurbanas em perspectiva, de autor ou autores desconhecidos, das quais duas certamentetêm a mesma origem (hoje em Urbino e em Baltimore) e uma terceira ligada às anteriorescom alguma margem de incerteza (hoje em Berlim).

PERSPECTIVA Em Pesaro, resplandecia o Retábulo do veneziano

Giovanni

Bellini (c.1435/1438-1516).

No Palazzo Ducale em Urbino, da nítida espacialidade (que se adensava no preciosointerno do Studiolo) foi forjada uma visão de mundo límpida e racional, expressa em artepelas composições de rarefeita e geométrica abstração de Piero ou de Laurana, mastambém pelos estudos e pelas aplicações científicas. A norma da perspectiva codificadaem Florença e dominada por Paolo Uccello inspirou a Piero o controle da figura humana,de seu espaço, da natureza.

BOTICELLI E PIERO DELLA FRANCESCA Pintor refinado e investigador tanto do sagrado quanto do profano, comquadros

extraordinários

como

a^

Allegoria

della

Primavera

[Alegoria

da

Primavera] (c. 1482) e o

Nascita di Venere

[Nascimento de Vênus] (1485)

,

reuniu em harmoniosas imagens mitológicas a delícia profana da era deLorenzo; mas, com as dramáticas últimas pinturas, trouxe à baila a angústiacausada

na

cidade

pela

pregação

apocalíptica

do

frade

dominicano

Girolamo

Savonarola (1452-1498), protorreformador excomungado por Alexandre

VI

Borgia

(1431-1503)

e^

condenado

à^

forca,

em

circunstante, por meio da proporção e da luz.O próprio

Piero

della

Francesca, com Luca Pacioli (1445-1517), cultivou a

geometria. A exaltação da guerra, através da marchetaria e relevos dearmas, aludia às afortunadas campanhas militares do duque e também aoscontínuos progressos da tecnologia bélica. A culta e educada corte dosMontefeltro teria servido de modelo para o escritor mantuano

Baldassare

Castiglione (1478-1529) para a sua célebre obra

Il Cortegiano

[O Cortesão]

(escrita entre 1513 e 1524, e impressa em 1528): diálogo em quatro livrosque ensina como se tornar um perfeito cortesão ou uma dama elegante.

Piero

della

Francesca (Úmbria, Itália, 1415 -Borgo San Sepolcro, Itália, 1492) Ritratto di Federico da Montefeltro,

c.

1472 [Retrato de Federico de Montefeltro]óleo sobre tela47,0 x 33,0 cmGalleria degli Uffizi

Palazzo

Ducale

,

Alcova de Federico [Ducal Palace , Federico alcove]

(Urbino, Itália)

Galleria Nazionale delle Marche

Palazzo

DucaleFachada

[Ducal Palace , Federico alcove]

(Veneza, Itália)

RAFAEL^ Foi justamente de um homem de corte, além de artista,

Giovanni

Santi (c. 1435- 1494), que o pintor e poeta

Rafael (1483-1520)

recebeu os seus primeiros ensinamentos, estando destinado a setornar um dos maiores artistas de todos os tempos.Apesar de ter ficado órfão cedo, Rafael, como titular do atelierpaterno, pôde contar com a heterogênea cultura artística de Urbino, oque pode ser confirmado pela imensa reunião de obras-primas quepodem ser vistas no Palazzo Ducale.Vamos

deixá-lo aqui, muito jovem,

como

possível

autor de uma

Madonna col Bambino

[Virgem com Menino], afresco que foi retirado

da casada família Santi, em Urbino, e tradicionalmente é atribuído aele, em torno de 1497-1498.

Andrea

Mantegna (Ilha de Carturo, Itália, 1431Mântua, Itália, 1506) Camera Picta o Cameradegli sposi, 1465-1474 [Sala Picta ou Quarto dosnoivos]Afresco (detalhe do teto)