Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

Medidas Mitigativas nos Polos Geradores de Tráfego, Transcrições de Controle de Tráfego e Regulação

Polos Geradores de Tráfego Efeitos Indesejáveis Medidas Mitigativas Cidade Inteligente Smart City IoT

Tipologia: Transcrições

2023

Compartilhado em 26/11/2023

fluffy-gamer
fluffy-gamer 🇧🇷

2 documentos

1 / 14

Toggle sidebar

Esta página não é visível na pré-visualização

Não perca as partes importantes!

bg1
Aluno: Valdênio de Lima Tito
(Fonte da imagem: https://aeonmall-vietnam.com/en/)
POLOS GERADORES DE TRÁFEGO
São por definição polos geradores de tráfego (PGVs) os empreendimentos
permanentes de distintas naturezas que têm em comum o desenvolvimento de
atividades em um porte e escala capazes de exercer grande atratividade sobre a
população, produzir um contingente significativo de viagens ao longo do dia e/ou
por período determinado, necessita de grandes espaços para estacionamento,
carga/descarga e embarque/desembarque, promovendo, consequentemente,
potenciais implicações onde estão inseridos. Seu foco consiste no tráfego
motorizado, em especial os automóveis, e nos impactos no sistema viário (na
circulação, no acesso e na segurança).
Surgiram a partir do adensamento de novos centros comerciais, shopping
centers e áreas de escritórios e de serviços, alteram significativamente o fluxo
normal de circulação na região de influência, aumentando a quantidade de viagens
na região em que estão presentes, bem como o padrão das viagens nas áreas
adjacentes aos mesmos.
Causando reflexos negativos na circulação viária em seu entorno imediato
e, em certos casos, comprometendo a acessibilidade de toda a região, além de
agravar as condições de segurança de veículos e pedestres e que devem observar
as diretrizes e condicionantes estabelecidas por órgão municipal competente e
pela legislação específica.
pf3
pf4
pf5
pf8
pf9
pfa
pfd
pfe

Pré-visualização parcial do texto

Baixe Medidas Mitigativas nos Polos Geradores de Tráfego e outras Transcrições em PDF para Controle de Tráfego e Regulação, somente na Docsity!

Aluno: Valdênio de Lima Tito (Fonte da imagem: https://aeonmall-vietnam.com/en/) POLOS GERADORES DE TRÁFEGO São por definição polos geradores de tráfego (PGVs) os empreendimentos permanentes de distintas naturezas que têm em comum o desenvolvimento de atividades em um porte e escala capazes de exercer grande atratividade sobre a população, produzir um contingente significativo de viagens ao longo do dia e/ou por período determinado, necessita de grandes espaços para estacionamento, carga/descarga e embarque/desembarque, promovendo, consequentemente, potenciais implicações onde estão inseridos. Seu foco consiste no tráfego motorizado, em especial os automóveis, e nos impactos no sistema viário (na circulação, no acesso e na segurança). Surgiram a partir do adensamento de novos centros comerciais, shopping centers e áreas de escritórios e de serviços, alteram significativamente o fluxo normal de circulação na região de influência, aumentando a quantidade de viagens na região em que estão presentes, bem como o padrão das viagens nas áreas adjacentes aos mesmos. Causando reflexos negativos na circulação viária em seu entorno imediato e, em certos casos, comprometendo a acessibilidade de toda a região, além de agravar as condições de segurança de veículos e pedestres e que devem observar as diretrizes e condicionantes estabelecidas por órgão municipal competente e pela legislação específica.

De acordo com o Decreto Municipal n.º 15.980/79, São Paulo, artigo 19, parágrafo 1.º: “Consideram-se polos geradores de tráfego as edificações ou instalações que exercem grande atratividade sobre a população, mediante a oferta de bens ou serviços, gerando elevado número de viagens, com substanciais interferências no tráfego do entorno e a necessidade de grandes espaços para estacionamento ou carga e descarga”. As definições para PGT, dessa forma, destacam as interferências negativas produzidas pelo tráfego (Menezes, 2000) e envolvem três variáveis básicas, que são: o desenvolvimento de atividades, a produção de viagens e a geração de tráfego (Cunha, 2001). PGTs podem ser classificados de acordo com a natureza e a intensidade das atividades neles desenvolvidas. Alguns exemplos de PGTs são os shoppings, estádios, aeroportos e rodoviárias. Outrossim, conjuntos habitacionais, tanto em áreas urbanas quanto junto a rodovias, também se constituem polos geradores de tráfego, que causam, frequentemente, impactos indesejáveis na fluidez e na segurança do trânsito. Ou seja, todo aquele empreendimento que irá causar um grande tráfego das vias que lhe dão acesso, é exemplo de PGTs. O estudo de um Polo Gerador de Tráfego é uma atividade de rotina elaborada pela Secretaria Municipal de Transporte e a CET (SMT/CET). Esta atribuição é estabelecida por legislação, como decorrência dos aumentos sistemáticos da frota de veículos, do surgimento de novas atividades e do crescimento e adensamento verificado em toda a cidade. É importante falarmos que: cada município estipula seus parâmetros de polos geradores de tráfego. Por exemplo, em Curitiba polo gerador de tráfego é todo empreendimento que apresenta uma área de construção igual ou superior a 5.000m². Já em São Paulo, todo empreendimento com mais de 80 vagas de estacionamento nas “Áreas Especiais de Tráfego”ou 200 ou mais vagas nas demais áreas da cidade é considerado polo gerador de tráfego.

Medidas Mitigadoras Para o planejamento do tráfego, é necessário realizar um estudo do volume de veículos, estudar e avaliar o volume de transporte de pessoas ou carga de um polo gerador de tráfego, bem como verificar quais são as consequências que isso pode acarretar a região estudada. Com os estudos estatísticos é possível identificar as evidências de falhas ou acertos para a tomada de decisão. Quando há falha, é necessário realizar ações mitigadoras, com controles efetivos no tráfego urbano. Polos geradores de tráfego são capazes de gerar volumes expressivos de deslocamentos de pessoas ou cargas. Diante disso, o controle da implantação desses polos é de fundamental importância como forma de minimizar ou eliminar os impactos indesejáveis que possam ter sobre os sistemas de transporte e o trânsito no seu perímetro de instalação. O desenvolvimento sustentável é alcançado mediante a mitigação das externalidades negativas de ordem social, econômica, energética e ambiental decorrentes das atividades comerciais, industriais ou sociais praticadas pelos agentes econômicos.

As medidas de mitigação são divididas basicamente em duas categorias: Medidas externas ao empreendimento: Intervenções físicas, operacionais ou de gerenciamento nos sistemas viário e de controle de tráfego da área de influência diretamente impactada, bem como nos serviços e infraestrutura de transporte público. Alguns exemplos de medidas externas: elaboração e implantação de plano de circulação; implantação de novas vias; alargamento de vias existentes; implantação de obras-de-arte especiais (viadutos, trincheiras, passarelas); implantação de alterações geométricas em vias públicas; implantação de sinalização estratigráfica e semafórica; tratamento viário para facilitar a circulação de pedestres, ciclistas e portadores de deficiência física; adequação dos serviços e/ou infraestrutura do transporte coletivo; adequação dos serviços e/ou infraestrutura do transporte por táxi; medidas especiais para prevenção de acidentes de trânsito; ações complementares de natureza operacional, educativa e de divulgação ou de monitoramento do tráfego.

TECNOLOGIA A FAVOR DA GESTÃO DE TRÁFEGO

Simultaneamente as medidas de redução do tráfego conhecidas, podemos dar um passo a mais e pensar no que estar por vir, equipamentos de mobilidade estão sendo desenvolvidos com o propósito de ampliar a segurança e conceder subsídios para o controle, planejamento e para gestão da urbana mais sustentável. Soluções digitais operando para promover sistemas de ITS, que garantem ultra segurança e eficiência, advindas de tecnologias fabricadas utilizando inteligência artificial e integrando dados, vídeos e imagens para otimizar ações de fiscalização, incluindo o número de pessoas por veículos nas rodovias e vias públicas. Esses dispositivos também são compostos de sensores que permitem identificar o perfil de tráfego, a velocidade e geometria do veículo em toda a segmentação da via, inclusive entre as faixas, e captam informações do veículo, como cor, modelo e situação perante os órgãos de trânsito. Aqui no Brasil, fabricantes já estão elaborando sistemas que permitam a junção entre motoristas, veículos e aplicativos de trânsito.

Com a chegada das novas tecnologias, a sociedade como um todo está se modificando, as tecnologias da informação e comunicação (TICs) são as responsáveis por essas transformações nos estilos de vida das pessoas (ANDERLE et al., 2013). Diante as crescentes demandas das cidades, os TICs podem representar um novo passo para a remodelagem dos sistemas urbanos atuais. Parcela das modificações dos cenários das cidades atribui-se a uma vasta quantia de sistemas ligadas pelo que se denomina de computação em nuvem, dentre eles, pode-se mencionar os sistemas de geolocalização, acesso, consumo e distribuição de informação, uso desses que são intensificados através de dispositivos móveis, como smartphones e tablets. Não apenas se restringindo a esses aparelhos, objetos do cotidiano e suas comunicações com o ambiente ao redor por intermédio de internet, empregando o conceito de Internet das Coisas (IoT) são geradores de dados para os mais diversos sistemas. Pensando em maneiras de amenizar os impactos gerados pelos PGTs, o uso da Internet das Coisas, da computação em nuvem e do Big Data, associado ao Open Data, política de abertura de dados públicos pelas instituições governamentais, pode ajudar no trânsito (carros, postes, semáforos e pessoas trocando informações em tempo real), no controle da poluição ambiental (sensores de CO2 ou de ruído, em pontos estratégicos da cidade, que se comunicam com aplicativos de celular), no uso mais eficiente da eletricidade (tecnologia smart grid, na qual objetos sabem o que consomem e são auto programados para poupar energia durante o seu funcionamento). Outra sugestão, é a Inteligência Artificial, IA coordenando semáforos a partir do reconhecimento de aumento do volume de veículos em circulação, assim em horários de grande fluxo, a vazão de veículos seria maior.

Os sistemas de controle de tráfego inteligente fazem uso de diversas tecnologias para coletar dados, alguns exemplos incluem: ➳ Sensores para detectar a presença de veículos e coletar informações como velocidade, volume de tráfego e ocupação das vias. ➳ Sistemas de câmeras utilizadas para realizar o monitoramento das vias e identificar eventos de tráfego. Essas câmeras podem ser conectadas a algoritmos de análise de imagens que identificam eventos e geram alertas em tempo real. ➳ Tecnologia de comunicação que permite a troca de informações entre veículos e a infraestrutura viária. Como, por exemplo, semáforos ou dispositivos de controle de tráfego. Essa comunicação em tempo real possibilita a adoção de ações coordenadas para melhorar o fluxo de veículos e a segurança viária. ➳ Sistemas que fornecem informações em tempo real aos condutores e pedestres. Esses dados auxiliam os usuários a tomarem decisões informadas e a evitarem áreas congestionadas. A programação faz um papel crucial nos polos geradores de tráfego, como: ➳ Permite a coleta e análise de dados vindos dos sensores e sistemas de monitoramento em tempo real. Fornecendo informações precisas sobre o tráfego nas vias urbanas. ➳ Através da utilização de algoritmos sofisticados, é possível tomar decisões rápidas e eficientes, otimizando o fluxo de veículos nas vias. Esses algoritmos consideram variáveis como volume de tráfego, velocidade média e tempos de percurso para tomar decisões precisas. ➳ Possibilita que os semáforos sejam ajustados automaticamente, de acordo com as mudanças nas condições de tráfego. Assim, é possível otimizar a fluidez dos veículos e minimizar os congestionamentos. Através dos sistemas de controle de tráfego inteligente aliados à programação é possível reduzir o tempo de viagem e promover um ambiente urbano mais sustentável. Apesar dos desafios existentes, as perspectivas futuras apontam para um progresso significativo nessa área, com avanços em inteligência artificial, integração de veículos autônomos e o desenvolvimento de cidades inteligentes.

Há uma Iniciativa na Europa onde o Google vai usar dados da rede de celulares e satélites para mudar o tempo dos semáforos, monitorando as condições de tráfego em tempo real. Com isso, a tecnologia poderá ajustar os semáforos de acordo com o trânsito em cada via. Em locais congestionados, por exemplo, o farol poderá ficar verde por mais tempo. Em contrapartida, em vias sem trânsito intenso, o tempo em que o semáforo ficará vermelho será mais longo. A medida visa reduzir o tempo no trânsito, principalmente nos horários de pico. Em locais onde o trânsito costuma ser intenso, os semáforos acabam delongando ainda mais o tempo que as pessoas gastam dentro dos veículos durante o trajeto. Pensando nisso, uma nova iniciativa do Google acaba de ser criada com o objetivo de regular os sinais e aliviar os congestionamentos. Bom, a ideia é que o gigante da internet utilize dados de redes celular e satélites para monitorar as condições de tráfico em tempo real e, assim, ajustar os semáforos de acordo com o possível para descongestionar o fluxo de veículos. Dessa forma, o Google pretende melhorar o trânsito, permitindo uma fluidez maior de carros para aliviar um pouco o engarrafamento. Somado a isso, irão aprimorar o serviço do aplicativo Maps para sugerir rotas alternativas de trânsito. No Brasil, uma das primeiras cidades a receber uma tecnologia parecida é Manaus. Os equipamentos a serem instalados até o fim do ano irão verificar o número de veículos em uma via e liberar o tráfego, de acordo com a necessidade, para reduzir as filas.

Cidades Inteligentes As Cidades Inteligentes (CIs) também conhecidas mundialmente como Smart Cities, podem apresentar soluções atraentes no ponto de vista tecnológico, reduzindo alguns cenários negativos que as PGTs geram principalmente em grandes cidades. Um lugar onde rede e serviços tradicionais se tornam ainda mais eficientes graças ao uso de tecnologias digitais e telecomunicações para o benefício dos negócios e dos habitantes, com integração e planejamento. Uma cidade inteligente pode ser altamente dinâmica, requerendo reconfigurações automáticas de sua infraestrutura, o que é também facilitado pela computação em nuvem, que oferece uma infraestrutura elástica, robusta e altamente disponível para o armazenamento e processamento de dados, o que é essencial para suas aplicações. A quantidade de dados é volumosa em smart cities, tudo em tempo real, há inputs, processamento de informações e outputs constantemente, de modo ininterrupto. Isso garante, não apenas a esfera pública, ou de negócios usufruir das vantagens, mas também cidadãos comuns podem fazer uso das informações geradas para auxiliar em suas tomadas de decisão. Cidades que monitoram, de maneira integrada a sua infraestrutura, como as vias de transporte, comunicação, energia e água, são capazes de otimizar seus recursos, bem como preparar ações de intervenção quando se prevê a necessidade, promovendo assim a segurança, eficiência e eficácia dos serviços, maximizando-os a seus cidadãos. Ademais, substituem a debilidade de infraestruturas, constituindo desenvolvimento socioeconômico regional, refletindo na qualidade de vida do cidadão e, por fim, elevam os indicadores sociais de todo o país.

Referências Bibliográficas: CET-SP (1983) – Grando (1986) – Denatran (2001) – Portugal e Goldner (2003) https://www.academia.edu/65831362/Cidades_Inteligentes_Inovação_e_Colaboraç ão_Contra_Impactos_Negativos_Dos_Polos_Geradores_De_Tráfegos_PGTS https://velsis.com.br/planejamento-e-tecnologia-em-mobilidade-ajudam-a- reduzir-tempo-gasto-no-transito/ https://autoesporte.globo.com/tecnologia/noticia/2023/07/google-vai-controlar- os-semaforos-para-reduzir-congestionamentos.ghtml https://www.uol.com.br/carros/noticias/redacao/2023/08/02/google-vai- controlar-tempo-de-semaforos-para-reduzir-congestionamentos.htm https://downloads.editoracientifica.com.br/articles/201102277.pdf http://www.peasistemas.com.br/freeaspupload/suma/DENATRAN%20Polos%20G eradores.pdf https://pt.slideshare.net/JssicaLucas6/manual-de-procedimentos-para-o- tratamento-de-plos-geradores-de-trfego https://www.mecojax.com/smart-cities-the-future-is-already-here/ https://inovacaosebraeminas.com.br/cidades-inteligentes-o-que-sao/ https://www.imtraff.com.br/cidades-inteligentes/ https://www.gov.br/mcom/pt-br/noticias/2021/marco/internet-das-coisas-um- passeio-pelo-futuro-que-ja-e-real-no-dia-a-dia-das-pessoas https://www.dio.me/articles/iot-transformando-a-mobilidade-urbana-com- solucoes-inovadoras https://www.pnm.adv.br/internet-das-coisas-e-mobilidade-urbana/