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Med resumos anatomia fisiologia tecido ósseo med resumos 2016
Tipologia: Resumos
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O sistema urogenital pode ser dividido funcionalmente no sistema urinário e no sistema genital. Embriologicamente, esses sistemas são estreitamente associados. Eles também são intimamente relacionados anatomicamente, especialmente em homens adultos (a uretra conduz tanto sêmen quanto urina). Entretanto, o sistema urinário começa a desenvolver-se antes do genital e consiste nas seguintes estruturas: Os rins, que produzem a urina; Os ureteres, que conduzem a urina dos rins para a bexiga; A bexiga urinária, que estoca temporariamente a urina; A uretra, que conduz a urina da bexiga para o exterior.
O sistema urinário desenvolve-se a partir do mesênquima intermediário, derivado da parede dorsal do embrião. Durante o dobramento horizontal, o mesênquima é deslocado ventralmente e perde sua conexão com os somitos. Uma elevação longitudinal de mesoderma, a crista urogenital, forma-se de cada lado da aorta dorsal. A parte da crista que origina o sistema urinário é o cordão nefrogênico.
Três conjuntos de órgãos excretores ou rins se desenvolvem em embriões humanos. O primeiro conjunto de rins, o pronefro, é rudimentar e as estruturas nunca são funcionais. O segundo conjunto de rins, o mesonefro, é bem desenvolvido e funciona brevemente. O terceiro conjunto de rins, o metanefro, torna-se os rins permanentes.
São estruturas bilaterais transitórias e aparecem no início da 4ª semana do desenvolvimento humano. São representados por poucos grupos de células epiteliais e estruturas tubulares na região do pescoço (nefrótomos); Os nefrótomos conectam-se com um par de ductos néfricos primários que crescem em direção da cloaca; Os ductos néfricos estimulam o mesoderma a formar um conjunto de túbulos segmentares adicionais que serão utilizados pelo próximo conjunto de rins; O pronefro rudimentar logo degenera.
Arlindo Ugulino Netto; Alanna Almeida Alves.
OBS^1 : O metanefro, ou rim permanente, se desenvolve a partir de duas fontes: O divertículo metanéfrico, ou broto uretérico, que dá origem ao ureter, pelve renal, cálices e túbulos coletores; A massa metanéfrica de mesoderma intermediário, que dá origem aos néfrons.
MUDANÇAS POSICIONAIS DOS RINS Inicialmente, os rins metanéfricos (rins primordiais permanentes) ficam próximos um do outro, na pelve, ventralmente ao sacro. A medida que o abdome e a pelve crescem, os rins gradualmente se posicionam no abdome e se afastam um do outro. Eles atingem sua posição adulta em torno da 9ª semana de desenvolvimento. A princípio, o hilo do rim, por onde vasos e nervos entram e saem, situa-se ventralmente; no entanto, conforme o rim "ascende", ele gira medialmente quase 90 graus. Na nona semana, o hilo está direcionado ântero-medialmente. Eventualmente, os rins assumem uma posição retroperitoneal (externa ao peritônio), na parede posterior do abdome.
A medida que os rins se elevam, recebem seu suprimento sanguíneo de vasos que estão próximos a eles. Inicialmente, as artérias renais são ramos das artérias ilíacas comuns. Conforme "ascendem" mais, os rins recebem seu suprimento sanguíneo da extremidade distal da aorta. Quando eles alcançam um nível mais alto, eles recebem novos ramos da aorta. Normalmente, os ramos caudais sofrem involução e desaparecem. Quando os rins entram em contato com as glândulas suprarrenais na 9ª semana, sua ascensão para. Os rins recebem seus ramos arteriais mais craniais da aorta abdominal; estes ramos tornam-se as artérias renais permanentes. A artéria renal direita é mais longa e frequentemente mais superior.
CORRELAÇÕES CLÍNICAS
Artérias Renais Acessórias (supranuméricas): geralmente surgem a partir da aorta, acima ou abaixo da artéria renal principal, acompanhando- a até o hilo. Podem penetrar no rim diretamente pelo polo superior ou inferior. Uma artéria acessória dirigida ao polo inferior pode cruzar o ureter anteriormente e obstruí-lo, causando hidronefrose (distensão da pelve e dos cálices renais com urina). Se uma artéria acessória for lesada, ocorrerá isquemia na parte por ela suprida.
Agnesia renal unilateral: A ausência unilateral de um rim frequentemente não causa sintomas e geralmente não é descoberta durante a infância, porque o outro rim normalmente sofre hipertrofia compensatória e executa a função do órgão perdido. É comum, ocorre em 1 a cada 1000 recém-nascidos. Acomete mais os homens e o rim esquerdo. Agnesia renal bilateral: está associada ao oligodrâmnio (baixa quantidade de líquido amniótico, devido à pequena produção de excretas durante a vida intrauterina) e é incompatível com a vida pós-natal devido à hipoplasia pulmonar associada (devido ao pequeno espaço para desenvolvimento pulmonar). A ausência dos rins ocorre quando os divertículos metanéfricos não se desenvolvem ou os primórdios dos ureteres degeneram. Aspecto facial característico: olhos muito separados, orelhas em posição baixa, nariz largo e achatado, queixo recuado e defeituoso. Ocorre em cerca de 1 a cada 3.000 nascimentos.
Rins ectópicos: Um ou ambos os rins podem estar em uma posição anormal. A maioria dos rins ectópicos está localizada na pelve, mas alguns ficam na parte inferior do abdome. Rins pélvicos e outras formas de ectopia resultam da não-ascensão dos rins. Rim em ferradura: Os polos dos rins são fusionados, geralmente são os inferiores. A subida normal dos rins fusionados é impedida porque eles ficam presos pela raiz da artéria mesentérica inferior. Um rim em ferradura usualmente não apresenta sintomas, porque seu sistema coletor se desenvolve normalmente e os ureteres se abrem na bexiga. Cerca de 7% das pessoas com síndrome de Turner têm rins em ferradura. Ureter ectópico: Um ureter ectópico não se abre na bexiga urinária. Nos homens, os ureteres ectópicos geralmente se abrem no colo da bexiga ou na parte prostática da uretra, mas podem desembocar nos ductos deferentes, no utrículo prostático ou na vesícula seminal. Nas mulheres, os orifícios uretéricos ectópicos podem estar no colo da bexiga, na uretra, na vagina ou no vestíbulo. A incontinência é a queixa mais comum. DESENVOLVIMENTO DA BEXIGA URINÁRIA
Para propósitos descritivos, o seio urogenital é dividido em três partes: Uma parte cranial que forma a maior parte da bexiga; Uma parte pélvica mediana que se torna a uretra no colo da bexiga, a parte prostática da uretra nos homens e toda uretra nas mulheres; Uma parte caudal que cresce em direção ao tubérculo genital (pênis ou clitóris).
A bexiga se desenvolve principalmente da parte Vesical do Seio Urogenital, porém seu trígono é derivado das extremidades caudais dos ductos mesonéfricos. Inicialmente, a bexiga está em continuidade com o alantoide, este logo sofre constrição e torna-se um cordão fibroso espesso, o úraco (estende do ápice da bexiga até o umbigo e no adulto forma o ligamento umbilical mediano).
Nos recém-nascidos e nas crianças, a bexiga mesmo quando vazia localiza-se no abdome, só começa a entrar na pelve maior com 6 anos e na pelve menor na puberdade; Nos homens, os orifícios dos ductos mesonéfricos penetram na parte prostática da uretra e suas extremidades caudais tornam-se os ductos ejaculatórios; Nas mulheres, as extremidades distais dos ductos mesonéfricos degeneram-se.
O sistema urinário remove da corrente sanguínea os produtos tóxicos do metabolismo e elimina a urina do corpo. Estas ações são realizadas por dois rins, que não apenas removem as toxinas da corrente sanguínea, mas conservam também sais, glicose, proteínas e água. A urina é liberada dos rins para o interior de dois ureteres , daí passando para um órgão de armazenamento, a bexiga urinária.
Manutenção da Homeostasia, Excreta os produtos tóxicos do metabolismo: ureia, álcool, etc. Regula precisamente as concentrações corpóreas de água e sal. Mantém o volume, equilíbrio acidobásico e a composição eletrolítica dos líquidos corporais, Secretam hormônios: eritropoietina, renina e prostaglandinas, Ativação da vitamina D3.
2000 l de sangue por dia passa pelos os rins. 160 l de filtrados são formados por dia. 1.500 ml urina/24h (reabsorção de 98% água). 125 ml filtrado/min.
Os rins são órgãos grandes, avermelhados, em forma de feijão, situados retroperitonealmente na parede abdominal posterior. Por causa do posicionamento do fígado, o rim direito é, aproximadamente, 1 a 2 cm mais baixo que o esquerdo. O rim, envolto em gordura perirrenal, posiciona sua borda convexa lateralmente e seu hilo côncavo está colocado medialmente. O hilo renal é o local onde ramos da veia e artéria renal, vasos linfáticos e ureter penetram no órgão. Nesta região, o ureter é dilatado, formando a pelve renal. O seio renal representa uma extensão do hilo renal preenchida de gordura (tecido adiposo), situada dentro do rim. O rim é revestido por uma fina cápsula , frouxamente aderida, constituída principalmente de tecido conjuntivo colagenoso, denso e irregular, com fibras elásticas. A pelve renal, ao adentrar no seio renal, divide-se em cerca de três a quatro cálices maiores , que por sua vez, divide-se em cerca de três a quatro cálices menores. A observação de um rim cortado coronalmente mostra que ele está separado em córtex e medula. A zona cortical (altamente vascularizada para realização da filtração glomerular) apresenta-se marrom-escura e granular, enquanto a zona medular (relacionada diretamente com a excreção da urina) contém discretas regiões estriadas, pálidas e em forma de pirâmide, as pirâmides renais , cujo ápice ( papila renal ), orientado em direção ao hilo renal, está voltado justamente para os cálices menores. Logo, as pirâmides medulares (ou de Malpighi, cerca de 10 a 18), que são marcadas pelos raios medulares (estriações que determinam a localização de capilares renais e ductos coletores de urina), têm seu ápice representado pelas papilas (10 a 25 orifícios área crivosa). O ápice é perfurado por 20 ou mais aberturas dos ductos de Bellini , continuação dos ductos coletores que atravessam ao longo dos raios medulares nas pirâmides renais. A região medular é considerada até o limite das bases dessas pirâmides. A região cortical é extremamente vascularizada devido ao fato de a filtração glomerular ocorrer nessa zona.
OBS^1 : Lobo Renal 1 Pirâmide + Tecido Cortical OBS²: Lóbulo Renal 1 Raio Medular + Tecido Cortical OBS³: O parênquima de um órgão representa as células que realizam a função base deste. Já o estroma, são células que garantem um preenchimento e sustentação do próprio parênquima, estando situadas no interstício do órgão.
Arlindo Ugulino Netto; Raquel Torres Bezerra Dantas.
Na realidade, a unidade funcional do rim é o túbulo urinífero , estrutura contorcida que modifica o fluido que passa através dele para formar urina como produto final. Este túbulo é constituído por duas partes: o néfron e o túbulo coletor. O néfron, portanto, é uma estrutura microscópica capaz de eliminar resíduos do metabolismo do sangue, manter o equilíbrio hidroelectrolítico e ácido-básico do corpo humano, controlar a quantidade de líquidos no organismo, regular a pressão arterial e secretar hormônios, além de produzir a urina. Por esse motivo dizemos que o nefron é a unidade funcional do rim, pois apenas um nefrónio é capaz de realizar todas as funções renais. Existe cerca de 1 a 4 milhões de néfrons por rim. O néfron é formado pelo corpúsculo renal (ou corpúsculo de Malpighi = glomérulo + cápsula de Bowman), túbulo contorcido proximal, alça de Henle (parte delgada e espessa), túbulo contorcido distal e túbulo colector.
OBS^4 : A parede das artéríolas é formada por T.E.R. Simples Pavimentoso com células musculares ocasionais. Porém, ao adentrar no corpúsculo, as arteríolas são desprovidas de células musculares para facilitar a filtração do sangue.
TIPOS DE NÉFRON Dois tipos de néfrons, classificados de acordo com a sua localização, são encontrados no rim humano: os néfrons corticais , mais curtos, e os néfrons justamedulares , mais longos, cujo corpúsculo renal está situado no córtex e as partes tubulares localizadas na medula.
CÁPSULA DE BOWMAN A cápsula de Bowman é dotada de dois polos (poros) distintos: o polo vascular (orifício que dá acesso às artériolas aferentes e eferentes) e o polo urinário (orifício que dá início efetivo aos túbulos contorcidos). O glomérulo é suprido pela curta e retilínea arteríola glomerular aferente e drenado pela arteríola glomerular eferente.
A cápsula de Bowman é constituida de dois folhetos de T.E.R. Simples Pavimentoso: o folheto visceral e o folheto parietal , e entre eles, o espaço glomerular. O glomérulo está em íntimo contato com a camada visceral da cápsula de Bowman, a qual apresentanta também células epiteliais modificadas denominadas podócitos que interferem na filtração glomerular. A parede externa que circunda o espaço do Bowman (glomerular), compostas por células epiteliais pavimentosas (que repousam numa fina lâmina basal), constitui-se na camada parietal. Os podócitos apresentam dois tipos de ramificações: as primárias (maiores, que são formadas primeiramente) e as secundárias, continuação das primárias, que abraçam todo o capilar. Isso é importante para o processo de filtração glomerular pois o espaço entre essas ramificações secundárias, denominadas fendas de filtração renal, interferem diretamente no extravasamento do ultrafiltrado glomerular.
ALÇA DE HENLE (T.E.R. Simples Pavimentoso) A parte reta do túbulo proximal continua como ramo descendente delgado (fino) da alça de Henle. A região que se segue como uma curva fechada é a alça de Henle e a região que conecta a alça de Henle à parte reta do túbulo distal é conhecida como ramo ascendente delgado da alça de Henle. Suas células exibem poucos e curtos microvilos em suas superfícies luminais e poucas mitocôndrias no citoplasma. O ramo descendente delgado é altamente permeável à água e razoavelmente permeável à ureia, sódio, cloreto e outros íons. Sua principal função, portanto, é a retenção de água.
TÚBULO CONTORCIDO DISTAL (T.E.R. Simples Cúbico sem microvilosidades) O túbulo distal está subdividido em parte reta ( pars recta ), a qual, sendo a continuação do ramo delgado ascendente da alça de Henle (também conhecido como ramo ascendente espesso da alça de Henle) e parte contorcida do túbulo contorcido distal. Não tem borda estriada e possuem menor quantidade de mitocôndrias. Em resposta ao hormônio aldosterona, há uma reabsorção ativa do sódio da luz do túbulo para o interstício renal. Além disso, íons potássio, hidrogênio e amônia são ativamente secretados para dentro da luz, controlando assim, o nível de sódio do fluido corporal extracelular e a acidez da urina, respectivamente. Normalmente, não há reabsorção de água. Porém, quando sofre ação do hormônio antidiurético (ADH), reabsorve água. Com a porção ascendente espessa da alça de Henle passa perto do seu próprio corpúsculo renal, ela situa-se entre as arteríolas glomerulares aferente e eferente. Esta região do túbulo distal é chamada de mácula densa (caracterizada pela mudança específica do epitélio cuboide do cubo para cilíndrico). Essa região além de ser sensível ao conteúdo iônico e ao volume de água no fluido tubular, produz moléculas sinalizadoras para liberação de renina (produzida pelas células justaglomerulares).
TÚBULOS COLETORES (Início: T.E.R. Simples Cúbico; Fim: Simples Colunar) Os túbulos coletores não fazem parte do néfron. Eles possuem origens embriológicas diferentes e somente mais tarde, no desenvolvimento, encontram o néfron e juntam-se a ele para formar uma estrutura contínua. O ultrafiltrado glomerular que entra no túbulo coletor deverá ser modificado e transportado para as papilares medulares (no ápice das pirâmides renais). Os túbulos coletores corticais estão localizados nos raios medulares e são compostos por dois tipos de células cúbicas (células principais e células intercaladas). As células principais , que possuem membranas basais com numerosas invaginações, são células epiteliais especiais com receptores para o ADH. Enquanto as células intercaladas exibem numerosas vesículas apicais, com membranas celulares apicais e uma abundância de mitocôndrias, e são responsáveis por transportar ativamente e secretar íons hidrogênio contra altos gradientes de concentração, modulando, assim, o balanço ácido-base do corpo. Os túbulos coletores medulares têm calibre maior por serem formados pela união de vários túbulos coletores corticais. Aqueles localizados na região externa da medula exibem ambas as células principais e intercaladas, enquanto os túbulos da região interna da medula possuem apenas células principais. Os túbulos coletores papilares (ductos de Bellini) são formados cada um pela confluência de vários túbulos coletores medulares. Eles abrem-se na área crivosa do cálice menor do rim. Esses ductos são revestidos apenas por células principais colunares altas.
OBS^6 : Os túbulos coletores são impermeáveis a água. Entretanto, na presença do ADH, tornam-se permeáveis à água (e ate certo ponto, ureia). Assim, na ausência do ADH, a urina é copiosa e hipotônica e na presença do ADH o volume da urina é baixo e concentrado.
CÉLULAS JUSTAGLOMERULARES As células justaglomerulares (células JG) são células musculares lisas modificadas localizadas na túnica média das arteríolas glomerulares aferentes, próximas ao corpúsculo de Malpighi e a mácula. Células JG contem grânulos específicos que contém a enzima proteolítica renina (secretado a partir de sinalizações enviadas pelas células da mácula densa). Além disso, enzima de conversão, angiotensina I e angiotensina II têm sido observadas nestas células.
O aparelho JG é constituído pela mácula densa (sinaliza a secreção de renina) do túbulo distal, as células JG (secretam renina e exercem contração) da arteríola glomerular aferente adjacente (e, ocasionalmente, eferente) e as células mesangiais extraglomerulares (exercem contração). É um aparelho relacionado diretamente com o controle de pressão arterial e filtração renal.
As células da mácula densa provavelmente monitoram o volume do filtrado e a concentração de sódio (Na+). Se esses níveis excederem um limiar específico, as células da macula densa instruem as células JG a liberarem a enzima renina na circulação. A renina converte o angiotensinogênio , normalmente presente na corrente sanguínea, no decapeptídeo angiotensina I um vasoconstritor moderado. Nos capilares dos pulmões, mas também em menor extensão nos do rim e outros órgãos do corpo, uma enzima de conversão ( enzima conversora de angiotensina – ACE ) converte a angiotensina I em angiotensina II , um hormônio octapeptídeo com numerosos efeitos biológicos: Vasoconstrição potente: aumento da pressão arterial Facilita a síntese e a liberação da aldosterona: reabsorção de sódio e cloreto da luz do túbulo contorcido distal (em troca de potássio) Facilita a liberação do ADH: reabsorção de água da luz do túbulo coletor Aumento da sede: aumento do volume tissular Inibe a liberação da renina: inibição por feedback
Como um potente vasoconstritor, a angiotensina II reduz o diâmetro luminal dos vasos sanguíneos, aumentando, assim, a pressão sanguínea sistêmica. A angiotensina II também influencia o córtex da adrenal a liberar aldosterona , um hormônio que age principalmente nas células do túbulo contorcido distal, aumentando a reabsorção de sódio e íons cloreto.
HORMÔNIO ANTIDIURÉTICO (ADH) O principal agente regulador do equilíbrio hídrico no corpo humano é o hormônio ADH (antidiurético), produzido no hipotálamo e armazenado na hipófise. A concentração do plasma sanguíneo é detectada por receptores osmóticos localizados no hipotálamo. Havendo aumento na concentração do plasma (pouca água), esses osmorreguladores estimulam a produção de ADH. Esse hormônio passa para o sangue, indo atuar sobre os túbulos distais e sobre os túbulos coletores do néfron, tornando as células desses tubos mais permeáveis à água. Dessa forma, ocorre maior reabsorção de água para o plasma e a urina fica mais concentrada.
A bexiga urinária é essencialmente um órgão de armazenamento de urina até que a pressão se torne suficientemente grande para induzir a urgência da micção ou esvaziamento. Sua mucosa também atua como barreia osmótica entre a urina e a lâmina própria. Assim como os ureteres, a mucosa da bexiga é composta por epitélio de transição , cuja lâmina própria apresenta glândulas mucosas e pode ser dividida em duas camadas: uma mais superficial, de TC colagenoso, denso e irregular, e uma camada mais profunda de TC frouxo composto por uma mistura de fibras colágenas e elásticas. A camada muscular da bexiga urinária é composta por três camadas intercaladas de músculo liso: longitudinal interna; circular média (forma o esfíncter muscular interno em volta do orifício interno da uretra) e longitudinal externa.
OBS^9 : O trígono da bexiga (região triangular da bexiga cujos ápices são os orifícios dos dois ureteres e da uretra) possui uma mucosa sempre lisa e nunca é projetada em pregas. A origem embrionária do trígono difere do restante da bexiga.
A uretra feminina tem em torno de 4 a 5 cm de comprimento e 5 a 6 mm de diâmetro. Ela se estende da bexiga urinária ao orifício externo imediatamente acima e anterior a abertura da vagina. Apresenta epitélio de transição na sua porção próxima à bexiga e por um epitélio estratificado pavimentoso não-queratinizado. A mucosa é arranjada em pregas alongadas por causa da organização da lâmina própria fibroelástica. Ao longo do comprimento total da uretra existem numerosas e claras glândulas secretoras de muco que hidratam o epitélio da uretra, as glândulas de Littre. A camada muscular volta a ser apenas composta por duas porções: longitudinal interna e circular externa.
A uretra masculina possui 15 a 20 cm de comprimento e suas três regiões são denominadas de acordo com as estruturas através das quais ela passa: Uretra prostática: com 3 a 4 cm de comprimento, é revestida por epitélio de transição e recebe as aberturas de numerosos ductos diminutos da próstata, o utrículo prostático (homólogo rudimentar do útero) e um par de ductos ejaculatórios. Uretra membranosa: correndo ao longo da membrana perineal (diafragma urogenital), é revestida por epitélio colunar estratificado, intercalado com trechos de epitélio colunar pseudo-estratificado. Uretra esponjosa (uretra peniana): atravessa ao longo do pênis, terminando na ponta da glande no orifício uretral externo. É revestida por epitélio colunar pseudo-estratificado e epitélio estratificado pavimentoso não-queratinizado. A porção terminal dilatada da uretra na glande peniana é conhecida como fossa navicular (epitélio estratificado pavimentoso não-queratinizado).
A lâmina própria das três regiões é composta por tecido conjuntivo frouxo fibroelastico com um rico suprimento vascular. Ela contém numerosas glândulas de Littre , cuja secreção mucosa lubrifica o revestimento epitelial da uretra.
OBS:
Glomerulonefrite: Glomerulonefrites ou glomerulopatias são afecções que acometem o glomérulo, estrutura microscópica formada por um emaranhado de capilares semelhantes a um novelo de lã. É a principal estrutura renal responsável pela filtração do sangue. Causas: As doenças glomerulares são consequência de uma ampla variedade de fatores: distúrbios imunológicos, doenças vasculares, doenças metabólicas e algumas entidades hereditárias. As
glomerulopatias que aparecem isoladamente são classificadas como primárias, e quando estão associadas a doenças sistêmicas (Lupus, diabetes, etc.) são classificadas como secundárias. Classificação: Histologicamente, classificamos em várias entidades (glomerulopatias primárias, secundárias e hereditárias), mas uma mesma glomerulonefrite pode ter diversas apresentações clínicas. Raramente essas patologias evoluem para insuficiência renal terminal em questão de semanas; geralmente sua evolução é mais lenta. Quando ocorre piora rápida da função renal, elas são classificadas como glomerulonefrites rapidamente progressivas, independentemente do tipo histológico. Quadro Clínico: As consequências da agressão glomerular são basicamente: proteinúria, hematúria, queda da filtração glomerular, retenção de sódio e hipertensão. Dependendo da intensidade e do tipo da agressão, pode haver predomínio de um sinal sobre outro, dando origem a diferentes apresentações clínicas: síndrome nefrítica, síndrome nefrótica, não-nefrítica e não-nefrótica. A síndrome nefrítica é definida como o aparecimento de edema, hipertensão arterial e hematúria (geralmente macroscópica). Síndrome nefrótica é caracterizada por proteinúria de 24 horas maior que 3,5 gramas, edema, hipoalbuminemia e hipercolesterolemia.
Nefrolitíase: Os cálculos renais , popularmente chamados de pedra no rim , são formações sólidas de sais minerais e uma série de outras substâncias, como oxalato de cálcio e ácido úrico. Essas cristalizações podem migrar pelas vias urinárias causando muita dor e complicações. Os cálculos podem atingir os mais variados tamanhos, variando de pequeninos grãos, até o tamanho do próprio rim. Eles se formam tanto nos rins quanto na bexiga. O cálculo renal é também chamado de litíase urinária ou urolitíase. Causas: Pesquisas apontam que beber pouco líquido é uma das principais causas da ocorrência de cálculo renal. Mas várias outras razões podem levar à formação de pedra no rim, como infecções, doenças, herança genética ou um defeito no sistema urinário. Sintomas: Muitas das vezes, a pessoa não percebe que tem cálculo renal porque a pedra é tão pequena que é expelida naturalmente junto à urina. Em casos de formações maiores, no entanto, em que o cálculo fica preso nas vias urinárias, as dores relatadas são bastante fortes. A pessoa deve desconfiar quando, de uma hora para outra, sentir uma forte dor na região próxima aos rins, que pode ser acompanhada por náuseas e vômitos. Deve observar também se a cor da urina está alterada e se há muita vontade e desconforto ao urinar. Tratamento: O tratamento convencional do cálculo renal consiste na ingestão de analgésicos e muito líquido. Também podem ser receitados remédios que ajudam na dissolução de certas substâncias da urina, como o cálcio. Entretanto, o tratamento pode não ser eficaz e então necessita-se de cirurgia. Hoje em dia, são utilizadas algumas alternativas ao bisturi, como a litotripsia extracorpórea, que consiste em submeter o paciente a ondas de choque que quebram os cálculos dentro do rim, facilitando a sua eliminação pela urina.
Rim policisto: Uma das doenças mais comuns entre pacientes com problemas renais é a do Rim Policístico autossômico dominante tipo adulto. Ela acontece quando o tecido normal dos rins é substituído por cistos cheios de líquido, que sofrem um crescimento progressivo e podem acabar deslocando o tecido normal do órgão, provocando, em alguns casos, insuficiência nos órgãos. Atualmente, já se sabe que essa patologia pode ser causada por mutações em três locais geneticamente distintos: Duas delas, o PKD1 e o PKD2 , foram localizadas respectivamente nos cromossomos 16p e 4q. Inclusive já há estudos que mostram que a as mutações do PKD1 , situadas no cromossomo 16p, causam 85% dos casos de ADPKD. Um dos sintomas presentes nos pacientes afetados pode ser o aparecimento de dores nas costas devido ao aumento do tamanho dos rins. Uma dor mais aguda pode indicar infecção ou obstrução por coágulos ou pedras nos rins, ou mesmo uma hemorragia dentro de um cisto. O aparecimento do sangue na urina é comum, e muitos pacientes, à noite, necessitam urinar. Além dos problemas causados pela insuficiência renal, a doença pode levar a morte prematura, devido a aneurismas intracranianos. A característica mais forte nos casos da Doença do Rim Policístico é a hereditariedade. Ela costuma aparecer entre 30 e 50 anos de idade.
Polo superior: aloja a Glândula Suprarrenal. Polo inferior.
Realizando-se um corte sagital (preferencialmente) no rim, devemos identificar as seguintes estruturas: Córtex renal : periférica e clara. É delimitada pelas bases das pirâmides renais. Dele, partem as colunas renais. Colunas renais : projeções do córtex localizadas entre as porções da medula renal. Medula renal : central e escura. o Pirâmides renais : correspondem à própria medula renal, sendo toda ela percorrida por estrias que nada mais são que os túbulos coletores do glomérulo renal. o Papila renal : corresponde ao ápice das pirâmides renais e, portanto, à confluência dos túbulos coletores renais.
A pirâmide renal é a área menos vascularizada do rim e, por este motivo, torna-se um alvo fácil em doenças que comprometam o fluxo sanguíneo da microcirculação (diabetes, anemia falciforme, hipertensão arterial, etc.). Condições que comprometam a irrigação arterial da papila renal podem causar uma condição conhecida como necrose de papila renal que, inclusive, pode simular um quadro de nefrolitíase (pedra nos rins).
O seio renal consiste na extensão do hilo para o interior do rim, onde está alojada a pelve renal. No seio, podemos identificar estruturas que ali estão alojadas; são elas: Cálices renais menores : iniciam as vias urinárias se articulando com a papila renal para receber a urina produzida pelo Néfron. Cálices renais maiores : são constituídos pela reunião dos cálices menores, conduzem a urina para a pelve renal. Pelve renal : estrutura infundibular constituída pela reunião dos cálices, sua extremidade afilada e continuada pelo ureter.
Cálculos renais (urolitíase ou nefrolitíase): são formações sólidas compostas de sais minerais e uma série de outras substâncias, como oxalato de cálcio e o ácido úrico. Essas cristalizações podem migrar pelas vias urinárias causando dor intensa e outras complicações. Os cálculos podem atingir os mais variados tamanhos, indo desde pequeninos grãos, como os de areia, até por exemplo chegarem ao tamanho do próprio rim (cálculo coraliforme). Eles se formam tanto nos rins quanto na bexiga.
A glândula suprarrenal (descrita aqui não por fazer parte do sistema urinário, mas por estar anatomicamente relacionado a ele) é responsável pela produção de vários hormônios (como o cortisol, aldosterona, adrenalina). Encontra-se localizada em posição retroperitonial, ajustadas sobre o polo superior dos rins. Sua divisão anatômica e funcional é feita da seguinte maneira: Córtex: produtor de corticosteroide. Medula: produtora de adrenalina e noradrenalina.
URETER O ureter é um tubo muscular, que une a pelve renal à bexiga urinária. Recebe a urina da pelve e conduz para a bexiga onde desemboca através do óstio ureteral. Sua divisão anatômica é feita da seguinte maneira: Parte Abdominal Parte Pélvica Parte Intramural
OBS: O ureter apresenta alguns pontos de estreitamento de sua luz, o que pode, inclusive, facilitar na impactação de cálculos. São eles: Colo (junção uretero-pélvica ou “JUV”): junção do ureter com a pelve. Ilíaco: quando cruza os vasos ilíacos. Intramural: ao atravessar a parede da bexiga.
BEXIGA URINÁRIA A bexiga urinária é um órgão muscular e vesiculoso, responsável por receber a urina e armazená-la temporariamente. A capacidade média de armazenamento pela bexiga é de 300 a 400 ml de urina.
o Esponjosa: é a maior porção da uretra. Atravessa o bulbo, corpo e glande do corpo esponjoso do pênis. Em sua passagem pelo bulbo desembocam os óstios dos ductos das glândulas bulbo-uretrais. Em nível da glande apresenta uma dilatação, a fossa navicular. Na glande abre-se para o meio externo através do óstio externo da uretra. Normalmente curva, torna-se retilínea na ereção.
A uretra feminina, ao contrário da masculina, é retilínea e curta (4cm), estende-se do óstio interno , em nível do colo da bexiga, ao óstio externo , o qual abre-se para o meio externo em nível do vestíbulo da vagina , por diante do óstio da vagina. Em seu trajeto atravessa o diafragma pélvico, sendo circundada pelo M. esfíncter externo da uretra.
ROTEIRO PRÁTICO PARA ESTUDO
RIM Configuração externa Face anterior Face posterior Margem medial Margem lateral Polo superior Polo superior e Glândula suprarrenal Polo inferior Hilo renal Pedículo renal: Artéria renal, veia renal, pelve renal
Configuração interna Córtex renal: colunas renais Medula renal: pirâmides renais Papila renal Cálices renais menores Cálices renais maiores
Parte abdominal Parte pélvica Parte intramural
Ápice da bexiga Corpo da bexiga Túnica muscular Trígono da bexiga Prega interuretérica óstio do ureter Óstio interno da uretra
Uretra feminina Uretra masculina: o Porção prostática o Porção membranosa e M. esfíncter da uretra o Porção esponjosa