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Marquesa de Alorna, Notas de aula de Literatura

sociedade, refletindo-se nas suas poesias, nas quais ela já utilizava o Romantismo, ... Alcipe formou a Sociedade da Rosa com objetivos culturais para a ...

Tipologia: Notas de aula

2022

Compartilhado em 07/11/2022

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Marquesa de Alorna
D. Leonor de Almeida Portugal Lencastre e Lorena,
Condessa de Oyenhausen, Marquesa de Alorna, filha
de D. João de Almeida Portugal, segundo Marquês
de Alorna e de D. Leonor de Lorena, filha dos
Marqueses de Távora, nasceu em Lisboa, no dia 31
de Outubro de 1750.
Apenas com oito anos, foi "presa" com sua e e
irmãs no Mosteiro de S. Félix em Chelas, devido ao
envolvimento da sua família num atentado contra
D. José I, e aí permaneceu até à morte do monarca
e afastamento do Marquês de Pombal da
governação (dezoito anos).
Segundo a tradição setecentista dos "Outeiros Poéticos", havia uma troca de poemas
entre os poetas e as mulheres do convento, o que despertou o interesse de D. Leonor
pela literatura, tendo conhecido os maiores poetas arcaicos. A educação de D. Leonor
foi influenciada pelos poetas Sílvio, Filinto Elysio e pelos filósofos iluministas.
D. Leonor viveu um período de transformações intelectuais, aderindo às filosofias do
final do século XVIII, mas as suas práticas resultavam mais da tradição e ordens da
sociedade, refletindo-se nas suas poesias, nas quais ela utilizava o Romantismo,
desenvolvido no século XIX. Ficou conhecida na literatura pelo nome de "Alcipe".
Em 1777, é libertada do convento e foi
habitar com a sua família no Palácio de
Almeirim, onde o seu pai tentou a
reabilitação da família Távora. Passados
dois anos, casa com Carlos Augusto,
Conde de Oyenhausen. Teve oito filhos
(seis raparigas e dois rapazes) e a
carreira do marido permitiu-lhe viajar por
toda a Europa, interessando-se pela pintura e ciências naturais e conhecendo Madame
de Stael.
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Marquesa de Alorna

D. Leonor de Almeida Portugal Lencastre e Lorena, Condessa de Oyenhausen, Marquesa de Alorna, filha de D. João de Almeida Portugal, segundo Marquês de Alorna e de D. Leonor de Lorena, filha dos Marqueses de Távora, nasceu em Lisboa, no dia 31 de Outubro de 1750. Apenas com oito anos, foi "presa" com sua mãe e irmãs no Mosteiro de S. Félix em Chelas, devido ao envolvimento da sua família num atentado contra D. José I, e aí permaneceu até à morte do monarca e afastamento do Marquês de Pombal da governação (dezoito anos). Segundo a tradição setecentista dos "Outeiros Poéticos", havia uma troca de poemas entre os poetas e as mulheres do convento, o que despertou o interesse de D. Leonor pela literatura, tendo conhecido os maiores poetas arcaicos. A educação de D. Leonor foi influenciada pelos poetas Sílvio, Filinto Elysio e pelos filósofos iluministas. D. Leonor viveu um período de transformações intelectuais, aderindo às filosofias do final do século XVIII, mas as suas práticas resultavam mais da tradição e ordens da sociedade, refletindo-se nas suas poesias, nas quais ela já utilizava o Romantismo, desenvolvido no século XIX. Ficou conhecida na literatura pelo nome de "Alcipe". Em 1777, é libertada do convento e foi habitar com a sua família no Palácio de Almeirim, onde o seu pai tentou a reabilitação da família Távora. Passados dois anos, casa com Carlos Augusto, Conde de Oyenhausen. Teve oito filhos (seis raparigas e dois rapazes) e a carreira do marido permitiu-lhe viajar por toda a Europa, interessando-se pela pintura e ciências naturais e conhecendo Madame de Stael.

Em 1785, os condes de Oyenhausen voltam a Portugal, onde "Alcipe" era considerada uma livre pensadora, já que contrastava com a triste corte de D. Maria I. Com a morte do seu marido, em 1793, a condessa é "obrigada" a uma vida mais retirada, passando a habitar em Almeirim, reunindo talentos nos seus salões literários que ficaram célebres. "Alcipe" formou a "Sociedade da Rosa" com objetivos culturais para a sociedade culta portuguesa, mas esta foi cancelada pelo Intendente Pina Manique, por pôr em causa as ordens portuguesas. Assim, "Alcipe" é obrigada a exilar-se em Inglaterra até 1813, vivendo os piores anos da sua vida; nesse tempo tentou voltar a Portugal, não sendo capaz devido aos seus problemas financeiros e à situação da sua família (a adesão de D. Pedro de Almeida, Marquês de Alorna, seu irmão, à causa francesa e as relações escandalosas da sua filha Condessa da Ega, com o General Junot). Neste tempo, D. Leonor desenvolveu a literatura inglesa e, depois da morte do seu irmão, regressou a Portugal como Marquesa de Alorna e continuou a desenvolver a sua produção literária, vivendo em Almeirim onde contratou uma mestra para ensinar as meninas mais carenciadas a ler. A Marquesa de Alorna morreu em 1839, no dia 11 de Outubro e, após a sua morte, as suas filhas encarregar-se-iam de reunir todas as suas produções poéticas e de editar a obra. Da sua bibliografia fazem parte as seguintes obras:

_- "Obras poéticas", Lisboa, 1844

  • A que foi publicada por Olga Morais Sarmento da Silveira, em 1907
  • Boletim da segunda classe de Academia da Ciências de Lisboa ,_ A Marquesa da Alorna foi um dos maiores vultos literários portugueses na transição do século XVIII para o século XIX, a quem designavam como a “Madame de Stael Portuguesa”.