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Intervenção educativa para hipertensão na UBS Bela Vista I em Leopoldina-MG, Notas de aula de Diagnóstico

Este estudo avaliou o conhecimento dos pacientes hipertensos sobre hipertensão arterial sistêmica (has) na unidade básica de saúde bela vista i em leopoldina-mg, minas gerais. O objetivo foi elaborar um plano de intervenção educativo para aumentar o nível de conhecimento dos pacientes hipertensos sobre a doença e seus riscos associados. O plano foi desenvolvido com a participação de profissionais de saúde e da população adstrita à unidade de saúde, com o foco em ampliar o conhecimento dos portadores de has nas microáreas 3, 4 e 6.

O que você vai aprender

  • Quem participou do Plano de Intervenção na UBS Bela Vista I?
  • Como a HAS é caracterizada e qual é sua prevalência na população acima de 70 anos?
  • Quais são os principais problemas enfrentados pela UBS Bela Vista I?
  • Quais são as políticas públicas existentes para o controle da HAS?

Tipologia: Notas de aula

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Romar_88
Romar_88 🇧🇷

4.6

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA
MARLENIS MUNIZ TAMAYO
PLANO DE INTERVENÇÃO EDUCATIVO AOS PORTADORES DE
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA USUÁRIOS DA UNIDADE BÁSICA DE
SAÚDE BELA VISTA EM LEOPOLDINA/MG
UBA/MINAS GERAIS
2016
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Baixe Intervenção educativa para hipertensão na UBS Bela Vista I em Leopoldina-MG e outras Notas de aula em PDF para Diagnóstico, somente na Docsity!

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA

MARLENIS MUNIZ TAMAYO

PLANO DE INTERVENÇÃO EDUCATIVO AOS PORTADORES DE

HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA USUÁRIOS DA UNIDADE BÁSICA DE

SAÚDE BELA VISTA EM LEOPOLDINA/MG

UBA/MINAS GERAIS

MARLENIS MUNIZ TAMAYO

PLANO DE INTERVENÇÃO EDUCATIVO AOS PORTADORES DE

HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA USUÁRIOS DA UNIDADE BÁSICA DE

SAÚDE BELA VISTA EM LEOPOLDINA/MG

Trabalho de Conclusão do Curso em Atenção Básica em Saúde da Família, Universidade Federal de Minas Gerais, para obtenção do Título de Especialista. Orientador: Profª. Dr.ª Nazaré Pellizzetti Szymaniak

UBA/MINAS GERAIS

DEDICATÓRIA

À minha família, pоr sua capacidade dе acreditar еm mіm е investir еm mim. Mãe, sеυ cuidado е dedicação me deram, еm alguns momentos, а esperança pаrа seguir. Pai, sυа presença significou segurança е certeza dе qυе não estou sozinha nessa caminhada.

AGRADECIMENTOS

A Deus pоr tеr mе dado saúde е força pаrа superar аs dificuldades. A esta universidade, sеυ corpo docente, direção е administração qυе oportunizaram а janela qυе hoje vislumbro υm horizonte superior, eivado pеlа acendrada confiança nо mérito е ética aqui presentes. Agradeço а todos оs professores pоr mе proporcionarem о conhecimento nãо apenas racional, mаs а manifestação dо caráter е afetividade dа educação nо processo dе formação profissional. Aos meus pais, pelo amor, incentivo е apoio incondicional. A todos qυе direta оυ indiretamente fizeram parte dа minha formação. Muito obrigada.

ABSTRACT

The systemic arterial hypertension (SAH) is a chronic disease that can be caused by several factors, among them can be considered mainly genetics, obesity, physical inactivity, the SAH can cause complications to various organs the body such as the kidneys, brain, heart and many others and should therefore be controlled. The present study evaluated the knowledge of hypertensive patients on hypertension in Family Health Staff Bela Vista I,in the city of Leopoldina-MG. The objective of this study is to develop an educational intervention plan to patients with hypertension users of the Basic Health Unit Bela Vista I, in the city of Leopoldina-MG. The study demonstrated that patients included in the intervention projet considered themselves without information about the disease, reflecting in poor or no knowledge about HAS and complications related to SAH.

Keywords : Health education. Systemic arterial hypertension. Primary Attention.

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

HAS Hipertensão arterial sistêmica

PA Pressão arterial

SAMU Serviço de Atendimento Médico de Urgência

UAI Unidade de Atendimento Integrado

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

UBS Unidade Básica de Saúde

ACS Agentes Comunitários de Saúde

DCV Doenças Cardiovasculares

AVE Acidente Vascular Encefálico

IAM Infarto Agudo do Miocárdio

SBH Sociedade Brasileira de Hipertensão

PAS Pressão arterial sistólica

PAD Pressão arterial diastólica

PLANO DE INTERVENÇÃO EDUCATIVO AOS PORTADORES DE

HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA USUÁRIOS DA UNIDADE BÁSICA DE

SAÚDE BELA VISTA EM LEOPOLDINA/MG

1 Introdução

1.1 Histórico e Política do Município

Leopoldina possui código do Município no IBGE nº 3138401, inscrita na Unidade de Federação Minas Gerais. Localiza-se na Mesorregião da Zona da Mata e Microrregião de Cataguases e ocupa uma área de 942 km², o que a torna a mais extenso de sua microrregião, representando 0,161% do estado de Minas Gerais, 0,102% da Região Sudeste e 0,011% de todo o território brasileiro (IBGE, 2013).

Segundo a Prefeitura de Leopoldina o território é cortado por importantes rodovias federais, como a BR-116/Rio de Janeiro-Bahia, BR-267 e pelos trilhos da Ferrovia Centro-Atlântica. Situa-se estrategicamente entre metrópoles (Quadro 1). O Aeroporto de Leopoldina está situado no Distrito de Piacatuba (Prefeitura de Leopoldina, 2015)

Quadro 1. Distância de Leopoldina/MG aos principais centros nacionais, no Brasil. Cidade Distância (em km) Belo Horizonte 322 Brasília 1077 Rio de Janeiro 210 São Paulo 524 Vitória 395 Fonte: Autor, 2016.

O território do município localiza-se na bacia do rio Paraíba do Sul. A sede municipal é cortada pelo ribeirão Feijão Crua. Os principais rios que banham o município são o Pomba e o Pirapetinga, ambos afluentes do Paraíba do Sul, e os rios Pardo e Novo, afluente da Pomba (FUNDAÇÃO COPPETEC, 2006).

1.2 Clima

O clima de Leopoldina é do tropical (tipo Aw segundo Köppen), com temperatura média anual em torno de 21°C, inverno seco e verão chuvoso com temperatura elevada. Os meses mais quentes são janeiro, fevereiro e março, com temperatura média de 29°C. O mês de julho é o mais frio, com temperatura média de 12°C e mínima de 9°C. A precipitação média anual é de 1.307 mm. As maiores precipitações são registradas no período de outubro a março, sendo os meses de inverno marcados pela estiagem. Em média, julho é o mês mais seco, quando ocorre volume de chuva de apenas 14,2 mm, e dezembro o mês mais chuvoso, cuja média fica em 277,1 mm (INPE/CPTEC, 2010).

1.3 Populaçao

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2010) a população do município foi estimada em 51136 habitantes, com densidade populacional de 54,27 habitantes por km², sendo 47,99% da população masculina (24 546 habitantes) e 52,01% feminina (26 584 habitantes), entre esses, 89,39% (45 704 habitantes) vivem na região urbana e 10,61% (5426 habitantes) na rural (IBGE, 2010).

O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M, 2010) de Leopoldina é 0,726 considerado médio, ocupando na posição 122 no estado de Minas Gerais e 487 no sudeste (entre 1666 municípios) e 1098 no país (entre 5507 municípios). Considerando apenas a educação (IDHM-E, 2010), Leopoldina tem índice de 0, enquanto o do Brasil de 0,849 (IBGE, 2010).

Leopoldina-MG tem índice de longevidade (IDHM-L) é de 0,789 (o brasileiro é 0,638) e o de renda é de 0,691 (o do Brasil é 0,723). A renda per capita é 8994,55 reais e a taxa de alfabetização adulta 89,56%. Por sua vez, a expectativa de vida é de 72, anos. O Coeficiente de Gini, que mede a desigualdade social é de 0,45 (sendo 1, pior e 0,00 melhor). A incidência da pobreza, medida pelo IBGE é de 30,46% tendo como limite inferior 22,02%, superior 38,90% e a subjetivo 26,38% (IBGE, 2010).

1.5 Redes de Saúde

De acordo com IBGE (2010), em Leopoldina os atendimentos de urgência e emergência são oferecidos no Hospital Municipal Público, com serviços de urgência e emergência, atendendo todo o município. Conta também com 18 estabelecimentos de saúde particulares e 9 filantrópicos, 25 com atendimento ambulatorial em especialidades básicas, 16 ambulatorial odontológico e 26 médico-odontológico. Em caso de necessidade para internação hospitalar as UAI realizam no hospital “Casa De Caridade Leopoldinense”. O Serviço Móvel de Urgência (SAMU) realiza atendimento de emergências em todos os bairros da cidade. O atendimento é realizado por um médico regulador que fornece as primeiras orientações por telefone e envia equipe com ambulância se necessário, com funcionamento por 24 horas.

Os usuários podem acionar o SAMU em casos de acidente de trânsito, trabalho de parto, tentativa de suicídio, crise hipertensiva e cardiorrespiratória, choques elétricos, acidente com produto químico, intoxicação, queimadura, inconsciência de vítima de queda, ou seja, em casos graves. A Unidade de Saúde Bela Vista I localiza-se na região urbana do município, com topografia montanhosa.

1.6 Igrejas ou similares

Como aparato religioso tem duas igrejas católicas, 1 Igreja Evangélica e 2 Centros Espíritas.

1.7 Saneamento

Todas as famílias possuem acesso aos serviços de saneamento básico e energia elétrica pela Copasa ou Energisa.

1.8 UBS

A Unidade Básica de Saúde (UBS) IV Bela vista I situa-se na Avenida dos Expedicionários n°537, local alugado por a prefeitura de Leopoldina, não tendo área física dentro dos padrões solicitados pela ANVISA. Assim, possui recepção, sala para acolhimento, sala de reuniões, sala de curativo, consultório medico, consultório odontológico, banheiros para usuários e para profissionais, cozinha. Funciona com uma equipe mínima composto por 1 médico, 1 enfermeiro, 1 técnico de enfermagem, 3 Agentes Comunitários de Saúde (ACS), e equipe de saúde bucal (1 odontólogo e 1 auxiliar de odontologia).

Depois de analisar dados levantados e a inclusão de outros proporcionados pelo estudo de prontuários e levantamentos feitos pelos agentes comunitários identificaram-se os problemas na área de abrangência. A microárea tem 1092 famílias cadastradas no ano 2012, com 3247 cadastros de usuários. Entre esses, recebem acompanhamento 1703 sendo que 1249 têm acima de 18 anos de idade, com 334 hipertensos (Equipe de Saúde da Família, 2015).

1.9 Referencial Teórico

A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma doença crônica que acomete milhões de pessoas em todo o mundo. Estima-se que cerca de 20% de toda a população tenha níveis de pressão arterial acima do normal (PINHEIRO, 2015).

No Brasil, a hipertensão afeta mais de 30 milhões de brasileiros (36% dos homens adultos e 30% das mulheres) e é o mais importante fator de risco para o desenvolvimento das Doenças Cardiovasculares (DCV), com destaque para o Acidente Vascular Encefálico (AVE) e o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), as duas maiores causas isoladas de morte no país (MALACHIAS, 2010).

Segundo a SBH (2010) “a HAS é uma condição clínica multifatorial caracterizada por níveis elevados e sustentados de Pressão Arterial (PA). De acordo com o SBH (2015) a hipertensão, usualmente chamada de pressão alta, é a pressão arterial, sistematicamente, igual ou maior que 14 por 9. A pressão se eleva por vários motivos, mas principalmente porque os vasos nos quais o sangue circula se contraem [...] A Hipertensão é comum,

2 Justificativa da Proposta de Intervenção

A problemática deste estudo tem como base a observação do pouco conhecimento sobre HAS dos usuários nessa área. A HAS constitui o problema de saúde alarmante na área de abrangência. Segundo as observações realizadas pela equipe, os pacientes não têm consciência dos fatores de risco e as complicações dessa doença crônica e desconhecem os principais sintomas, sinais, tratamento e causas de descompensações frequentes.

Outro fator relevante é o inadequado acompanhamento e a pouca adesão ao tratamento dos pacientes com a doença favorecendo descompensação frequente. Na unidade de saúde da família Bela Vista I observam-se pacientes com HAS não têm conhecimento da doença o que favorece a presença de complicações frequente como cérebro-vasculares tornando alta a morbidade e a hospitalização por a HAS, segundo os registros da unidade.

Este plano de intervenção justifica-se, pela alta incidência da HAS no território adstrito e os pacientes acometidos não se sensibilizaram ainda para as principais características da doença. A área em estudo tem 1703 pacientes com 334 pacientes hipertensos representando 26,74% dos usuários acima dos 20 anos cadastrados nas três microáreas. Pela importância de manter o controle adequado da doença, é necessário conscientizar os usuários sobre os principais sintomas, fatores de riscos, tratamentos, assim como as complicações.

Justifica-se propor este plano de intervenção para aumentar o nivel de conhecimento dos pacientes hipertensos na unidade de saúde Bela Vista I, município Leopoldina, Minas Gerais, esperando que os conhecimentos adquiridos pela clientela, sejam empregados para o controle individual da doença, diminuindo a morbimortalidade por HAS.

2 Objetivo

O objetivo deste estudo é elaborar um plano de intervenção educativo aos portadores de hipertensão arterial sistêmica aos usuários da Unidade Básica de Saúde Bela Vista I, no município de Leopoldina-MG.

Os artigos disponíveis nessas bases de dados, bem como, publicações em livros e revistas médicas foram selecionados conforme sua relevância. Outros dados importantes que foram utilizados são os que estão disponíveis na Secretaria Municipal de Saúde de Leopoldina, dados do Ministério da Saúde e arquivos da equipe. Os descritores utilizados nesse plano foram: Educação em saúde, Hipertensão Arterial Sistêmica, Atenção Primária.

A equipe integrante deste Plano incluiu 1 médico, 1 enfermeiro, 1 técnico de enfermagem e 3 Agentes de Saúde Comunitários (ASC) em parceria com a coordenadoria da Secretária de Saúde do Município.

4.5 Análise dos dados

Para a análise do Plano de Intervenção utilizou-se como critério a avaliação da própria equipe de saúde participante, onde cada membro escolheu um problema por critério, depois se fez uma somatória de participantes por cada problema e se deu ordem de prioridade avaliando importância e capacidade de intervenção.

5 Revisão Bibliográfica

A HAS é uma doença crônico-degenerativa de natureza multifatorial, na maioria dos casos assintomática, que compromete fundamentalmente o equilíbrio dos sistemas que mantêm o tônus vasomotor, o que leva à redução da luz dos vasos e danos aos órgãos por eles irrigados. Na prática, a HAS é caracterizada pelo aumento dos níveis pressóricos acima do recomendado para uma determinada faixa etária (PINTO; FERREIRA, 2010).

A HAS é a pressão arterial acima de 140x90 mmHg (milímetros de mercúrio) em adultos acima de 18 anos, medida em repouso de quinze minutos e confirmada em três vezes consecutivas e em várias visitas médicas [....] A HAS pode ser sistólica e diastólica (máxima e mínima) ou só sistólica (máxima). A maioria desses indivíduos (95%) tem HAS essencial ou primária (sem causa) e 5% hipertensão arterial secundária à causa bem definida (BUSATO, Otto, 2001).

O Guia Online da Pressão Alta ( 2011 ) define Pressão arterial sistólica (PAS ) como pressão arterial máxima, correspondente ao valor medido no momento em que o ventrículo esquerdo bombeia sangue para a aorta. Normalmente este valor varia entre os 120 a 140 mmHg, Por sua vez, Pressão arterial diastólica (PAD) como a pressão arterial mínima, correspondente ao momento em que o ventrículo esquerdo volta a encher-se para retomar o processo da circulação, valor na média de 80 mmHg.

Segundo (PINTO; FERREIRA, 2010), A prevalência da HAS aumenta com a idade sendo que cerca de 60 a 70% da população acima de 70 anos é hipertensa. Em mulheres, a prevalência da HAS apresenta aumento significativo após os 50 anos de idade, relacionado à menopausa. Com relação à etnia, além de ser mais comum em indivíduos afrodescendentes (especialmente em mulheres), a HAS é mais grave e apresenta maior taxa de mortalidade. A má adesão ao tratamento confere maior risco. Outro fator que contribui para a HAS é o excessivo consumo de sal e álcool, cor da pele a obesidade e o sedentarismo.