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Guias e Dicas
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Doenças Exantemáticas: Guia Clínico e Diagnóstico Diferencial, Esquemas de Medicina

As principais doenças exantemáticas, incluindo exantema súbito, eritema infeccioso, escarlatina, sarampo, rubéola, síndrome mão-pé-boca e varicela zóster. Ele detalha as características clínicas, o diagnóstico e o tratamento de cada doença, além de discutir o calendário vacinal e o uso adequado de antibióticos. O texto também menciona a importância da notificação compulsória de algumas dessas doenças, fornecendo um guia conciso e informativo para profissionais de saúde e estudantes da área médica. O documento visa fornecer uma visão geral das doenças exantemáticas, abordando desde a etiologia viral ou bacteriana até as manifestações clínicas e o manejo terapêutico. Ele também destaca a importância da vacinação e do uso racional de antibióticos no contexto dessas doenças infecciosas. Além disso, o texto ressalta a relevância da notificação compulsória para o controle epidemiológico de certas doenças exantemáticas, contribuindo para a vigilância e a prevenção de surtos.

Tipologia: Esquemas

2024

À venda por 28/05/2025

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MARC 4
Diferenciar as doenças exantemáticas;
Estudas as manifestações clínicas, diagnóstico e TTO das doenças exantemáticas;
Verificar o calendário vacinal infantil;
Entender o impacto do uso inadequado de antibióticos;
Estudar quais são as doenças de notificação compulsória.
DOENÇAS EXANTEMÁTICAS
1. Exantema súbito
1.1 Características:
Também conhecido como: roséola infantil ou sexta doença;
Doença viral – Herpesvirus humano 6 e 7;
Transmissão: Perdigotos;
Período de incubação: 5 – 15 dias;
Período de transmissão: Principalmente durante o período febril;
Comum em crianças entre 6 meses a 3 anos;
Predomina em < 2 anos.
1.2 Quadro clínico
Febre alta e continua com duração de 3 a 4 dias;
Irritabilidade
Sem toxemia;
O exantema surge logo após a febre (maculopapular);
O exantema inicia-se no tronco e estende-se para o pescoço, face e
extremidades;
Convulsão febril – o exantema é uma das principais causas;
Linfonodomegalia cervical, suboccipital;
Hiperemia de orofaringe, pálpebra e membrana timpânica;
Pode apresentar bom estado geral.
1.3 Características do exantema
Maculopapular róseo;
Inicia no pescoço e tronco e dissemina
para os membros;
Curta duração;
Some sem deixar marcas.
Verusca Luiza
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MARC 4

 Diferenciar as doenças exantemáticas;  Estudas as manifestações clínicas, diagnóstico e TTO das doenças exantemáticas;  Verificar o calendário vacinal infantil;  Entender o impacto do uso inadequado de antibióticos;  Estudar quais são as doenças de notificação compulsória. DOENÇAS EXANTEMÁTICAS

1. Exantema súbito 1.1 Características:  Também conhecido como: roséola infantil ou sexta doença;  Doença viral – Herpesvirus humano 6 e 7;  Transmissão: Perdigotos;  Período de incubação: 5 – 15 dias;  Período de transmissão: Principalmente durante o período febril;  Comum em crianças entre 6 meses a 3 anos;  Predomina em < 2 anos. 1.2 Quadro clínico  Febre alta e continua com duração de 3 a 4 dias;  Irritabilidade  Sem toxemia;  O exantema surge logo após a febre (maculopapular);O exantema inicia-se no tronco e estende-se para o pescoço, face e extremidades;  Convulsão febril – o exantema é uma das principais causas;  Linfonodomegalia cervical, suboccipital;  Hiperemia de orofaringe, pálpebra e membrana timpânica;  Pode apresentar bom estado geral. 1.3 Características do exantema  Maculopapular róseo;  Inicia no pescoço e tronco e dissemina para os membros;  Curta duração;  Some sem deixar marcas.

1.4 Diagnóstico  Essencialmente clínico;  Podem ser coletados, mas não há recomendação: sorologia e PCR para detecção do DNA viral. Obs: Na maioria dos pacientes com roséola causada pelo HHV -6, no momento que a erupção aparece, a viremia já foi resolvida. 1.5 Características laboratoriais  Neutropenia e linfocitose atípica: no período de febre os glóbulos brancos podem estar elevados, mas atinge seu ponto mais baixos (3.000 cel/uL) no 3º ao 6º dia da doença, retornando gradualmente ao normal durante os 7 a 10 dias seguidos. 1.6 Tratamento  O tratamento é sintomático;  Não há vacina disponível, nem profilaxia pós- exposição;  Não é uma doença de notificação obrigatória.

2. Eritema infeccioso 2.1 Características  Doença viral – Parvovíruos B19;  Também conhecida como “Quinta doença”;  Altamente contagiosa;  Transmissão: Perdigotos;  Período de incubação: 4 – 14 dias;  Período de transmissão: desconhecido, cessa após o desaparecimento do exantema;  Faixa etária mais atingida: 2 a 14 anos. 2.2 Quadro clínico

Obs: As lesões inicialmente são eritematosas, escurecem, ficam violáceas e empalidecem. 2.4 Diagnóstico  Essencialmente clínico;  Podem ser coletados sorologia (IgM e IgG) e PCR para detecção do DNA viral 2.5 Tratamento  Tratamento sintomático;  Não há vacinas disponíveis;

3. Escarlatina 3.1 Características:  Doença exantemática bacteriana;  Agente etiológico: Streptococcus pyogenes beta hemolítico A;  Transmissão: secreções respiratórias;  Período de incubação: 2-5 / 4 – 7 dias;  Período de transmissibilidade: desde a fase prodrômica até a resolução do quadro ou até 24 h após o início do tratamento.  Comum em crianças dos 5 – 15 anos; 3.2 Quadro clínicoPródromo: febre, amigdalite e língua em framboesa;  Após o pródromo surge o exantema: exantema tipo “lixa” (papular, pruriginoso);  A erupção ocorre como resultado da reatividade cutânea tardia a exotoxina pirogênica ou eritrogênica;  A erupção empalidece com a pressão no local;  As erupções começam pelas dobras cutâneas estendendo -se pelo tronco e membros ( 12 – 48 horas após a fase prodrômica);Sinal de pastia : exacerbação do exantema em áreas de dobras;  Sinal de Filatov : palidez perioral;  Bochechas hiperemiadas;  Após 4 dias, o exantema começa a descamar (Do rosto para o corpo).

No início, a língua fica esbranquiçada e páos existe uma cor vermelha – escarlate, com papilas salientes no 3º ou 4º dia. 3.3 Diagnóstico  Além na anamnese e exame físico + pesquisa de estreptococo beta – hemolítico ( cultura de garanta, teste rápido de detecção de antígeno (RADT).  Não é uma doença de notificação obrigatória. 3.4 Tratamento  Principal: penicilina ( + 27 Kg, 1.200.000 UI, <27 kg, 300.000 a 600.000 UI)  Mais usado: amoxicilina – 40 – 60 mg/kg/dia – 3 vezes – 7 a 10 dias;  Isolar a criança após o tratamento por 24 horas. Obs: Febre reumática e glomerulonefrite difusa aguda como principais complicações.

4. Sarampo 4.1 Características  Doença viral (RNA) – sorotipo único – gênero Morbillivirus da família Paramyxoviridae;  Período de incubação: 6 a 21 dias, dias;  Transmissão: contato direto com os aerossóis infectados;  Transmissibilidade: altamente contagiosa, desde 4 dias antes até 4 dias após o aparecimento do exantema;

4.5 Profilaxia pós – exposição Obs: A vacina pode ser utilizada para controle de surtos se administrada a indivíduos imunocompetentes suscetíveis (não vacinados) até 72 h da exposição.

5. Rubéola 5.1 Características  Doença viral (RNA) – família Togaviridae;  Período de incubação: 14 a 21 dias;  Transmissão: Perdigotos;  Transmissibilidade: 1 semana antes ou 2 semanas após a erupção ser observada.;  Pico no final do inverno e início da primavera;  Doença de notificação obrigatória. 5.2 Quadro clínico  30% dos casos são assintomáticos;

 O exantema pode ser a principal manifestação (maculopapular) – são mais claras que as do sarampo;  O período prodrômico é curto (24h média): febre baixa, fenômenos catarrais leves, pequena fotofobia.  Gânglios linfáticos retroauriculares, cervicais posteriores e suboccipitais que se encontram dolorosos (importante); - Sinal de Theodor  Duas formas clínicas: pós-natal e a síndrome da rubéola congênita (ambas de notificação obrigatória)  Síndrome da rubéola congênita: resulta da infecção materna durante a gestação;  Risco de aborto, morte fetal e anormalidades congênitas;  Manifestações oftalmológicas ( catarata, glaucoma);  Cardíacas (ducto arterioso patente, estenose de arteria pulmonar);  Baixo peso, hepatoesplenomegalia, trombocitopenia;  A criança mantem a excreção viral em secreção nasofaríngea e urina por até mais de 1 ano. 5.3 Características do exantema  Maculopapular;  Inicia em face, progressão cefalocaudal (ocorre simultaneamente com a febre);  Duração de 3 a 4 dias  Enantema: petéquias no palato mole (não é patognomôico) – Sinal de Forchheimer 5.4 Diagnóstico  Essencialmente clínico;

7. Varicela 7.1 Características:  Doença viral (DNA) – Varicela Zóster;  Período de incubação: 10 – 21 dias (14 em média);  Transmissão: aerossóis e vesículas;  Transmissibilidade: do 10º dia após o contato até a formação de crostas (quando deixa de ser transmissível). 7.2 Quadro clínico  Pródromos: leves, 1 a 2 dias, febre baixa, estado geral pouco comprometido ( em adultos o quadro é mais severo);  Erupção papulovesicosa – começa na cabeça, atinge mucosa e desce para o corpo;  É um exantema polimórfico pruriginoso: mácula – pápula – vesícula – pústula – crosta  Geralmente poupa os pés e as mãos. 7.3 Diagnóstico  Diagnóstico clínico;  Na fase vesicular, pode ser realizado um exame do líquido por microscopia eletrônica. 7.4 Tratamento  Maioria dos casos o tratamento é sintomático;  Indicação de aciclovir :  Maiores de 12 anos com:

  • Doença cutânea crônica;
  • Doença pulmonar crônica;
  • Neuropatas crôicos;
  • Usuários crônicos de costicoesteroides;
  • Usuários de salicilatos  Primeiras 24 horas do exantema, na dose de 20 mg/kg/dose 4 ou 5x/dia por 5 dias.  Imunocomprometidos e em infecção disseminada (EV), na dose de 10 mg/kg/dose de 8/8h por 7-14 dias. 7.5 Complicações  Infecção cutânea bacteriana secundária (S. aureus);  Herpes – zoster: reativação do vírus da varicela que fica latente após a infecção inicial (mais comum em > 50 anos, mas pode ocorrer em qualquer idade) **7.6 Profilaxia pós exposição
  1. Mononucleose 8.1 Características**  Doença viral – Epsteirn Barr (herpes vírus humano tipo 4);  Transmissão: secreções salivares, transmissão sexual; 8.2 Quadro clínico

 Primeira dose: 12 meses (Tríplice viral);  Segunda fosse: 15 meses (Tetra viral).  Varicela:  Primeira dose: 15 meses (Tetra viral);  Segunda dose: 4 anos (Varicela isolada). USO INADEQUADO DE ANTIBIÓTICOS  Os antibióticos são medicamentos capazes de matar ou inibir o crescimento das bactérias e devem ser usadas apenas no tratamento de infecções bacterianas;  A resistência aos antibióticos acontece quando determinada bactéria se modifica em resposta ao uso desses medicamentos. Enquanto as bactérias sensíveis são eliminadas, as “resistentes” se multiplicam;  A utilização de antibiótico inadequado, em dosagens diferentes ou que interrompem o tratamento favorece a seleção de bactérias resistentes. DOENÇAS DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA  Comunicação obrigatória à autoridade de saúde, realizada pelos médicos, profissionais de saúde ou responsáveis pelos estabelecimentos de saúde, públicos ou privados, sobre a ocorrência de suspeita ou confirmação de doença, agravo ou evento de saúde pública;  A notificação deve ser feita pelo SINAN (Sistema de informação de agravos de notificação);  Estados e municípios podem incluir outros problemas de saúde na lista nacional de doenças. Referências: PETRAGLIA, Tânia Cristina de Mattos B.; SZTAJNBOK, Denise Cardoso das N. Infectologia pediátrica 2a ed. São Paulo: Editora Manole, 2020. SALOMÃO, Reinaldo. Infectologia: Bases Clínicas e Tratamento. Rio de Janeiro - RJ: Grupo GEN, 2023.