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Manual de Segurança para Laboratórios PUCRS - Revisão 01/2013, Manuais, Projetos, Pesquisas de Segurança do Trabalho

Este manual de segurança para laboratórios da pucrs, revisado em 2013, fornece diretrizes abrangentes para a segurança em ambientes laboratoriais. Diversos aspectos, desde o uso adequado de equipamentos de proteção individual (epis) e coletiva (epcs) até o descarte correto de resíduos químicos e a gestão de riscos em caso de acidentes.

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2021

Compartilhado em 24/12/2024

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Baixe Manual de Segurança para Laboratórios PUCRS - Revisão 01/2013 e outras Manuais, Projetos, Pesquisas em PDF para Segurança do Trabalho, somente na Docsity!

REFLEXÃO

“O risco de acidentes é maior quando nos acostumamos a conviver com o perigo e passamos a ignorá-lo.”

Cristina Maria dos Santos Sad

SUMáRIO

    1. INTRODUÇÃO
    1. DEFINIÇÕES
    1. RISCOS AMBIENTAIS
    1. SINALIZAÇÃO PREVENTIVA
    • LABORATÓRIOS 5. RECOMENDAÇÕES PARA EVITAR ACIDENTES TÍPICOS EM
    1. RADIOPROTEÇÃO
    1. PREVENÇÃO
    • 7.1. Equipamentos de Proteção Individual - EPIs
    • 7.2. Equipamentos de Proteção Coletiva - EPCs
      • 7.2.1. Diretrizes gerais para o uso de capelas
    1. DICAS DE ERGONOMIA
    1. ERGONOMICO
    1. MEIO AMBIENTE.
    • 10.1. Tipos de incidentes ambientais.
    • 10.2. O que é um kit de emergência química?
    • 10.3. Atendimento a emergências ambientais.
    • 10.4. Resíduos
      • 10.4.1. Classificação e grupos de resíduos
      • 10.4.2. Resíduos Grupo A – Biológicos
      • 10.4.3. Resíduos Grupo B – Químicos.
      • 10.4.4. Resíduos Grupo C – Rejeitos radioativos. - aos recicláveis 10.4.5. Resíduos Grupo D – Resíduos equiparados aos domiciliares e
        • 10.4.6. Resíduos Grupo E – Perfurocortantes
        • 10.4.7. Outras situações envolvendo resíduos.
    1. PROCEDIMENTOS DE EMERGêNCIA NO COMBATE A INCêNDIO
    • 11.1. Dinâmica do fogo
    • 11.2. Métodos de extinção do fogo
    • 11.3. Classes do fogo
    • 11.4. Sistema de proteção contra incêndio
    • 11.5. Modo de operação
    • 11.6. Gases Utilizados em Laboratórios - 11.6.1. Riscos associados aos gases laboratoriais - 11.6.2. Segurança na operação com gases.
    1. INCIDENTES E ACIDENTES
    • 12.1. Definição de risco
      • acidente 12.2. Fatores que aumentam a probabilidade da ocorrência de um
      • acidente 12.3. Fatores que diminuem a probabilidade da ocorrência de um
    • 12.4. Tipos de Incidentes e Acidentes.
    • 12.5. Acidentes com Material Biológico
    1. TREINAMENTOS
    1. LEITURA COMPLEMENTAR

CONSIDERAÇõES GERAIS

Este manual não tem a pretensão de esgotar todos os aspectos e riscos relacionados

à segurança de um laboratório. Caso alguma prática não esteja aqui contemplada, a

omissão não poderá ser usada como justificativa para isenção da responsabilidade.

A gerência e comunicação dos riscos em laboratório é de responsabilidade de to-

dos, conforme Figura 1.

Figura 1

DIREÇÃO DE CURSO Garantir o cumprimento das normas de saúde, meio ambiente e segurança em conjunto com o SESMT, CAPLab e CGA.

COORDENADORES DE LABORATÓRIOS Fiscalizar constantemente o ambiente de trabalho e promover boas práticas de segurança, saúde e meio ambiente.

CAPLAB Propor políticas que promovam boas práticas e condições de segurança nos laboratórios da PUCRS. Apoiar ao SESMT.

SESMT Inspecionar laboratórios. Sugerir adequações e melhorias. Apoiar os coordenadores de laboratórios na definição de EPIs e EPCs. Investigar e analisar ocorrências. Ministrar treinamentos.

ALUNO, BOLSISTA E ESTAGIÁRIO Reconhecer os riscos e recomendações de segurança relacionadas ao laboratório onde atuará. Deve responsabilizar-se pelos danos pessoais e materiais provocados pelo desrespeito às normas de segurança.

PROFESSORES E FUNCIONÁRIOS Identificar, minimizar e informar os riscos e perigos do seu trabalho de pesquisa ou aulas práticas a todos os envolvidos na atividade.

Atribuições dos diversos segmentos da Universidade.

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2. DEFINIÇõES

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas

CAPLab – Comissão de Acompanhamento de Práticas de Laboratório

CGA – Comitê de Gestão Ambiental

EPC – Equipamento de Proteção Coletiva

EPI – Equipamento de Proteção Individual

FEPAM – Fundação Estadual de Proteção Ambiental do RS

FISPQ – Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos

SESMT – Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho

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Quadro 1: Resumo de riscos ambientais.

Físico Químico Biológico Ergonômico Acidente Ruído Poeira Vírus Esforço físico intenso

Arranjo físico inadequado Vibrações Fumos Bactérias Levantamento e transporte manual de peso

Máquinas e equipamentos sem proteção Radiações Ionizantes

Névoas Protozoários Exigência de postura inadequada

Ferramentas inadequadas ou defeituosas Radiações Não Ionizantes

Neblina Fungos Controle rígido de produtividade

Iluminação inadequada

Frio Gases Parasitos Imposição de ritmos excessivos

Eletricidade

Calor Vapores Bacilos Trabalho em turno e noturno

Probabilidade de incêndio ou explosão Pressões Anormais

Substâncias, compostos ou produtos químicos em geral

  • Jornada de trabalho prolongada

Armazenamento inadequado

Umidade - - Monotonia e repetitividade

Animais peçonhentos

      • Outras situações causadoras de estresse físico e psíquico

Outras situações de risco que poderão contribuir para a ocorrência de acidentes

Fonte: Portaria nº 25, de 29 de dezembro de 1994

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4. SINALIZAÇÃO PREVENTIVA

Respeitar a sinalização existente nos laboratórios e saber identificar, através dos símbolos, os riscos existentes é fundamental para evitar acidentes e doenças nos ambientes de trabalho.

Quadro 2: Símbolos utilizados em laboratórios.

Símbolo de Segurança

Descrição Símbolo de Segurança

Descrição

Risco biológico Presença de resíduosinfectantes

Radiação ionizante Substância tóxica

Substância explosiva Substância inflamável

Oxidante/ Peróxido orgânico Substância irritante

Substância corrosiva Substância nociva

Perigoso para o meio ambiente Gás sob pressão

Radiação laser

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  • Evite o uso de adornos pessoais, como brincos, pulseiras, anéis e colares, pois, além do risco de ficarem presos a algum equipamento, também são pontos fa- voráveis à retenção de micro-organismos e produtos químicos.
  • Jamais coma, beba ou aplique maquiagens e cremes no interior de laboratórios.
  • Alimentos não devem ser guardados no interior dos laboratórios, onde também não devem ser colocados geladeiras e freezers para este fim.
  • Se fizer uso de lentes de contato, jamais toque nelas com as luvas usadas na manipulação de materiais e produtos químicos. Utilize óculos de proteção.
  • Não acumule materiais, que não estejam em uso sobre bancadas. Um ambiente de trabalho bem organizado evita acidentes.
  • O armazenamento de vidrarias em mezaninos, prateleiras e armários deve ser limitado a uma altura que não implique uso de escadas para alcançá-las, evitan- do-se acidentes.
  • Inspecione constantemente as vidrarias utilizadas. Em caso de constatação de trincas, bolhas ou ma- terial excessivamente arranhado, não utilize o ma- terial e descarte-o adequadamente.
  • Ao fechar vidrarias, não as force, isso pode gerar fissuras no vidro, favorecendo acidentes.
  • Jamais pipete com a boca. Utilize o instrumento apropriado (peras) (Figura 04).
  • Ao introduzir a pipeta na pera de sucção, segura-a na extremidade superior, introduzindo-a suavemen- te no recipiente (Figura 05).
  • Ao pipetar, não direcione o fluxo contra o corpo e evolua suavemente, evitando a formação de aerossóis.
  • Não manipule garrafões de produtos químicos, pegando-os pela alça. Agarre-os pelas extremidades superior e inferior e largue-os sobre a bancada suavemente, para evitar trincas.

Figura 4 Pipetagem correta

Figura 5 Introdução da pipeta na pera de sucção

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  • Ao sair do laboratório no final do dia, verifique se todos os equipamentos foram desligados e se não há reações químicas em andamento.
  • Resíduos de produtos químicos não devem ser descartados na pia. Seu des- carte deverá seguir as orientações constantes neste manual, item 10, sobre meio ambiente.
  • É proibida a recapagem de agulhas, pois é nesse momento que os acidentes por perfuração de mãos mais ocorrem.
  • Materiais perfurocortantes devem ser descartados em recipientes adequados; para fazer isso, utilize as caixas coletoras. Esses recipientes devem ser posicionados em local e altura adequada. A linha que limita sua capacidade de armazenamento deve ser respeitada. Nunca coloque as mãos na abertura da caixa (Figura 6).
  • A pessoa que utiliza material perfurocortante é responsável pelo seu descarte.
  • Observe sempre o local de trabalho, a fim de verificar se apresenta condições seguras, principalmente no que se refere à infraestrutura: piso, instalações elé- tricas, mobiliário, vidros, etc. Em caso de irregularidade, comunique-a ao res- ponsável pelo laboratório e ao SESMT.
  • Jamais promova improvisações em instalações ou equipamentos: essa prática pode causar graves acidentes.
  • Não faça reparos em equipamentos ou na infraes- trutura do laboratório, contate a Prefeitura Univer- sitária para tais serviços.
  • O transporte de materiais e equipamentos deve ser realizado de acordo com as normas especificas de segurança (Figura 7).

Figura 6 Caixa coletora de ma- teriais perfurocortantes

Figura 7 Transporte de material

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7. PREVENÇÃO

7.1. EqUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPIS

EPIs são equipamentos de uso obrigatório destinados à proteção individual.

A solicitação desses equipamentos deve ser feita pelo Coordenador do Laboratório

ao SESMT da PUCRS.

Acompanhe, a seguir, as orientações gerais sobre os EPIs em laboratórios:

  • Óculos de Proteção

Quando usar: Sempre que trabalhar no laboratório.

Visa proteger os olhos da projeção de partículas sóli-

das e líquidas.

Higienização: Água e sabão neutro.

Critério para substituição: Sempre que avariar, ou

quando for necessário.

  • Óculos de Proteção Ampla Visão

Quando usar: No trabalho com produtos químicos vo-

láteis, para proteger-se dos vapores.

Higienização: Água e sabão neutro.

Critério para substituição: Sempre que avariar, ou

quando for necessário.

Figura 8 Óculos de proteção

Figura 9 Óculos de proteção ampla visão

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  • Óculos de Proteção de Sobreposição

Quando usar: Sobre óculos de grau, para proteção contra partículas sólidas e líquidas.

Higienização: Água e sabão neutro.

Critério para substituição: Sempre que avariar, ou quando for necessário.

  • Protetor Auricular Tipo Plug

Quando usar: Na operação de equipamentos ruidosos, como mixers (misturadores), por exemplo.

Higienização: Água e sabão neutro.

Critério para substituição: Trimestralmente, ou quando avariar.

  • Luvas de Proteção Térmica

Quando usar: No manuseio de materiais aquecidos ou resfriados, como estufas, autoclaves, fornos e ultrafreezers.

Higienização: Água e sabão neutro. Higienizar com fre- quência a parte externa.

Critério para substituição: Sempre que avariar.

  • Luvas Nitrílicas para Procedimentos

Quando usar: No manuseio de amostras e em proce- dimentos com produtos químicos, inclusive no preparo de soluções.

Higienização: Não deve ser higienizada.

Critério para substituição: Descartável.

Figura 10 Óculos de proteção

Figura 11 Protetor auricular tipo plug

Figura 12 Luvas de proteção térmica

Figura 13 Luvas nitrílicas para procedimentos

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  • Respirador PFF

Quando usar: Para proteção respiratória durante a ma- nipulação de produtos químicos e em processos que podem gerar poeira.

Higienização: Sem manutenção. Para aumentar sua vida útil, quando não estiver em uso, deve ser guarda- do em um saco plástico.

  • Respirador PFF

Quando usar: Para proteção contra aerodispersóides biológicos, inclusive tuberculose.

Higienização: Sem manutenção. Para aumentar sua vida útil, quando não estiver em uso, deve ser guarda- do em um saco plástico.

  • Respirador N

Quando usar: Para proteção contra aerodispersóides biológicos, inclusive tuberculose.

Higienização: Sem manutenção. Para aumentar sua vida útil, quando não estiver em uso, deve ser guarda- do em um saco plástico.

  • Respirador Facial Inteiro

Quando usar: Em casos específicos, com exposição a produtos químicos voláteis, conforme orientação do SESMT. Antes do uso, deve ser realizado o teste de vedação pelo SESMT.

Higienização: Água e sabão neutro (sempre retirar os cartuchos antes da higienização).

Critério para substituição: Sempre que avariar.

Figura 18 Respirador PFF

Figura 19 Respirador PFF

Figura 20 Respirador N

Figura 21 Respirador facial inteiro

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  • Respirador Semifacial com Manutenção

Quando usar: Para proteção respiratória durante a ma- nipulação de produtos químicos voláteis.

Antes do uso, deve ser realizado o teste de vedação pelo SESMT.

Higienização: Água e sabão neutro (sempre retirar os cartuchos antes da higienização).

Critério para substituição: Sempre que avariar.

  • Cartucho Químico (Respirador Semifacial e Facial Inteiro com Manutenção)

Quando usar: Acoplado ao respirador semifacial ou fa- cial inteiro, para proteção respiratória durante a mani- pulação de produtos químicos voláteis. Cada cartucho é específico para um grupo de produtos; consulte o coordenador do seu laboratório e o SESMT para ve- rificar o tipo de cartucho indicado para sua atividade.

Higienização: Sem manutenção.

Critério para substituição: Sempre que for detectado cheiro do contaminante, ou quando perceber dificul- dade de respirar. Para aumentar sua vida útil, quando não estiver em uso, deve ser guardado em um saco plástico.

  • Jaleco

Quando usar: Em todas as atividades no interior do laboratório. Deve ser confeccionado em tecido com pelo menos 67% algodão, as mangas devem ser lon- gas, com punhos e fechamento com velcro ou botões de pressão, para facilitar a abertura em situação de emergência.

Figura 22 Respirador semifacial com manutenção

Figura 23 Cartucho químico

Figura 24 Jaleco

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