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Manual de higienização com todos os aspectos de limpeza, sanitização, sanitizantes e detergentes .
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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Não perca as partes importantes!
Manual de Higienizaçãona Indústria Alimentar^ 5.6. Pulverização........................................................................... .245.7. Comparação Entre Métodos............................................................... .24^ 6. Avaliação da Eficácia da Higienização^4
6.1. Avaliação da Presença de Resíduos......................................................... .276.2. Avaliação da Presença de Químicos......................................................... .276.3. Avaliação Microbiológica................................................................. .276.4. Monitorização.......................................................................... .286.5. Registos^.............................................................................. .29 7. Regras Básicas da Higienização^............................................................ .297.1. Antes................................................................................. .297.2. Durante............................................................................... .307.3. Depois................................................................................ .317.4. Segurança no Processo de Higienização
7.4.1. Rotulagem dos produtos................................................................ .327.4.2. Armazenamento dos produtos............................................................ .327.5. Higienização Incorrecta: Algumas Causas Correntes............................................ .33 8. Plano de Higienização^.................................................................... .348.1. A Elaboração........................................................................... .348.1.1. Inspecção das instalações............................................................... .348.1.2. Análises físico-químicas e microbiológicas da água........................................... .358.1.3. Estudo dos meios disponíveis^............................................................ .358.1.4. Definição do tipo de produtos a aplicar, modo de aplicação, frequência e dose de aplicação
8.1.5. Estabelecimento de uma rotina de Limpeza (L) + Desinfecção (D)................................ .368.2. A Implementação....................................................................... .378.2.1. A implementação inicial^................................................................ .378.2.2. A validação^.......................................................................... .398.2.3. A verificação^......................................................................... .398.2.4. A revisão^............................................................................ .39 9. Bibliografia^..............................................................................
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limpeza (L) , ou de uma^ limpeza seguida de desinfecção (L+D)
Higienização = Limpeza (L) ou Limpeza + Desinfecção (L+D) O processo de limpeza consiste essencialmente na eliminação de restos de alimentos e outras partículas que ficamsobre as superfícies enquanto que a^ desinfecção^ consiste na destruição ou remoção dos microrganismos.Especialmente no caso da desinfecção química, a limpeza deve, em grande parte das situações, preceder a desin-fecção para que esta seja eficaz, pois os restos dos alimentos interferem com os agentes de desinfecção. Estes doisprocessos serão desenvolvidos nos capítulos 3 e 4 deste manual.
Manual de Higienizaçãona Indústria Alimentar^ Uma higienização correctamente efectuada deve conduzir à eliminação, tanto quanto possível, dos microrganismospresentes tanto nas superfícies como na atmosfera dos locais de trabalho e dos equipamentos.Em termos de etapas, a operação de higienização pode esquematizar-se conforme descrito na Tabela 1 e na Figura 1.^ Tabela 1 - Etapas da Limpeza (L) e da Limpeza + Desinfecção (L+D)^ Etapa^8
Acção Enxaguamento Remoção das sujidades maiores com aplicação de águaLimpeza Remoção de sujidades pela aplicação de detergenteEnxaguamento Remoção do detergente com água correnteDesinfecção (L+D) Destruição de bactérias pela aplicação de desinfectante ou calorEnxaguamento (L+D) Remoção de desinfectante com água correnteSecagem Remoção do excesso de água O processo de limpeza inicia-se com um primeiro enxaguamento para a remoção de partículas de sujidade e de algunsmicrorganismos (que são arrastados com os outros resíduos). Numa segunda etapa, aplica-se o detergente, o qual vaiactuar sobre as partículas de sujidade que se encontram aderidas, diminuindo a sua ligação às superfícies. Numa terceiraetapa dá-se o enxaguamento para a remoção completa das partículas entretanto libertadas, do detergente aplicado euma vez mais de alguns microrganismos. No caso de ser necessário realizar desinfecção, aplica-se o desinfectante (actuasobre os microrganismos) (quarta etapa), seguido de enxaguamento para remoção completa dos desinfectantes (quintaetapa, dispensável para alguns tipos de desinfectantes). Por fim, realiza-se a secagem, que tem como finalidade aremoção da água em excesso, de modo a evitar que a humidade residual favoreça o crescimento de microrganismos.
Manual de Higienizaçãona Indústria Alimentar^ Tabela 2 - Diferentes tipos de sujidade orgânica e inorgânica^10
Fonte: adaptado de Marriot (1997) Sujidade Tipo de sujidade Exemplos Inorgânica Resíduos de água dura^ Carbohidratos de cálcio e magnésioResíduos metálicos Ferrugem e outros óxidosResíduos alcalinos Películas que se formam quando um detergente alcalinonão é devidamente enxaguadoOrgânica Resíduos de alimentos^ Restos de alimentosResíduos de petróleo^ Óleos lubrificantes, gorduras e outros lubrificantesResíduos que não contêm petróleo^ Gordura animal e óleos vegetais As Tabelas 3 e 4 apresentam algumas características (solubilidade, facilidade de remoção,…) dos principais tipos desujidade orgânica nas indústrias de carnes e lacticínios. O conhecimento da sua solubilidade é importante para aescolha do produto correcto, assim como o conhecimento dos aspectos que podem tornar o processo de limpezamais difícil.^ Tabela 3 - Remoção de diferentes tipos de sujidade na indústria das carnes
Fonte: adaptado de Fresco (2002) Sujidade^ Solubilidade^
Facilidade de eliminação^ Evitar Gorduras^ Insolúveis em água e em
Fácil na presença de tensioactivos
Polimerização por acção de tem- soluções alcalinas ou ácidas^ e com a ajuda da temperatura
peratura elevada e oxidação(40ºC a 60ºC) Proteínas^ Pouco solúveis em água. Relativamente fácil^
Precipitação, coagulação, Ligeiramente solúveis em^
carbonização solução alcalinaHidratos Solúveis em água^ Fácil^
Caramelização de carbono
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Tabela 4 - Remoção de diferentes tipos de sujidade na indústria dos lacticíniosFonte: adaptado de Fresco (2002) Sujidade Solubilidade^
Facilidade de eliminação^ Evitar Lactose^ Solúvel em água^
Fácil^ Caramelização Gorduras^ Pouco solúveis em água, em soluções
Fácil na presença de substâncias
Polimerização alcalinas ou ácidas e na ausência de^
tensioactivas substâncias tensioactivasProteínas Pouco solúveis em água. Ligeiramente^
Difícil em água, mais fácil em^ Desnaturação solúveis em soluções ácidas, solúveis^
soluções alcalinas em solução alcalinaSais minerais Solubilidade em água variável, mas a^
Relativamente fácil^ Precipitação maioria são solúveis em soluções ácidas 2.2. Tipos de Superfícies As superfícies em contacto directo com os alimentos devem ser atóxicas, não absorventes, não porosas ou corrosi-vas. Dos vários materiais utilizados na indústria alimentar, entre os quais se encontram referidos na Tabela 5, o mel-hor para as superfícies que entram em contacto directo com os alimentos é o aço inoxidável.O aço inoxidável é resistente à corrosão, mas não está totalmente isento de problemas. Na sua superfície forma-seuma película protectora de óxido de crómio. Essa película quando destruída, refaz-se naturalmente com o simplescontacto com o ar. No entanto, se utilizarmos um material abrasivo ou se empregarmos produtos químicos cáusti-cos, a superfície ficará arranhada definitivamente, facilitando a sua corrosão. Nestes dois casos a limpeza e desin-fecção ficarão dificultadas.
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entre 7 (neutro) e 14 (o mais alcalino). Existem vários tipos de agentes alcalinos: Agentes altamente alcalinos Estes produtos utilizam-se para a remoção de impurezas incrustadas ou queimadas. Nas concentrações em que sãousados são extremamente corrosivos para muitos materiais e em contacto com a pele podem provocar queimadurasmuito graves. Na aplicação destes produtos, há que tomar medidas de protecção pessoal. Exemplos de agentes alta-mente alcalinos: hidróxido de sódio (soda cáustica) e silicatos.
Manual de Higienizaçãona Indústria Alimentar^ Agentes moderadamente alcalinos^ São eficientes na remoção de gorduras mas não na remoção de resíduos minerais.^14
Estes compostos apresentam poderes de dissolução moderados e podem ser desde ligeiramente corrosivos a nada corrosivos. Como exemplo temoso carbonato de sódio que é muito usado em limpeza manual e em sistemas de produção de vapor. Agentes alcalinos suaves São muito usados para a limpeza manual de áreas ligeiramente sujas. Estes compostos (por ex: soluções de bicar-bonato de sódio) são eficazes em água sem calcário, mas não removem os resíduos minerais. 3.1.2. Agentes ácidos Os agentes de limpeza ácidos removem os materiais que estão secos ou incrustados nas superfícies e dissolvem osminerais. São produtos especialmente eficazes na remoção dos depósitos minerais formados pelos agentes delimpeza alcalinos. Quando a água é aquecida a temperaturas superiores a 80ºC, alguns dos minerais depositam-see aderem às superfícies metálicas. Os agentes ácidos dissolvem os minerais dos depósitos de modo a que sejam facil-mente removidos.Ácidos orgânicos (como o cítrico, o tartárico, o sulfâmico) não corroem superfícies, não irritam a pele e são facil-mente removidos com água.Os ácidos inorgânicos são excelentes a remover e a controlar os depósitos minerais, mas podem ser bastante corro-sivos para as superfícies e irritantes para a pele. Os agentes ácidos são usados mais para situações muito específi-cas do que para uso geral. Estes agentes são menos eficazes que os agentes alcalinos na remoção de sujidades cau-sadas por gorduras, óleos e proteínas. Agentes fortemente ácidos Estes compostos corroem a grande maioria dos metais e estruturas de aço. O aquecimento de agentes ácidos leva àprodução de gases tóxicos e corrosivos que podem afectar os pulmões. Estes agentes removem minerais e a matériaincrustada nas superfícies dos equipamentos de vapor, caldeiras e alguns equipamentos de processamento alimen-tar. Quando a solução está muito quente, os minerais podem redepositar-se e formar uma película. O ácido fosfóri-co é um exemplo deste tipo de compostos.
Fonte: Marriot (1997) Tipos de sujidade^ Agente de limpeza Sujidade inorgânica^ agente ácidoSujidade orgânicaNão petróleo agente alcalinoPetróleo agente solvente No entanto, em grande parte das situações, os resíduos são misturas complexas, pelo que geralmente, os detergentessão misturas de vários agentes de limpeza, que incluem uma gama alargada de componentes alcalinos inorgânicos,ácidos orgânicos e alguns aditivos. Além das características funcionais pretendidas, os detergentes devem ser omenos corrosivos possível, estáveis e amigos do ambiente. A selecção final do detergente depende da consideraçãode todos os factores acima referidos e deverá apoiar-se nas recomendações do fornecedor.
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Tempo de contacto O tempo de contacto é um parâmetro característico dos diferentes desinfectantes, sendo que quanto maior for acontaminação mais tempo será necessário para a desinfecção. Temperatura De uma forma geral os desinfectantes actuam melhor a temperaturas acima da temperatura ambiente. No entanto,em muitos casos o aumento da temperatura é limitado pela volatilidade dos desinfectantes. Concentração Na maioria das aplicações quanto mais concentradas forem as soluções mais rápida é a sua actuação. Na Tabela 7encontra-se a referência às concentrações recomendadas para um conjunto de aplicações correntes nas empresas.^ Tabela 7 – Concentrações de desinfectantes recomendadas para algumas aplicações
Fonte: Wirtanen (1995) Desinfectante^ Aplicações nas empresas (concentrações recomendadas em mg/ Kg) Hipoclorito^ Sup. em ácido inoxidável (200), transportador de cinta (300...500), sup. teflon (100...200), sup. revesti-das^ a^ epóxido^ (100...200), sup. porosas
(200), sup. em^ azulejo^ (100...200), sup. em
betão (1000...5000), água de lavagem e arrefecimento (2...7), controlo de odores (100...200).Iodóforos Sup. em alumínio (25), sup. aço inoxidável (25), transportador de cinta (25), sup. em teflon (25), sup. deesfrega (25), sup. de betão (500...800), limpeza de mãos (25), prevenção biofilme (25).Quaternários Sup. em alumínio (200), sup. aço inoxidável (200), sup. interiores frias (500...800), sup. revestidas a epóxido(200), sup. porosas (200), sup. em azulejo (200), filmes bacteriostáticos (200), controlo de odores (200). pH Cada desinfectante tem uma gama de valores de pH onde é mais eficaz. Limpeza prévia A eficácia dos desinfectantes é reduzida na presença de restos de alimentos, pois por um lado, estes vão ter umefeito protector sobre os microrganismos e por outro lado, pode ocorrer a neutralização do desinfectante. É assimessencial a remoção de toda a sujidade antes da desinfecção. No caso de superfícies pouco sujas, é possível aplicaruma solução que inclui o detergente e o desinfectante.