Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

manual de elaboração de artigo, Manuais, Projetos, Pesquisas de Enfermagem

A escrita de um artigo científico é uma produção textual que gera muitas dúvidas aos autores iniciantes. Além dos aspectos da autoria original e inovação, há uma série de especificidades nesse tipo de texto a serem consideradas, a exemplo dos tipos de linguagem, elementos textuais, citações de outros autores, normas técnicas, orientação da revista científica à qual o manuscrito será submetido para publicação, entre outros. A escrita científica é uma experiência que algumas pessoas vivenciam ainda na etapa da graduação, sendo retomada em cursos de pós-graduação e/ou na prática profissional. Entretanto, independente do momento ou local, comumente os autores se preocupam com a elaboração de artigos que tenham relevância e probabilidade de serem publicados. Na área da saúde, o Sistema Único de Saúde (SUS) pode ser compreendido como um grande campo de estudo, no qual os trabalhadores podem encontrar oportunidades valiosas para a produção e disseminação de conhecimentos. Esse entendimento di

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2024

Compartilhado em 25/09/2023

jenifer-ribeiro-5
jenifer-ribeiro-5 🇧🇷

2 documentos

1 / 59

Toggle sidebar

Esta página não é visível na pré-visualização

Não perca as partes importantes!

bg1
MANUAL DE ORIENTAÇÃO
PARA ELABORAÇÃO
E SUBMISSÃO DO
ARTIGO CIENTÍFICO
Alessandra Tavares Francisco Fernandes | Brenda Wander | Carmen Vera Giacobbo Daudt
pf3
pf4
pf5
pf8
pf9
pfa
pfd
pfe
pff
pf12
pf13
pf14
pf15
pf16
pf17
pf18
pf19
pf1a
pf1b
pf1c
pf1d
pf1e
pf1f
pf20
pf21
pf22
pf23
pf24
pf25
pf26
pf27
pf28
pf29
pf2a
pf2b
pf2c
pf2d
pf2e
pf2f
pf30
pf31
pf32
pf33
pf34
pf35
pf36
pf37
pf38
pf39
pf3a
pf3b

Pré-visualização parcial do texto

Baixe manual de elaboração de artigo e outras Manuais, Projetos, Pesquisas em PDF para Enfermagem, somente na Docsity!

MANUAL DE ORIENTAÇÃO

PARA ELABORAÇÃO

E SUBMISSÃO DO

ARTIGO CIENTÍFICO

Alessandra Tavares Francisco Fernandes | Brenda Wander | Carmen Vera Giacobbo Daudt

MANUAL DE ORIENTAÇÃO

PARA ELABORAÇÃO

E SUBMISSÃO DO

ARTIGO CIENTÍFICO

Alessandra Tavares Francisco Fernandes

Brenda Wander

Carmen Vera Giacobbo Daudt

A escrita de um artigo científico é uma produção textual que gera muitas dúvidas aos autores iniciantes. Além dos aspectos da autoria original e inovação, há uma série de especificidades nesse tipo de texto a serem consideradas, a exemplo dos tipos de linguagem, elementos textuais, citações de outros autores, normas técnicas, orientação da revista científica à qual o manuscrito será submetido para publicação, entre outros.

A escrita científica é uma experiência que algumas pessoas vivenciam ainda na etapa da graduação, sendo retomada em cursos de pós-graduação e/ou na prática profissional. Entretanto, independente do momento ou local, comumente os autores se preocupam com a elaboração de artigos que tenham relevância e probabilidade de serem publicados.

Na área da saúde, o Sistema Único de Saúde (SUS) pode ser compreendido como um grande campo de estudo, no qual os trabalhadores podem encontrar oportunidades valiosas para a produção e disseminação de conhecimentos. Esse entendimento dialoga com a concepção de que o sistema de saúde é capaz de aprender consigo mesmo e de que é, portanto, perspectiva pela qual a pesquisa e os cuidados se encontram, em que aprendemos com o que fazemos, com os problemas que encontramos, com as soluções que desenvolvemos, a cada dia. (ROY, 2018)

Nessa perspectiva de um SUS potente, constituído nas mais diversas relações interpessoais, se dão os processos de ensino e aprendizagem, fundamentais para a formação de sua força de trabalho, especialmente por meio dos programas de residência.

Nesse sentido, este Manual tem o intuito de apoiar os alunos do curso de Especialização em Preceptoria Multiprofissional na Área da Saúde, preceptores em programas de residências em todas as regiões do país, na elaboração e submissão do artigo científico, que consiste não apenas no produto final do curso, mas na possibilidade de disseminarem suas experiências - as contribuições no ensino em serviço de saúde, relacionadas às aprendizagens construídas.

Bom trabalho!

APRESENTAÇÃO

Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), artigo técnico ou científico é parte de uma publicação, com autoria declarada, de natureza técnica e/ou científica (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2018a). Em última instância, o artigo científico pode ser definido como a unidade de informação do periódico científico (PEREIRA, 2011), por meio da qual as informações do autor são transformadas em conhecimento científico, que é de domínio público (PEREIRA, 2012a).

ARTIGO CIENTÍFICO

1.1 Tipos de artigos científicos

A ABNT descreve, de forma geral, dois tipos de artigos:

● Artigo original, que é a publicação que apresenta temas ou abordagens originais; e

● Artigo de revisão, que é a publicação que resume, analisa e discute informações já publicadas.

Além dessa divisão mais ampla, podemos dividir os tipos de artigos de forma mais específica, que variam quanto ao objetivo e ao tamanho da produção textual. O quadro 1 descreve resumidamente alguns tipos de artigos científicos.

Quadro 1 - Tipos de artigos científicos Tipo de artigo Características

Original Relato, em primeira mão, dos resultados de umapesquisa.

Comunicação breve Descrição concisa de novos achados.

Relato de caso(s) Descrição de um ou um pequeno número de casos(até dez).

Relato de experiência Descrição de uma experiência ou intervenção.

Revisão

Avaliação crítica de material publicado; síntese da parte mais relevante das pesquisas sobre um tema; ou a opinião qualificada sobre um assunto. Tipos de revisão: narrativa, integrativa e sistemática.

Correspondência (carta ao editor)

Comentários não solicitados, em geral breves, sobre tema de interesse dos leitores, vinculados usualmente a artigo publicado em fascículo anterior do periódico.

Editorial Opinião de especialista; traz a visão do editor, dosmembros do Conselho Editorial ou de convidado.

Consenso

Recomendações sobre um tema, por exemplo: diagnóstico, tratamento e prevenção de determinado agravo à saúde, formuladas por grupo de especialistas.

Outros tipos

Material que não se enquadra nas categorias mencionadas anteriormente, por exemplo: relato de conferências, monografias e estudos teóricos.

Fonte: adaptado de Pereira, 2011.

Inspiração é quando a gente não sabe de onde a ideia vem. Na ciência é o contrário: é preciso explicar o caminho que se tomou para chegar à ideia. É esse caminho que tem o nome de método. Seguindo o mesmo caminho, qualquer outro cientista poderá chegar à mesma ideia. Na literatura é o contrário: o escritor não sabe de onde as ideias vêm. Portanto não se pode ensinar o caminho. (ALVES, 2008, p.15).

É também importante que o texto científico seja escrito para cientistas (não confundir com divulgação científica), mas não para o especialista. O especialista encontrará os textos de sua especialidade e muito provavelmente os lerá. Mas, no âmbito da ciência, é esperado que um artigo atinja também cientistas de áreas correlatas, ou até mais distantes, que podem usar o estudo em contextos não imaginados. De fato, a ciência é por natureza interdisciplinar (o estabelecimento de “áreas interdisciplinares” já mostra equívoco conceitual). Com isso, um dos requisitos do estilo científico atual é que os autores usem palavras simples, de fácil entendimento a qualquer cientista. (VOLPATO, 2015, p. 9)

ESCRITA CIENTÍFICA

Para escrever um artigo, a compreensão da lógica do raciocínio científico é essencial, pois permite ao leitor relacionar as ideias, fatos e argumentos que apoiam as conclusões (PEREIRA, 2011). Assim como a evolução de um atendimento médico deve conter informações claras, objetivas e suficientes para que um colega compreenda a situação clínica e o motivo da conduta realizada, deve também haver coerência na redação do artigo de forma que quem estiver lendo consiga compreender como de fato ocorreu a pesquisa (ou a experiência). O artigo deve ter começo, meio e fim, com uma sequência lógica na apresentação de fatos e argumentos (PEREIRA, 2012b), dando meios para que o leitor seja capaz de concordar ou não com as conclusões dos autores. Ainda que a escrita seja objetiva e clara, os dados trazidos em um artigo sempre são submetidos à interpretação do leitor.

Antes de iniciar a escrita do artigo, Greenhalgh (2019) sugere iniciar com a pergunta: “Quem são as pessoas que vão ler este trabalho e o que elas querem saber sobre o tema?”. Esta informação não vai aparecer no corpo do texto, mas é a partir do conhecimento deste público-alvo, aliado ao objetivo do artigo, que se pode desenvolver um artigo com a linguagem e a objetividade adequados àqueles a quem se deseja alcançar. Ainda que a escrita científica exija uma linguagem essencialmente técnica, Volpato (2015) defende que os artigos sejam escritos de forma a atingir o maior número de leitores, sendo acessíveis tanto a especialistas no tema quanto a não especialistas:

Para que a escrita possa ser iniciada, o cenário e encadeamento dos fatos trazidos devem estar claros para os autores. Volpato (2015) defende que, para que o artigo seja coeso, o autor deve responder a 5 questões fundamentais sobre o que está apresentando no manuscrito, conforme demonstra a figura 1 abaixo:

Figura 1 - Questões fundamentais ao autor na elaboração do artigo

Como começou?

Como chegou aí?

O que isso muda na ciência?

Por que interessaria ao mundo?

Onde chegou?

Descreva a problemática que instigou a pesquisa e os fundamentos que justificam seu objetivo proposto.

Mostre as evidências (detalhes da metodologia, dos resultados e da literatura) que permitem você defender as suas conclusões.

Indique o avanço que a sua pesquisa trouxe ao cenário científico.

Além de contribuir para a ciência, mostre que esta é uma contribuição interessante.

Descreva as principais conclusões

Fonte: adaptado de Volpato, 2015.

Contudo, essas questões não são respondidas nesta ordem ao longo de um artigo. No próximo capítulo há orientações sobre a estrutura e um modelo didático para a construção do artigo.

Há algumas outras características da escrita científica que devem ser consideradas no momento da redação do artigo, entre as quais destacamos:

● Impessoalidade - Em geral, observa-se a escrita de forma impessoal (na terceira pessoa do singular), porém há revistas que indicam a preferência pela primeira pessoa. Observe a orientação da revista escolhida e adapte a redação, se necessário. ● Objetividade - A escrita deve ser simples e direta. Por isso, é preferível que, sempre que possível, as orações sejam formuladas seguindo a estrutura “sujeito + verbo + restante do predicado”. Essa ordem facilita a leitura e deixa o texto mais claro (DE SOUZA; CAVALCANTI, 2014). ● Clareza - Procure pelas palavras certas, em um texto claro, conciso e lógico (PEREIRA, 2011). Isso implica em evitar textos longos demais, frases desnecessárias, e palavras difíceis ou pouco utilizadas na área de conhecimento do artigo. Para que o texto seja claro, também é fundamental ter atenção às regras da linguagem, prezando pelo Português correto. Revise o texto diversas vezes e, se necessário, procure uma revisão de Português profissional. Erros comuns que dificultam a leitura incluem pontuação inadequada e frases fragmentadas. ● Evitação do plágio - A má conduta científica inclui, entre outras práticas, a fabricação e falsificação de dados e o plágio (INTERNATIONAL COMMITTEE OF MEDICAL JOURNAL EDITORS, 2023). Plágio pode ser definido como um trabalho usado que não seja o seu próprio, sem o devido reconhecimento do autor original. Atualmente, a tecnologia permite recortar e colar textos de diversas fontes, o que facilita a ocorrência de plágio. É importante lembrar que textos ou ideias de outra autoria devem ser sempre referenciados. Use aspas, indicando o artigo ou website do qual você extraiu o texto, ou o reescreva nas suas próprias palavras, citando também a fonte, pois existe uma obrigação moral com o autor original por suas ideias (GREENHALGH, 2019). Lembre também que os periódicos podem fazer uso de softwares específicos para identificação de plágio nos manuscritos submetidos para publicação. ● Revisão - Recomenda-se que o manuscrito seja revisado, mais de uma vez, por todos os autores. Além disso, recomenda-se pedir a alguém, de preferência que faça parte do público-alvo do artigo, que o leia por completo e que dê um parecer antes da submissão do mesmo (GREENHALGH, 2019). A partir da experiência de revisão de textos acadêmicos, De Souza e Cavalcanti (2014) elencaram alguns erros que se repetem na escrita de manuscritos em Português, conforme apresentados no quadro abaixo:

Figuras e vícios de linguagem

Metáfora

É uma figura de linguagem que consiste em comparar duas ideias que guardam razão de similaridade. Exemplo: “Os jovens estão na flor da idade, com os hormônios atuando a todo o vapor”.

Eco

É um recurso que, em poemas, traz cadência, mas não é adequado à escrita científica. Exemplo: “O problema é sempre lembrado, mas pouco estudado, especialmente dentro do tema abordado”.

Pleonasmo

São palavras usadas com o intuito de reforçar uma ideia, tornando o texto longo e com palavras desnecessárias. Exemplos: “Para que a intervenção funcione, é preciso planejar antecipadamente” ; “a Tabela 1 traz um resumo sintético dos dados”.

Quadro 2 - Erros comuns em manuscritos científicos na língua portuguesa

ASPECTOS ÉTICOS

Ao se abordar a ética em pesquisa, deve-se destacar que a ética é uma postura que transcende qualquer regulamentação. As sistematizações propostas pelos códigos e resoluções nunca serão suficientes para abarcar todas as situações com que o pesquisador pode se deparar (LORDELLO; SILVA, 2017). Destaca-se, assim, a necessidade da ética estar presente nos currículos escolares e universitários, seja na graduação ou pós-graduação.

As diretrizes que regulam a ética em pesquisa com seres humanos no Brasil, em especial no que se refere às áreas das ciências humanas e sociais e às ciências da educação, são analisadas em suas relações com a bioética e as ciências da vida (CAMPOS, 2020). Isso resulta em movimentos importantes por parte de pesquisadores da área das Ciências Humanas e Sociais e das instituições das quais fazem parte, destacando-se a Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (ANPED), entre outras.

No sentido desses movimentos, a aprovação da Resolução 510/2016, que trata das especificidades das Ciências Humanas e Sociais, representa um avanço ao considerar a perspectiva pluralista de ciência e a diversidade teórico-metodológica desse campo (LORDELLO; SILVA, 2017). Essa resolução dispõe sobre as normas aplicáveis a pesquisas em Ciências Humanas e Sociais cujos procedimentos metodológicos envolvam a utilização de dados diretamente obtidos com os participantes ou de informações identificáveis ou que possam acarretar riscos maiores do que os existentes na vida cotidiana, na forma definida nesta Resolução (BRASIL, 2016).

De forma geral, toda a pesquisa envolvendo seres humanos deve ter seu protocolo submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa (CEP), instância regional que faz parte do sistema CEP/CONEP. Este sistema inclui a Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP), que é a coordenadora deste sistema e está ligada ao Conselho Nacional de Saúde (CNS) (BRASIL, 2023). Ou seja, no caso de artigos originais, que descrevem e discutem dados provenientes de pesquisa, deve ser mencionada a submissão e a aprovação pelo CEP na seção de metodologia. Contudo, há, ainda, situações em que essa apreciação pelo CEP não é necessária, sendo que algumas delas serão abordadas mais adiante neste capítulo.

Em qualquer tipo de estudo, independente de necessitar da aprovação em comitê de ética, é importante a não identificação dos participantes. Há situações em que a identificação pode ocorrer de forma indireta e não intencional, por isso deve-se tomar um cuidado extra com os dados utilizados, mesmo nos relatos de experiência. Por exemplo, ao citar que participaram os residentes de determinado programa de uma instituição, e o programa de residência ter apenas 1 ou 2 residentes, já é possível a identificação deles.

A escrita do artigo com base nos produtos realizados ao longo dos três módulos do curso de Especialização em Preceptoria Multiprofissional na Área da Saúde pode ou não envolver a necessidade de apreciação pelo CEP. Considerando que este curso envolve processos de ensino e aprendizagem e a relação entre preceptor/docente e residente/aluno, entende-se que a produção científica solicitada no curso, mesmo que seja o relato de uma ação educacional implementada, está amparada na Resolução do CNS n° 510, de 07 de abril de 2016 (BRASIL, 2016), que traz:

Art. 1°. Parágrafo único. Não serão registradas nem avaliadas pelo sistema CEP/CONEP:

I – pesquisa de opinião pública com participantes não identificados;

II – pesquisa que utilize informações de acesso público, nos termos da Lei no 12.527, de 18 de novembro de 2011;

III – pesquisa que utilize informações de domínio público;

IV - pesquisa censitária;

V - pesquisa com bancos de dados, cujas informações são agregadas, sem possibilidade de identificação individual;

VI - pesquisa realizada exclusivamente com textos científicos para revisão da literatura científica;

VII - pesquisa que objetiva o aprofundamento teórico de situações que emergem espontânea e contingencialmente na prática profissional, desde que não revelem dados que possam identificar o sujeito; e

VIII – atividade realizada com o intuito exclusivamente de educação, ensino ou treinamento sem finalidade de pesquisa científica, de alunos de graduação, de curso técnico, ou de profissionais em especialização.

O item VI deste artigo se aplica diretamente aos artigos de revisão, e o item VII descreve o estudo envolvido na maioria dos relatos de experiência, desde que se atente para a não identificação dos participantes, como já citado anteriormente. Porém, segundo a mesma resolução, no caso em que durante o planejamento ou a execução de atividade de educação, ensino ou treinamento surja a intenção de incorporação dos resultados dessas atividades em um projeto de pesquisa, dever- se-á, de forma obrigatória, apresentar o protocolo de pesquisa ao sistema CEP/CONEP. Ou seja, se a experiência educacional descrita tiver seus resultados sistematizados em um protocolo de pesquisa, este deverá ser submetido ao comitê.

Quanto ao uso de dados provenientes de pesquisa de opinião pública (Item I), faz-se necessário atentar à sua definição. Segundo a mesma resolução, pesquisa de opinião pública envolve a consulta verbal ou escrita de caráter pontual, realizada por meio de metodologia específica, através da qual o participante é convidado a expressar sua preferência, avaliação ou o sentido que atribui a temas, atuação de pessoas e organizações, ou a produtos e serviços, sem possibilidade de identificação do participante. Nestes casos, não é necessária a apreciação pelo CEP.

Recomenda-se que o título apresente o tipo de estudo ou de artigo e a população envolvida (CASTRO, 2021). Além disso, o cuidado no uso de siglas, com “subtítulos” (títulos repartidos) e uso de títulos na forma de perguntas (Day, 1985). Observe os exemplos de título a seguir:

Fonte: TURECK, Fernando.; SOUZA, Samantha de.; FARIA, Rosa Malena Delbone de. Estratégias de ensino do raciocínio clínico nos cursos de Medicina do Brasil - revisão integrativa. Revista Brasileira de Educação Médica, v. 47, n. 1, p. e 017, 2023.

Fonte: ARAÚJO, Mayssa da Conceição et al. Preceptorship contributions to the development of clinical and managerial skills in nursing residency. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 76, n. 2, p. e20220510, 2023.

Exemplo 1

Exemplo 2

Como mencionado anteriormente, atente para as orientações da revista escolhida quanto à descrição do título, assim como demais itens que deverão ser contemplados no artigo.

4.1.2 Título em inglês

É a versão em Inglês do título. Observe os exemplos:

Fonte: COGNUCK, Suzana Quirós et al. Estilos de aprendizagem de estudantes de graduação de diferentes profissões da saúde de uma instituição. Revista Brasileira de Educação Médica, v. 47, n. 1, p. e 003, 2023.

Exemplo 1

Exemplo 2

Fonte: ARAÚJO, Mayssa da Conceição et al. Preceptorship contributions to the development of clinical and managerial skills in nursing residency. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 76, n. 2, p. e20220510, 2023.

4.1.3 Autor(es)

Deve-se incluir o autor ou os autores que tiveram contribuições substanciais (na concepção e delineamento, coleta de dados ou análise e interpretação dos dados) e que redigiram ou revisaram criticamente (o conteúdo intelectualmente importante) e aprovaram a versão final da versão a ser pu- blicada (GALVÃO; SILVA; GARCIA, 2016). Os colaboradores que não preencham os critérios de autoria não devem entrar como autores, mas devem ser reconhecidos como colaboradores (INTERNATIONAL COMMITTEE OF MEDICAL JOURNAL EDITORS, 2023) na seção “agradecimentos” do artigo, que é op- cional. As revistas solicitam, em geral, a instituição ao qual os autores estão filiados e dados de conta- to, como o e-mail. Observe os exemplos de apresentação da autoria, agradecimento e contribuições:

Fonte: TURECK, Fernando.; SOUZA, Samantha de.;FARIA, Rosa Malena Delbone de. Estratégias de ensino do raciocínio clínico nos cursos de Medicina do Brasil - revisão integrativa. Revista Brasileira de Educação Médica, v. 47, n. 1, p. e 017, 2023.

Exemplo 1

Fonte: ARAÚJO, Mayssa da Conceição et al. Preceptorship contributions to the development of clinical and managerial skills in nursing residency. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 76, n. 2, p. e20220510, 2023.

Fonte: ARAÚJO, Mayssa da Conceição et al. Preceptorship contributions to the development of clinical and managerial skills in nursing residency. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 76, n. 2, p. e20220510, 2023.

Exemplo 2

Exemplo 2

4.1.5 Palavras-chave

Devem constar logo abaixo do resumo, separadas entre si por ponto e vírgula e finalizadas por ponto. As revistas orientam se devem ser usados somente descritores de vocabulários controlados, como DeCS (Descritores em Ciências da Saúde) e MeSH ( Medical Subject Headings ), ou se podem ser usadas palavras-chave que não constem nestes vocabulários. Observe os exemplos de descrição das palavras-chave e de descritores:

Fonte: WANDER, Brenda et al. Integração curricular na avaliação formativa em educação médica continuada a distância: uso de atividades integradoras. Revista Brasileira de Educação Médica, v. 46, n. 1, p. e049, 2022.

Exemplo 1

4.1.6 Abstract

É a versão em Inglês do resumo. Observe os exemplos:

Fonte: WANDER, Brenda et al. Integração curricular na avaliação formativa em educação médica continuada a distância: uso de atividades integradoras. Revista Brasileira de Educação Médica, v. 46, n. 1, p. e049, 2022.

Exemplo 1

Fonte: ARAÚJO, Mayssa da Conceição et al. Preceptorship contributions to the development of clinical and managerial skills in nursing residency. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 76, n. 2, p. e20220510, 2023.

Exemplo 2

Fonte: ARAÚJO, Mayssa da Conceição et al. Preceptorship contributions to the development of clinical and managerial skills in nursing residency. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 76, n. 2, p. e20220510, 2023.

Exemplo 2

4.1.7 Keywords

É a versão em Inglês das palavras-chave. Observe os exemplos:

Fonte: WANDER, Brenda et al. Integração curricular na avaliação formativa em educação médica continuada a distância: uso de atividades integradoras. Revista Brasileira de Educação Médica, v. 46, n. 1, p. e049, 2022.

Exemplo 1

Fonte: PAULA, Gabriel Brasil de.; TOASSI, Ramona Fernanda C. Papel e atribuições do preceptor na formação dos profissionais da saúde em cenários de aprendizagem no Sistema Único de Saúde. Saberes Plurais: Educação na Saúde, [s. l.], v. 5, n. 2, p. 125-142, ago./dez. 2021.

Exemplo 2

4.1.9 Método

O método descreve o tipo de estudo, o cenário da pesquisa (incluindo local e período), como foi definida a amostra (ou os participantes), os procedimentos realizados e os aspectos éticos (PEREIRA, 2011). Essa seção deve conter uma descrição detalhada de como ocorreu o estudo e deixar claro como e por quê o estudo foi realizado daquela maneira em particular (INTERNATIONAL COMMITTEE OF MEDICAL JOURNAL EDITORS, 2023). Além disso, caso tenha sido realizada uma pesquisa com seres humanos, deve-se informar também o delineamento, como foi feita a análise dos dados e informar que a pesquisa foi aprovada ou foi isentada de apreciação pelo comitê de ética responsável, institucional ou nacional (INTERNATIONAL COMMITTEE OF MEDICAL JOURNAL EDITORS, 2023). No caso de relatos de experiência, pode corresponder à descrição de uma ação educacional implementada, ou do contexto em que a experiência ocorreu. Observe os exemplos de descrição do método, conforme diferentes tipos de estudos:

Fonte: SOUZA, Maria das Graças G.; CORDEIRO, Benedito C. Formação e trabalho do preceptor no ensino e na saúde: revisão integrativa. Debates em Educação, [s. l.], v. 12, n. 26, p. 83 - 96, jan./abr. 2020.

Exemplo 1 - Revisão integrativa