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Guias e Dicas
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Procedimentos e cuidados em manejo sanitário e biossegurança em zoológicos - Prof. Silveir, Notas de estudo de Veterinária

Este documento aborda a importância do manejo sanitário e biossegurança em zoológicos, incluindo a definição de rotinas veterinárias ambulatoriais e laboratoriais, avaliações clínicas padronizadas, quarentena para diferentes espécies, controle de animais sinantrópicos e pragas, treinamento aos tratadores e programas de quarentena. Além disso, discute as condutas sanitárias para animais recém-chegados e de coleção, bem como a importância da qualidade da água e manutenção do recinto para diferentes espécies.

Tipologia: Notas de estudo

2022

À venda por 06/03/2024

KissilaGuterres
KissilaGuterres 🇧🇷

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Silvestres Aula 0
Manejo e clínica de silvestres
- Border collie não pode usar Ivermectina
porque causa neurointoxicação por passar
na barreira neurocefálida. É uma
particularidade.
- Dr. Murray Fowler iniciou o primeiro
programa sobre silvestres no mundo.
- Deve-se conhecer seu paciente de diversas
espécies, seja sua fisiologia, anatomia,
entender que se trabalha com diversas
espécies e cada uma tem suas
particularidades.
- Pode-se trabalhar com reabilitação,
pesquisas, projetos, campo de trabalho
(zoológico, entidades governamentais,
resgate e conservação de fauna, etc),
reprodução em cativeiro, medicina
veterinária conservacionista/integrativa,
educação ambiental e zoologia médica
(serpentes).
- Não se deve fazer: Torniquete ou garrote,
cortar o local da mordedura, perfurar o
lugar (ao redor) da mordida e não chupar o
sangue no local mordido.
- Acidentes com cascavéis: Deve-se dar soro
fisiológico nos pacientes, aplicação de soro
antiofídico crotálico capaz de neutraliza.
150-300mg de peçonha dosagem de
choque para corticóide de 6mg/kg
Dexa/predinisolona.
Em pequenos animais, tem a possibilidade
de ventilar o paciente. Após 6 horas de SAC,
administrar soroterapia com diuréticos.
- Educação ambiental, medicina veterinária
integrativa (laserterapia): Abordagem que
integra tratamentos convencionais com
terapias complementares em pet não
convencionais. Laserterapia em psitacídeo e
em lagomorfo.
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Silvestres – Aula 0 Manejo e clínica de silvestres

  • Border collie não pode usar Ivermectina porque causa neurointoxicação por passar na barreira neurocefálida. É uma particularidade.
  • Dr. Murray Fowler iniciou o primeiro programa sobre silvestres no mundo.
  • Deve-se conhecer seu paciente de diversas espécies, seja sua fisiologia, anatomia, entender que se trabalha com diversas espécies e cada uma tem suas particularidades.
  • Pode-se trabalhar com reabilitação, pesquisas, projetos, campo de trabalho (zoológico, entidades governamentais, resgate e conservação de fauna, etc), reprodução em cativeiro, medicina veterinária conservacionista/integrativa, educação ambiental e zoologia médica (serpentes). - Não se deve fazer: Torniquete ou garrote, cortar o local da mordedura, perfurar o lugar (ao redor) da mordida e não chupar o sangue no local mordido.
  • Acidentes com cascavéis: Deve-se dar soro fisiológico nos pacientes, aplicação de soro antiofídico crotálico capaz de neutraliza. 150 - 300mg de peçonha – dosagem de choque para corticóide de 6mg/kg Dexa/predinisolona. Em pequenos animais, tem a possibilidade de ventilar o paciente. Após 6 horas de SAC, administrar soroterapia com diuréticos.
  • Educação ambiental, medicina veterinária integrativa (laserterapia): Abordagem que integra tratamentos convencionais com terapias complementares em pet não convencionais. Laserterapia em psitacídeo e em lagomorfo.

Silvestres – Aula 0 1 Anatomia e fisiologia de animais exóticos Grande diversidade de anatomia, manejo, adaptação de cada espécie e cada qual com suas particularidades.

  • A importância dos sistemas são:
    • Sistema respiratório e cardíaco: Possuem 4 cavidades que bombeiam o sangue com 2 tipos de sangue, sendo venoso e arterial. O do réptil, não tem 4 cavidades e não possui troca de sangue.
  • O sistema cardiovascular em diversas espécies, por exemplo, no mamífero (faz a troca gasosa nos alvéolos, o sangue arterial e sangue venoso); nos anfíbios (tem guelras para respirar e desenvolve o pulmão não só para respirar como para pele, porque a pele também faz absorção); nos peixes (não possuem pulmão) e as aves (que possuem diversidade de sacos aéreos, tem que deixar com o peito aberto para respirar e possuem 4 tempos de respiração: infla para o saco aéreo, vai para o pulmão (respiração em 2 tempos + inspiração). No réptil ocorre apnéia por mais de 1 hora de baixo d’agua, o coração mistura sangue arterial e venoso toda hora, então não tem valores de taxa de cada no sangue. 1 - Tartaruga: Troca gasosa coração, pulmão e cloaca. Sangue arterial oxigênio, venoso CO2. 2 - Anfíbios/anurus: Respira pelo coração, pulmão e pele (maior parte), via farmacológica = banho de imersão. Coração com arcos arteriais variados e capilares diversos mais próximos da pele. 3 - Peixes: coração com 2 ou 1 cavidade e alguns possuem pulmão. Depende do fluxo da água passando pelas guelras, anestesia muda o fluxo de sangue fazendo uma vasoconstrição podendo deixar o animal até 5 minutos fora d’agua – momento de hipóxia. 4 - Aves: Possui saco aéreo que armazena ar para a respiração, não se contém o peito do animal. Anestésico e fármaco inalatório. Troca gasosa em coração, pulmão e sacos aéreos. Aves inspiram, inflam os sacos aéreos e vai para o coração. Na expiração retorna pelo mesmo caminho. 5 - Répteis: Coração mistura sangue arterial e venoso. Fazem apneia – não serve anestesia inalatória. 6 - Insetos: Entrada de oxigênio pelo abdômen, medicação pode ser feita em algodão que ele vai ingerir. 7 - Aracnídeos: Parte ventral. - Sistema digestório: Herbívoro tem o estômago menor e ceco bem mais desenvolvido, come mais do que os carnívoros. Alimento passa mais rápido. Fígado mais lobulado: mamíferos Fígado da cobra: fino e esticado, sem lobo. Bile destrói boa parte da gordura alimentar para ajudar na liberação enzimática da digestão. Serpentes tem o órgão de Jacobson que faz com que elas sintam o gosto pela língua. - Sistema urinário: Coacla: Definição de esgoto. Terminação anatômica do sistema reprodutivo, renal e intestinal. = aves, répteis, anfíbios e ornitorrinco (mamíferos). Expelir o ovo. A função renal dos animais do deserto é muito diferente por conta da escassez da água, assim como animais marinhos que tem uma excreta de canais salinares que excretam o sal do corpo. Peixes também produzem “leite” – muco = glândulas superdesenvolvidas para criar um muco. Rim primitivo excreta fezes e urina – peixes.

Silvestres – Aula 0 2 Contenção física e química A contenção é um conjunto de ações, com ou sem o uso de instrumentos e drogas, que visa capturar, manter cativo ou simplesmente restringir a atividade muscular de um animal por determinado período de tempo.

- O animal mais perigoso de se encontrar é o Sagui por ter similaridade do sistema imunológico com o nosso (primatas). Tomar cuidado ao manipular. Levar questões em consideração sobre: por que o animal deve ser contido, qual procedimento ideal, quem é mais qualificado, qual melhor local? Tudo para visar o melhor para evitar o stress do animal. Maximizar todos os procedimentos minimizando o tempo! - Estresse/Contenção: Estresse é a resposta cumulativa de um animal, resultado da interação com o paciente e o ambiente. Sendo também um fenômeno adaptativo comportamental relacionado a hormônios de luta e fuga. Contenção é a mobilização do animal para manipulação. Possui a particularidade de cada táxon; volume farmacológico (concentrações farmacológicas diferentes para cada espécie); efeito adverso e controle da temperatura. Pequenos roedores, aves e lagomorfos sofrem uma depressão muito grande durante a anestesia e é necessário o controle principalmente da temperatura por passarem por um processo de hipotermia, por conta da fisiologia desses animais.

  • Objetivos: Aproximação e posicionamento, eficiência da técnica de contenção, segurança para o paciente/equipe e procedimento.
    • Abordagem: Aproximação, stress, territorialidade, medo, agressão e temperamento individual de cada paciente.
    • Química: Dardo sedativo por carabina, pistola ou zarabatana; câmara ou máscara para anestesia volátil; Injeção IM, IC, IO, EC ou SC; via oral por jato (sob pressão); via oral por alimento ou água com drogas; via oral por aplicador.
    • Fatores a serem considerados: Estado clínico, procedimento cirúrgico, idade e exames.
    • Desafios de cada paciente: por exemplo, o peixe, precisa de adaptação para o animal por conta de sua fisiologia.
    • Manutenção durante a anestesia: por exemplo, o sapo. Infra vermelho não faz queimadura superficial e ajuda muito.
    • Contenção farmacológica: Depende da responsabilidade do médico veterinário, sedação e anestesia (levar em consideração os riscos), riscos de compensação, relaxamento, segurança, eficiência, conhecimento da espécie e custo.
    • Monitoramento depende de cada espécie.
    • Vantagens e desvantagens da Contenção farmacológica: anestésicos, sedativos (animal meio desperto), analgésicos, anestesias locais (também pode ser utilizado bloqueio) e anestésico volátil (diferença de utilização para cada espécie).
    • Contenção física: Mamífero, ave, anfíbio e répteis.
      • Pontos de punção:
    • Répteis, peixes e anfíbios: veia caudal, veia jugular, seio lombar e cardíaca.
    • Aves: veia tarsal, veia alar ou radial e veia jugular.
  • Mamíferos: veia cefálica, mamária, coccigeana, femoral ou auricular. A veia auricular é mais utilizada em lagomorfo pela dificuldade de fazer uma veia cefálica. Nas aves, segurar e deixar a musculatura do peitoral totalmente livre para o animal poder respirar, porque pode comprometer os sacos aéreos desse animal, conter pelas patas e asas. No avestruz, contém o áudio- visual. Escolher sempre a técnica que está acostumado. Tomar cuidado com o bico do tucano. Tomar cuidado com o anfíbio porque tem o costume de inflar a área corpórea e saltar. Não pode virar quelônio de cabeça para baixo porque as vísceras podem esmagar o pulmão, conter sempre na lateral ou em cima de uma lata. Tomar cuidado com a rolagem dos crocodilianos, que é feita pela cauda e membros pélvicos. Deve-se colocar o peso do corpo em cima do animal, atrapalhando a movimentação e fechando a boca por cima e amarrando-a. Contenção da cauda. Anestésicos e pano na face. Serpentes sempre pela cauda e pescoço. Saúrio: Indução comportamental, pressiona o olho de leve restringindo a quantidade de luz e estimulando o nervo vago.
  • Controle de animais sinantrópicos e pragas: Captura e destino dos animais potencialmente vetores de doenças infecciosas e parasitárias para os animais de cativeiro e captura, eutanásia ou destinação de animais domésticos errantes invasores em ambientes próximos ao recinto.
  • Alimentação e estocagem: Alimentos perecíveis e não perecíveis estocados à temperatura ambiente, refrigerados entre 0 e 10ºC e congelados a pelo menos - 18ºC. Carne congelada a - 12ºC durante 5 dias possibilita a inativação de cistos de toxoplasma. Alimentos de boa qualidade, procedência e inspeção sanitária. Acondicionamento em locais higiênicos e arejados. Rações e grãos, cuidado com os fungos. Controle de roedores e artrópodes.
  • Treinamento aos tratadores: Desenvolver pequenos programas de treinamento, conscientização de condutas, reconhecimento de alterações básicas no comportamento dos animais, observação de invasores e sinantrópicos e vacinação de raiva.
  • Controle de animais sinantrópicos e vetores: Controle de roedores, ectoparasitas, invertebrados e vertebrados.
  • Controle de parasitário, endoparasita e protozoário: Picada de mosquito palha Leishmania, picada de carrapatos Babesia, Anaplasma, nematódeos, trematódeos, cistódeos e placobidelideos.
  • Qualidade ambiental de água para lagos e recintos: Qualidade da água para a saúde dos animais aquáticos, análise de amostras para determinar o pH e microbiologia da água, desinfecção do recinto, bandejas e comedouros e sistema de filtragem. Programas de quarentena São os procedimentos que visam prevenir a introdução de agentes infecciosos e parasitários em uma população de animais em cativeiro. Condutas diferentes para diferentes táxons e comprometimento dos tratadores.
  • Itens necessários: Identificação do animal, definição do tempo de quarentena, protocolos de exames clínicos e laboratoriais e protocolo de vermifugação e imunização. 1. Mamíferos roedores e lagomorfos:
  • 30 dias
  • Exame clínico, pesagem, sexagem, biometria e presença de ecto e hemoparasitas.
  • Exame laboratorial, hemograma completo e parasitológico início e final da quarentena.
  • Conduta profilática: vermifugação, sorologia para leptospirose e toxoplasma. 2. Mamíferos xenartras:
  • 30 dias
  • Exame clínico, pesagem, sexagem, biometria e presença de ecto e hemoparasitas.
  • Exame laboratorial, hemograma completo e parasitológico início e final da quarentena.
  • Conduta profilática: vermifugação, sorologia para leptospirose e toxoplasma.
  1. Mamíferos perissodátilos:
  • 30 dias para taperídeos e 60 dias para rinoceronte.
  • Exame clínico, pesagem, sexagem, biometria e presença de ecto e hemoparasitas.
  • Exame laboratorial, hemograma completo e parasitológico início e final da quarentena.
  • Conduta profilática: vermifugação, sorologia para leptospirose, brucelose AIE e toxoplasma. 4. Mamíferos primatas:
  • 60 dias para PNM e 90 dias para PVM.
  • Exame clínico, pesagem, sexagem, biometria e presença de ecto e hemoparasitas.
  • Exame laboratorial, hemograma completo e parasitológico (cultura de fezes – Salmonella, Shigella e Campylobacter ) início e final da quarentena.
  • Conduta profilática: vermifugação, sorologia para leptospirose, hepatite e toxoplasma. 5. Mamíferos carnívoros:
  • 30 dias.
  • Exame clínico, pesagem, sexagem, biometria e presença de ecto e hemoparasitas.
  • Exame laboratorial, hemograma completo e parasitológico ( Dyoctophyme e Dirofilaria ) início e final da quarentena.
  • Conduta profilática: vermifugação, canídeos imunização para raiva, cinomose e parvo; felídeos: panleucopenia, calicivirose e rinotraqueíte. 6. Mamíferos cetáceos:
  • 30 dias
  • EX: golfinho
  • Exame clínico, pesagem, sexagem, biometria e presença de ecto e hemoparasitas.
  • Exame laboratorial, hemograma completo e parasitológico (fezes – Salmonella ) início e final da quarentena.
    • Conduta profilática: vermifugação, sorologia para brucelose, leptospirose e toxoplasmose. 7. Aves:
    • 30 dias
    • Exame clínico, pesagem, sexagem, biometria e presença de ecto e hemoparasitas.
    • Exame laboratorial, hemograma completo e parasitológico (fezes – Salmonella ) início e final da quarentena.
    • Conduta profilática: vermifugação e sorologia para clamidiose ( Psyttaciformes ). 8. Répteis, quelônios e crocodilianos:
    • 60 dias
    • Exame clínico, pesagem, sexagem, biometria e presença de ecto e hemoparasitas.
    • Exame laboratorial, hemograma completo e parasitológico início e final da quarentena.
    • Conduta profilática: vermifugação. 9. Répteis, lagartos e serpentes:
    • 90 dias
    • Exame clínico, pesagem, sexagem, biometria e presença de ecto e hemoparasitas.
    • Exame laboratorial, hemograma completo e parasitológico (fezes – Salmonella ) início e final da quarentena.
    • Conduta profilática: vermifugação e pesquisa de paramixovírus.
      1. Anfíbios:
    • 60 dias
    • Exame clínico, pesagem, sexagem, biometria e presença de ecto e hemoparasitas.

Silvestres – Aula 0 4 Manejo nutricional O aspecto mais importante dos cuidados para os animais em cativo é a alimentação. Seus princípios são: vida natural, espécie, ambiente, sazonalidade, na população da região e disponibilidade de alimentos, fatores estressantes e saúde. Paciente que não se alimenta não melhora! Somente ocorre a nutrição quando existe a supressão de carências a nível celular. Nutrição de células através da alimentação.

  • Estudar sempre o seu paciente, seus hábitos e necessidades alimentares! Um manejo alimentar correto é a chave do sucesso de uma boa saúde, no entanto, um manejo alimentar incorreto pode trazer riscos à saúde.
  • Cada paciente possui suas particularidades nutricionais conforme seu táxon.
  • Carências alimentares – vitaminas; glicopan.
  • Estresse – alimentação forçada, recinto inadequado.
  • Avaliação clínica, observações em especial: trato digestório e escore corporal.
  • Exames complementares: RX, US, hemograma e bioquímico.
  • Temperatura – sazonalidade: alimentação e reprodução
    • Consumo, frequência e forma de fornecer alimento:
  • Filhotes: necessidade energética maior, fatores como crescimento e imunidade.
  • Animais com 1 ano e após 2 anos: necessidade energética, conversão de crescimento e maturação gonadal, mudanças de comportamento e ondas hormonais.
    • Adultos: períodos sazonais com necessidade energética maior e época reprodutiva.
    • Animais geriátricos: necessidade energética moderada e imunidade.
    • Animais com necessidades clínicas: necessidades de auxílio ao tratamento.
      • Aves: Podem ser insetívoras, frugívoras, granívoras (sementes), carnívoras e piscívoras (peixes). Algumas aves podem ser restritas a um único grupo, mas outras podem usufruir de vários alimentos. A ração é de extrema importância. Conservação e higienização de alimentos. Variedade alimentar evita seletividade.
      • Répteis:
    • Hipervitaminose A: achados de escaras e dermatite eritematosa úmida.
    • Obesidade: manejo diferente em cada espécie, melhora do espaço físico, tratamento individual.
    • Raquitismo: melhora da alimentação, exposição de radiação e suplementação alimentar por 7 dias.
    • Síndrome da má adaptação: comum em ofídios, está ligado ao estresse de recintos, alimentação forçada.
    • Apatia dos cágados: comuns em quelônios com baixa proteína animal na dieta, suplementação de proteína animal (glicopan, vitamina c).
    • Regurgitação em serpentes: não fazem digestão de ossos.
      • Anfíbios e peixes:
    • Hipervitaminose A: problemas na apreensão das rãs (anfíbios) e lesões

dérmicas (peixes – ausência de escamas na região rostral, sinal característico).

  • Lipidose corneana: excesso de colesterol e ácidos graxos na alimentação.
  • Comportamento alimentar.
  • Frenesi alimentar: sempre separar ninhada recém-nascida porque podem comer os mais fracos.
  • Alterações ambientais.
  • Caquexia ou má adaptação: comum em sapos e salamandras, está ligado ao estresse do recinto e deve ser feito alimentação forçada.
  • Cuidado com os dejetos influenciando em níveis de alterações do ambiente de amônia, pH e aumento microbiano.
    • Mamíferos: Observação de carências alimentares conforme a necessidade de cada táxon.
  • Correlacionar o equilíbrio alimentar (lipídios, carboidrato, proteína, vitaminas e minerais).
  • Alimentação em pós-operatório e recuperação.
  • Alimentação para reabilitação e reintrodução.
  • Ganho de peso e massa muscular rápido.
  • Disponibilidade conforme a sazonalidade do habitat local;
  • Enriquecimento alimentar instintivo.
  • Alterações clínicas dos pacientes (brandas): Respiratório, digestivo e manejo.
  • Alterações clínicas: Escoriações, fraturas, hemorragias e incoordenação motora.
  • Clínica básica: Aparelho locomotor, fraturas/luxações, queimaduras, lesões no sistema nervoso, parasitismo, má formação e afecções ósseas. IPC = Não importa a espécie trabalhada, seu tratamento básico é igual para todos! 1 - Sistema locomotor: Fraturas/luxações, queimaduras, lesões no sistema nervoso, parasitismo, más formações e afecções ósseas.
  • Agentes expectorantes e brônquios dilatantes;
  • AIES;
  • AINES (lagomorfos e peixes não respondem bem);
  • Analgésicos;
  • Antibióticos específicos;
  • Visualização, inspeção, palpação, auscultação, RX e medicações. 2 - Sistema respiratório: Fraturas/luxações, queimaduras, lesão no sistema nervoso, parasitismo, má formação e afecções ósseas. Predinisolona (bronquite/asma + afecções respiratórias)
  • Secreção nasogástrica: checar temperatura, hemograma, antibiótico, anti-inflamatório, RX e ultra.
  • Aves tem problemas respiratórios do pulmão e o saco aéreo com necessidade de maior oxigenação (fazer oxigênio).
  • Histopatologia: (swab ou lavado traqueal ou bronquial – anestesia, joga água destilada, coleta ); coproparasitológico, hemograma, rx e tomografia.
  • Corticóide (predinisolona e dexa); doxiciclina (não usa em idoso); enrofloxacino (não usa em jovem); amoxicilina + clavulonato (não usa em lagomorfo), gentamicina, penicilina; expectorante/diurético; oxigenioterapia, nebulização, aquecimento e isolamento para evitar estresse. 3 - Sistema Digestório: Visualização, olfação, palpação, inspeção, observação e auscultação.
  • Observar fezes – cor e consistência;
  • Aquecer o paciente;
  • Probióticos – levedura ou floratil;
  • Antibióticos: Sulfa + trimetopin, enro, metronidazol.
  • Anti-inflamatórios: Meloxicam, cetoprofeno (não usa em problemas gástricos).
  • Analgésicos: dipirona + escopolamina
  • Remédio para enjoo: ondansetrona, cimetidina
  • Antiparasitários e vermífugos. 4 - Sistema tegumentar: Agentes expectorantes e brônquios dilatantes. Anti-parasitários, ANES, AES, analgésicos e antibióticos específicos.
  • Higiene local e banho de sol.
  • Soro + iodo / antibiótico tópico (neomicina)
  • Anti-inflamatórios: meloxicam e cetoprofeno (não usar em problemas gástricos)
  • Antiparasitários
  • Antifúngicos
  • Suplementação vitamínica e manejo alimentar.
  • Ivermectina.
  • Cetoconazol, itraconazol. 5 - Sistema neural: Visualização, palpação, inspeção, observação e avaliação do reflexo, coordenação motora.
  • Alterações: Incoordenação, nistagmo, torcicolo, opistótono, movimentos anormais da cabeça, cegueira, apatia, coma ou convulsão.
  • Tratamento: Dexa, manitol + furosemida (traumas), fluidoterapia, alimentação por sonda, Diazepam, dipirona, tramadol, repouso de 24 horas no mínimo e reavaliação do paciente.
  • Exames: Esfregaço, radiografia, hemograma, bioquímico, biópsia, endoscopia, ultrassonografia, PCR e parâmetros de qualidade da água.
  • Agentes analgésicos anestésicos:
  • Analgesia: Butorfanol 0,05 – 0,5 mg/kg – IM
  • Anestesia: Óleo de cravo 50mg/L Ketamina 66-88mg/kl
  • Ulcerações e lesões de pele:
  • Limpeza com iodo tópico;
  • Antibiótico terapia Enrofloxacina 5 mg/kg IM em dias alternados ou banho de 2, mg/L por 5hrs SID.
  • Marbofloxacina 5mg/kg a cada 3 dias.
  • Debridamento de úlceras seguido de limpeza e curativo com camada protetora (Orabase).
  • Afecções – Infestações: 1 - Ichthyophthirius multifilis - **Ictio
  • Protozoários (ecto) que atacam as nadadeiras que ficam mais fechadas, ocorre perda de apetite e a respiração fica mais ofegante. Surgem então pequenos pontos brancos espalhados por toda a superfície do corpo e nadadeiras.
  • DOENÇA DO PEIXE BETA**
  • Preparação comerciável, medicamento comercializado – Antibiótico.
  • Raspagem de pele.
  • Elevar a temperatura de 1º a 2 º C acelerando o ciclo do protozoário promovendo a exposição de estágio infectante móvel e sensível ao medicamento = antibiótico.
  • Sal grosso. 1 Colher para cada 4 litros de água. 2 - Chilonodella:
  • Observação de camada branco- acizentada nas brânquias, opacificação branco-azulada da pele, desprendimento da pele aos pedaços, coceira (esfregam-se sobre as pedras e troncos), sacodem as nadadeiras, nado lento, mucosidade excessiva e respiração dificultada.
  • Raspagem de pele.
  • Aumentar a temperatura.
  • Protozoário que prefere 18-22ºC.
  • Antibióticos.
  • Mergulho em ácido acético glacial em 8mg/L, galão por 30-45 (pode levar a óbito animais debilitados). 3 - IchtyobodoCostiose
  • Tratamento padrão com antiprotozoário – sulfadiazina.
  • Remover todos os peixes infectados por 24 - 48 horas uma vez que o parasito somente sobrevive com a presença do hospedeiro. (sobrevive poucas horas sem o hospedeiro).
  • Se anexam a pele e brânquias.
  • Apatia, pele escurecida, nadadeiras fechadas, nervosismo, dificuldade em respirar.
  • Antibiótico (metronidazol).
  • Pode sobreviver a temperatura abaixo de 2ºC.
  • Ectoparasitas: 4 - Glocchidia **(larva de molúsculo de água doce)
  • Tufos brancos na capa** – normalmente correlacionado ao crescimento da capa.

- Autolimitante e não precisa de tratamento.

  • A larva é apenas transitória – usa o peixe como vetor. **5 - Sanguessugas:
  • Remoção individual dos parasitos;
  • Organofosforados** onde for permitido porque pode intoxicar. 6 - Learnea (verme âncora):
  • Remoção individual dos parasitos. - Ancoram no corpo do animal.
  • Utilização de organofosforados onde permite.
  • Sal grosso e aumento de temperatura.
  • Tratar com lefenurona 0,088 mg/L sid. 7 - Argulus **(piolho de peixe):
  • Remoção individual dos parasitos.**
  • Utilização de organofosforados onde permite.
  • Tratar com lefenuron a 0,088 mg/L SID.
  • Banho de permanganato de potássio a 10 p.p.m (mg/L) de 5-60min.
  • Pode ser usado para tratamento tanto de peixes como plantas. 8 - Dermocystidium de carpa : - Remoção cirúrgica.
  • Ancoram no tegumento abaixo das escamas = dermocistidiose.
  • Considerar Itraconazol a 1-5mg/kg VO de 1 - 7 dias na alimentação ou gavagem.
    • Vírus: 9 - Herpes das carpas:
  • Sem tratamento.
  • Aumento da temperatura.
    • Limpeza com água morna com solução salínica ou iodopolvidine mas recorrência é comum. 10 - Linfociste (iridovirus):
    • Aumento do volume da pele.
    • Autolimitante.
    • Esterilização com ozônio ou ultravioleta ajudam a reduzir a propagação.
    • Remoção cirúrgica é seguida normalmente de recorrência.
    • Sem cura direta. 11 - Doença da primavera ou varíola da Carpa (SVC):
    • Rhabdovirus carpio
    • Escurecimento e úlceras na pele, olhos saltados (pop eye), inchamento abdominal (hidropisia abdominal), descoloração das guelras, protuberância anal, fezes viscosas, lesões em nadadeiras, escamas arrepiadas (eriçadas), natação lenta e com dificuldade.
    • Aumenta temperatura e usa terramicina pomada como terapia de suporte.
    • Sem cura.
      • Endoparasitos: 12 - Nematóides:
    • Febendazol em dose de 20mg/kg VO durante 7 dias separadamente. 13 - Tênia:
    • Praziquantel ou Febendazol ou Mebendazol no alimento.
    • Controle de intermediários.
    • Difilobotríase. 14 - Eimieria spp - Constipação e/ou desinteria.
    • Dieta com alimentos ricos em fibra – casca de ervilhas e invertebrados vivos ou congelados.
  • Sal de Epson (sal amargo): Usado também nos casos de constipação e prolapso – Dose única: 1 colher de sopa para cada 20 litros por 3 dias.
  • Alcon Ictio: Contra protozoários no geral, entre outras doenças. Por conter verde de malaquita, deve ser usado com extremo cuidado em aquário com arraias e peixes primitivos, recomendo apenas 40% da dose para esses casos. Seguir bula.
  • Parasiticida / Oodinicida Atlantys: Tem os mesmos problemas do Alcon Ictio para aquários com arraias e primitivos.
  • Acriflavina (aqualife): Auxiliar no tratamento de protozoários, muito efetivo no tratamento de fungos – seguir bula.
  • Ripercol solução injetável: 2ml para cada 10L de água depois de 2 dias outra pta de 50% se não desaparecer os sintomas, repetir com intervalo de 15 dias até ficar bem. Os dois primeiros dias, os peixes podem ficar grogue no fundo, mas não precisa se assustar, é bom aumentar a oxigenação do aquário durante o tratamento. – Tratamento indicado principalmente para ciclídeos, alguns peixes são muito sensíveis a esse medicamento, arraia estão entre eles.
  • Banhos: Usados em caso de infestação por parasitas diversos, é preciso tomar muito cuidado ao fazer esse procedimento porque o tempo de permanência varia muito de peixe para peixe, mesmo sendo da mesma espécie. É preciso que o aquarista fique o tempo todo de olho no peixe, assim que ele apresentar comportamento diferente, parecer tonto ou deitar no fundo, ele deve ser devolvido ao aquário. Para preparar o banho, deve-se usar a própria água do aquário.
  • Sal: Banho com 10-15g de sal em 1 litro de água por 20 minutos. Repetir depois de 3 dias.

RESUMO

Os peixes são divididos em dois grandes grupos, sendo: CARTILAGINOSOS e ÓSSEOS, apresentando padrões anatômicos distintos com características fisiológicas, pecilotérmicas. Existem alterações renais para habitar o meio osmótico em animais marinhos e de água doce: circulação simples, coração bicavitário, apresentando respiração branquial e pulmonada em algumas espécies.

  • Atenção para a qualidade da água! Fator primordial também para a saúde dos peixes. - Uso indiscriminado de antibióticos pode levar a patologias renais, hepáticas e reprodutivas.
  • Vias farmacológicas: VO, IV, IM, instilação nas brânquias, banhos de imersão.
  • PEIXES NÃO RESPONDEM BEM A AINTIINTLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS.
  • Examinar superfície ventral em busca de lesões ou alterações;
  • Arranhões de pele devem ser observadas no opérculo;
  • Observações de nadadeiras;
  • Observações de brânquias e cavidade oral.