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Este artigo apresenta uma análise da narrativa fantástica de lygia bojunga, a bolsa amarela, utilizando os pressupostos teóricos de tzvetan todorov, júlio cortázar, louis vax, filipe furtado, remo ceserani e laura battisti. O texto explora como a autora insere questões do cotidiano na narrativa fantástica, relaciona os desejos da personagem raquel com a realidade histórica, analisa a interação da narrativa infantil com a criança e seus dramas, e percebe como os espaços definem o fantástico e contribuem para o inusitado na obra. A análise também destaca a importância dos elementos sobrenaturais na narrativa fantástica e sua relação com a interação do leitor.
O que você vai aprender
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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Lilian Lima Maciel (PPGLET/CAPES/ UFU) lilianlet@let.ufu.br
Resumo : Lygia Bojunga é uma autora que se destaca no cenário da literatura Infanto-Juvenil brasileira. Possui uma habilidade em equilibrar o real e o maravilhoso, em suas obras, proporcionando às crianças um espaço com situações e fatos do cotidiano, mas com liberdade de imaginação. O livro A bolsa amarela foi publicado em 1976 e desde então foi traduzido em vários idiomas. A obra conta a história de uma menina que tem três grandes desejos: ser adulta, ser escritora e ser um menino, sendo importante ressaltar como a autora relaciona os desejos da personagem com a realidade sócio-histórica. A narrativa traz o conflito interior e familiar que ela vive de forma bem humorada, a personagem cria um mundo imaginário onde é possível viver sonhos com amigos que entendem e respeitam suas vontades. Nesta análise propomo-nos a investigar o jogo entre o real e o maravilhoso colocado pela autora apoiando- nos em aportes teóricos que compreenderam a importância da literatura infanto-juvenil e que contribuíram para sua formação. Utilizaremos especialmente como base para análise dos aspectos fantásticos as teorias de Todorov, Ceserani e Furtado.
Palavras chave: Literatura Infanto-Juvenil; Fantástico; Espaço.
O presente trabalho volta-se para a análise dos aspectos constitutivos da literatura fantástica no livro A Bolsa Amarela de Lygia Bojunga, em especial para a estreita relação entre o real e o imaginário. Para tal análise, apoiaremo-nos nos pressupostos teóricos de Tzvetan Todorov, Júlio Cortázar, Louis Vax, Filipe Furtado, Remo Ceserani, Laura Battisti Nardes e outros. Torna-se também importante destacarmos neste artigo alguns objetivos específicos para os quais nos voltamos, tais como: verificar como a autora insere questões do cotidiano na narrativa fantástica; relacionar os desejos de Raquel, protagonista do romance, com a realidade sócio-histórica; analisar como a narrativa infantil envolve a criança e os seus dramas, possibilitando uma identificação com a personagem; e, ainda, perceber como os espaços definem o fantástico e como colaboram para o inusitado em A Bolsa Amarela. O livro A Bolsa Amarela é o terceiro da autora , publicado em 1976 e traduzido em vários idiomas, além de ser encenado em teatros do Brasil. Nesse livro Lygia conta com muito humor a história de Raquel, uma menina com três desejos: crescer rapidamente, ser um homem e ser uma escritora. Raquel filha mais jovem da família se sente só e oprimida, pois os adultos consideram que crianças nada entendem. A menina cria, então, um mundo imaginário com vários amigos que entendem seus desejos e não reprimem suas fantasias.
A bolsa amarela foi enviada pela tia Brunilda, e a partir de então serve para guardar todos os desejos e fantasias de Raquel, os seus personagens, as histórias e ideias. Raquel conta fatos do seu cotidiano, associando as situações reais junto a sua família com as situações imaginárias que revelam vários amigos imaginários. Durante toda a narrativa, em meio a situações reais e imaginárias, Raquel expõe seus desejos e busca realizá-los ao menos no seu mundo de fantasias. Nessa narrativa, assim como em outras de Lygia Bojunga os fatos do dia-a-dia que se mostram difíceis, muitas vezes, como a morte, o preconceito à mulher e à criança, as relações familiares, os conflitos sentimentais e comportamentais tornam-se fonte de magia e encanto, assim Gama-Khalil (2010, p. 4) afirma: “Não só temas como a morte, mas muitos outros temas interditados são o foco das narrativas de Bojunga, como a prostituição infantil, os abusos sexuais e conflitos familiares e sociais de variadas ordens.” Nas suas narrativas os personagens vivem conflitos diversos, mas eles têm inúmeras possibilidades de enfrentar e superar essas difíceis provas da vida, por meio de muita fantasia. Assim, não existem barreiras para a imaginação, os personagens mais inusitados vivem e fantasiam situações diversas da vida. Acreditamos que essa transgressão da realidade é possível, pois o olhar da autora se dá sob a perspectiva de uma criança e também pelos recursos insólitos utilizados. As primeiras narrativas fantásticas surgiram no século XVIII época de muitos avanços na narrativa fantástica, principalmente pelas consideráveis experimentações com o gótico. De acordo com Remo Ceserani (2006), a caracterização da narrativa fantástica, assim como a de todos os outros gêneros literários não pode ser feita com elementos exclusivos. Filipe Furtado, outro estudioso do fantástico, faz importantes considerações em seu estudo A construção do fantástico na narrativa. Segundo ele os estudos desse tipo de narrativa ainda não foram integralmente esgotados, mas é reconhecível o trabalho de alguns críticos literários para estabelecer os traços distintivos em sua organização e que o diferem dos demais gêneros. A existência de alguns procedimentos na narrativa fantástica, como os elementos sobrenaturais, ainda que não sejam exclusivos do gênero são frequentemente utilizados em sua construção e podem tornar-se sua identificação. Nesse sentido os estudiosos do fantástico buscam elencar os procedimentos de forma a torná-los mais visíveis. Furtado (1980, p. 7) , por exemplo, afirma que: a análise do fantástico em si, começando por examinar o elemento que embora comum a outros tipos de textos, lhe é absolutamente indispensável: a temática de índole sobrenatural. Ao mesmo tempo, tentar-se-á estabelecer as
Podemos perceber no trecho citado que os acontecimentos insólitos são colocados de maneira natural e que estão totalmente de acordo com a verossimilhança da história, ou seja, Bojunga tem a sensibilidade de organizar e articular os fatos na narrativa. Nesse aspecto é consenso entre os estudiosos do fantástico que o importante é a maneira como o autor dispõe os elementos insólitos no enredo e a habilidade em amarrá-los aos outros elementos da narrativa. Assim afirma Todorov (2008, p. 11) “um texto não é somente o produto de uma combinatória preexistente (combinatória constituída pelas propriedades literárias virtuais); é também uma transformação desta combinatória.” A relação do leitor com os elementos sobrenaturais da narrativa merece atenção especial no estudo sobre o fantástico, isso porque se discute a interferência de aspectos exteriores à obra para constituição do gênero. Segundo Italo Calvino em Assunto encerrado: Discursos sobre literatura e sociedade (2006) o conceito de fantástico e fantasia não está relacionado com a reação do leitor aos elementos insólitos, principalmente por não acreditar em uma distinção entre fantástico, maravilhoso e estranho. Para Calvino o fantástico está na experimentação de acontecimentos paralelos à realidade e para isso independe a reação do receptor. Remo Ceserani trata da relação do leitor com o texto como uma característica do fantástico, mas não como um fator determinante como defende Todorov. Ceserani acredita que a narrativa fantástica deve causar determinados sentimentos no receptor, como medo, horror e que isso implica menos na existência do gênero e mais no envolvimento do leitor com a história. Os elementos insólitos em A bolsa amarela estão já na constituição dos personagens, como um galo com o pensamento costurado que decidiu se esconder dentro da bolsa amarela e escolheu um dos nomes que Raquel guardava para ser seu novo nome; uma guarda chuva que havia escolhido ser mulher e que somente o Afonso (galo) conseguia compreender sua língua; um alfinete de fralda que morava no bolso bebê da bolsa amarela e para se comunicar com Raquel a ponta ia riscando o que queria dizer; e também, nos acontecimentos no decorrer da história, como as vontades da menina Raquel que engordavam e cresciam, a possibilidade de carregar dentro de uma bolsa nomes, galos e outros.
A bolsa emagreceu até ficar do tamanho que era antes; o Alberto então pegou ela pra abrir. E o fecho tava tão zonzo com os estouros que nem se lembrou mais de enguiçar: abriu! O Afonso pulou pra fora. Mascarado. Agarrando o Terrível com força. O terrível tava um bocado esquisito: bico, asa, pata, tava tudo amarrado com a correntinha da Guarda-chuva. O Afonso berrou:
Ainda sobre a relação do leitor com a obra, Todorov afirma que uma das três condições para a existência do fantástico é a hesitação, que pode ser experimentada por uma personagem da narrativa e/ou pelo leitor, tendendo a provocar uma identificação deste com a personagem. Essa característica, segundo Todorov, é importante e complexa, pois colabora para o insólito e está relacionada ao aspecto sintático no que se refere à apreciação dos fatos pelas personagens e ao aspecto semântico quanto à percepção desses fatos. As outras duas condições constituem para Todorov (2008, p. 39) o gênero fantástico e caso não sejam satisfeitas não temos uma narrativa fantástica, uma delas é que “o texto obrigue o leitor a considerar o mundo das personagens como um mundo de criaturas vivas e a hesitar entre uma explicação natural e uma explicação sobrenatural”, e que “ele recusará tanto a interpretação alegórica quanto a interpretação ‘poética’.” Outra característica indicada por Ceserani é o trabalho com a linguagem, mas não a linguagem na concepção tradicional em que “as palavras são elementos neutros que devem nos enviar o mais fielmente possível à realidade”, nem tampouco a concepção simbolista em que “as palavras não devem nos enviar a nada mais do que a elas próprias” (2006, p. 70), e sim a possibilidade de criação de uma nova realidade a partir dessa linguagem. Nesse aspecto Lygia Bojunga é uma referência internacional, pois consegue por meio da linguagem mostrar as crianças um mundo que conecta o real ao imaginário, que traduz de forma mágica os desejos, os sonhos e o mundo infantil. Ela consegue trabalhar os assuntos do cotidiano sem barreiras entre a realidade e a fantasia. Laura Battisti Nardes (1988, p.39), estudiosa das obras de Lygia, ressalta essa sensibilidade poética “Lygia Bojunga Nunes materializa as idéias, os sentimentos e as emoções infantis, dando-lhes forma concreta, através do apelo aos sentidos.” Em A bolsa amarela vários são os momentos em que podemos vivenciar essa magia. Nos trechos da narrativa citados a seguir podemos observar que os fatos do cotidiano são colocados por Lygia com muita sensibilidade e principalmente sob a perspectiva da criança. A autora é conhecida e reconhecida por essa habilidade em retratar no mundo infantil assuntos que muitos autores consideram distantes das crianças.
Sobre a linguagem como recurso colaborador do insólito é importante ressaltar o efeito do uso da primeira pessoa na narrativa, isto porque a narração dos fatos pelo próprio personagem indicia a veracidade dos fatos e ao mesmo tempo confere um tom de incerteza e ambiguidade, pois este personagem narra acontecimentos que podem estar em sua imaginação. Esse recurso é muito bem utilizado por Lygia em A bolsa amarela. A personagem Raquel que narra a história nos traz de maneira espontânea os acontecimentos e lhes conferem veracidade. Em consequência aproxima e envolve o leitor na incerteza de tais fatos.
Mas na porta eu parei: “E se alguém abre a bolsa amarela enquanto eu tô fora? e se descobrem o Afonso lá dentro? e se o Terrível foge pra ir brigar? e se minhas vontades saem também - crescendo, engordando, tomando conta do quarto, de tudo?” Me apavorei. O jeito era não arriscar, era levar a bolsa comigo. Levei. (BOJUNGA, 2001, p. 63)
Nessa passagem da narrativa, Raquel por meio de várias indagações faz com que o leitor também pense sobre o risco que ela corre deixando a bolsa em casa. Isso desencadeia um envolvimento maior com o leitor e confere veracidade a sua fala, ou seja, ela conduz o leitor a não duvidar se realmente estão dentro da bolsa tudo que ela disse. Observa-se também que Lygia Bojunga utiliza a linguagem, como sugere Remo Ceserani, para criar uma nova realidade. Em A bolsa amarela a linguagem utilizada por Raquel é simples e com as particularidades da fala de uma criança. Nos trechos a seguir, percebe-se que o uso de gírias, desvios das normas gramaticais e a escolha do vocabulário reproduzem a fala de uma criança na idade da personagem e isso possivelmente aproxima personagem e leitor.
Um dia fiquei pensando o que é que eu ia ser mais tarde. Resolvi que ia ser escritora. Então já fui fingindo que era. Só pra treinar. (BOJUNGA, 2001, p.
Quando a autora lança mão desse recurso consegue, além de colaborar para a conjuntura de uma narrativa fantástica, negar os padrões linguísticos impostos pela elite que tanto influenciam o discurso literário. Lygia Bojunga se colocou desde o início de sua carreira em posição de desvincular a literatura de uma norma específica de linguagem e por isso vemos em A bolsa amarela e nas suas demais obras a linguagem como possibilidade criadora.
A literatura, ao fazer uso específico e complexo da língua (onde os signos lingüísticos, as frases e as sequências assumem significado variado e múltiplo), cria significantes e funda significados, isto é, apresenta seus próprios meios de expressão, através de um código literário que se superpõe ao da língua, alterando-o ou opondo-se a ele. (NARDES, 1988, p. 28)
No estudo sobre as narrativas fantásticas, Ceserani também ressaltou como uma característica comum nessas narrativas o fato de aparecer representada uma passagem de limite e de fronteira. Isso ocorre quando passamos da extensão da realidade, do familiar e do habitual para o incompreensível e enigmático e ocorre muitas vezes na dimensão do sonho, pesadelo ou da loucura.
O personagem protagonista se encontra repentinamente como se estivesse dentro de duas dimensões diversas, com códigos diversos à sua disposição para orientar-se e compreender. (CESERANI. 2006, p. 73.)
Em A bolsa amarela podemos entender essa passagem de fronteira quando o galo que Raquel havia criado em seu romance aparece no seu quarto. A partir desse momento o real e o fantástico se interpenetram e temos uma mudança de dimensão do cotidiano para o insólito.
Acordei de repente com um barulho esquisito. Olhei pra janela e vi o dia nascendo. Outra vez o barulho. Quase morro de susto: era um canto de galo; e ali bem perto de mim. Olhei minhas irmãs. Elas continuavam dormindo igualzinho, nem tinham ouvido canto nenhum. Espiei debaixo da cama, atrás da cadeira, dentro do armário - nada. (BOJUNGA, 2001, p. 33)
Também é possível por meio dessa passagem compreendermos os elementos insólitos na dimensão do sonho de Raquel que estava dormindo e pode não ter acordado. O leitor imerge nessa nova realidade e não tem consciência desse fato, também não pode explicar os acontecimentos sobrenaturais, pois estes estão paralelos à realidade conhecida. Há também outro indício de que ocorre uma mudança de dimensão da realidade. Raquel havia escrito um romance cujo personagem era o galo Rei e esse romance acaba quando ele fugiu do galinheiro onde morava. O galo então reaparece no seu quarto sem que ela saiba que era o galo do seu romance.
Quanto mais eu olhava pras penas, mais eu me assustava: “Puxa, mas como é que pode?!” Até que não resisti e falei:
Podemos ainda, recorrer à definição de Italo Calvino em Seis propostas para o próximo milênio: lições americanas (1990) do objeto mágico que cria uma rede de inter- relações na narrativa entre os personagens e os acontecimentos e que no caso da narrativa em estudo poderíamos apontar a bolsa amarela como esse fio condutor de magia.
A partir do momento em que um objeto comparece numa descrição, podemos dizer que ele se carrega de uma força especial, torna-se como o pólo de um campo magnético, o nó de uma rede de correlações invisíveis. O simbolismo de um objeto pode ser mais ou menos explícito, mas existe sempre. Podemos dizer que numa narrativa um objeto é sempre um objeto mágico. (CALVINO, 1990, p. 47)
Diante do exposto, não é difícil verificar que a bolsa amarela e os demais elementos mágicos da narrativa colaboram com maior ou menor intensidade para a irrupção do fantástico. A bolsa amarela, poderíamos dizer que funciona especificamente como a fornteira entre o real e o fantástico. Esses objetos mágicos e toda a ambientação insólita servem não para criar apenas um clima mágico, muito comum nas narrativas para crianças e jovens, mas os recursos fantásticos servem para realçar a crítica social existente na narrativa. Ou seja, é através desses elementos insólitos que a crítica da autora sobre a sociedade se faz de forma mais contundente. É importante ressaltarmos ainda que por meio deste trabalho foi possível compreender a importância das narrativas fantásticas e que os recursos utilizados nestas ficam muito expressivos quando voltados para as crianças. Isso porque a fronteira entre o real e o imaginário para elas é tênue, sem falar que essas histórias vêm ao encontro dos seus desejos de magia e fantasia. Fica nítido na narrativa bojunguiana em análise que a relação entre os elementos reais e imaginários vai além da construção da fantasia e esse forte jogo entre o real e o imaginário colabora para a construção de uma crítica à sociedade. Na verdade, os fatos insólitos, irreais, aparecem de certa forma para refletirmos o quanto ilógico é o nosso mundo “lógico”.
REFERÊNCIAS
BOJUNGA, Lygia. A bolsa amarela. - 32ª ed. 6 ª impr. - Rio de Janeiro: Agir, 2001.
CESERANI, Remo. O fantástico. Curitiba: Ed. UFPR, 2006.
CALVINO, Italo. Definições de territórios: o fantástico. In: Assunto encerrado: Discursos sobre literatura e sociedade. Trad. Roberta Barni. São Paulo: Companhia das Letras, 2006. p. 256-257.
CALVINO, Italo. Seis propostas para o novo milênio : Lições americanas. Tradução Ivo Barroso - São Paulo: Companhia das Letras, 1990.
FURTADO, Filipe. A construção do fantástico na narrativa. Lisboa: Livros Horizonte, 1980.
GAMA-KHALIL, Marisa Martins. Imagens insólitas de um crime em Nós três , de Lygia Bojunga. Aletria – Revista de Estudos de Literatura: Crimes Literários. Belo Horizonte, vol. 20, n. 3, p. 117-126, set-dez 2010.
NARDES, Laura Battisti. Literatura Infanto-Juvenil: a estética literária em Lygia Bojunga Nunes. Brasília: L. B. Nardes, 1988.
TODOROV, Tzvetan. Introdução à literatura fantástica. 3. ed. São Paulo: Perspectiva, 2008.
http://www.casalygiabojunga.com.br