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lúpus eritematoso sistêmico, Notas de estudo de Enfermagem

resumo sobre lúpus eritematoso sistêmico

Tipologia: Notas de estudo

2023

À venda por 19/07/2023

fernanda-soares-j8e
fernanda-soares-j8e 🇧🇷

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O que é lúpus?
O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES ou
apenas lúpus) é uma doença inflamatória
crônica de origem autoimune, cujos sintomas
podem surgir em diversos órgãos de forma
lenta e progressiva (em meses) ou mais
rapidamente (em semanas) e variam com
fases de atividade e de remissão.
São reconhecidos dois tipos principais de
lúpus:
o cutâneo, que se manifesta apenas com
manchas na pele (geralmente avermelhadas
ou eritematosas e daí o nome lúpus
eritematoso), principalmente nas áreas que
ficam expostas à luz solar (rosto, orelhas, colo
(“V” do decote) e nos braços)
o sistêmico, no qual um ou mais órgãos
internos são acometidos.
Por ser uma doença do sistema imunológico,
que é responsável pela produção de
anticorpos e organização dos mecanismos de
inflamação em todos os órgãos, quando a
pessoa tem LES ela pode ter diferentes tipos
sintomas e vários locais do corpo. Alguns
sintomas são gerais como a febre,
emagrecimento, perda de apetite, fraqueza e
desânimo. Outros, específicos de cada órgão
como dor nas juntas, manchas na pele,
inflamação da pleura, hipertensão e/ou
problemas nos rins.
Quem tem lúpus?
O lúpus pode ocorrer em pessoas de qualquer
idade, raça e sexo, porém as mulheres são
muito mais acometidas. Ocorre principalmente
entre 20 e 45 anos, sendo um pouco mais
frequente em pessoas mestiças e nos
afrodescendentes. No Brasil, não dispomos de
números exatos, mas as estimativas indicam
que existam cerca de 65.000 pessoas com
lúpus, sendo a maioria mulheres. Acredita-se
assim que uma a cada 1.700 mulheres no Brasil
tenha a doença. Desta forma, em uma cidade
como o Rio de Janeiro teríamos cerca de
4.000 pessoas com lúpus e em São Paulo
aproximadamente 6.000. Por essa razão, para
os reumatologistas, o lúpus é uma doença
razoavelmente comum no seu dia-a-dia.
O que causa o lúpus?
Embora a causa do LES não seja conhecida,
sabe-se que fatores genéticos, hormonais e
ambientais participam de seu
desenvolvimento. Portanto, pessoas que
nascem com susceptibilidade genética para
desenvolver a doença, em algum momento,
após uma interação com fatores ambientais
(irradiação solar, infecções virais ou por outros
micro-organismos), passam a apresentar
alterações imunológicas. A principal delas é o
desequilíbrio na produção de anticorpos que
reagem com proteínas do próprio organismo
e causam inflamação em diversos órgãos
como na pele, mucosas, pleura e pulmões,
Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES)’
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O que é lúpus?

O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES ou apenas lúpus) é uma doença inflamatória crônica de origem autoimune, cujos sintomas podem surgir em diversos órgãos de forma lenta e progressiva (em meses) ou mais rapidamente (em semanas) e variam com fases de atividade e de remissão. São reconhecidos dois tipos principais de lúpus: o cutâneo, que se manifesta apenas com manchas na pele (geralmente avermelhadas ou eritematosas e daí o nome lúpus eritematoso), principalmente nas áreas que ficam expostas à luz solar (rosto, orelhas, colo (“V” do decote) e nos braços) o sistêmico, no qual um ou mais órgãos internos são acometidos. Por ser uma doença do sistema imunológico, que é responsável pela produção de anticorpos e organização dos mecanismos de inflamação em todos os órgãos, quando a pessoa tem LES ela pode ter diferentes tipos sintomas e vários locais do corpo. Alguns sintomas são gerais como a febre, emagrecimento, perda de apetite, fraqueza e desânimo. Outros, específicos de cada órgão como dor nas juntas, manchas na pele, inflamação da pleura, hipertensão e/ou problemas nos rins.

Quem tem lúpus?

O lúpus pode ocorrer em pessoas de qualquer idade, raça e sexo, porém as mulheres são muito mais acometidas. Ocorre principalmente entre 20 e 45 anos, sendo um pouco mais frequente em pessoas mestiças e nos afrodescendentes. No Brasil, não dispomos de números exatos, mas as estimativas indicam que existam cerca de 65.000 pessoas com lúpus, sendo a maioria mulheres. Acredita-se assim que uma a cada 1.700 mulheres no Brasil tenha a doença. Desta forma, em uma cidade como o Rio de Janeiro teríamos cerca de 4.000 pessoas com lúpus e em São Paulo aproximadamente 6.000. Por essa razão, para os reumatologistas, o lúpus é uma doença razoavelmente comum no seu dia-a-dia.

O que causa o lúpus?

Embora a causa do LES não seja conhecida, sabe-se que fatores genéticos, hormonais e ambientais participam de seu desenvolvimento. Portanto, pessoas que nascem com susceptibilidade genética para desenvolver a doença, em algum momento, após uma interação com fatores ambientais (irradiação solar, infecções virais ou por outros micro-organismos), passam a apresentar alterações imunológicas. A principal delas é o desequilíbrio na produção de anticorpos que reagem com proteínas do próprio organismo e causam inflamação em diversos órgãos como na pele, mucosas, pleura e pulmões,

Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES)’

articulações, rins etc.). Dessa forma, entendemos que o tipo de sintoma que a pessoa desenvolve, depende do tipo de autoanticorpo que a pessoa tem e, que como o desenvolvimento de cada anticorpo se relaciona às características genéticas de cada pessoa, cada pessoa com lúpus tende a ter manifestações clínicas (sintomas) específicas e muito pessoais.

Quais são os sintomas da doença?

Os sintomas do LES são diversos e tipicamente variam em intensidade de acordo com a fase de atividade ou remissão da doença. É muito comum que a pessoa apresente manifestações gerais como cansaço, desânimo, febre baixa (mas raramente, pode ser alta), emagrecimento e perda de apetite. As manifestações podem ocorrer devido à inflamação na pele, articulações (juntas), rins, nervos, cérebro e membranas que recobrem o pulmão (pleura) e o coração (pericárdio). Outras manifestações podem ocorrer devido à diminuição das células do sangue (glóbulos vermelhos e brancos), devido a anticorpos contra essas células. Esses sintomas podem surgir isoladamente, ou em conjunto e podem ocorrer ao mesmo tempo ou de forma sequencial. Crianças, adolescentes ou mesmo adultos podem apresentar inchação dos gânglios (ínguas), que geralmente é acompanhada por febre e pode ser confundida com os sintomas de infecções como a rubéola ou mononucleose.

As manifestações clínicas mais

frequentes são:

❧ Lesões de pele: ocorrem em cerca de 80% dos casos, ao longo da evolução da doença. As lesões mais características são manchas avermelhadas nas maçãs do rosto e dorso do nariz, denominadas lesões em asa de borboleta (a distribuição no rosto lembra uma borboleta) e que não deixam cicatriz. ❧ lesões discóides, que também ocorrem mais frequentemente em áreas expostas à luz, são bem delimitadas e podem deixar cicatrizes com atrofia e alterações na cor da pele. ❧ Na pele também pode ocorrer vasculite (inflamação de pequenos vasos), causando manchas vermelhas ou vinhosas, dolorosas em pontas dos dedos das mãos ou dos pés. ❧ fotossensibilidade, que nada mais é do que o desenvolvimento de uma sensibilidade desproporcional à luz solar. Neste caso, com apenas um pouco de exposição à claridade ou ao sol, podem surgir tanto manchas na pele como sintomas gerais (cansaço) ou febre. A queda de cabelos é muito frequente mas ocorre tipicamente nas fases de atividade da doença e na maioria das pessoas, o cabelo volta a crescer normalmente com o tratamento. ❧ Articulares: a dor com ou sem inchaço nas juntas ocorre, em algum momento, em mais de 90% das pessoas com LES e envolve principalmente nas juntas das mãos, punhos, joelhos e pés, tendem a ser bastante dolorosas e ocorrem de forma intermitente, com períodos de melhora e piora. Às vezes também surgem como tendinites.