Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

lucratividade de obras, Resumos de Planejamento urbano

planejamento e controle de obras lucratividade de obras

Tipologia: Resumos

2019

Compartilhado em 14/09/2019

wesley-junior-19
wesley-junior-19 🇧🇷

4.5

(4)

8 documentos

1 / 11

Toggle sidebar

Esta página não é visível na pré-visualização

Não perca as partes importantes!

bg1
Antonio Victorino Avila
En
g
enheiro Civil
,
MSc
Universidade do Sul de Santa Catarina
Planejamento e Gerenciamento de Obras
Florianópolis
2003
pf3
pf4
pf5
pf8
pf9
pfa

Pré-visualização parcial do texto

Baixe lucratividade de obras e outras Resumos em PDF para Planejamento urbano, somente na Docsity!

Antonio Victorino Avila

Engenheiro Civil, MSc Universidade do Sul de Santa CatarinaPlanejamento e Gerenciamento de Obras

Florianópolis

2003 ∴

Eng.º Civil Antonio Victorino Avila, MSc.

Lucro, Lucratividade & Giro do Capital

C:\Documents and Settings\Administrador\Meus documentos\Academia\Gerenciammento\000-Lucro.doc

Gerenciamento

1-^ O Lucro,

a Lucratividade e o Giro do Capital

2-^ A Administração da Construção3-^ Das Firmas4-^ Gerenciamento de Empreendimentos5-^ Dos Contratos6-^ Dos Títulos de Crédito.7-^ Leis

Eng.º Civil Antonio Victorino Avila, MSc.

Lucro, Lucratividade & Giro do Capital

C:\Documents and Settings\Administrador\Meus documentos\Academia\Gerenciammento\000-Lucro.doc

ÍNDICEÍNDICE

4

Lucro, Lucratividade & Giro do Capital

5

1.- Introdução

5

2.- Visão Comercial

5

2.1.- Definições

5

3 – Método Dupont

6

4 – Realizando o Lucro.

8

5 – Exemplos de Casos.

8

5.1 – Caso do Combustível.

8

5.2 – Caso da Concessionária.

8

5.3 – Caso da Construtora.

8

6 – Aplicação do Sistema Dupont.

9

7 – Paradigma do Lucro.

9

8 – Referências Bibliográficas.

11

Eng.º Civil Antonio Victorino Avila, MSc.

Lucro, Lucratividade & Giro do Capital

C:\Documents and Settings\Administrador\Meus documentos\Academia\Gerenciammento\000-Lucro.doc

Lucro, Lucratividade & Giro do Capital.

1.- Introdução

Atualmente

é^

reconhecido

pelos

estudiosos

da

administração e por executivos de empresas líder, que o maiorobjetivo de uma organização é a captação de clientes, pois estespropiciam a sobrevivência da empresa como entidade prestadorade bens e serviços, a médio e longo prazo.

O lucro, por sua vez, mede o sucesso obtido pelos serviços prestados, ou melhor, pelo desempenho da capacidade gerencial.

Para analisar como acontece a realização desta medida, o lucro, serão apresentados dois pontos de vista, um comercial eoutro financeiro que, como não poderiam deixar de ser, levam amesma conclusão quanto a formação do lucro.2- Visão Comercial

Do ponto de vista comercial, o lucro ou a lucratividade de um obtido na realização de uma aplicação financeira, de um negócioou na operação de uma empresa é função direta da margem delucro desejada e do número de vezes que o capital empatado émovimentado durante um dado exercício.

Visando

caracterizar

a^

importância

do

entendimento

e^

o

impacto

que

a^

movimentação

do

capital,

ou

giro,

causa

na

formação

do

lucro

de

uma

empresa,

alguns

conceitos

serão

definidos para o entendimento do assunto.2.1.- Definições2.1.1 - Lucro é definido como o ganho, em expressão monetária,obtido na realização de uma aplicação financeira, um negócio ouna operação de uma empresa.2.1.2 - Lucratividade ou Taxa de Lucro,

Τ, é definida como a razãoL^

entre o lucro total obtido e o capital aplicado durante certo períodode tempo e expressa em porcentagem.

Geralmente, o período de

tempo é relativo ao mês ou ao ano. Pelo exposto, a Taxa de Lucrocorresponde

ao

percentual

obtido

após

a^

realização

de

um

empreendimento ou a aplicação de um capital.

icado

CapitalApl

Ganho

T^ L^ =

2.1.3 - Giro,

ρ, é definido como o número de vezes em que um

dado capital é movimentado num certo período de tempo. Períodoesse adotado, normalmente, como sendo um mês ou um ano.

icado

CapitalApl

o

Faturament =ρ

2.1.4 - Margem de Lucro,

μ^

  • corresponde à porcentagem de

ganho desejada e estabelecida a talante do interessado e aplicada

Eng.º Civil Antonio Victorino Avila, MSc.

Lucro, Lucratividade & Giro do Capital

C:\Documents and Settings\Administrador\Meus documentos\Academia\Gerenciammento\000-Lucro.doc

2.2 – Análise Técnica do Giro.

Em obras e serviços de engenharia, estabelecidos o Tempo Planejado e a Margem de Lucro de um contrato, a garantia deobtenção da Lucratividade esperada passa a ser função do tempode execução, isto é, do Tempo Real de execução.

Similarmente à análise efetuada no item anterior, porém analisando o giro em função do Tempo de Execução ou TempoReal têm-se os seguintes casos:^ ρ^

> 1^

O Tempo Real foi inferior ao Tempo Planejado, o quedemonstra uma capacidade técnica maior do que aesperada e, conseqüentemente, a obtenção de umaLucratividade

superior

à^

Margem

de

Lucro

pré-

estabelecida. ρ^ = 1

Sendo o Tempo Real igual ao Tempo Planejado, oempreendimento,

em

termos

de

tempo

ocorreu

segundo as expectativas realizadas na fase de projetoou planejamento, o que demonstra segurança quantoao domínio do processo de construção adotado. ρ^ < 1

O Tempo Real foi superior ao Tempo Planejado, o quedemonstra

uma

capacidade

técnica

inferior

à

desejada,

com

decorrência

em

uma

Lucratividade

inferior à Margem de Lucro pré-estabelecida. Nessascondições,

o

empreendimento

frustrou

o

ganho

financeiro esperado.

3 – Método Dupont.

Partindo do ponto de vista financeiro, o sistema Dupont de análise, muito utilizado em análise financeira de balanços, permitedeterminar a taxa de retorno – lucratividade - alcançada por umaempresa, sob a forma de lucro/investimento e é obtida a partir dasseguintes condições:

Taxa de Retorno = Rotação

×^ Margem

Considerando que, contabilmente, rotação e margem são definidos como:

Rotação = Receitas de Vendas

÷^ Investimentos

das

ceitadeVenRe

íodo

LucroNoPer em argM

Efetuando as substituições na equação da Taxa de Retorno:

alizadoRe to

Investimen

Lucro

tornoRe

TaxaDe

Ou, como contabilmente é mais utilizada,

Líquido

Patrimônio

LAIR

tornoRe

TaxaDe

Eng.º Civil Antonio Victorino Avila, MSc.

Lucro, Lucratividade & Giro do Capital

C:\Documents and Settings\Administrador\Meus documentos\Academia\Gerenciammento\000-Lucro.doc

Em que LAIR é o lucro após a realização do imposto de renda e o Patrimônio Líquido corresponde ao montante, tomadoem^

média

anual,

do

capital

disponível

conforme

disposto

no

balanço patrimonial.Analisando a expressão:

Taxa de Retorno =

ΤL^

= margem x rotação,

fica fácil visualizar que a obtenção da lucratividade ou taxa de lucrode uma empresa é possível de ser medida através, principalmente,do comportamento de duas variáveis, a margem de lucro que édefinida pela direção da empresa e a rotação do capital, medidapela relação receita/investimentos.4 – Realizando o Lucro.

Analisando a expressão abaixo, conclui-se que a obtenção da taxa de lucro ou lucratividade -

Τ, uma vez definida a margemL^

de lucro -

μ^ , é função apenas do giro do capital.

ΤL^

=^ μ

×^ ρ

O giro, deste modo, passa a ser uma variável a ser gerenciadadurante um exercício fiscal ou em qualquer período de tempo emque foi dividido o projeto.

O desafio, então, é propiciar uma forte capacidade gerencial, fazendo acontecer o giro previsto e, consequentemente, alcançar alucratividade desejada.

Nas obras e serviços de engenharia, o planejamento e o controle de desempenho são fortes instrumentos disponíveis paragerenciar

empreendimentos

e^

contribuindo

tanto

o

acompanhamento

da

evolução

dos

custos

orçados

como

o

cumprimento dos prazos previstos. Assim, permitem a análise e oconhecimento

do

desempenho

havido,

em

termos

de

giro

do

capital e da realização dos prazos estabelecidos.

Como exemplo de instrumentos de planejamento tem-se: o PERT, o PERT- Cost, o CPM, a Linha de Balanço, etc.5 – Exemplos de Casos.5.1 – Caso do Combustível.

Um posto de serviços tem capacidade instalada de um (01) tanque de gasolina, vende 1,5 tanques por semana

e a empresa

pratica uma margem de 3% sobre o custo do combustível. Deseja-se saber qual a taxa mensal!

Τmês

=^ μ ×^ ρ

= 0,03 x 1,5 x 4

⇒^

18% ao mês.

5.2 – Caso da Concessionária.

Eng.º Civil Antonio Victorino Avila, MSc.

Lucro, Lucratividade & Giro do Capital

C:\Documents and Settings\Administrador\Meus documentos\Academia\Gerenciammento\000-Lucro.doc

Item do Balanço

1997

1998

1999

Faturamento

28.620,

37.508,

49.344,

46.491,

Lucro

504,

615,

841,

795,

Patrimônio Líquido

4.200,

5.350,

6.618,

6.930, Valores em R$ mil

Ano

Rotação

Margem

Taxa de Retorno

1997

÷4.200,0 = 6,

504,

÷28.620 = 1,76%

6,

×0,0176 = 0,

1998

÷5.350,3 = 7,

615,

÷37.508 = 1,64%

7,

×0,0164 = 0,

19992000 7 – Paradigma do Lucro.

A formação do preço e, em decorrência dele, o lucro, é função do regime prevalente da industria onde a empresa se situa.

O^

reconhecimento

desse

fato

induz

a^

comportamento

distinto na formulação de proposta de preços, atuando a empresaem^

regime

de

livre

concorrência,

em

oligopolizado

ou

monopolizado.

No^

caso

da

construção

civil

e^

especialmente

quanto

as

empresas

que

trabalham

sob

regime

de

empreitada,

de

modo

geral,

pode-se

afirmar

que

os

preços

dos

bens

e^

serviços

praticados se formam no seio de seu mercado, isto é, em regimede livre concorrência.

Tal^

situação

propicia

a^

formação

de

preços

através

do

embate das forças de mercado, o que leva a imposição da prática

de determinado patamar de preço para o fornecimento de bens eserviços.

Desta

forma,

os

agentes

de

mercado,

contratantes,

contratados e concorrentes, pressionam para praticar um preçoque lhes convém, provocando a ocorrência de um equilíbrio queserá sempre instável. ( Lima Jr,1993).

E^

esse

fato

se

agrava

em

setores

econômicos

cuja

exigência de capital de giro para as operações é pequena, ou nosquais

não

existam

tecnologias

exclusivas

de

difícil

ou

custoso

domínio. E, reconhecidamente, essa é a situação da construçãocivil.

Além disso, quando o contratante é o governo, que realiza seguidamente obras de construção civil, ele tende a definir ospreços praticados, reduzindo a margem de lucro dos contratados.

Em décadas passadas, fruto do processo inflacionário vivido e da alta demanda por bens e serviços, o preço era formado emfunção do custo e da margem de lucro, nessa sendo embutidos oscustos indiretos de produção.

Preço =

ƒ^

( Custo + Margem de Lucro )

A expressão acima expressa um tipo de comportamento que era aceito e normalmente praticado, em que o preço era umavariável dependente. Sendo o custo e a margem de lucro variáveisindependentes,

em

que

a

primeira

era

estabelecida

pelos

fornecedores de insumos e a segunda definida pela empresa ou

o

profissional interessado.

Eng.º Civil Antonio Victorino Avila, MSc.

Lucro, Lucratividade & Giro do Capital

C:\Documents and Settings\Administrador\Meus documentos\Academia\Gerenciammento\000-Lucro.doc

Atualmente, dado o acima comentado, e considerando o embate dos atores do mercado da construção e da engenharia,houve uma mudança de comportamento, ou paradigma, situaçãoque estreitou as margens de lucro praticadas pelas empresas.

No modelo atual e em regime de livre concorrência, o preço vem se comportando como variável independente, o custo continuasendo definido pelos fornecedores de insumos e a margem delucro como variável dependente.

O modelo passou, então, a ter a seguinte expressão:

Margem de Lucro =

ƒ^ ( Preço – Custos )

A margem de lucro passou, então, a ser função do preço praticado pelo mercado e dos custos incorridos, situação que, paragarantir após a execução de um contrato, a margem anteriormenteprevista, requer um forte acompanhamento e controle de todas asetapas o processo de construção.

Assim, a realização dessa margem, se verifica como função crescente da capacidade gerencial empregada na sua obtenção.

Para tanto, requer o cumprimento dos prazos contratuais, a atenção

ao

processo

de

suprimento

e^

do^

controle

dos

custos

indiretos, para que a ocorrência de perdas, principalmente aquelascausadas

por

tempos

improdutivos

e^

deficiências

no

processo

gerencial, venham a contribuir para a redução da lucratividade doscontratos.

8 – Referências Bibliográficas.AVILA,

Antonio

Victorino.

JUNGLES,

Antonio

Edésio.

Administração da Construção – Apostilha de Administração daConstrução. ECV. Universidade Federal de Santa Catarina.Florianópolis. SC.1996. KLIEMANN NETO, F.J. Custos Industriais – Apostilha de Custos

Industriais EPS 3219. Universidade Federal de Santa Catarina.Florianópolis. SC. 1986. LIMA JUNIOR, João da Rocha. BDI no Preço das Empreitadas:

uma Pratica Frágil. Boletim Técnico da Escola Politécnica daUSP.

Departamento

de

Engenharia

de

Construção

Civil.

BT/PCC/95. São Paulo.SP.1993. WALTER, Milton Augusto. BRAGA, Hugo Rocha. DemonstraçõesFinanceiras – Um Enfoque Gerencial. Editora Saraiva. São Paulo.SP. 1986.