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lucas antunes chiconeli, Slides de Desenho

Família e Agentes Comunitários de Saúde. ... Descritores: Atenção Básica; Estratégia de Saúde da Família; Agentes ... 6.4 Desenho das operações.

Tipologia: Slides

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Pipoqueiro
Pipoqueiro 🇧🇷

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO DO CUIDADE EM SAÚDE DA
FAMÍLIA
LUCAS ANTUNES CHICONELI
PLANO DE AÇÃO PARA ADEQUAR A AUSÊNCIA DE AGENTES
COMUNITÁRIOS DE SAÚDE NA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE
“PIRES DA LUZ” NO MUNICÍPIO DE UBÁ EM MINAS GERAIS
JUIZ DE FORA / MINAS GERAIS
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO DO CUIDADE EM SAÚDE DA

FAMÍLIA

LUCAS ANTUNES CHICONELI

PLANO DE AÇÃO PARA ADEQUAR A AUSÊNCIA DE AGENTES

COMUNITÁRIOS DE SAÚDE NA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE

“PIRES DA LUZ” NO MUNICÍPIO DE UBÁ EM MINAS GERAIS

JUIZ DE FORA / MINAS GERAIS

LUCAS ANTUNES CHICONELI

PLANO DE AÇÃO PARA ADEQUAR A AUSÊNCIA DE AGENTES

COMUNITÁRIOS DE SAÚDE NA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE

“PIRES DA LUZ” NO MUNICÍPIO DE UBÁ EM MINAS GERAIS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Especialização em Gestão do Cuidado em Saúde da Família, Universidade Federal de Minas Gerais, para obtenção do Certificado de Especialista. Orientador: Professor Bruno Leonardo de Castro Sena

JUIZ DE FORA / MINAS GERAIS

AGRADECIMENTO

Gostaria de agradecer, primeiramente, a Deus por iluminar e abençoar meu caminho nessa jornada de estudos. Aos meus pais, Carmen e Sérgio, que sempre foram meus maiores incentivadores e nunca mediram esforços para que pudesse realizar meus sonhos. Aos meus irmãos, Inácio e Isabel, pela parceria e apoio em todos os momentos. À minha noiva, Sínthia, por estar sempre ao meu lado. Aos profissionais da Equipe de Saúde da Família “Pires da Luz” por todo o suporte no desenvolvimento do meu trabalho. Aos professores e orientador por toda dedicação e conhecimento repassado. Obrigado, essa vitória é nossa!

DEDICATÓRIA

A Deus, que nos criou e foi criativo nesta tarefa. Seu fôlego de vida em mim foi meu sustento e me deu coragem para questionar realidades e propor sempre um novo mundo de possibilidades.

RESUMO

Como objetivo principal de elaborar um plano de ação para adequação da ausência de Agentes Comunitários de Saúde da Equipe de Saúde da Família Pires da Luz, localizada em Ubá, Minas Gerais é propor ações e intervenções que facilitem o planejamento de ações em saúde. A metodologia baseou-se, inicialmente em conhecer a realidade da situação de saúde da equipe na área de abrangência e pra isso foi realizado um diagnóstico situacional pelo método da Estimativa Rápida e uma observação ativa, análise no banco de dados DATASUS e interação entre a equipe. Em seguida, fez-se uma revisão narrativa da literatura, com busca nas bases de dados Lilacs, Biblioteca Virtual em Saúde e Scientific Electronic Library Online, tendo sido considerados materiais relacionados com a Atenção Primária, Estratégia de Saúde da Família e Agentes Comunitários de Saúde. Por fim, a proposta do plano de ação utilizou a metodologia do Planejamento Estratégico Situacional. A implantação dessa proposta busca sensibilizar a gestão acerca da necessidade de contratação de mais profissionais Agentes Comunitários de Saúde e capacitar os profissionais a manterem os dados cadastrados e atualizados de sua área de abrangência, identificando a situação de saúde da população e melhorando a prestação de assistência sistematizada. Buscou-se ainda mobilização relacionada à necessidade de melhorias salariais e planos de carreira dos profissionais, diminuindo assim a rotatividade dos mesmos na equipe. É relevante também a organização dos processos de trabalho após adequação da equipe em relação a sobrecargas de trabalho e consequente insatisfação. Assim sendo a elaboração desse plano de ação buscou-se subsidiar o reconhecimento da necessidade de adequação da equipe de saúde da família “Pires da Luz” em Ubá/Minas Gerais.

Descritores: Atenção Básica; Estratégia de Saúde da Família; Agentes Comunitários de Saúde.

ABSTRACT

The main objective of elaborating an action plan to adapt the absence of Community Health Agents from the Pires da Luz Family Health Team, located in Ubá, Minas Gerais, is to propose actions and interventions that facilitate the planning of health actions. The methodology was based initially on knowing the reality of the health situation of the team in the area of comprehensiveness and for this a situational diagnosis was made by the Fast Estimate method and an active observation, analysis in the DATASUS database and interaction between the team. Next, a narrative review of the literature was carried out, with a search of the Lilacs, Virtual Health Library and Scientific Electronic Library Online databases, having been considered materials related to Primary Care, Family Health Strategy and Community Health Agents Finally, the proposal of the action plan used the methodology of Situational Strategic Planning. The implementation of this proposal seeks to sensitize the management about the need to hire more professionals Community Health Agents and to enable professionals to keep the data registered and updated in their area of coverage, identifying the health situation of the population and improving the provision of care systematized. It was also sought mobilization related to the need for salary improvements and professional career plans, thus reducing their turnover in the team. Also important is the organization of the work processes after the team's adequacy in relation to work overloads and consequent dissatisfaction. Thus, the elaboration of this action plan sought to subsidize the recognition of the need to adapt the health team of the "Pires da Luz" family in Ubá / Minas Gerais.

Descriptors: Primary Care; Family Health Strategy; Community Health Agents.

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Gráfico 1 - Número de habitantes por sexo – Ubá/MG, 2016 12 Gráfico 2 - Número de habitantes por faixa etária – Ubá/MG, 2016 13 Quadro 1 - Rede de serviços de Ubá/MG 14 Quadro 2 - Classificação de prioridade para os problemas identificados no diagnóstico da comunidade adscrita à equipe de Saúde Pires da Luz, Unidade Básica de Saúde Pires da Luz, município de Ubá, estado de Minas Gerais

Quadro 3 - Operações sobre o “nó crítico 1” relacionado ao problema “Ausência do número correto de ACS na ESF Pires da Luz”, do município Ubá, estado de Minas Gerais

Quadro 4 - Operações sobre o “nó crítico 2” relacionado ao problema “Ausência do número correto de ACS na ESF Pires da Luz”, do município Ubá, estado de Minas Gerais

Quadro 5 - Operações sobre o “nó crítico 3” relacionado ao problema “Ausência do número correto de ACS na ESF Pires da Luz”, do município Ubá, estado de Minas Gerais

SUMÁRIO

  • 1 INTRODUÇÃO
  • 1.1 Aspectos gerais do município.....................................................................
  • 1.2 Aspectos gerais da comunidade
  • 1.3 O sistema municipal de saúde
  • 1.4 A Unidade Básica de Saúde Pires da Luz
  • 1.5 A Equipe de Saúde da Família Pires da Luz
  • 1.6 Estimativa rápida: problemas de saúde do território e da comunidade
  • intervenção 1.7 Priorização dos problemas – a seleção do problema para plano de
  • 2 JUSTIFICATIVA............................................................................................
  • 3 OBJETIVOS...................................................................................................
  • 3.1 Objetivo geral
  • 3.2 Objetivos específicos
  • 4 METODOLOGIA
  • 5 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
  • 5.1 Atenção Básica
  • 5.2 ESF – Estratégia Saúde da Família
  • 5.3 Agentes Comunitários de Saúde
  • 5.4 Perfil do Agente Comunitários de Saúde na comunidade
  • 5.5 Abordagem da comunidade na visita domiciliar
  • 6 PLANO DE INTERVENÇÃO..........................................................................
  • 6.1 Descrição do problema selecionado
  • 6.2 Explicação do problema selecionado
  • 6.3 Seleção dos nós críticos.............................................................................
  • 6.4 Desenho das operações.............................................................................
  • 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
  • REFERENCIAS

Já o gráfico 2 possibilita avaliar a população segundo sua faixa etária, onde o número maior de pessoas se concentra na faixa etária de 20 a 49 anos, seguido por pessoas maiores de 60 anos.

Fonte: IBGE ( 2016 ).

Na área da saúde o município conta com o A.B.C. (Hospital Santa Isabel), o Hospital São Vicente de Paulo, Hospital Regional da FHEMIG - Colônia Padre Damião, Hospital São Januário, Hospital do Núcleo Regional de Voluntários de Combate ao Câncer, SAMU e ainda 21 UBS. Um dos principais problemas das unidades é a rotatividade dos médicos, mas conta também com a adesão ao Programa Mais Médicos que abrange médicos brasileiros e cubanos na cidade.

1.2 Aspectos gerais da comunidade

O bairro Pires da Luz é uma comunidade de cerca de 5.000 habitantes, localizada na Cohab de Ubá. Todas as residências possuem tratamento de esgoto e recebem água encanada. A coleta de lixo é feita três vezes na semana. Em geral as moradias são de boa qualidade, sendo somente algumas

de aspecto mais precário. Possui uma escola municipal, uma igreja católica com participação ativa da comunidade. A maioria das ruas é asfaltada sendo somente algumas com revestimento de pedra. O bairro conta com uma Equipe de Saúde da Família.

1.3 O sistema municipal de saúde

Com relação ao atendimento em saúde, o município de Ubá possui quatro hospitais em funcionamento, A.B.C. - Hospital Santa Isabel, Hospital São Vicente de Paulo, Hospital Regional da FHEMIG - Colônia Padre Damião e Hospital São Januário. Há também o Hospital do Núcleo Regional de Voluntários de Combate ao Câncer, onde funciona o núcleo regional de voluntários de combate ao câncer. E ainda, a policlínica regional, o SAMU e dezenas de clínicas médicas e odontológicas. Outro ponto importante no Sistema de Saúde de Ubá é a Vigilância em Saúde, composta por equipe de Epidemiologia, Vigilância Sanitária, Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) e Centro de Controle da Dengue. Em relação aos pontos de atenção, os mesmos estão interligados a atenção básica, secundária e terciária (IBGE, 2016). A rede de serviços do município de Ubá pode ser observada no quadro abaixo de maneira detalhada de acordo com a esfera responsável.

Quadro 1 - Rede de serviços de Ubá/MG O tipo de gestão identifica com qual esfera de governo o estabelecimento mantem contrato ou convenio para prestação de serviços ao SUS, faturados para pagamentos com recursos do Bloco MAC, transferidos pelo Ministério da Saúde aos Fundos Municipais (FMS) ou Estaduais de Saúde (FES). Estabelecimentos classificados como Gestão Dupla, no que se refere à gestão do recurso federal do Bloco de Financiamento da Média e Alta Complexidade (Bloco MAC), estão sob a gestão estadual e que podem também realizar procedimentos de Atenção Básica, para atendimentos à população própria. Conforme dados gerados pelo SARGSUS, para a elaboração do RAG, o percentual de tipos de estabelecimentos estão distribuídos da seguinte forma: 1 Central de Gestão em Saúde: Secretaria Municipal de Saúde;

GESTÃO DUPLA (MUNICIPAL E ESTADUAL): 19,30% - 11 UNIDADES

1 Central de Saúde/Unidade Básica: Presídio; 2 Clínicas/Centro de Especialidade: Centro de Especialidades Odontológicas – CEO II e Clínica de Fisioterapia Reabilitar; 4 Hospitais Gerais: Hospital São Vicente de Paulo, Hospital Santa Isabel, Hospital São Januário e Casa de Saúde Padre Damião (FHEMIG); 1 Policlínica Regional Dr. Eduardo Levindo Coelho; 1 Unidade de Apoio Diagnose e Terapia (SADT ISOLADO): Laboratório de Análises Clínicas; 2 Unidades Móveis de nível pré-hospitalar na área de urgência (SAMU). Com esses dados, podemos concluir a necessidade imediata de uma atualização no CNES, visto que a vinculação de alguns estabelecimentos não condizem com o tipo de responsabilidade sanitária (Tipo de Gestão). Fonte: Prefeitura Municipal de Ubá (2018).

1.4 A Unidade Básica de Saúde Pires da Luz

ESF Pires da Luz está situada em uma das ruas principais do bairro, que faz a ligação com o centro da cidade É uma casa alugada, adaptada para ser uma Unidade de Saúde. A casa é antiga, porém bem conservada. A ESF Pires da Luz tem 564 famílias cadastradas. A unidade possui uma população total de 2.127 habitantes sendo que 483 habitantes moram na zona rural Santa Rosa, que pertence ao bairro de Pires da Luz, além de famílias ainda não cadastradas. As reuniões com a comunidade (os grupos operativos, por exemplo) são realizados na comunidade ou no salão paroquial de uma igreja próxima à unidade, que fica um pouco distante da Unidade de Saúde. A Unidade, atualmente, está razoavelmente equipada e conta com poucos recursos para o trabalho da equipe, que funciona sem material para

atendimento à urgências, falta de acesso para cadeirantes, má ventilação da sala de procedimentos de enfermagem, que dificultam o atendimento à população.

1.5 A Equipe de Saúde da Família Pires da Luz

A equipe de profissionais da Unidade é formada por uma enfermeira, duas técnicas de enfermagem, dois agentes comunitários de saúde, três Agentes de Combate a Endemias, uma dentista, uma auxiliar odontológica, um médico da Estratégia de Saúde da Família, um médico do Programa Mais Médicos, um pediatra e um recepcionista. A equipe de trabalho encontra-se incompleta faltando quatro ACS, o que tem dificultado o trabalho para o cadastro dos usuários e visitas nas áreas descobertas e outras atividades inerentes aos agentes. O funcionamento da Unidade de Saúde da Equipe Pires da Luz é das 7:00h às 17:00 horas. No dia a dia a equipe fica ocupada com as atividades de atendimento da demanda espontânea e com consultas agendadas, como: pré-natal, puericultura, controle de câncer de mama e ginecológico, atendimento a hipertensos e diabéticos e outros.

1.6 Estimativa rápida: problemas de saúde do território e da comunidade

Inicialmente a equipe se reuniu e se organizou de forma estratégica pela pesquisa das informações, elaborando o diagnóstico situacional da comunidade. Em outra reunião cada membro explicou os problemas encontrados, suas causas e consequências e aplicando o método de estimativa rápida se definiu que os principais problemas de nossa comunidade são: DA COMUNIDADE EM GERAL (O CONTEXTO):

  • Falta de esclarecimento sobre o sistema de saúde;
  • Permanência de índices de analfabetismo;
  • Falta de saneamento básico em algumas áreas;
  • Falta de hábitos de higiene da população.

1.7 Priorização dos problemas – a seleção do problema para plano de intervenção

Para melhor compreensão do que é um problema utilizamos a definição preconizado por Campos, Faria e Santos (2010, p.27) que definem o problema “como uma discrepância entre uma situação real e uma situação desejada ou ideal, pode ser entendido como um obstáculo que impede determinado ato de alcançar seus objetivos”. Ainda acrescentam que todos os problemas precisam ser priorizados. Os autores apresentam critérios para a priorização:  Importância do problema (alta, média e baixa);  Sua urgência (numerando de acordo com a gravidade, distribuindo 1 a 10 pontos conforme sua urgência, não podendo ultrapassar 30 pontos);  A capacidade da equipe no enfrentamento (total, parcial e fora);  A viabilidade dos recursos (total, parcial, fora).

Quadro 2 - Classificação de prioridade para os problemas identificados no diagnóstico da comunidade adscrita à Equipe de Saúde Pires da Luz, Unidade Básica de Saúde Pires da Luz, município de Ubá, estado de Minas Gerais

Problemas Importância Urgência* Capacidade de enfrentamento*****

**Seleção/ Priorização****** Falta de dados descritos acerca da população de abrangência.

Alta 28 Total 2

Equipe incompleta com falta de quatro ACS.

Alta 30 Total 1

Sobrecarga de trabalhos e insatisfação dos dois ACS, bem como da equipe toda.

Alta 25 Total 3

Fonte: autoria própria (2018).

2 JUSTIFICATIVA

Nos anos 70 a política da saúde pública buscou no Brasil um novo modelo explicativo do processo saúde doença, bem como cuidado, com novos projetos de intervenção na organização dos serviços. A possibilidade de expandir a Atenção Primária à Saúde segundo o paradigma da determinação social da doença implicava organizar o sistema e os serviços de saúde em função das necessidades da população, em que a APS se colocaria como a porta de entrada ao sistema de saúde, organizado hierarquicamente (MENDONÇA; VASCONCELLOS; VIANA, 2008). Assim nos anos 90, o SUS é instituído, onde o desafio foi reformular as prioridades do Ministério da Saúde em relação à organização da APS. Passou- se, então, a organizá-la com base na integração entre a unidade de saúde e a comunidade ou entre profissionais de saúde e usuários, dentro de dado território, tendo por referência o Programa Saúde da Família, criado em 1994. Esse Programa é constituído por um modelo que visa organizar as ações e os serviços de saúde, em que o nível primário da atenção se inseriu na atenção básica dentro do SUS (BRASIL, 2012). Segundo Mendonça, Vasconcellos e Viana (2008, p. 17)

[...] desde a sua emergência observam-se mudanças nas condições de sustentação financeira e política, indicando o planejamento de sua expansão, induzido pela normatização do processo de descentralização do sistema de saúde. Além dessas propostas organizacionais, a Estratégia Saúde da Família em centros urbanos de grande porte ou mesmo nas áreas metropolitanas encontra outros desafios para a definição de políticas públicas na abordagem de temas complexos como o contexto sócio ambiental urbano e o cuidado voltado para o núcleo familiar em seu desenvolvimento e processo de adoecimento. A noção de família, sua composição, organização e estratégia de sobrevivência nas classes populares são elementos geralmente desconhecidos dos profissionais de saúde que precisam olhá-la e respeitá-la para além de seu próprio horizonte. Desde 1994, as equipes da ESF são compostas, minimamente, por um enfermeiro, um médico, um auxiliar de enfermagem, quatro a seis ACS e