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Este documento discute o projeto de melhoria dos sistemas de logística de saúde pública para fortalecer as cadeias de abastecimento de produtos farmacêuticos essenciais. Ele aborda a importância da gestão de logística na satisfação das necessidades dos clientes, a seleção de produtos, a importância do pessoal capacitado, a importância de considerar os requisitos de logística durante a seleção de produtos, e a importância de manter níveis adequados de stock. O documento também discute a importância de integrar sistemas de logística, avaliar e monitorar o sistema, e a importância de ter conhecimento e partilhar informações com fornecedores.
O que você vai aprender
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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2012 Esta publicação foi produzida pela Agência Americana para o Desenvolvimento Internacional. Foi preparada pela USAID | PROJECTO DELIVER, Task Order 1.
USAID | PROJECTO DELIVER
A USAID | PROJECTO DELIVER, Task Order 1 é financiada pela Agência Americana de Desenvolvimento Internacional, no âmbito do Contrato No. GPO-I-01-06-00007-00, com início a 29 de Setembro de 2006. A Task Order 1 é implementada pela John Snow, Inc., em colaboração com a PATH; Crown Agents Consultancy, Inc.; Abt Associates; Fuel Logistics Group (Pty) Ltd.; UPS Supply Chain Solutions; The Manoff Group; e 3 iInfotech. O projecto fortalece as cadeias de abastecimento de produtos farmacêuticos essenciais através da melhoria dos sistemas de informação de gestão de logística, simplificação de sistemas de distribuição, identificação de recursos financeiros para as aquisições e operação da cadeia de abastecimento, e melhoramento da planificação das previsões e aquisições. O projecto encoraja legisladores e doadores a prestarem assistência à logística como um factor crítico em todo o sucesso dos seus mandatos de cuidados de saúde.
Citação Recomendada
USAID | PROJECTO DELIVER, Task Order 1.2012. Manual de logística: Um Guião Prático para a Gestão da Cadeia de Abastecimento de P r odutos Farmacêuticos. Arlington, Va.: USAID|PROJECTO DELIVER, Task Order 1. Second edition (First edition 1998)
Resumo
O Manual de logística “Um Guião Prático para a Gestão da Cadeia de Abastecimento de Produtos Farmacêuticos” oferece um guião para a gestão da cadeia de abastecimento, com ênfase nos produtos farmacêuticos. Este manual será particularmente útil para os gestores de programas que concebem, gerem e avaliam os sistemas de logística para os programas de saúde. Adicionalmente, os legisladores, partes interessadas do sistema e todos os que trabalham na logística irão também achar útil uma breve visão do sistema e uma abordagem global.
Os termos e conceitos chave são claramente definidos e explicados; o documento inclui uma informação detalhada sobre o desenho e a implementação dos sistemas de informação de gestão de logística e sistemas de controlo de inventário. Breves apresentações da quantificação, processos de aquisições, bem como armazenagem, transporte e selecção de produtos, estão também inclusos.
Agradecimentos
A USAID | PROJECTO DELIVER gostaria de exprimir a sua apreciação a muitas pessoas que trabalharam no, ou contribuíram para o Manual de logística: Um Guião Prático para a Gestão da Cadeia de Abastecimento de Produtos farmacêuticos. O manual original baseou-se no curso de logística de navios, ministrado por funcionários da USAID | PROJECTO DELIVER (depois pelo pessoal do projecto de Gestão de Logística do Planeamento Familiar).
Em 1992, Barbara Felling e Walter Proper elaboraram o curso e ministraram-no ao pessoal de logística fora do projecto, pela primeira vez. A equipa de Melhoria de Desempenho do projecto elaborou o curso, através de muitas interacções e material adicional. Em 1998, para aumentar o número de participantes no curso, Barry Chovitz, um formador e elaborador de cursos desde 1992, desenvolveu o manual e liderou os esforços de transformar o extenso currículo de formação em livro escolar. Barbara Felling actualizou o manual em 2004 para reflectir o conhecimento do novo projecto. Em 2010, uma equipa de conselheiros técnicos e pessoal da USAID | PROJECTO DELIVER solicitou contribuições de equipas técnicas formais para fazer uma avaliação mais significativa e actualizada para completar os manuais, dado que foi publicado pela primeira vez em 1998. Os principais contribuintes incluíram Claudia Allers, Dana Aronovich, Jaya Chimnani, Todd Dickens, Paul Dowling, BarbaraFelling, Carolyn Hart, Alexis Heaton, Rich Owens, Leslie Patykewich, Gregory Roche, Eric Takang e Edward Wilson. A principal equipa de avaliação incluiu Lilia Gerberg, Kelly Hamblin, Erin Hasselberg, Naomi Printz e Ashley Smith. Gus Osorio concebeu o grafismo e fez a maquetização. Pat Shawkey foi a editora. Este manual baseia-se numa variedade de conhecimento e informação do pessoal de todo o projecto.
Fotografia da capa: Durante a estação chuvosa, a carroça de junta de bois é o único meio credível para obter produtos farmacêuticos nas planícies inundadas dos centros rurais de saúde, na província ocidental da Zâmbia. (USAID|PROJECTO DELIVER 2010).
USAID | PROJECTO DELIVER John Snow, Inc. 1616 Fort Myer Drive, 16th Floor Arlington,VA 22209 USA Phone: 703-528- Fax: 703-528- Email: askdeliver@jsi.com Internet: deliver.jsi.com
(^10) MANUAL DE LOGÍSTICA: UM GUIÃO PRÁTICO PARA A GESTÃO DA CADEIA DE ABASTECIMENTO DE PRODUTOS FARMACÊUTICOS
LMU Unidade de Gestão da Logística LNME Lista Nacional de Medicamentos Essenciais LSAT Ferramenta de Avaliação do Sistema de Logística M&E Monitoria e Avaliação MAPE Erro percentil absoluto médio MIS Sistema de Gestão de Informação MISAU Ministério da Saúde MOHSW Ministério da Saúde e da Acção Social NDRA Autoridade Nacional Reguladora de Medicamentos ONG Organização não-governamental OECS Organização dos Estados do Caribe Oriental OJT Formação em serviço ORS Sais para reidratação oral PAHO Organização Pan Americana de Saúde PTV Prevenção da transmissão Vertical PPS Serviços de Aquisições de Fármacos PRE Ponto de Requisição de Emergência RHCS Segurança de produtos de saúde reprodutiva RHU Unidade de saúde rural RIRV Recibo de Requisição, Envio e Recepção RIV Recibo de Requisição e Envio PPE Ponto de Prestçao de Serviços SIDA Síndroma de Imunodeficiência Adquirida SKU Unidade de armazenamento de produto SMART Especifico, Mensurável, Alcançável, Relevante e Prazo SOH Produto disponível existencias SOP Procedimentos operacionais padrão SPARHCS Caminho Estratégico para a Segurança dos Produtos de Saúde Reprodutiva STG Normas Padrão de Tratamento TARV Terapia anti-retroviral TB Tuberculose TFR Taxa de total de fertilidade TMS Sistema de gestão de transporte TOT Formação de formadores USAID Agência Americana de Desenvolvimento Internacional VEN Vital, Essencial, Necessário VMI Inventário gerido pelo vendedor VPP Aquisições conjuntas voluntárias OECS Organização dos Estados do Caribe Oriental OMS Organização Mundial de Saúde WHO Pré-qualificação de produtos WRA Mulher em idade reprodutiva
Prefácio
Um Guião Prático para a Gestão da Cadeia de Abastecimento de Produtos farmacêuticos será um valor acrescentado para qualquer pessoa que gerir os produtos farmacêuticos, desde legisladores, gestores de programas, até provedores de serviços, fiéis de armazéns, provedores de assistência técnica e parceiros do sector público-privado. Os tópicos técnicos são aplicáveis à gestão de uma variedade de produtos farmacêuticos, incluindo medicamentos essenciais, medicamentos anti-retrovirais, vacinas, contraceptivos, medicamentos anti-maláricos, testes de diagnóstico rápido de HIV, malária, tuberculose (TB) e outros.
Muitos dos conceitos descritos neste manual irão ajudar qualquer pessoa que seja responsável pelo melhoramento, avaliação, desenho e operação total ou parcial de sistemas de logística – incluindo o desenho de formulários de recolha de dados e sistemas de controlo de inventário. Oferece um guião sobre como avaliar o funcionamento de todo o sistema de logística e como continuamente o monitorar e melhorar. Este manual é o ponto de partida para qualquer pessoa interessada em aprender e compreender os princípios e conceitos chave de gestão da cadeia de abastecimento de produtos farmacêuticos.
Como Usar Este Manual
Os gestores da cadeia de abastecimento e outros irão aprender uma gama de princípios e práticas de logística. Os objectivos alistados no início de cada capítulo irão guiar o leitor na selecção de capítulos de interesse particular. A leitura do corpo principal do texto proporciona a aprendizagem dos princípios básicos de gestão da logística. O manual destaca em detalhe cada função do ciclo de logística e descreve outros princípios de sistema de logística necessários, incluindo a avaliação do estado da mercadoria, controlo de inventário e desenho de sistema.
Para aumentar a sua compreensão do material, leia as caixas de texto que providenciam uma explicação ou exemplos aprofundados. Encontrará os seguintes tipos de caixas de texto em todo o manual:
Exemplos reais de gestão da cadeia de abastecimento em acção num país
Caixas de factos com respostas a perguntas comuns
Novas inovações, avanços e tecnologia na gestão da cadeia de abastecimento dos produtos farmacêuticos
Ligações e referências a outros recursos e ferramentas e outras publicações de USAID | PROJECTO DELIVER
Exemplos ilustrativos dos conceitos gerais da cadeia de abastecimento
Como uma referência rápida, o resumo no fim de cada Capítulo faz a revisão dos objectivos do capítulo.
1 • Introdução à Logística
Objectivos
1.1 O que é a Logística?
Ao longo do tempo, a profissão de gestão da cadeia de abastecimento evoluiu para satisfazer as necessidades de mudança da cadeia global de abastecimento. De acordo com o Conselho de Gestão dos Profissionais da Cadeia de Abastecimento (CSCMP):
“A gestão da cadeia de abastecimento inclui a planificação e gestão de todas as actividades envolvidas na procura e aquisições…e todas as actividades de gestão da logística. De realçar que também inclui a coordenação e colaboração com provedores de serviços, que podem ser fornecedores, intermediários, provedores de serviços a terceiros e clientes. Na essência, a gestão da cadeia de abastecimento integra a gestão da oferta e procura no seio e entre as empresas.”
O CSCMP também define a gestão da logística da seguinte maneira:
“[A] parte da gestão da cadeia de abastecimento que planifica, implementa e controla eficiente e eficazmente o fluxo de saída e de entrada, o armazenamento dos produtos, os serviços e informação entre o ponto de origem e o ponto de consumo, com a finalidade de satisfazer as necessidades dos clientes… A gestão da logística é uma função de integração que coordena e optimiza todas as actividades de logística e integra as actividades de logística com as outras funções, incluindo marketing, produção, finanças e tecnologias de informação.” (CSCMP 2011).
Por outras palavras, pode considerar as actividades de logística como uma componente operacional da gestão da cadeia de abastecimento, incluindo a quantificação, aquisições, gestão de inventário, transporte, gestão de frota, recolha de dados e reporte. A gestão da cadeia de abastecimento inclui as actividades de logística e também a coordenação e colaboração dos trabalhadores, níveis e funções. A cadeia de abastecimento inclui fabricantes internacionais e a dinâmica de abastecimento e procura; a logística tende a focalizar mais em tarefas específicas de um determinado sistema de programa de saúde.
Este manual descreve actividades específicas de logística que são realizadas no contexto de modelo de cadeia de abastecimento integrado. Este modelo promove a colaboração e as ligações contínuas entre as actividades, níveis e pessoas responsáveis pela gestão de cadeia de abastecimento. De notar que ao longo do manual usamos os termos logística e cadeia de abastecimento de forma alternada.
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1.2 Porque a Logística é Importante
No passado, a logística era considerada uma actividade de custódia. Os fiéis de armazéns eram os responsáveis pelo produto guardado em pequenos locais ou grandes armazéns. Consequentemente, a ciência (e arte) de logística bem como as pessoas que fazem funcionar o sistema de logística de saúde, não eram consideradas uma parte importante do planeamento familiar, HIV e SIDA, ou programas de vacinação – para citar apenas alguns. Felizmente, ao longo do tempo, cada vez mais gestores compreendem como a logística é importante para o sucesso do programa.
A meta do sistema de logística da saúde é muito mais que simplesmente garantir que o produto vá até aonde deve ir. Em última instância, a meta de cada sistema de logística de saúde pública é assegurar que cada cliente obtenha os produtos com a devida segurança. A segurança dos produtos existe quando cada pessoa for capaz de obter e utilizar produtos essenciais de saúde de qualidade e sempre que os precisar. Para ter uma cadeia de abastecimento a funcionar adequadamente é também necessário assegurar o financiamento, políticas e comprometimento adequados.
As cadeias de abastecimento eficazes não só ajudam a segurança dos produtos, mas também ajudam a determinar o sucesso ou fracasso de qualquer programa de saúde pública. Tanto no sector de negócios como público, os decisores direccionam cada vez mais a sua atenção ao melhoramento da cadeia de abastecimentos porque o melhoramento da logística traz benefícios importantes e quantificáveis. As cadeias eficazes de abastecimento beneficiam os programas de saúde pública de forma importante através de:
A logística aumenta o impacto do programa Se um sistema de logística oferecer um abastecimento credível de produtos, mais pessoas são propensas a utilizar os serviços de saúde.
Os clientes sentem mais confiança no programa de saúde se este proporcionar um constante abastecimento de produtos – motiva-os a procurar e utilizar os serviços. A Figura 1.1. mostra o impacto de uma melhor disponibilidade de produtos.
Nota-se que, à medida que melhora a disponibilidade e diversidade de métodos de contraceptivos, a taxa de prevalência de contraceptivos (CPR) para o sector público aumenta. Mais mulheres utilizam a contracepção se diferentes métodos de contraceptivos estiverem disponíveis nas unidades de saúde, com impacto positivo em vários indicadores chave da saúde pública, nomeadamente: baixa a mortalidade materna e infantil e as taxas totais de fertilidade.
A logística é importante
Os programas de saúde bem abastecidos oferecem um serviço superior, o que não acontece com os programas mal abastecidos. Similarmente, os trabalhadores de saúde com meios à sua disposição podem utilizar plenamente a sua formação e perícia, melhorando directamente a qualidade dos serviços ao cliente. Os clientes são os principais beneficiários da consistente disponibilidade de produtos. Um sistema de logística eficaz ajuda a providenciar abastecimentos adequados e apropriados para os provedores de saúde, aumentando a sua satisfação, motivação e moral profissionais.
Os trabalhadores motivados são mais propensos a prestar um serviço de maior qualidade.
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1.3 Sistema de logística Ao longo da vida encontrará centenas de sistemas de logística – em restaurantes, lojas, armazéns e muitos outros lugares. Este manual descreve os sistemas de logística para os programas de saúde; porém, se compreender um simples exemplo de um sistema de logística, será capaz de compreender a maioria dos sistemas de logística de saúde.
Um restaurante é um exemplo dum simples sistema de logística.
Quais as suas expectativas quando vai a um restaurante para uma refeição?
Poderá esperar o seguinte:
Independentemente de se o sistema fornece refrigerantes, viaturas ou esferográficas; ou faz a gestão de contraceptivos, medicamentos essenciais ou outros produtos, estes seis certos são sempre aplicáveis.
Os Seis Certos de Logística
Qual é o custo certo de um bem doado? Em muitos programas de saúde, os produtos farmacêuticos são doados por parceiros de cooperação internacionais ou organizações de caridade; mas, se um artigo for doado, o sexto certo é aplicável? Sim. Mesmo que o produto seja doado, o programa poderá ser responsável pelo pagamento dos custos de outros sistemas de logística - o custo de desalfandegamento, armazenamento e transporte de produtos, bem como a recolha de dados sobre como os produtos são usados.
1 • INTRODUÇÃO À LOGÍSTICA 17
1.4 Ciclo de logística: Organização das
Actividades do Sistema de Logística
A gestão de logística inclui muitas actividades que apoiam estes seis certos. Ao longo dos anos, os logísticos desenvolveram um modelo para ilustrar as relações entre as actividades num sistema de logística, chamado de Ciclo da Logística (ver a figura1.2).
Figura 1.2: Ciclo da Logística
Poderá notar que o ciclo é circular, o que indica a natureza cíclica ou repetitiva dos vários elementos. Cada actividade – servir os clientes, selecção de produtos, quantificação e aquisições e gestão de inventário – depende de e é afectada por outras actividades.
Por exemplo, a selecção de produtos em por base servir os clientes. O que iria acontecer se, por razões médicas, seleccionássemos um produto que não é autorizado ou registado para uso num programa do país? Teríamos que rever a nossa decisão e encomendar o produto que está autorizado e registado para uso. Esta decisão iria, por sua vez, afectar as aquisições e armazenamento, duas outras actividades no ciclo da logística.
As actividades no centro do ciclo da logística representam as funções de apoio à gestão que informam e criam impacto nos outros elementos à volta do ciclo da logística.
Nas secções seguintes o leitor verá resumidamente todos os elementos ilustrados no ciclo da logística, incluindo:
M
SIGL Monitoria de “pipeline” Organização & Alocação de Pessoal Orçamento Supervisão Avaliação
1 • INTRODUÇÃO À LOGÍSTICA 19
Os logísticos acrescentaram a palavra logística no sistema de gestão de informação (MIS) para criar o sistema de gestão da informação de logística (LMIS). Os logísticos querem clarificar que a recolha de dados para a gestão de um sistema de logística é uma actividade separada da recolha de dados para os outros sistemas de informação, incluindo o sistema de gestão de informação de saúde (HMISs). Um LMIS recolhe dados sobre os produtos; esta informação é geralmente usada para actividades como encomendas de abastecimento de rotina para os estabelecimentos da saúde. Um HMIS recolhe a informação sobre o número total de pacientes vistos ou diagnosticados; os dados de um HMIS não são usados com frequência como dados de LMIS – isto é, anualmente – e são usados para diferentes fins – isto é, para avaliar o impacto do programa. Os logísticos enfatizam o uso de dados de logística para tomar decisões sobre as actividades do ciclo da logística.
Outras actividades no coração do ciclo da logística
As outras actividades ajudam a conduzir ou apoiar o ciclo da logística; elas são o coração de sistema de logística em bom funcionamento. Estas actividades incluem:
Organização e provimento de pessoal. Um sistema de logística só pode funcionar se tiver pessoal bem formado e eficaz a monitorar os níveis de mercadoria, a fazer as encomendas e a providenciar produtos aos clientes. Os programas de saúde atribuem recursos apropriados para que os trabalhadores efectuem as actividades de logística (por exemplo, autoridade de supervisão e conhecimento técnico). De facto, alguns países estabeleceram unidades nacionais de gestão de logística que analisam os dados de logística e providenciam retroalimentação (“feedback”) em todo o sistema. A organização e o provimento de pessoal, assim, são partes importantes do ciclo. Para o sistema de logística funcionar correctamente, os trabalhadores de logística devem ter como prioridade de topo os seis certos.
Orçamento. A alocação e gestão das finanças afectam directamente todas as partes do ciclo da logística, incluindo as quantidades de produto a adquirir, o espaço disponível de armazenamento, o número de viaturas necessárias e o número de trabalhadores afectos. A mobilização de recursos e a garantia de uma rubrica orçamental para os produtos farmacêuticos e actividades de logística, são extremamente importantes para assegurar que os produtos sejam disponibilizados e que o sistema de logística funciona eficazmente. Para projectar os recursos necessários, os gestores da cadeia de abastecimento devem primeiro avaliar os custos esperados nos diferentes níveis do sistema de logística. Para tal devem considerar o custo de armazenamento, transporte e gestão; e determinar a porção destes custos que cada grupo irá cobrir (isto é, o Ministério da Saúde, doadores, organizações não-governamentais [ONGs],etc.).
Supervisão. A supervisão dos trabalhadores afectos ao sistema de logística mantém-nos em correcta actividade e ajuda a antecipar as mudanças necessárias. Uma supervisão rotineira e eficaz, conjugada com a formação-em-exercício em logística ajuda a prevenir e resolver os problemas de abastecimento e os constrangimentos de recursos humanos.
Monitoria e avaliação. A monitoria rotineira e a avaliação periódica das actividades em carteira e dos sistemas de logística ajudam a demonstrar até que ponto o sistema está com bom desempenho, as áreas que podem ser melhoradas bem como o impacto do sistema na provisão do serviço.
Na Zâmbia, Lusaka, a Unidade Nacional de Gestão de Logística (LMU) participa no armazém nacional de Medical Stores Limited. Esta equipa de seis, todos trabalhadores da Medical Stores Limited, trabalha diariamente muito para introduzir os dados de logística na base de dados de gestão da logística de informação e para providenciar relatórios mensais para os sistemas de logística de anti-retrovirais, kits de testes de HIV e produtos laboratoriais.
(^20) MANUAL DE LOGÍSTICA: UM GUIÃO PRÁTICO PARA A GESTÃO DA CADEIA DE ABASTECIMENTO DE PRODUTOS FARMACÊUTICOS
Monitoria de qualidade É importante compreender o papel da monitoria de qualidade em assegurar um sistema de logística eficaz e eficiente. No ciclo da logística, notar como a monitoria de qualidade aparece entre cada actividade do ciclo de logística. A monitoria de qualidade refere não apenas à qualidade do produto, mas também à qualidade do trabalho.
A monitoria de qualidade aparece quatro vezes no ciclo da logística:
Entre a Selecção do Produto e a Quantificação e Aquisições. A monitoria de qualidade desempenha um papel importante na quantificação e aquisição dos produtos certos, com base na correcta selecção. Os produtos que são quantificados devem estar na lista nacional de medicamentos essenciais (EML), serem aprovados e registados para uso no país e estar incluídos nas normas padrão de tratamento (STGs) apropriadas. Os provedores de serviços devem também ser treinados para usar correctamente os produtos antes da sua aquisição e distribuição para os estabelecimentos.
Entre a Quantificação e “Procurent” e a Gestão de Inventário. As decisões de “procurement” devem ser baseadas no plano de fornecimento que é desenvolvido durante a quantificação. Para assegurar a qualidade de produto, os documentos de “procurement” devem incluir as especificações do produto e de empacotamento e as expectativas de qualidade no momento da recepção. Depois do “procurement”, os gestores do programa devem verificar a qualidade dos produtos farmacêuticos antes de estes entrarem no sistema de distribuição. Os produtos que são adquiridos devem ser rapidamente desalfandegados antes de serem enviados para os armazéns.
Entre a Gestão de Inventário e Servir os Clientes. É importante monitorar a qualidade dos produtos quando são recebidos, armazenados e distribuídos (e quando os clientes os recebem). A qualidade das condições de armazenamento e dos mecanismos de transporte também devem ser monitorados. O sistema de controlo de inventário deve ser desenhado para que os clientes possam receber os produtos que necessitam, no momento que precisam.
Entre Servir os Clientes e a Selecção de Produtos. O programa deve continuar a monitorar a qualidade depois de os clientes receberem os produtos. Os programas devem determinar se os clientes estão satisfeitos com a qualidade dos produtos e do serviço recebido. Os trabalhadores de saúde devem aderir às Normas Padrão de Tratamento ao atender os clientes; devem também conduzir a vigilância de fármacos. A monitoria de qualidade do produto e do serviço é crítica para o sucesso das acções conducentes à utilização apropriada dos produtos. Os clientes devem usar correctamente os produtos que recebem e estar satisfeitos com eles e com o serviço que receberam. Os resultados de monitoria da satisfação do cliente podem ser usados para informar os decisores sobre mudanças e efectuar na selecção de produtos para o próximo ciclo de aquisições. Lembrar que servir o cliente é o objectivo principal do ciclo da logística e que tal significa obter os produtos certos para esses clientes.
A monitoria de qualidade é discutida com mais detalhe ao longo deste manual. Mecanismos de garantia de qualidade devem ser instituídos em toda a cadeia de abastecimento para satisfazer os seis certos e assegurar que os clientes recebem os produtos certos, nas condições certas.
Política e adaptabilidade Dois factores adicionais – política e adaptabilidade – relacionam-se directamente com o sistema de logística.
Política. Os regulamentos e os procedimentos do governo afectam todos os elementos do sistema de logística. Muitos governos nacionais estabeleceram políticas sobre a selecção de produtos farmacêuticos (geralmente baseadas em listas de medicamentos essenciais), sobre o processo de “procurement” (por exemplo, licitação internacional ou usando fabricantes predeterminados); quando os artigos são distribuídos; onde e como os produtos são armazenados; e as quantidades que os clientes recebem (muitas vezes chamados protocolos de dispensa ). As políticas fiscais e orçamentais são frequentemente as políticas que mais influenciam e afectam um sistema de logística, seja para assegurar financiamento para