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A importância da literatura como fonte histórica, destacando a relação entre a história cultural e a produção literária. Aborda a historicidade da literatura, a construção de narrativas e a representação da realidade social em obras literárias, além de discutir a importância de analisar o contexto social e cultural em que a obra foi produzida. O documento também discute a necessidade de considerar o cânone literário e as diferentes formas de apropriação dos textos.
Tipologia: Teses (TCC)
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O campo da História da Educação, sobretudo o estudo de fontes históricas relacionadas a esse campo, está cada vez mais sendo pesquisado no cenário acadêmico. Dentro dessas fontes, podemos citar os documentos textuais como as cartas, ofícios, relatos, vestígios arqueológicos e as representações pictóricas. Segundo Costa, Fabiano e Melo (2010) a Sociedade Brasileira de História da Educação tem dado cada vez mais destaque para o papel do historiador da educação no que diz respeito a como essas pesquisas são feitas através das suas fontes. Além disso, os autores mencionam que elas requerem uma atenção muito especial, pois com a sua ausência a cientificidade nas pesquisas é quase inexistente. Um tipo de fonte que não foi citada por ter causado muita controvérsia nas últimas décadas é a Literatura, porém, atualmente ela pode ser considerada um material com inúmeras riquezas de significados, múltiplas leituras e passível de interpretação e análise. O texto literário, mesmo ainda sendo considerado por muitos historiadores como um tipo especial de fonte, ou muitas vezes não aceito como fonte, pode ser considerado um documento relevante para pesquisas visto que a Literatura não se desvincula do meio social, pelo contrário, ela passa a formar e compor a arte ficcional ainda que nas entrelinhas, e consequentemente na História bem como a História da Educação. Ao pensarmos na Literatura e no contexto social, é notório a sua grande e profunda ligação - temos uma expressão de arte como uma importante fonte histórica e instrumento para estudos da atualidade. Segundo Candido (2006) há uma enorme notabilidade do aspecto social para o texto literário: Com efeito, entendemos por literatura, neste contexto, fatos eminentemente associativos; obras e atitudes que exprimem certas relações dos homens entre si, e que, tomadas em conjunto, representam uma socialização dos seus impulsos íntimos. Toda obra é pessoal, única e insubstituível, na medida em que brota de uma confidência, um esforço de pensamento, um assomo de intuição, tornando-se uma "expressão". A literatura, porém, é coletiva, na medida em que requer uma certa comunhão de meios expressivos (a palavra, a imagem), e mobiliza afinidades profundas que congregam os homens de um lugar e de um momento, para chegar a uma "comunicação". (Cândido, p. 147) Concordamos com Cândido quando ele disserta sobre a Literatura representar os impulsos mais íntimos de um homem, porém é também coletiva quando mobiliza as afinidades desses homens. Tais pensamentos nos fazem pensar a Literatura como individual e ficcional,
mas também coletiva e parte refletida da sociedade. Segundo Lopes e Galvão, a História da Educação tem crescentemente estabelecido relações com outros campos da história. Assim, as autoras ressaltam a importância da não singularidade desses estudos, portanto, ao contrário de uma “História da Educação” há “Histórias da Educação.”. Ainda segundo as autoras, a literatura é uma rica fonte para esse campo, pois pode oferecer uma riqueza de detalhes que muitas vezes são ignorados pela historiografia que faz somente o uso de documentos oficiais como fontes. Nesse universo mais amplo de fontes está a literatura. Pouco usada pela História em geral, sua exploração, embora tenha que ser submetida a determinadas regras que são tanto da História quanto da própria Literatura, pode permitir a descoberta de mundos completamente diferentes daqueles exibidos por outro tipo de texto escrito. (Lopes, Galvão, 2001. p. 85) Ao relacionarmos as ideias de Cândido, Lopes e Galvão podemos perceber como a literatura poderá ser uma fonte de pesquisa e nos direcionar a um contexto histórico específico da sociedade, bem como o suporte metodológico para que consigamos relacionar as representações de professores na década de 30 em obras literárias, especificamente “São Bernardo”, do Graciliano Ramos e “Cazuza”, de Viriato Corrêa. Em sua obra Tempo e Narrativa, o filósofo Paul Ricoeur disserta sobre uma espécie de tratado hermenêutico da relação entre tempo e narrativa. Ele irá dividir a obra em três tomos, e no terceiro, intitulado O entrecruzamento da História e da Ficção (tomo III), Ricoeur nos fala sobre como a história e a ficção trabalham sobre um mesmo material: a leitura e seu ato de refigurar o tempo. Segundo Ricoeur: [...] Ora, esses empréstimos tomados à história pela literatura não poderiam ser confinados ao plano da composição, portanto, no momento de configuração. O empréstimo diz respeito também à função representativa da imaginação histórica: aprendemos a ver como o trágico, como cômico etc. determinado encadeamento de acontecimentos. [...] A mesma obra pode, assim, ser um grande livro de história e um admirável romance. O espantoso é que esse entrelaçamento da ficção à história não enfraqueça o projeto de representância dessa última, mas contribua para a sua realização. (Ricoeur, 1997, p.317).
[...] explicar o presente, inventar o passado e imaginar o futuro. São ambas as formas de representar inquietudes e questões que mobilizam os homens em cada época de sua história e, nesta medida, possuem um público destinatário e leitor. A literatura permite o acesso à sintonia fina ou ao clima de uma época, ao modo pelo qual as pessoas pensavam o mundo, a si próprias, quais os valores que guiavam seus passos [...]. Ela representa o real, ela é fonte privilegiada para a leitura do imaginário. (Pesavento, 2012, p. 81- 82) Pesavento também aborda que a Literatura pode ser instrumento para a abertura de um olhar mais atento a outras fontes e contribuir para algo que o historiador ainda não viu, pois ela possui a possibilidade de multiplicidades leitoras. “[...] diante do “efeito de real” fornecido pelo texto literário que consegue fazer seu leitor privilegiado — no caso, o historiador, com o seu capital específico de conhecimento — divisar sob nova luz o seu objeto de análise, numa temporalidade passada” (Pesavento, 2006, p. 6). Portanto, pesquisar a literatura como fonte histórica, bem como representações de professores através dessa fonte contribui para a percepção de um novo olhar sobre o ensino da época, além de perceber como o movimento de busca da educação da época pode ser transformador e como pode estar interligado nos processos humanos e de serem uma contribuição para avanços de estudos atuais. De acordo com Valdeci Rezende Borges, em seu artigo intitulado “História e Literatura: Algumas considerações”, partindo do pressuposto de que a história é uma representação do passado bem como toda fonte documental para produzi-la, torna-se necessário refletirmos sobre as relações estabelecidas entre a história e a literatura, além de concepções metodológicas sobre as possibilidades das fontes literárias em pesquisas históricas. (Borges, 2010, p. 94) A História Cultural tem olhado sobre os diversos tipos de textos para a reflexão sobre a escrita, linguagem e leitura. Valdeci remete a Duby para aprofundar que a história cultural, dentro de certo contexto social, estuda os “mecanismos de produção dos objetos culturais”, ou seja, há um sentido amplo que vincula em obras literárias ou não, sejam elas reconhecidas ou não. A autora enfoca esses mecanismos de produção com as suas intencionalidades, além da dimensão estética, da intertextualidade e os mecanismos de produção forma como a obra é recebida pelo leitor. Para justificar essa teoria, Chartier (1990, p. 27) explica que o termo “apropriação” é enxergado como “a maneira de usar produtos culturais” e de “re-escritura”, que ocorrerá nas diferenças e transformações sofridas pelos textos quando são adaptados às expectativas do leitor.
Ao pensarmos nas narrativas, sejam elas históricas ou literárias, há a construção acerca da realidade e assim na compreensão da produção e recepção dos textos, juntamente com a escrita, a linguagem e a leitura existe uma intermediação entre o produtor e receptor, o que irá articular a comunicação e as representações. Dessa forma, devemos considerar essas instâncias na elaboração no que se diz respeito à elaboração do conhecimento histórico que será composta pela leitura, escrita e o próprio texto. Na instância da escrita, podemos pensar que o historiador irá voltar-se para o autor, ou seja, haverá a reflexão sobre quem escreveu, de onde escreveu e que linguagem é usada. Já no texto em si torna-se indispensável analisarmos sobre o que se fala e com quem se fala, pois ao tratarmos a recepção desse texto diante a um leitor ou grupo de leitores haverá a expectativa de quem receberá esse texto, desde os seus benefícios de acordo com cada leitor ou até mesmo certa resistência ao ler aquele texto. (Pesavento, 2004, p. 69-
Porém, quando nos deparamos com o documento como monumento, Le Goff (1990, p. 545), ou seja, “produto da sociedade que o fabricou segundo as relações de força que a detinham”, haverá a necessidade de uma reflexão por parte do historiador pois é necessário que ele perceba as condições históricas da produção de determinado texto, o lugar social em que ele foi produzido, como se produziu e quais foram as intenções do autor, além disso é indispensável pensarmos nas formas de poder que atravessaram a produção do texto e o seu produto. Assim, se todo monumento é documento, caberá ao historiador saber como esse documento foi produzido, a linguagem que foi utilizada e quais serão as finalidades e intencionalidades. Segundo Chartier, todo documento, seja ele literário ou não, é uma representação do real pois ele irá se apreender e não pode se desvincular da realidade em que o texto é construído, mas com algumas regras próprias a depender de cada gênero textual e na “historicidade de sua produção e na intencionalidade da sua escrita.” (Chartier, 1990, p. 62-3). Assim, todo tipo de texto possui uma linguagem própria de acordo com o contexto que foi construído e terá sua própria forma de produção respeitando regras no meio que será inserido, ao veículo que fará parte e ao receptor que irá recebê-lo. Diante de tais teorias, para essa pesquisa, contextualizar as obras literárias com as quais iremos trabalhar torna-se indispensável, pois é necessário verificarmos o lugar em que elas foram produzidas, as linguagens que foram usadas, a história dos autores, a sociedade que
disso, a literatura irá se apropriar não somente do passado, mas de técnicas de disciplinas históricas e de documentos para criar certo efeito da realidade. (Chartier, 2009, p. 24-5, 27-8) Dessa forma, torna-se indispensável refletirmos sobre as características das inúmeras formas de ficção, das relações que o autor e a escola literária estabelecem com a realidade definindo tal representação. A forma como o texto se estabelece, desde a prosa até a poesia e/ou o conto, envolve características próprias, inclusive na maneira de tratar certas questões propostas pela sociedade. De acordo com Chartier (2002) ao pensarmos em um projeto de história literária, o historiador terá a maestria de também pensar como historiador e assim irá conseguir analisar os textos de acordo com a História Cultural a qual surgiu no Movimento dos Annales como mencionado nesta dissertação, sendo assim, Chartier menciona: Uma história da literatura é, pois, uma história das diferentes modalidades da apropriação dos textos. Ela deve considerar que o ‘mundo do texto’, usando os termos de Ricoeur, é um mundo de objetos e de performances cujos dispositivos e regras permitem e restringem a produção do sentido. Deve considerar paralelamente que o ‘mundo do leitor’ é sempre aquele da ‘comunidade de interpretação’ (segundo expressão de Stanley Fish) à qual ele pertence e que é definida por um mesmo conjunto de competências, de normas, de usos e de interesses. O porquê da necessidade de uma dupla atenção: à materialidade dos textos, à corporalidade dos leitores. (Chartier, 2002, p.255,257) Essa concepção de um projeto de história literária irá abranger um maior campo intelectual, principalmente dos estudos culturais, lembrando que cada discurso será designado para espaços sociais específicos, irão ter objetivos próprios e hierarquias, portanto, cabe à história realizar a especificidade da literatura, levar em conta as fronteiras existentes de acordo com a época, os lugares e o que é ou não é literatura. Além disso, é necessário se atentar a critérios que irão definir a literalidade em distintos períodos, conhecer os dispositivos que vão assegurar as obras canônicas e as noções de autor, obra, livro, escritura e materialidade. (Chartier, 2002, p. 258) Para Pesavento (2004, p.83), o historiador deve considerar o tempo em que o livro foi escrito, mesmo que ele fale do passado ou do futuro, além de em qual época o autor se situa. Para Candido (1985), a abordagem do texto literário deve ser intrínseca da própria obra, o seu conteúdo, quais temáticas a obra irá englobar, sua forma, dimensão e estética. Em relação ao extrínseco, segundo o autor, é necessário que compreendemos o contexto social em que tal obra
é escrita, nas relações históricas, sociais e culturais, em qual contexto aquele texto literário foi elaborado, a linguagem, a escola e o movimento que obra faz parte, seus significados e se possuem sentidos de aceitação ou rejeição em certo ambiente e tempo. Assim, utilizar a Literatura como documento histórico é necessário que levemos em conta o cânone literário que pertencerá a tal tipo de escrita e que foi considerado à sua avaliação, visto que a importância de um texto literário não é absoluta, e caberá ao historiador recorrer aos grandes nomes da literatura, ou àqueles considerados pela crítica como menores. Vale ressaltar que reconhecer tais regras que foram estabelecidas pelos intelectuais da cultura e esse processo de reconhecimento diante ao produtor e ao produto, prestigiando-os ou não, irá explicitar o regimento do texto e enobrecer as aproximações e/ou distanciamentos que tais textos irão possuir em relação à realidade que irão representar. (Pesavento, 2004, p.84; Bourdieu, 1992, p. 183-202). Chartier (2002) argumenta que a historicidade da Literatura tem por consequência o que as obras mantêm com o mundo social, isso fez com que alguns historiadores reduzissem os textos literários a um estatuto documental, porém, é necessário que haja o trabalho sobre as variações e representações literárias em relação às realidades sociais que elas representam, assim, deslocando-se sobre o registro da fábula e da ficção: Variações entre a significação e a interpretação corretas, tais como a fixam a escritura, o comentário ou a censura, e as apropriações plurais que, sempre inventam, descolocam, subvertem. Variações, enfim, entre as diversas formas de inscrição, de transmissão e de recepção das obras. (Chartier, 2002, p. 258-9) Ao defender a construção desse novo espaço intelectual em que as obras são inscritas em sistemas que as restringem, mas que também se torna possível a sua produção, Chartier também argumenta: Produzidas em uma ordem específica, as obras escapam dela e ganham existência sendo investidas pelas significações que lhe atribuem, vezes na longa duração, seus diferentes públicos. Articular a diferença que funda (diversamente) a especificidade da literatura e as dependências (múltiplas) que a inscrevem no mundo social: esta é, a meu ver, a melhor formulação do necessário encontro entre a história da literatura e a história cultural (Chartier, 2002, p.259) Essa abordagem, porém, deve compreender o contexto particular de cada leitor, do ouvinte ou espectador, além dos efeitos de sentido da própria escrita, as categorias e relações de cada comunidade de acordo com os diferentes discursos. É necessário analisar cada abordagem
exemplo formas de agir, de pensar, de sentir, de se relacionar, próprias de um determinado tempo e espaço ou de um grupo social. Assim, seja a literatura expressada em gêneros de romances, contos ou crônicas, ela irá apresentar uma composição poética do real que se impõe como “uma categoria especial para a história cultural de uma sociedade.” (Borges, 2010, p.108) Referências Bibliográficas: COSTA Célio Juvenal, FABIANO Luiz Hermenegildo e MELO José Joaquim Pereira: Fontes e métodos em história da educação. Grande Dourado. 2010. CÂNDIDO, Antônio. Literatura e Sociedade_._ 9ª ed. Rio de Janeiro: Ouro sobre azul. 2006. CHARTIER, Roger. A história cultural: entre práticas e representações. Lisboa: Difel, 1990. BARROS, José D’Assunção. O campo da história: especificidades e abordagens.Petrópolis, RJ: Vozes, 2004. BOURDIEU, Pierre. A economia das trocas simbólicas. São Paulo: Perspectiva, 1992. BORGES, Valdeci Rezende. História e literatura: algumas considerações. Revista de Teoria História-Journal of Theory of History, v. 3, n. 1, p. 94-109, 2010. CHALHOUB, Sidney;PEREIRA, Leonardo Affonso de M. Apresentação In:CHALHOUB, Sidney; PEREIRA, Leonardo Affonso de M. (org.) A história contada:capítulos de História social da Literatura no Brasil. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,1998. p. 7-13. CHARTIER, Roger. A história cultural: entre práticas e representações. Lisboa: Difel,1990. CHARTIER, Roger. Cultura escrita, literatura e história. Porto Alegre: Artmed,
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