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Lipidose Hepática Felina: Acúmulo de Lipídeos nos Hepatócitos, Trabalhos de Medicina Veterinária

Iniciação científica apresentada na Faculdade Campo Real

Tipologia: Trabalhos

2019

Compartilhado em 12/09/2019

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alexandra-lana-dalle-cort-1 🇧🇷

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LIPIDOSE HEPATICA FELINA - FATORES QUE PODEM OCASIONAR O
ACÚMULO DE LIPÍDEOS NOS HEPÁTÓCITOS
DALLE CORTE, Alexandra Lana
1
BARBOSA, Rogério
2
FRANÇA, Moana Rodrigues
3
RESUMO: A Lipidose Hepática Felina é uma das doenças que mais atingem o
fígado dos felinos domésticos. O estudo e conhecimento dessa patologia se faz
importante pois auxilia no diagnóstico, escolha do tratamento e garantia me melhor
qualidade de vida e probabilidade de cura dos animais acometidos. O presente
trabalho tem por objetivo fazer uma revisão bibliográfica para melhor compreensão
das causas dessa patologia.
Palavras-chave: Metabolismo. Gato. Fígado.
1 INTRODUÇÃO
A Lipidose Hepática Felina (LHF) é o acúmulo severo de gordura
(triglicerídeos) nos hepatócitos que resulta em redução da funcionalidade do órgão.
Dentre as patologias hepáticas que acometem felinos domésticos a LHF é uma das
mais frequentemente encontradas, está associada a insuficiência hepática e pode
ser letal. (CENTER et al., 2005).
Essa patologia acomete felinos de todas as idades e raças, mas tem
predominância em fêmeas (GOLDSTEIN, 2016). A LHF normalmente ocorre após
longos períodos de anorexia (especialmente em animais com histórico de
obesidade) ou estresse, como mudança e introdução de novos animais no ambiente
(KHAN, 2013). Caso não seja feito diagnóstico e tratamento adequado a LHF pode
levar a morte mais de 90% dos gatos acometidos (GOLDSTEIN, 2016).
Esta revisão bibliográfica tem como objetivo a apresentação das
características de uma das doenças que mais acometem os felinos. Visamos
também ressaltar a importância do conhecimento sobre a LHF rotina clínica pois a
identificação dessa patologia de uma maneira rápida e eficiente é o que irá
determinar o prognóstico do paciente.
2 DESENVOLVIMENTO
1
Acadêmica do curso de Medicina Veterinária, 4º período, Centro Universitário Campo Real.
2
Acadêmico do curso de Medicina Veterinária, 4º período, Centro Universitário Campo Real.
3
Doutora em Ciências, Centro Universitário Campo Real, prof_moanafranca@camporeal.edu.br
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LIPIDOSE HEPATICA FELINA - FATORES QUE PODEM OCASIONAR O

ACÚMULO DE LIPÍDEOS NOS HEPÁTÓCITOS

DALLE CORTE, Alexandra Lana 1 BARBOSA, Rogério 2 FRANÇA, Moana Rodrigues^3

RESUMO: A Lipidose Hepática Felina é uma das doenças que mais atingem o fígado dos felinos domésticos. O estudo e conhecimento dessa patologia se faz importante pois auxilia no diagnóstico, escolha do tratamento e garantia me melhor qualidade de vida e probabilidade de cura dos animais acometidos. O presente trabalho tem por objetivo fazer uma revisão bibliográfica para melhor compreensão das causas dessa patologia.

Palavras-chave: Metabolismo. Gato. Fígado.

1 INTRODUÇÃO

A Lipidose Hepática Felina (LHF) é o acúmulo severo de gordura (triglicerídeos) nos hepatócitos que resulta em redução da funcionalidade do órgão. Dentre as patologias hepáticas que acometem felinos domésticos a LHF é uma das mais frequentemente encontradas, está associada a insuficiência hepática e pode ser letal. (CENTER et al., 2005). Essa patologia acomete felinos de todas as idades e raças, mas tem predominância em fêmeas (GOLDSTEIN, 2016). A LHF normalmente ocorre após longos períodos de anorexia (especialmente em animais com histórico de obesidade) ou estresse, como mudança e introdução de novos animais no ambiente (KHAN, 2013). Caso não seja feito diagnóstico e tratamento adequado a LHF pode levar a morte mais de 90% dos gatos acometidos (GOLDSTEIN, 2016). Esta revisão bibliográfica tem como objetivo a apresentação das características de uma das doenças que mais acometem os felinos. Visamos também ressaltar a importância do conhecimento sobre a LHF rotina clínica pois a identificação dessa patologia de uma maneira rápida e eficiente é o que irá determinar o prognóstico do paciente.

2 DESENVOLVIMENTO

(^1) Acadêmica do curso de Medicina Veterinária, 4º período, Centro Universitário Campo Real. (^2) Acadêmico do curso de Medicina Veterinária, 4º período, Centro Universitário Campo Real. (^3) Doutora em Ciências, Centro Universitário Campo Real, prof_moanafranca@camporeal.edu.br

2.1 MATERIAIS E MÉTODOS

Este trabalho foi realizado a partir de consultas realizadas em livros do acervo da Faculdade Campo Real e também por meio de pesquisas bases de dados online, scielo, birene, google acadêmico, entre os meses de Abril a Junho de 2018.

2.2 REVISÃO DE LITERATURA

2.2.1 PATOFISIOLOGIA

A ocorrência de LHF se deve a características felinas de evolução, gatos possuem metabolismo lipídico e proteico adaptados, por serem estritamente

carnívoros (VERBRUGGHE; BAKOVIC, 2013).

Aparentemente a obesidade, que pode estar associada a resistência a insulina, é um fator que predispõe os animais a LHF, principalmente durante privação alimentar, pois aumenta a disponibilidade de ácidos graxos na corrente sanguínea em períodos de redução na ingestão de alimentos (HOENIG et al., 2007). Até o momento, a patogenia da LHF não foi completamente descrita, mas sabe-se que as particularidades do metabolismo lipídico dos felinos são fatores predisponentes para a ocorrência desta patologia. Diferentemente de outros mamíferos, os felinos possuem limitação na atividade das enzimas que catalisam as reações para síntese de ácido aracdônico a partir de ácido linoleico e ácido eicosapentaenoico e ácido docosahexaenoico a partir de ácido α-linolenico (PAWLOSKY, BARNES E SALEM, 1994). Cerca de 50% dos gatos diagnosticados com a LHF apresentam outra patologia associada. Desta forma, a LHF dificilmente é encontrada como afecção primária e apenas é denominada como “primária” ou “idiopática” quando não é possível diagnosticar outro estado patológico. A anorexia ocorre pela diminuição do apetite do animal por várias razões, entre elas: o diabete melito, pancreatite, tumores e estresse. Nesse caso é denominada como Lipidose Hepática Felina secundária (GOLDSTEIN, 2016).

A anorexia leva à deficiência de aminoácidos essenciais para a oxidação de ácidos graxos, com isso não ocorrerá da maneira adequada a biotransformação dos ácidos graxos em triglicerídeos, e acarretará no acúmulo de lipídeos nos hepatócitos. (DUARTE SILVA, 2016).

2.4 DIAGNÓSTICO

O diagnóstico pode ser realizado pelo histórico detalhado do paciente acrescido de exames complementares (DUARTE SILVA, 2016). Ao exame físico o animal poderá apresentar sinais como anorexia, perda de peso, letargia, vômito, icterícia, salivação excessiva, cegueira, semicoma ou coma e convulsões (GLODSTEIN, 2016). A análise citopatológica do fígado pode revelar a LHF quando for detectada a presença de vacúolos em mais de 80% dos hepatócitos. (DUARTE SILVA, 2016). Os padrões de exames exames bioquímicos séricos para LHF são enzimas ALT (alanina amino transferase) e AST (aspartato amino transferase) aumentadas, a fosfatase alcalina (FA) muito elevada, a gama glutamil transferase (GGT) normal ou levemente alterada. O aumento de colesterol, creatinina, hiperglicemia, hipocalemia também podem indicar a Lipidose Hepática Felina (FERREIRA; MELLO, 2003 apud ANDRADE RODRIGUES, 2009). Também pode ser verificada hepatomegalia e fígado hiperecogênico, homogêneo e difuso através de exames ultrassonográficos (DUARTE SILVA, 2016).

2.5 DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

Doenças que devem ser diferenciadas da lipidose hepática felina são o hiperadrenocorticismo, a infecção por Platinossomum concinnum , a peritonite infecciosa felina, a hepatopatia tóxica aguda, a imunodeficiência felina, a toxoplasmose, a leucemia felina, a septicemia e o hipertireoidismo. (FERREIRA; MELLO, 2003 apud ANDRADE RODRIGUES, 2009).

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A Lipidose Hepática Felina é uma enfermidade frequente em felinos. Animais com LHF possuem prognóstico favorável, desde que a patologia seja diagnosticada precocemente e tratada corretamente. Raramente os pacientes acometidos apresentam recidiva ou sequelas da doença É necessário que o tutor esteja sempre atento a mudanças abruptas na alimentação e no estado físico do animal e assim que mudanças forem notadas o animal deverá ser encaminhado ao Médico Veterinário.

4 REFERÊNCIAS

ANDRADE RODRIGUES, T. M. Lipidose Hepática Felina. 20 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Grau em Medicina Veterinária, área de concentração: Clínica de Pequenos Animais). Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade “Júlio de Mesquita Filho”, Botucatu – SP, 2009, 20p.

BARRERA GARCÍA, A. Lipidose Hepática Felina. 57 f. Monografia (Especialização em Análises Clínicas Veterinárias). Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre – RS, 2009, 57p.

GOLDSTEIN, R. E. Lipidose Hepática nos Gatos. In: ETTINGER, S. J; FELDMAN, E. C. Tratado de medicina interna veterinária: doenças do cão e do gato. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. 2 v.

KHAN, Ciynthia M. Manual Merck de veterinária. 10. ed. São Paulo: Roca, 2013. 3420 p.

RECHE JUNIOR, A; MALVINI PIMENTA, M. Lipidose Hepética Felina. In: JERICÓ, M. M; ANDRADE NETO, J. P; KOGIKA, M. M. Tratado de medicina interna de cães e gatos. 1. ed, Rio de Janeiro: Roca, 2017. 1 v.

CENTER, S. A. Feline hepatic lipidosis. Vet Clin North Am Small Anim Pract, v.35, p.225 – 269, 2005.

VERBRUGGHE, A; BAKOVIC, M. Peculiarities of one-carbon metabolism in the strict carnivorous cat and the role in feline hepatic lipidosis. Nutrients, v.5, n.7, p.2811 – 2835, 2013.

HOENIG, M; THOMASETH, K; WALDRON, M; ET AL. Insulin sensi-tivity, fat distribution, and adipocytokine response to diferente diets in lean and obese cats before and after weight loss. Am J Physiol Regul Integr Comp Physiol, v. p.227 - 234, 2007.