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Nesta aula virtual da disciplina de língua portuguesa, o professor rodrigo a. Kovalski aborda o tema da argumentação e sua relação com a persuasão. Ele apresenta três tipos de argumentação: por citação, comprovação e raciocínio lógico. A argumentação por citação envolve a citação de outras vozes para embasar a comunicação. A argumentação por comprovação utiliza dados, números e estatísticas para validar a fala. Por fim, a argumentação por raciocínio lógico é baseada em razões lógicas e fáceis de compreender. O texto inclui referências a mikhail bakhtin e a revista nova escola.
Tipologia: Notas de aula
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Não perca as partes importantes!
Quando argumentamos, procuramos levar os outros indivíduos a compreensão do que estamos comunicando ou informando, apresentamos inúmeras razões para que o nosso argumento seja de alguma forma entendido.
Segundo o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, argumento é:
Da definição que o dicionário nos forneceu, podemos chegar a uma linha de pensamento: que o processo de argumentação é a indução de determinada razão pessoal, a qual o indivíduo que favorece a comunicação quer fornecer. Seu argumento toma uma veracidade de prova ao ser emitido este fator, levando os indivíduos, que sofrem a ação, a um momento persuasivo, ou seja, por meio da comunicação emitida, se quer de determinado modo, “convencer” alguém por meio da mensagem.
Porém, quando falamos em argumentação, este deve ser entendido como um processo não único, o qual possui suas linhas de entendimento próprias. Acompanhe agora, suas divisões:
Vamos a seus entendimentos:
O argumento por citação é utilizado quando o falante quer se utilizar de outras vozes – outros autores, para embasar de determinada forma a sua fala, o seu argumento, trazendo a mensagem a ser dita ou comprovada por meio de uma outra pessoa. Como o exemplo abaixo demonstra:
“Segundo Tatiana Pinheiro o filósofo que deu vida à linguagem foi Mikhail Bakhtin, ao analisar o discurso na arte e na vida, o russo revolucionou a teoria lingüística no século XX.
Mikhail Bakhtin dedicou sua vida à definição de noções, conceitos e categorias de análise da linguagem com base em discursos cotidianos, artísticos, filosóficos, científicos e institucionais. Em sua trajetória, notável pelo volume de textos, ensaios e livros redigidos, esse filósofo russo não esteve sozinho [...]”
Realizada a citação, validamos nosso argumento ao continuar a transcrição escrita, pois de certa maneira estamos embasados na fala citada anteriormente, isto trás ao falante e consequentemente ao seu discurso certa veracidade e comprovação ao ato falado.
Na argumentação por comprovação, validamos nosso discurso por meio, principalmente, de dados, números, estatísticas levantadas, percentuais analisados entre outros. Ou seja, o indivíduo comprova literalmente sua fala, com os números e dados apresentados, isto forma uma veracidade em seu discurso, levando também automaticamente os indivíduos que sofrem esta ação a entender melhor o apresentado, ou tomar como base o discurso narrado, já que este possui “uma base de comprovação por meio de dados, números, etc.”
Como exemplo cita-se:
A maioria dos leitores da Revista Nova Escola – que respondeu à enquete, no site em julho – acredita que para formar leitores e escritores é essencial propor atividades com os diversos gêneros – prática defendida na reportagem da capa da revista do mês. Pouco mais de 10% acham que mostrar as características dos textos é suficiente, para 1,8% ensinar somente gramática e ortografia seria suficiente e 87,3% propõem situações de leitura e escrita utilizando os diversos gêneros textuais. Revista Nova Escola, Agosto, 2009
Nota-se que o texto é comprovado não apenas por um discurso, mas com base em uma enquete levantada, a qual fornece números de análise para uma base de veracidade do que se está falando.
ARGUMENTAÇÃO E PERSUASÃO
No juízo de fato automaticamente não colocamos valor, apenas nos atemos ao fato em si, não denotamos nenhuma característica ou adjetivo a mais ao fato. Vamos ao exemplo, “Hoje choveu no período da tarde.” ou “Não chove em nossa região há dois meses.” Os exemplos mostram que apenas o discurso ocorreu sem denotação de valores sobre as mensagens.
A relação de coesão e coerência também deve ser relembrada, na qual vamos discutir a estrutura do texto e a significação do mesmo.
Quando escrevemos um texto, ou estamos diante de um, devemos nos ater a estas duas bases para que a interpretação aconteça e a argumentação do discurso venha a ser compreendida.
Segundo Abaurre, Fadel e Pontara, coerência “está relacionada ao conteúdo, aos significados, ao encadeamento das ideias, situações ou acontecimentos que são veiculados em um texto.” (2003, p. 363) Já coesão vai estar “relacionada à forma, à superfície do texto, em outras palavras, ela é garantida por procedimentos gramaticais.” (2003, p. 363)
Com estas definições pode-se entender que na coerência de um discurso ou texto, vão predominar o conteúdo, a mensagem que está sendo tratada, suas significações e consequentemente suas interpretações.
Já, quando falamos em coesão, falamos em estrutura, como acontece na relação de gradação dentro do texto, frisando a parte gramatical do mesmo.
E ao tratar de coerência e coesão, trata-se automaticamente de alguns temas ou estabelecimento de relações de sentido. São algumas delas:
Estas relações que acontecem dentro dos discursos, é que vivenciam uma fala ou comunicação.
A relação de causa e consequência é ligada a toda causa instaurada dentro do discurso, a qual deve obter seu desdobramento, ou seja, consequência dentro do mesmo ato.
A relação de contradição de uma expectativa criada, é levar o
leitor ou conduzi-lo dentro da narrativa, repare, por exemplo, uma telenovela, quando o seu escritor esta criando seus episódios ele já sabe para onde vai conduzir as atenções de seu público, sabe em quem viabilizar maior valor em determinado capítulo. Assim você deve pensar em sua construção escrita, saber dirigir o olhar do seu leitor para onde você deseja um melhor foco.
A relação de condição é criada no momento em que o sujeito lança uma hipótese, ou seja, lança uma condição para que determinado fato aconteça. Como exemplo cita-se a condição de um acadêmico para ser aprovado em determinada disciplina. Ele segue algumas condições para ser aprovado, como: níveis de falta, acompanhamento, notas etc.
A relação de acréscimo ou conjunção é quando, ao passar o texto, ou fala, determinadas características ou fatos são colocadas, ou acrescidas, dentro do discurso. Ou conjunções temáticas são acrescidas ao longo da trajetória do texto.
Na relação de gradação, os conectores são os elementos principais para indicar determinada hierarquia dentro do discurso. Quando falamos em conectores, cita-se de exemplo uma oração que inicia com determinado contexto, digamos simples, e ao longo do tempo evolui em suas características frasais.
A relação de tempo leva ao entendimento do texto. O contexto temporal ao entendimento do discurso por meio de suas conjunções: ontem, hoje, amanhã, antes, depois, cedo, tarde, primeiramente, em seguida, a seguir, finalmente, quando, sempre, nunca, enquanto.
Quando falamos então em argumentação e discurso, sua fala e seu entendimento devem levar em conta as características levantadas nesta aula. Todas o ajudarão a refletir diante da produção de um texto ou até mesmo na expressão da fala.
Neste quinto encontro, da aula de Língua Portuguesa, você possui uma atividade a ser realizada, para tanto, preste atenção nas datas de postagem e em sua realização. Com esta quinta aula fechamos exatamente metade do semestre. E com o material destas aulas você realizará uma avaliação presencial na Instituição. Não perca sua data de revisão da disciplina.
BUENO, Silveira. Minidicionário da Língua Portuguesa. 2. ed. São Paulo: FTD, 2007. ABAURRE, Maria Luiza; FADEL, Tatiana; PONTARA, Marcela Nogueira. Português: língua e literatura. 2. ed. São Paulo: Moderna, 2003. Nova Escola, Ano XXIV, N° 224, Agosto 2009, Editora Abril.