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Uma análise detalhada das técnicas de liberação miofáscial, sua relação com a fáscia e sua importância para a recuperação da simetria harmônica do movimento indolor do sistema músculo-esquelético em equilíbrio postural. O texto aborda as principais técnicas de liberação miofáscial, como a energia muscular, as técnicas indiretas e a força inerte, e explica como elas podem ser utilizadas para atacar a barreira de resistência do tecido mole. Além disso, o documento discute as forças intrínsecas e extrínsecas que influenciam o movimento inerte do tecido e como elas podem ser utilizadas para provocar alterações biomecânicas e reflexas.
Tipologia: Notas de estudo
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Não perca as partes importantes!
O conceito de Liberação Miofascial (soltura) é uma das muitas contribuições feitas ao campo da Medicina Natural Manual.
Ward a descreveu como um raciocínio clinico, que interliga procedimentos da Massagem, que até hoje é considerada a ciência mais antiga do mundo da área da saúde, da Medicina, da Quiroprática, da Osteopatia. Ela associa muitos dos princípios das técnicas de tecido mole, da técnica da energia muscular, das técnicas indiretas e da força inerte da técnica craniossacral. Existem muitos autores e professores de técnicas de liberação miofascial, com muitas semelhanças e divergências entre eles.
A Fáscia recebeu a atenção de muitos indivíduos, entre os quais o osteopata, norte americano, Neidner, que aplicou forças de torção nas extremidades para restaurar o equilíbrio dinâmico e a simetria Fáscial. Ida Rolf ficou famosa por aplicar pressão profunda e alongamento da Fáscia, do topo da cabeça à ponta dos dedos do pé. Tal técnica (Rolfing) requer intenso investimento de tempo e energia, tanto por parte do paciente quanto por parte do terapeuta clínico, e o processo nem sempre é confortável.
A técnica de Liberação Miofáscial Manual aqui descrita pode ser classificada como direta ou indireta, superficial ou profunda sendo frequentemente utilizada de
modo combinado. Ela aplica os princípios da sobrecarga biomecânica do tecido mole e as modificações reflexas neurais mediante estimulação dos mecanorreceptores presentes na Fáscia. A barreira de resistência pode ser atacada diretamente, por meio da elastificação do tecido, ou pode ocorrer uma pressão linear em uma direção que se afasta da barreira de resistência, de forma indireta. São técnicas frequentemente chamadas de barreiras diretas e indiretas. Muitas vezes, as barreiras são abordadas de maneira combinada em cada direção.
A técnica de Lliberação MioFáscial baseia-se no movimento involuntário inerte do tecido. Os tecidos vivos possuem um movimento inerte denominado Motilidade que se manifesta de forma não voluntária em várias proporções e amplitudes. O movimento inerte do tecido do sistema músculo-esquelético é considerado resultante da alteração rítmica que ocorre no tônus muscular,de forma não consiente, das forças pulsantes da circulação arterial, dos efeitos da respiração e da força do impulso rítmico craniano descrito ainda como “energia vital”(Still).
As forças ativadoras da técnica de Liberação Miofascial são tanto intrínsecas quanto extrínsecas. As forças intrínsecas são o movimento inerte do tecido, os ritmos corporais inerentes, a respiração, a contração muscular e o movimento dos olhos. Forças de ativação extrínsecas são aquelas aplicadas pelo terapeuta clínico e consistem na aplicação de forças, principalmente de compressão, tração e torção, para provocar uma tensão firme e suave nos tecidos moles e causar alterações, biomecânica e reflexa. Essa técnica é aplicada para disfunções regionais e locais. Compartilha da meta comum de todos os procedimentos de medicina manual, que é obter a recuperação da simetria harmônica do movimento indolor do sistema
apenas na distribuição dos elementos constituintes e nas substâncias fixadas pelas mucinas de ligação.
Esse tecido conjuntivo parece-nos mal conhecido por nossa profissão. Ele ocupa, no entanto, um lugar considerável e vital em nossa fisiologia geral, lugar distante do papel puramente mecânico ao qual é em geral relegado. Para entender, devemos fazer uma breve recapitulação anatomofisiológica. Isso nos permitirá entrever as consequências patológicas sobre as quais se apóia nossa ação.
Acredito que, sob influência de técnicas osteopáticas, a globalidade é representada pela Fáscia. Claro que o tecido conjuntivo, que representa quase 70% de nossos tecidos, é um modelo perfeito de globalidade funcional. Ele se encontra em todo lugar, por meio dele tudo se encontra em continuidade. Acabamos de ver as funções: são todas globais.
Pensa-se que é na função musculoaponeurótica que devemos ver a globalidade. Não podemos mais considerar o músculo como uma entidade funcional isolada, mas devemos vê-lo como um elemento constitutivo de um conjunto funcional indissociável: o tecido conjuntivo fibroso, isto é, aponeuroses, tendões, septos intra e inter musculares, expansões aponeuróticas etc. e o tecido muscular contrátil incluído nesse tecido fibroso. Um é o elemento elástico que transmite, coordena, distribui as tensões sobre o esqueleto passivamente móvel. Outro é o elemento motor que realiza os tensionamentos. A anatomia do aparelho locomotor é, fisiologicamente, constituída por dois esqueletos. Um passivo e rígido, formado por ossos reunidos entre si por articulações que permitem deslocamentos no espaço; e
um ativo, formado por imenso tecido conjuntivo fibroso no qual estão incluídos elementos contráteis motores.
A Fáscia pode ser descrita como consistindo em três camadas
1 - A Fáscia superficial encontra-se ligada à subsuperfície da pele e é um tecido de trama frouxa, fibroelástico e areolar. Dentro da Fáscia subsuperficial há gordura, estruturas vasculares (inclusive redes capilares e canais linfáticos) e tecidos nervosos, particularmente os corpúsculos de Paccine, conhecidos como receptores da pele. A pele pode ser movimentada em muitas direções sobre as estruturas mais profundas, devido à natureza de trama frouxa da Fáscia superficial. Dentro da Fáscia superficial há espaço em potencial para o acúmulo de fluido e metabólitos. Muitas das alterações palpatórias, das anormalidades da textura do tecido decorrem de alterações dentro da Fáscia superficial.
2 - A Fáscia profunda é firme, retesada e compacta. Ela compartimentaliza o corpo. Ela envolve e separa músculos, circunda e separa órgãos viscerais internos e contribui intensamente para o contorno e função do corpo. O peritônio, o pericárdio e a pleura são elementos especializados da Fáscia profunda. As características de firmeza, resistência e confinamento da Fáscia profunda podem criar problemas, como as síndromes de compartimento. Trauma com hemorragia no compartimento anterior da perna inferior pode causar edema, que é prejudicial às estruturas nervosas sensíveis existentes dentro do compartimento. Muitas vezes uma fasciectomia cirúrgica se faz necessária para aliviar a compressão sobre os elementos neurais.
partir de um ponto de vista mecânico, cada camada fibrosa pode ser considerado para funcionar de forma independente. Além disso, uma tal estrutura é capaz de trabalhar corretamente apenas se todas as camadas componentes são capazes de deslizar suavemente uma sobre outra.
Componentes estruturais adicionais de Fáscia foram identificados. Fibras de elastina estão presentes no tecido conjuntivo frouxo. Há também proteinoglicanos, assim como o ácido hialurónico - (hialuronano; HA). A última ocorre em níveis elevados no tecido conjuntivo frouxo, e podem desempenhar papéis essenciais na etiologia da dor.
3 - A fáscia subserosa ou viceral é o tecido areolar frouxo que reveste os órgãos viscerais internos. Por meio de pequenos e numerosos canais circulatórios, o fluido (substancia fundamental) encontrado dentro dessa Fáscia lubrifica as superfícies das vísceras internas.
FUNÇÃO DA FÁSCIA
A Fáscia é um componente do grupo tecido mole de caráter conectivo, que tem um múlitiplo papel de separar, compartimentar e manter ligado, interconectar. Sustentar e manter suspenso, interatuar protegendo tudo que permeia todo o corpo humano. Está relacionada a todo o tecido conectivo fibroso incluindo aponeuroses, ligamentos, tendões, retináculos, cápsulas articulares, túnicas dos vasos e órgãos, epineuro, meninges, periósteo e todas as fibras miofasciais do endomísio e intermusculares. As Fáscias se interrelacionam com a funcionalidade do
sistema músculo equelético. É uma rede única, ininterrupta com um papel fundamental de intercomunicar no processo de transmissão de forças. A unidade músculofáscial é formada por tecido conjuntivo extracelulares, as miofáscias (mio = anatomia + facia = compartimento) = função, movimento. Essas transimitem forças de tração.
A Fáscia fornece suporte para vasos e nervos do corpo todo. Ela permite que tecidos adjacentes se movimentem uns sobre os outros, proporcionando, ao mesmo tempo, estabilidade e contorno. Ela é responsável pelo fluxo do fluido lubrificante existente entre as estruturas, cuja função é facilitar o movimento e nutrir. Os corpúsculos de Paccini da Fáscia superficial fornecem informações precisas aferente a muitos reflexos complexos que envolvem o sistema neuromuscular. A Fáscia descrita é contínua, com segmentos especializados, (zonas de transição tensional ou junção) como ligamentos e tendões. Esses tecidos possuem características singulares, mas compartilham com a Fáscia as fibras colágenas as fibras elásticas, os elementos celulares e a substância fundamental. Dentro desses elementos especializados da Fáscia, são encontrados mecanorreceptores e proprioceptores que transmitem à medula espinal e ao cérebro informações sobre a posição e movimento do corpo, tanto normal quanto anormal. Dentro da substância fundamental da Fáscia há muitas substâncias que contribuem para os mecanismos imunológicos existentes dentro do corpo.
Ao lembrarmos da grande “circulação de fluidos”, dissemos que a “circulação canalizada”, aquela do sangue arterial, do sangue venoso, da linfa, eram apenas a linha de penetração e retorno dos tecidos. A circulação vital, aquela que preside a
4 Tipos Basicos de Colágeno
Sabendo-se que são classificados em 12 tipos.
PATOLOGIAS PRINCIPAIS DO COLÁGENO
Existem quatro principais doenças do colágeno que são relativamente prevalentes no momento:
conjuntivos (trabalho\esporte). A Fáscia possui a capacidade de se deformar quando submetida a estresse e perde energia. Esse fenômeno, chamado histerese, é utilizado terapeuticamente na técnica de liberação miofascial (soltura).
LESÃO FÁSCIAL
A Fáscia responde tanto a lesão aguda, como a micro trauma recorrente crônico (como desequilíbrio postural por encurtamento anatômico de um membro) de várias maneiras diferentes. A primeira é o processo inflamatório determinado pela lesão, cujo espetro vai de uma alteração aguda à crônica. O fluido inflamatório pode ser facilmente contido e absorvido na Fáscia superficial, mas quando fica retido nos compartimentos firmes da Fáscia profunda, torna-se bastante prejudicial. Essas alterações fasciais são palpáveis por mãos treinadas e contribuem para as anormalidades da textura tecidual características e diagnósticas da disfunção.
A Fáscia, sob estresse, oferece uma resposta biomecânica. Dependendo da quantidade e do tipo de carga, a deformação pode ser temporária ou permanente (alteração de sua Tensegridade). O número e o tipo das fibras colágenas e elásticas existentes dentro do tecido conjuntivo fazem com que os receptores enviem informações aferentes ao sistema nervoso central para serem processadas. A capacidade, ou incapacidade de adaptação desses receptores, e a facilidade do sistema nervoso central de se ajustar, determinam um efeito de curto ou de longo prazo sobre a integração neural resultante do traumatismo do tecido conjuntivo.
Dentro da substância fundamental da Fáscia ocorrem alterações bioquímicas
e imunológicas, cujos efeitos sistêmicos gerais parecem ser bastante independentes da lesão sofrida pelos tecidos moles. A cicatrização que ocorre durante o processo de recuperação, frequentemente interfere nas funções de suporte, movimento e lubrificação. Acabam ocorrendo muitos sintomas prejudiciais que são difíceis de objetivar. As alterações no tecido mole levam a sintomas que persistem por muito tempo após a recuperação de uma lesão aguda do tecido. Vítimas de traumatismo cervical de extensão e flexão (lesão dos ligamentos intervertebrais altos ou lesão em chicote) em virtude de acidente automobilístico ou de outros acidentes súbitos apresentam sintomas persistentes, que são difíceis de explicar. Pesquisas recentes identificaram uma substituição de gordura nos músculos cervicais profundos em algumas dessas pessoas, o que pode ser indício dos efeitos da "lesão do tecido mole" que acompanha o trauma.
Segundo Carla Stecco a estrutura complexa da Fáscia profunda está associada a diferentes tipos de alterações patológicas. Se existe apenas uma alteração do tecido conjuntivo frouxo, a densificação Fáscial termo provavelmente é o preferido. Se houver alteração de feixes fibrosos colágeno, a fibrose Fáscial termo é o termo de escolha. Na realidade, as duas alterações não são incompatíveis. Com efeito, uma densificação crônica certamente afeta o deslizamento entre duas camadas fibrosas adjacentes. Este pode alterar a distribuição das forças dentro das camadas fibrosas, porque eles são incapazes de agir de forma independente. Então, temos várias possibilidades:
1. Treinamento desportivo de alta intensidade, exercícios e overuse laboral que causam uma alteração do tecido conjuntivo frouxo dentro da Fáscia profunda,
mecânicas envolvidas, será pos- sível para atribuir as modalidades de tratamento mais específicos para aliviar a síndromes de dor crónica.
MÚSCULO
O músculo é o segundo principal foco da técnica de liberação ou soltura miofascial. Os músculos podem ser classificados como aqueles responsáveis pela postura, ou seja, os estáticos, e aqueles que fornecem movimento, ou seja, os fásicos. Eles podem realizar as duas funções, mas, normalmente, uma delas predomina. Clinicamente, os músculos que possuem função postural respondem por meio de facilitação, hipertonia e encurtamento. Na metade inferior do corpo, eles são o ilipsoas, o retofemoral, o tensor da Fáscia lata, o quadrado lombar, os adutores, o piriforme, os isquiotibiais e o eretor da coluna lombar.
Na metade superior do corpo, os músculos posturais que respondem por faci¬litação, hipertonia e encurtamento são o elevador da escápula, o trapézio superior, o esternocleidomastóideo, os peitorais, os escalenos, o grande dorsal, o subescapular e os flexores da extremidade superior.
Os músculos fásicos dinâmicos que respondem por inibição, hipotonia e fraqueza. Na metade inferior do corpo, eles são os glúteos máximo, médio e mínimo, o reto-abdominal, os oblíquos internos e externos do abdome, os fibulares, os vastos da coxa e os tibiais anteriores. Na metade superior do corpo, eles são o trapézio médio e inferior, o serrátil anterior, os rombóides, o supra-espinhoso e o infraespinhoso, o deltóide, os flexores profundos do pescoço e os extensores da
extremidade superior.
Cada ação muscular possui uma reação muscular igual e oposta, o princípio agonista-antagonista. A lei de Sherrington, da inervação e inibição recíproca, equilibra o tônus e a função dos músculos agonistas e antagonistas, tanto no lado ipsilateral quanto contralateral. Reflexos neuromusculares sofisticados, de alta velocidade mantêm constantemente a postura e o preparo do corpo para iniciar e continuar padrões de movimento.
A função do músculo no sistema músculo-esquelético é um processo integrado e altamente complexo. O controle motor pelo sistema nervoso central começa no córtex pré-motor e passa pelo tronco cerebral, cerebelo, medula espinal, chegando, por fim, à via comum final, ao neurônio motor α, até alcançar o músculo- esquelético. Trata-se de um sistema de controle da função muscular que, além de altamente complexo, é dotado de componentes voluntários e involun¬tários. E essa programação motora complexa é alterada por impulsos aferentes, procedentes dos mecanorreceptores situados dentro de estruturas articulares e Fasciais. Quando o sistema de controle central está funcionando de forma eficiente, os padrões de movimento são simétricos, coordenados e livres. Quando está alterado, resulta em movimento ineficiente e descoordenado. Basta comparar e constatar o desempenho de um atleta e o de um paciente com mal de Parkinson avançado. Entre os dois extremos há graduações de alteração da hipertonia, hipotonia e coordenação integrativa, notada especialmente em pacientes com disfunção cerebral mínima.
A lesão do músculo interfere em sua anatomia e função. O trauma agudo
procedimentos da liberação miofascial aplicam o conceito fundamental de retesamento-frouxidão em regime contínuo.
2- O segundo conceito é o uso de palpação em síndromes de dor miofasciais. Muitos sistemas diagnósticos e terapêuticos se baseiam na estimulação periférica e incluem acupuntura acupressão reflexos de Chapman, pontos-gatilhos de Travell e pontos sensíveis de Jones cujo objetivo é diagnostico diferencial. A palpação proficiente de elementos miofasciais muitas vezes identifica localizações de dor miofascial que podem ser tratadas terapeuticamente com as mãos. Uma ocorrência comum é a dor miofascial em áreas de frouxidão do tecido mole. A sensibilidade dos elementos miofasciais, principalmente no estado crônico, possui com frequência uma aderência, sensação de queimação. Lembre-se de que a divisão simpática do sistema nervoso autônomo é a única divisão que inerva o sistema músculo- esquelético. Muitos sintomas encontrados nas síndromes de dor miofasciais são, provavelmente, mediados por reflexos do sistema nervoso simpático.
3- O terceiro conceito é o da alteração neurorreflexiva , que ocorre com a aplicação de força manual no sistema músculo-esquelético. A aplicação pratica de força sobre o sistema músculo-esquelético resulta em estimulação aferente, por intermédio de mecanorreceptores, que requer processamento central na medula espinhal, tronco cerebral e níveis corticais. A estimulação aferente muitas vezes resulta em inibição eferente. Ao aplicar a estimulação aferente de um alongamento, durante um procedimento de liberação miofascial o que o terapeuta clínico espera é o relaxamento dos tecidos retesados por inibição eferente. A resposta neurorreflexiva é altamente variável e modificada pela quantidade de dor, pelo
comportamento em relação à dor do paciente, pelo nível de bem-estar que ele apresenta, por seu estado nutricional hídrico, por sua resposta ao estresse e por seu estilo de vida básico, levando-se em conta o uso de álcool, tabaco, drogas e medicamentos.
4- O quarto conceito é o fenômeno da liberação ou soltura. A sensação de soltura é encontrada em outras formas de medicina manual, especialmente em técnica craniossacral e no conceito de fluidez-emperramento da técnica funcional indireta. Quando se usa a técnica de liberação miofascial, a aplicação apropriada de estresse ao tecido resulta em relaxamento, tanto da Fáscia quanto do músculo. O retesamento "cede" ou "dissolve" sob a aplicação de pressão. O que se pretende com a liberação do retesamento é recuperar a simetria da forma e da função. O fenômeno da liberação é um objetivo ao mesmo tempo de meio e fim quando aplicado a um procedimento de Liberação Miofascial, que pode ocorrer em várias direções e em diferentes níveis de tecido. É o fenômeno de liberação que guia o profissional ao longo do processo de tratamento.
PRINCÍPIOS DA AVALIACÃO DA LIBERAÇÃO MIOFASCIAL
Ward expandiu sua mnemônica M A I (N) 4 para C E M A I (N) 4.
C significa C omportamento , especialmente quanto à resposta do paciente ao estresse. A resposta comportamental ao estresse é modificada por muitos fatores, entre os quais raça, educação, família, situação financeira e religião. Os pacientes respondem de forma diferente ao estresse de suas lesões, assim como ao processo