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Leitura e Produção de Textos: Artigos Científicos e Relatórios, Manuais, Projetos, Pesquisas de Redação

Só então ele estará pronto para ser entregue. Estrutura do relatório técnico-científico. Os relatórios técnico-científicos constituem-se dos seguintes elementos ...

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Roseli
Roseli 🇧🇷

4.6

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Não perca as partes importantes!

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Ilane Ferreira Cavalcante
CURSO TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO
Artigo científi co e relatório
LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTOS
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Pré-visualização parcial do texto

Baixe Leitura e Produção de Textos: Artigos Científicos e Relatórios e outras Manuais, Projetos, Pesquisas em PDF para Redação, somente na Docsity!

Ilane Ferreira Cavalcante

C U R S O T É C N I C O E M S E G U R A N Ç A D O T R A B A L H O

Artigo científi co e relatório

LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTOS

Coordenadora da Produção dos Materias Vera Lucia do Amaral Coordenador de Edição Ary Sergio Braga Olinisky Coordenadora de Revisão Giovana Paiva de Oliveira Design Gráfico Ivana Lima Diagramação Elizabeth da Silva Ferreira Ivana Lima José Antonio Bezerra Junior Mariana Araújo de Brito Arte e ilustração Adauto Harley Carolina Costa Heinkel Huguenin Leonardo dos Santos Feitoza

Revisão Tipográfica Adriana Rodrigues Gomes Margareth Pereira Dias Nouraide Queiroz Design Instrucional Janio Gustavo Barbosa Jeremias Alves de Araújo Silva José Correia Torres Neto Luciane Almeida Mascarenhas de Andrade Revisão de Linguagem Maria Aparecida da S. Fernandes Trindade Revisão das Normas da ABNT Verônica Pinheiro da Silva Adaptação para o Módulo Matemático Joacy Guilherme de Almeida Ferreira Filho

EQUIPE SEDIS | UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE – UFRN

Projeto Gráfico Secretaria de Educação a Distância – SEDIS

Governo Federal Ministério da Educação

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Para começo

de conversa...

A Lua da Língua

Existe uma língua para ser usada de dia, debaixo da luz forte do sentido. Língua suada, ensopada de precisão. Que nós fabricamos especialmente para levar ao escritório, e usar na feira ou ao telefone, e jogar fora no bar, sabendo o estoque longe de se acabar. Língua clara e chã, ocupada com as obrigações de expediente, onde trabalha sob a pressão exata e dicionária, cumprimentando pessoas, conferindo o troco, desfazendo enganos, sendo atenciosamente sem mais para o momento. É a língua que Cristina usou para explicar quem quebrou o cabo da escova na pia do banheiro, num dia de sol em Fortaleza. Ou a língua empregada pelas aeromoças nos avisos mecanicamente fundamentais. Língua comum; mútua e funcionária. Língua diária; isto é, língua à luz do dia. Mas no entardecer da linguagem, por volta das quatro e meia em nossa alma, começa a surgir um veio leve de angústia. As coisas puxam uma longa sombra na memória, e a própria palavra tarde fica mais triste e morna, contrastando com o azul fresco e branco da palavra manhã. À tarde, a luz da língua migalha. E, por ser já meio escura, o mundo perde a nitidez. Calar, a tarde não se cala, mas diz menos o que veio a dizer. Por isso, poucas vezes se usa esta língua rouca do ciciar das cigarras, que cede à luz minguante da sintaxe, mas meio bêbada de escuridão.

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É a que freqüenta os cartões de namoro, as confissões, as brigas e os gritos, ou a atenção desajeitada de velórios, também os momentos relevantes em vidas sem relevo, ou está nas palavras sussurradas entre os lençóis (ou ao pé dos muros nos bairros mais distantes) sob o calor da noite. Mas noite aqui, na face da Terra; que é bem diferente da noite nos breus de uma língua.

Pois quando a língua em si mesma anoitece, o escuro espatifa o sentido. O sol, esfacelado, vira pó. E a linguagem se perde dos trilhos de por onde ir. Tateia, titubeia e, com alguma sorte, tropeça, esbarrando em regras, arrastando a mobília das normas, e deixando no carpete apenas as marcas de onde um dia estiveram outros móveis. À noite sonha nossa língua.

O céu da boca, onde esta noite se forma, não tem estrelas de tão preto. É onde as palavras guardam ainda seu cheiro de pensamento. E têm a densidade vazia das idéias vagas, condensando-se invisivelmente como nuvens de um céu sem luz. No calor tempestuoso destas noites, é possível a bailarina ser feita de borracha e pássaro. José Ribamar põe aves dentro dos frutos maranhenses. E Murilo solta os pianos na planície deserta. Tudo é dito e tudo é silêncio, distante dos ruídos do dia. Existe o verbo, existe o verso. Existe a canção. Rosa mineira do Lácio. Tudo é possível na escuridão, sombra que alumbra; penumbra. Luz negra da noite.

Quando abrimos a boca, a língua amanhece.

(LAURENTINO, 2007, p. 96 - 98).

O texto de André Laurentino nos mostra o quanto a nossa língua pode ser plástica, maleável, bela, passível de ser usada tanto para a produção de textos poéticos, como o dele, ou de textos mais técnicos, como aqueles de que iremos tratar aqui.

Praticando... 1

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Os artigos científicos, portanto, são elaborados após uma pesquisa e para apresentação em eventos de natureza técnica, científica e acadêmica e visam uma publicação. Eles são mais comuns na rotina de estudantes universitários e daqueles que participam de pesquisas de iniciação científica, primeiro passo para a formação do pesquisador.

A publicação desses estudos permite não só a divulgação científica produzida pelo pesquisador/autor, mas permite, mediante a descrição da metodologia empregada na realização da pesquisa e da descrição dos resultados obtidos, que o leitor repita a experiência. Essa publicação se dá, geralmente, em periódicos de natureza técnica, científica ou acadêmica e esses artigos são, também em geral, avaliados por um conselho ou por pareceristas que determinam a qualidade do artigo para a publicação naquele determinado periódico.

1. Cite exemplos de três gêneros técnicos, científicos e acadêmicos.

2. Qual a diferença entre pesquisa documental, pesquisa bibliográfica e

pesquisa de campo?

As partes do texto

Pensando na organização do texto, vamos discutir um pouco acerca das principais partes que o compõem? Não esqueça que a nossa perspectiva, aqui, são os gêneros de natureza técnica, acadêmica e científica. Portanto, vamos considerar, especificamente, a clássica divisão entre introdução, desenvolvimento e conclusão, comum a todos os gêneros textuais de natureza técnica, científica e acadêmica.

Introdução

Na introdução se encontra o resumo de todas as ideias que orientaram o pensamento do autor. A introdução funciona, portanto, como uma espécie de apresentação geral do texto para que o leitor se situe. Assim, na introdução, deve-se definir o tema, mostrar o problema, despertar o interesse e decompor os elementos gerais do texto.

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Facilita, para quem não tem muita experiência em produção escrita, definir, logo de início, o objeto a ser discutido no texto. Nessa exposição, é preciso ser claro e preciso, de forma que não gere problemas de compreensão para o leitor. Ao definir-se o tema, delimita-se, também, o recorte que se vai dar a ele. Observe o exemplo a seguir:

Exemplo 1

A Gramática na Aula de Português

Eliana Melo Machado Moraes - UFG

Este trabalho procura apresentar reflexões a partir de práticas de ensino de professores de Português que atuam no Ensino Fundamental, em escolas públicas, localizadas na cidade de Jataí, no Sudoeste do Estado de Goiás. Ele tem como subsídio a dissertação de mestrado: A gramática na aula de Português defendida em agosto de 2000 e discute: quando os professores trabalham “conteúdos gramaticais” – hoje, de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais – Língua Portuguesa, “práticas de análise lingüística” -, “o que” e “como” trabalham? De que gramática estão falando?

O trabalho procura descrever práticas de sete professores de Português que possuíam na época da realização da pesquisa, cursos de Pós-graduação, em nível de especialização e que afirmassem estar trabalhando dentro da proposta apresentada no Programa Curricular Mínimo do Estado de Goiás – Português 5ª a 8ª séries do Ensino Fundamental.

Fonte: http://www.portrasdasletras.com.br/pdtl2/sub.php?op=artigos/docs/gramaticanaaula. Acesso em: 3 mar. 2009.

A introdução exposta no exemplo 1 apresenta logo no primeiro e no segundo parágrafos o tema de estudo do artigo (veja destaque em negrito). Assim, o objetivo do trabalho é descrever e refletir sobre a prática de sete professores de Português da rede pública da cidade de Jataí/GO.

Nem todos os autores são tão diretos na apresentação do tema, mas essa é uma boa maneira de iniciar a introdução de seu trabalho, se você está iniciando ainda o seu percurso de pesquisador.

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Conclusão

A conclusão é uma retomada de todos os assuntos desenvolvidos ao longo do artigo, de forma a interligá-los e ainda apontar para as possibilidades de desenvolvimento daquela pesquisa.

Exemplo 2

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao longo deste trabalho, buscamos responder às questões que dizem respeito à compreensão dos fenômenos relacionados à mobilidade urbana e a sua relação com a inclusão social no espaço urbano. O processo acelerado da urbanização no país manifesta-se na metropolização, na favelização e na periferização de grandes contingentes populacionais. Estes fenômenos, amplamente reconhecidos pela literatura geográfica, ainda são os principais desafios para a superação da pobreza e da desigualdade no acesso a serviços públicos e aos equipamentos coletivos.

[.....]

Enfi m, verifi camos que em locais onde o sistema de transporte público é precário, a população não usufrui das mesmas oportunidades das pessoas residentes em áreas mais privilegiadas, configurando um obstáculo ao uso dos espaços da cidade, ao direito de ir e vir, e ao exercício pleno à condição de cidadão.

Salientamos que a mobilidade urbana não determina a condição de exclusão social de determinado grupo de pessoas, mas se constitui em uma das ferramentas para superação dessa condição. De modo que esta pode ser considerada uma das cinco bases da inclusão social, ou seja, as políticas de inclusão devem agregar além da mobilidade urbana as políticas de emprego e renda, saúde, educação e habitação e que ambas se fortaleçam como política de Estado e não de governos.

E sem pretender formalizar conclusões, salientamos a importância deste estudo, como mais um trabalho que poderá servir como base para outros que possam vir a surgir sobre a temática dos transportes, visto que ao tratar sobre o tema não devemos esquecer que este diz respeito a pessoas e por conseguinte à (re)produção do espaço.

(ASSUNÇÃO; ARAÚJO, 2008, p. 74).

Praticando...^2

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No fragmento de conclusão apresentado no exemplo 2, você pode observar que, em primeiro lugar, o tópico não é conclusão, mas considerações finais. Alguns autores preferem este título porque leva em consideração o fato de que nunca, na verdade, concluímos algo. Existe sempre algo mais a dizer, o que nós fazemos é finalizar um trabalho que consiste em uma etapa, ou em um olhar sobre um determinado objeto de estudo. Por isso, as autoras evidenciam que não têm a pretensão de “formalizar conclusões”.

Em segundo lugar, observe como, ao longo do texto, as autoras retomam aquilo que foi discutido ao longo do artigo. Para isso, elas utilizam expressões como: “Ao longo deste trabalho, buscamos...” ou “Salientamos que...”, e apontam, ainda, para futuros trabalhos que outros pesquisadores possam desenvolver utilizando o mesmo tema.

1. Escolha um artigo científico de sua preferência e identifique as partes

que o compõem: introdução, desenvolvimento e conclusão.

2. Elabore um esquema desse artigo, como se estivesse elaborando um

sumário, mas sem a necessidade de informar o número das páginas de cada tópico.

Artigo científico

Agora que você já viu a estrutura geral de qualquer gênero técnico, científico e acadêmico, vamos aos detalhes da estrutura de um artigo científico.

Estrutura

O artigo científico tem uma estrutura bastante variável, visto que ela muda de acordo com o veículo em que ele for publicado. Mas, em linhas gerais, ele pode apresentar a mesma estrutura detalhada dos demais gêneros de natureza técnica, científica e acadêmica como você pode perceber a seguir:

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Exemplo 4

RESUMO

Este trabalho tem como tema o fenômeno da mobilidade urbana e sua importância para a inclusão social na sociedade contemporânea. Tem como referência de análise a localidade de Cidade Praia, situada no bairro Lagoa Azul, Natal – RN. É um dos bairros mais populosos da cidade e predomina a função residencial, uma vez que o setor produtivo local não absorve a demanda de mão-de-obra existente, fazendo com que a população economicamente ativa se desloque, diariamente, para outras áreas que apresentam maior dinamismo econômico. Nesse sentido, foi realizada pesquisa de campo cuja análise aponta que a mobilidade urbana não determina a condição de exclusão social de determinado grupo de pessoas, mas se constitui em uma das ferramentas para superação dessa condição. Dessa forma, esta pode ser considerada uma das cinco bases da inclusão social, ou seja, as políticas de inclusão devem agregar além das políticas de emprego e renda, saúde, educação e habitação, uma política de mobilidade urbana para que todos possam ter direito à cidade.

PALAVRAS-CHAVE: Mobilidade Urbana, Inclusão Social, Espaço Urbano.

FOR THE RIGHT TO GO AND TO COME IN THE CITY: URBAN MOBILITY

AND SOCIAL INCLUSION IN CIDADE PRAIA – NATAL/RN

ABSTRACT

This work has as subject the phenomenon of urban mobility and its importance for the social inclusion in the contemporary society. Has as analysis reference the locality of Cidade Praia, situated in the district Lagoa Azul, Natal – RN. It is one of the district most populous of the city were predominates the residential function, a time that the local productive sector does not absorb the demand of existing workforce, making with that the economically active population if dislocates, daily, for other areas that present greater economic dynamism. In this direction, field research was carried through whose analysis points that urban mobility does not determine the condition of social exclusion of determined group of people, but if constitutes in one of the tools for overcoming of this condition. In way that this can be considered one of the five bases of the social inclusion, so the inclusion politics must add beyond the politics of job and income, health, education and habitation, one politics of urban mobility so that all can have right to the city.

KEY WORDS: Urban Mobility, Social Inclusion, Urban Space.

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Observe que a revista apresenta os resumos em língua materna e em língua estrangeira, ambos acompanhados das palavras-chave, os termos ou expressões mais relevantes para a compreensão do artigo. Observe ainda que a partir da leitura do resumo, pode- se identificar não só o objeto de estudo do artigo, mas a metodologia empregada na pesquisa e os resultados alcançados.

Corpo do artigo

Trata-se do artigo propriamente dito, com aquela estrutura apresentada anteriormente:

 introdução;

 desenvolvimento;

 conclusão.

Elementos pós-textuais

É tudo o que vem após o corpo do texto:

 Referências: com a listagem, de acordo com a ABNT, de tudo o que foi pesquisado para a elaboração do artigo: livros, cd-roms, sites etc.

 Apêndices ou anexos (quando houver necessidade): documentos a que o autor faça referência ao longo do artigo e cuja leitura pode ser importante para o leitor.

 Agradecimentos (opcional).

 Data (local, mês e ano de elaboração do texto).

Conteúdo de um artigo científico

O conteúdo de um artigo científico pode abranger os mais variados assuntos, das mais variadas áreas. Em geral, apresenta abordagens novas, atuais, diferentes sobre o tema em estudo. Assim, ele pode tratar de:

 Estudo pessoal, descoberta, ou enfoque contrário ao já estabelecido para um determinado assunto.

 Soluções para questões controvertidas.

 Aspectos levantados em alguma pesquisa.

Da mesma forma que qualquer outro texto de caráter técnico, científico ou acadêmico, um artigo científico deve apresentar uma linguagem clara, concisa, objetiva. O autor

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Relatórios

Existem inúmeros tipos de relatórios, dependendo da situação, relatórios de visitas técnicas, por exemplo, são elaborados por um técnico após visita a um determinado local, para inspeção, ou análise de algum dado, por exemplo. Odacir Beltrão (1998) enumera, entre outros, os seguintes tipos de relatórios:

Relatório de gestão anual

Elaborados anualmente (em geral, um ano civil, fiscal, financeiro) nas empresas, é exigido por lei ou estatuto, sendo destinado aos sócios acionistas ou à população (no caso das empresas estatais).

Relatório de inquérito (policial, administrativo etc.)

Elaborado, eventualmente, para fins de investigação, de estudo de normas de procedimento, de relato, de visita.

Relatório parcial

Elaboração para abranger uma fração de exercício ou de gestão (mensal, trimestral, semestral).

Relatório de rotina

Elaborado em função da rotina de trabalho de gerência, chefia e equivalentes.

Relatório de pesquisa

Elaborado por profissional técnico ou científico, ao final da pesquisa (seja ela bibliográfica, de laboratório, campo, gabinete etc.).

Relatório científico

Elaborado por pesquisadores, em função de atividades acadêmicas ou para divulgação em revistas científicas.

Relatório de estágio

E há, por fim, um que talvez diga mais respeito à sua situação de aluno: nele você irá demonstrar o desenvolvimento de seu estágio em uma determinada empresa ou instituição.

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De um modo geral, podemos dizer que todos os tipos de relatório são escritos com os objetivos de:

 divulgar os dados técnicos obtidos e analisados;

 registrá-los em caráter permanente.

Fases de elaboração de um relatório

Geralmente a elaboração do relatório passa pelas seguintes fases:

a) Plano inicial: determinação da intenção do relatório, o que significa a

determinação do tipo de relatório a ser elaborado, preparação do relatório e do programa de seu desenvolvimento.

b) Coleta e organização do material: durante a execução do trabalho, é

feita a coleta, a ordenação e o armazenamento do material necessário ao desenvolvimento do relatório.

c) Redação: um relatório é sempre escrito após uma determinada experiência,

o que implica que ele se debruça sobre um determinado local, aspecto, sobre uma determinada pesquisa etc. Trata, portanto, de algo que já ocorreu, por isso, a redação poderá utilizar verbos no pretérito.

Recomenda-se sempre, após a redação, uma revisão crítica do relatório, considerando- se os seguintes aspectos: redação (conteúdo e estilo), sequência das informações, apresentação gráfica e física. Só então ele estará pronto para ser entregue.

Estrutura do relatório técnico-científico

Os relatórios técnico-científicos constituem-se dos seguintes elementos:

Capa

 nome da organização responsável, com subordinação até o nível da autoria;

 título;

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Falsa folha de rosto

Precede a folha de rosto. Deve conter apenas o título do relatório.

Ve rso da falsa folha de rosto Nessa folha elabora-se padronizadamente, a “ficha catalográfica”. Essa ficha, como o próprio nome já diz, é a catalogação de seu trabalho a partir de normas de bibliotecas, por isso, é preciso solicitar o auxílio ao bibliotecário da sua área para a confecção da ficha.

Errata

Lista de erros tipográficos ou de outra natureza, com as devidas correções e indicação das páginas e linhas em que aparecem. É geralmente impressa em papel avulso ou encartado, que se anexa ao relatório depois de impresso.

Folha de rosto

É a fonte principal de identificação do relatório, devendo conter os seguintes elementos:

a) nome da organização responsável, com subordinação até o nível de autoria;

b) título;

c) subtítulo, se houver;

d) nome do responsável pela elaboração do relatório;

e) local;

f) ano da publicação em algarismos arábicos.

Sumário

É a relação dos capítulos e seções no trabalho, na ordem em que aparecem. Não deve ser confundido com:

a) índice: relação detalhada dos assuntos, nomes de pessoas, nomes geográficos e

outros, geralmente em ordem alfabética;

b) resumo: apresentação concisa do texto, destacando os aspectos de maior interesse

e importância;

c) listas: é a enumeração de apresentação de dados e informação (gráficos, mapas,

tabelas) utilizados no trabalho.

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Listas de tabelas, ilustrações, abreviaturas, siglas e símbolos

Listas de tabelas e listas de ilustrações são as relações das tabelas e ilustrações na ordem em que aparecem no texto.

As listas têm apresentação similar à do sumário. Quando pouco extensas, as listas podem figurar sequencialmente na mesma página.

Resumo

É a apresentação concisa do texto, destacando os aspectos de maior importância e interesse. Como você já sabe desde a aula 8, o resumo não deve ser confundido com sumário, que é uma lista dos capítulos e seções. No sumário, o conteúdo é descrito por títulos e subtítulos, enquanto no resumo, que é uma síntese, o conteúdo é apresentado em forma de texto.

Texto

Parte do relatório em que o assunto é apresentado e desenvolvido. Conforme sua finalidade, o relatório é estruturado de maneira distinta. O texto dos relatórios técnico- científicos contém as seguintes seções fundamentais:

a) Introdução: parte em que o assunto é apresentado como um todo, sem detalhes.

b) Desenvolvimento: parte mais extensa que visa a comunicar o assunto propriamente

dito. Nessa p1. Deve-se incluir a análise crítica do trabalho realizado durante o estágio.

2. Deve-se enfatizar:

 as tecnologias com as quais o aluno se deparou no estágio;

 se o aluno tinha uma boa base nos conhecimentos prévios que o estágio pressupunha;

 se o que foi aprendido no estágio foi positivo para a formação do aluno e se terá impacto tanto nas disciplinas que o aluno está cursando, bem como naquelas que ainda irá cursar;

 a metodologia de desenvolvimento dos projetos no estágio (colaborativa ou não, ferramentas de projeto utilizadas etc.);

 a ambientação profissional, social e humana do aluno no estágio.

c) Resultados e conclusões: consistem na recapitulação sintética dos resultados

obtidos, ressaltando o alcance e as consequências do estudo.

d) Recomendações: contêm as ações a serem adotadas, as modificações a serem

feitas, os acréscimos ou supressões de etapas nas atividades.