Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

Lançamento de projéteis, Notas de estudo de Desvio

De acordo com a proposta de Galileu, o movimento do projétil é decomposto em duas partes discu- tidas abaixo. Movimento Vertical. Nesta etapa, o projétil ...

Tipologia: Notas de estudo

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Tiago22
Tiago22 🇧🇷

4.8

(53)

221 documentos

1 / 9

Toggle sidebar

Esta página não é visível na pré-visualização

Não perca as partes importantes!

bg1
Lançamento de projéteis
1 Objetivo
Estudar o comportamento de projéteis quando lançados obliquamente na superfície da Terra. De-
terminar experimentalmente a trajétoria do projétil e comparar com o modelo teórico.
2 Introdução Teórica
Ao se estudar o movimento de corpos sob ação da gravidade, observa-se algumas características,
que intrigaram muitos cientistas ao longo da história. Assim, por exemplo, poderia se perguntar
porque corpos lançados para cima, caem novamente ao solo. Ao lançar um projétil, observa-se que
a sua trajetória é uma curva. Em particular, se o arremesso for feito horizontalmente a partir de
uma determinada altura em relação à superfície, a trajetória é inclinada para baixo logo após o
lançamento. Galileu Galilei foi o primeiro cientista a responder qual seria a curva descrita por este
projétil e sugeriu que o movimento poderia ser descrito através da composição de dois movimentos:
Um Movimento Retilínio Uniforme (MRU) na horizontal e um Movimento Retilíneo Uniformemente
Acelerado (MRUA) na vertical, sujeito à aceleração da gravidade, análogo ao movimento de queda
livre. É importante observar que estas aproximações valem quando a inuência da resistência do ar
pode ser desprezada e quando o movimento ocorre pximo à superfície da Terra, ou seja, em alturas
muito pequenas comparadas com o raio da Terra, que é de aproximadamente
6370 km
. Além disso,
considera-se a superfície da Terra como sendo plana.
Considere o lançamento de um projétil de massa
m
por um canhão inclinado de um ângulo
θ
, con-
forme mostra a gura Fig.1. O projétil é lançado do repouso, sobre a superfície da Terra, a partir da
origem de um sistema de coordenadas
xy
. O projétil abondona o canhão com uma velocidade inicial
~v0
. A partir daí, o projétil descreve uma trajetória curvilínea até atingir o solo a uma distância
x=A
, denominada de alcance.
Fig. 1: Lançamento de um projétil no plano
x, y
.
1
pf3
pf4
pf5
pf8
pf9

Pré-visualização parcial do texto

Baixe Lançamento de projéteis e outras Notas de estudo em PDF para Desvio, somente na Docsity!

Lançamento de projéteis

1 Objetivo

Estudar o comportamento de projéteis quando lançados obliquamente na superfície da Terra. De- terminar experimentalmente a trajétoria do projétil e comparar com o modelo teórico.

2 Introdução Teórica

Ao se estudar o movimento de corpos sob ação da gravidade, observa-se algumas características, que intrigaram muitos cientistas ao longo da história. Assim, por exemplo, poderia se perguntar porque corpos lançados para cima, caem novamente ao solo. Ao lançar um projétil, observa-se que a sua trajetória é uma curva. Em particular, se o arremesso for feito horizontalmente a partir de uma determinada altura em relação à superfície, a trajetória é inclinada para baixo logo após o lançamento. Galileu Galilei foi o primeiro cientista a responder qual seria a curva descrita por este projétil e sugeriu que o movimento poderia ser descrito através da composição de dois movimentos: Um Movimento Retilínio Uniforme (MRU) na horizontal e um Movimento Retilíneo Uniformemente Acelerado (MRUA) na vertical, sujeito à aceleração da gravidade, análogo ao movimento de queda livre. É importante observar que estas aproximações valem quando a inuência da resistência do ar pode ser desprezada e quando o movimento ocorre próximo à superfície da Terra, ou seja, em alturas muito pequenas comparadas com o raio da Terra, que é de aproximadamente 6370 km. Além disso, considera-se a superfície da Terra como sendo plana.

Considere o lançamento de um projétil de massa m por um canhão inclinado de um ângulo θ, con- forme mostra a gura Fig.1. O projétil é lançado do repouso, sobre a superfície da Terra, a partir da origem de um sistema de coordenadas xy. O projétil abondona o canhão com uma velocidade inicial v ~ 0. A partir daí, o projétil descreve uma trajetória curvilínea até atingir o solo a uma distância x = A, denominada de alcance.

Fig. 1: Lançamento de um projétil no plano x, y.

De acordo com a proposta de Galileu, o movimento do projétil é decomposto em duas partes discu- tidas abaixo.

Movimento Vertical

Nesta etapa, o projétil descreve um Movimento Retilíneo Uniformemente Acelerado (MRUA), cuja equação da posição vertical y(t) em função do tempo t, é:

y = y 0 + vy 0 t +

ayt^2 (1)

onde y 0 é a altura inicial do projétil, vy 0 é a velocidade inicial vertical e ay é a celeração vertical que, em módulo, é igual a aceleração da gravidade g. Assumindo y 0 = 0, vy 0 = v 0 senθ e ay = −g, a Eq.1, torna-se

y = v 0 senθt −

gt^2 (2)

Movimento Horizontal

Nesta etapa, o projétil descreve um Movimento Retilíneo Uniforme(MRU), cuja equação da posição horizontal x(t) em função do tempo t, é:

x = x 0 + vx 0 t (3)

onde x 0 é a distância horizontal inicial do projétil e vx 0 é a velocidade inicial horizontal. Assumindo x 0 = 0 e vx 0 = v 0 cosθ, a Eq.3, torna-se

t =

x v 0 cosθ

Substituindo a Eq.4 na Eq.2, obtém-se

y = v 0 senθ

x v 0 cosθ

g

x v 0 cosθ

ou

y = tgθx −

g 2 v 02 cos^2 θ

x^2 (5)

Quando x = A, tem-se y = 0. Substituindo esses valores na Eq.5, obtém-se

0 = tgθA −

g 2 v^20 cos^2 θ

A^2 ⇒

g 2 v^20 cos^2 θ

A =

senθ cosθ

⇒ gA = 2v 02 senθcosθ

⇒ gA = v 02 sen 2 θ ⇒ v 02 =

gA sen 2 θ ou

A =

v 02 g

sen 2 θ (6)

Neste experimento, o valor de v 0 será sempre o mesmo para todos os valores do ângulo θ. Em Particular, pode-se calcular o valor de v 0 escolhendo θ = 45^0. Nesse caso, a Eq.6, torna-se

v^20 =

gA 450 sen 900

= gA 450 (7)

onde A 450 é o alcance, que deve ser medido para θ = 45^0. Substituindo a Eq.7 na Eq.5, obtém-se

y = tgθx −

2 A 450 cos^2 θ

x^2 (8)

Fig. 3: (a) Procedimento geral dos alinhamentos das posições de referência x = 0 e y = 0 para o lançamento de projéteis.

  1. Prepare o experimento posicionando o anteparo em frente ao canhão,inicialmente a uma dis- tância x = 0, 2000 m, comforme mostra a fotograa das Figs.4(a) e (b). Engatilhe o canhão, conforme mostrado em detalhes na fotograa das Fig.4(c). Para se ter uma idéia do local que será atingido pelo projétil, dispare o canhão em direção ao anteparo, conforme mostrado em detalhes na fotograa da Fig.4(d).

Fig. 4: (a)e(b) Posicionamento do anteparo em x = 0, 2000 m , (b)e(c)Uso do gatilho do canhão.

  1. Com um pedaço de ta crepe, prenda o papel carbonado na região que, provavelmente, será atingida pelo projétil, como mostrado na Fig.5(a), e faça 5 disparos. Levante o papel carbonado do anteparo e observe os 5 pontos marcados no anteparo, conforme mostrado na fotograa da Fig.5(b) e (c). Refaça um lançamento caso o projétil atinja um local muito afastado dos demais pontos do anteparo.
  2. Conforme detalhado na sequência das fotograas das Figs.6(a),(b) e (c), meça as 5 alturas y marcadas no anteparo e anote-as na Tab.1. Com o lenço de papel embebido em alcool, apague as marcas deixadas no anteparo, como mostra a fotograa da Figs.6(d).

Fig. 5: (a)Papel carbonado preso por ta crepe,(b) e (c) marcas deixadas no anteparo em locais atingidos pelo projétil.

x (m) y 1 (m) y 2 (m) y 3 (m) y 4 (m) y 5 (s) (〈y〉 ± δy) (m) 0 , 2000 0 , 3000 0 , 4000 0 , 5000 0 , 6000 0 , 7000 0 , 8000 0 , 9000

Tab. 1: Tabela de dados para as posições x e y do projétil.

  1. Repita os passos de 2 a 4 para todas as distâncias x do anteparo indicadas na Tab.1.
  2. Calcule os valores médios 〈y〉 das 5 medidas de y, bem como, as incertezas totais δy corre- spondentes, para cada uma das distâncias x do anteparo, indicadas na Tab.1. Como aqui as incertezas aleatórias (posições dos pontos marcados no anteparo) são muito maiores do que a incerteza do aparelho (escala milimetrada), pode-se assumir somente a incerteza aleatória, dada pelo desvio padrão da média σm, como a incerteza total.
  3. Para construir o gráco da altura média 〈y〉 do projétil em função da distância x, marque os pontos da Tab.1 no papel milimetrado 1 anexo. No gráco, coloque barras de erro na vertical, referentes as medidas das alturas do projétil, trace a curva que melhor se ajusta aos pontos do gráco e observe se essa curva tem um comportamento parabólico conforme descrito pela Eq.9.

4.2 Comportamento do alcance A do projétil em função do ângulo θ de

inclinação do canhão

  1. Para esta experiência o anteparo deve ser montado na direção horizontal, conforme detalhado na sequência das fotograas da Fig.7. O nivelamento da superfície do anteparo pode ser feito com o nível de bolha.
  2. Escolha o ângulo θ = 20^0 de inclinação do canhão. Atuando nos parafusos de xação que apoiam o anteparo, faça um alinhamento da altura da superfície do anteparo com a posição vertical y = 0 do canhão, conforme detalhado na fotograa da Fig.8.

Fig. 7: (a)(b)e(c)Sequências para a montagem do anteparo na horizontal.

Fig. 8: Alinhamento da altura da superfície do anteparo com a posição vertical y = 0 do canhão.

Fig. 9: Fixação do papel carbonado no anteparo.

Fig. 10: Folha de papel milimetrado 1.