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Guias e Dicas
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lampiao livro, Manuais, Projetos, Pesquisas de História

uma outra historia

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2012
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Compartilhado em 29/04/2012

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José Geraldo aguiar
Lampião o invencíveL:
d u a s v i d a s , d u a s m o r t e s
— O outro lado da moeda —
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José Geraldo aguiar

Lampião o invencíveL:

duas vidas, duas mortes

— O outro lado da moeda —

Copyrigth by José Geraldo Aguiar – 2009

Ficha técnica Arte da capa: M ichelle cunha Revisão autor Editoração eletrônica cláudia GoMes

A282l Aguiar, José Geraldo Lampião, o invencível: duas vidas, duas mortes / José Geraldo Aguiar. — Brasília : Thesaurus, 2009. 276 p. : il. ISBN: 978-85-7062-887- CDD 929 CDU 920

Contato Com o autor: Rua Ferreira 585 - centro 39300-000 - São Francisco-mG Telefenes: (38) 3631-2589/9920-2233/9138- e-mail: j.geraldo.aguiar@bol.com.br

Todos os direitos em língua portuguesa, no Brasil, reservados de acordo com a lei. nenhuma parte deste livro pode ser reproduzida ou transmitida de qualquer forma ou por qualquer meio, incluindo fotocópia, gravação ou informação computadorizada, sem permissão por escrito do autor. tHESauruS EDItora DE BraSÍLIa LtDa. SiG Quadra 8, lote 2356 - cep 70610-400 - Brasília, DF. Fone: (61) 344-3738 - Fax: (61) 344-2353 – end. eletrônico: editor@thesaurus.com.br – página na internet: www.thesaurus.com.br Composto e impresso no Brasil Printed in Brazil

Biografia do autor

José Geraldo aguiar aos 47 anos de idade

Filho de José aguiar e cecília Santos aguiar, 12º filho de 17 irmãos, José Geraldo aguiar, nasceu em vila do morro (município de São Francisco), em 16 de outubro de 1949. iniciou o curso primário ali mesmo e o concluiu no Grupo escolar coelho neto, em São Francisco. cursou o ensino fundamental no Ginásio de São Francisco e na escola estadual professora Dulce Sarmento, em montes claros. mudou-se para São paulo, onde fez o curso técnico em contabilidade no colégio Santos Dumont, no bairro do Braz. ainda em São paulo, frequentou outros cursos, entre eles o básico e o superior de fotografia e foi diplomado também pelo curso de caligrafia Dê Franco. Retornando a São Francisco em 1974, montou seu ateliê fotográfico, trazendo algumas inovações, como a fotografia em cores, a polaroid (fotos instantâneas) e o pôster 50x60. Sempre religioso, fez o encontro de casais com cristo, é cursilhista, vicentino (confrade) e também identificador ad hoc aprovado pelo instituto de identificação do estado de minas Gerais.

o que para o homem sábio é descoberta, para os outros pode ser loucura.

agradeço a Deus a dádiva a mim concedida de anunciar a sobrevida de virgulino Ferreira da Silva, o Lampião. para concluir esta obra, foram necessários 17 anos.

Sumário

capítulo i

capítulo ii

  • Biografia do autor
  • introdução
  • prefácio
  • Fé e devoção
  • Lampião expressa seu sentimento
  • informações, agradeço a: pelas referências, pela colaboração, pelo incentivo, pelas
  • Lampião, de angico a Buritis
  • o exame Fatos e suspeitas
  • Suspeitas
  • Que teria mesmo ocorrido
  • e a prova definitiva?
  • os antecessores de Lampião o primórdio do cangaço
  • Joaquim Gomes (o cabeleira)
  • Lucas da Feira
  • João calangro...................................................................
  • Jesuíno Brilhante
  • adolfo meia noite
  • manoel Batista de moraes (antônio Silvino)
  • antônio porcino e Sinhô pereira
  • Família de Lampião
  • porque tudo começou
  • Feitos de Lampião
  • a morte de João cavalcante
  • a invasão da casa da baronesa
  • a proteção do Governador
  • o convite do Deputado
  • Força e Tramoia................................................................
  • arrecadação de recursos
  • Recordações do poeta.......................................................
  • Dinheiro em árvore
  • Galo de prata....................................................................
  • Sapo cururu
  • notícias do morto vivo
  • no caderno e no mesmo cemitério
  • na trilha de Lampião
  • cangaceiros que se tornaram célebres
  • cangaceiras que ficaram na história
  • o homem escreve torto com linhas retas
  • como encontrei Lampião ........................................................ capítulo iii
  • a vida, até a morte do pai Lampião conta sua história
  • a entrada no cangaço
  • a família
  • o cangaço: a crueza, as peripécias e as técnicas
  • alta periculosidade
  • as amizades......................................................................
  • o cansaço
  • o zelador do chafariz
  • a “morte” de Lampião......................................................
  • a fuga para minas
  • o temor da revelação........................................................
  • estados nordestinos por onde andou Lampião
  • mapa das cidades mineiras poronde andou Lampião
  • a confissão aos últimos vizinhos
  • a segunda morte
  • De Januária a São Francisco............................................. a vida em minas
  • João Bogó.........................................................................
  • Desentendimento em capitão enéas.................................
  • na fazenda do prefeito
  • a ambientação
  • a chegada da família.........................................................
  • a vida na fazenda
  • Galinha com guizo
  • João, cabra macho
  • a venda da Buriti do meio
  • Reflexos do tempo do cangaço
  • marcado para morrer
  • compromisso é para ser cumprido
  • “você não é homem pra isso!”
  • estranho jeito de ser
  • Um dia na casa de carneiros, outro, na tenda de farinha
  • Homem de fé
  • Sem visitar ninguém
  • enquanto um for vivo, o outro também estará
  • o Gaiola..........................................................................
  • alta periculosidade
  • meu nome é virgulino Ferreira
  • Três identidades................................................................
  • a família
  • maria, Bonita
  • nomes e alcunhas usados por maria Bonita
  • Dona Severina
  • Filhos
  • capítulo vi os cabras de Lampião também em minas......
  • asa Branca
  • Revelações de asa Branca ao delegado
  • o amigo de asa Branca
  • “o ser humano mais perverso”
  • a emenda do dia “cortado”
  • Boaventura, o “sogro” de João Teixeira.............................
  • Subir para o “céu”............................................................
  • Dantas e maurício
  • ciam com o autor moreno e Durvinha, ex-cangaceiros de Lampião, confiden-
  • versos da ex-cangaceira Durvinha

versos do ex-cangaceiro moreno ...................................... 228

capítulo vii nomes e documentos de ficção

pseudônimos .................................................................... 229 muitos nomes, um pai. ..................................................... 237

capítulo viii acróstico, músicas e poemas do autor em homenagem a Lampião acróstico de Lampião ....................................................... 243 música Lampião: o cabra macho ...................................... 244 no tempo de Lampião ...................................................... 245 capitão e coronéis música ............................................... 246 poemas ............................................................................. 248 meu Rincão ..................................................................... 248 por isso eu digo que: ........................................................ 251

capítulo iX informações coincidentes .......................................................

capítulo X o cangaço em São Francisco

o cangaceiro de São Francisco......................................... 259 versos a antônio Dó......................................................... 265 a imprensa e antônio Dó ................................................. 265 preceitos Bíblicos cumpridos ........................................... 269

capítulo Xi

agradecimentos ................................................................ 271 pessoas que deram depoimentos ....................................... 273 Referências ...................................................................... 275 Livros ............................................................................... 275 Jornais ............................................................................. 276 Revistas ............................................................................ 276

20 José Geraldo aguiar

faz, no que quer, no ser. não se tortura com o passado, nem se apavora com o futuro. ela não perde energia ou tempo, preocupando-se com o que os outros estão pensando, fazendo ou erigindo. ela se preocupa com a sua obra, a sua atividade. não se orgulha, nem se envergonha, tampouco se exibe, esconde, inveja ou provoca. não se sente superior e nem inferior. para ela, o importante é acertar. o erro precisa ser corrigido. aprendendo com o erro, vem o acerto, com ele, o vencer. vencer é fazer, errar e corrigir o erro. com isso a pessoa cresce, aprende e muda. para quem é assim e age assim, não existem verdades sacrossantas, intocáveis, pois certamente a maior parte delas é passível de revisão. colocadas no pedestal, sufocam a possibilidade de reavaliação e aparecimento do novo. no entanto, não se pode ser irresponsável. por isso, no livro que agora entrego a você, leitor, procurei provar a revelação que ele traz com depoimentos, documentos, fatos. entendo que muitos que tiverem a audácia de ler esta obra antes de chegar até aqui ou ir bem mais adiante estarão aferrados à suspeita ou à certeza de que ela constitui uma impostura. entendo também, entretanto, que todo leitor é alguém a ser vencido. Se o livro não vencê-lo, não terá cumprido sua missão. vencer o leitor é demovê-lo das certezas, às vezes prepotentes e finais, que ele leva até então. corrijo: se o livro não mover pelo menos uma pedra da montanha de certezas, não terá cumprido sua missão.

prefácio

a

vida e a morte de virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, o mais conhecido cangaceiro brasileiro, já foram contadas em prosa, verso, filmes e seriados na televisão. Talvez a sua divulgação tenha sido maior na literatura de cordel, cuja atuação fica muito ao gosto do povo nordestino, que tem o salutar costume de contar suas aventuras, suas vitórias e seus fracassos em versos, idealizados no momento pelos poetas populares, denominados de “repentistas”. a história conta que Lampião nasceu em 7 de julho de 1897, no sítio ingazeira, e foi criado em vila Bela (atual Serra Talhada, pernambuco). participou do cangaço nordestino de 1917 a 1938 e foi assassinado na madrugada de 28 de julho de 1938, por uma patrulha policial do estado de alagoas, na localidade de angico, município de poço Redondo, Sergipe. contudo, sempre houve dúvida quanto ao fato de ter a patrulha policial realmente assassinado 11 pessoas, sem que Lampião e seus seguidores tivessem oportunidade de dar um tiro sequer. isto não coaduna com o temperamento, a inteligência, a perspicácia e a sabedoria do verdadeiro Lampião, que nunca se deixou ser pego de surpresa. vários escritores já levantaram essa dúvida, mas o segredo envolvendo os detalhes que cercaram a “morte” de Lampião e a determinação das autoridades de então em dar muita divulgação à “vitória da polícia” (que teria capturado o

Lampião, o invencível: duas vidas, duas mortes 23

com toda certeza, este livro irá mudar o curso da história do cangaço brasileiro. pediria aos críticos que não emitam a sua opinião antes de ler o conteúdo do livro. Geraldo aguiar agiu como um bom detetive, daqueles de antigamente, que iam a fundo para resolver as questões, para descobrir e esclarecer os fatos, pesquisando, ouvindo as pessoas, catalogando dados e informações. Sendo novo nas lides da escrita, o autor agiu como um experiente escritor. investigando os dados que chegavam ao seu conhecimento, indo atrás das informações, comparando dados, rejeitando os fatos não confirmados, escrevendo aquilo que teve certeza de ser a informação verdadeira. mas Geraldo aguiar não se esqueceu de sua São Francisco querida. colocou no seu livro a história de antônio antunes de França, o antônio Dó, o que ele denomina de “o cangaceiro de São Francisco”, o que enriqueceu a sua obra. a história contada por Geraldo aguiar sobre Lampião impressiona pela sua riqueza de detalhes. as entrevistas conseguidas, a identificação e tomada de depoimento de quase todos os companheiros de Lampião que vieram com ele para minas Gerais. as histórias contadas pelo próprio virgulino Ferreira da Silva, que em minas Gerais teve muitos nomes diferentes, justamente por viver na clandestinidade, como: policarpo Lima, João Teixeira Lima, antônio Teixeira Lima, Luiz Teixeira Lima, João Baiano, João Bogó, João mangabeira, João pernambucano, José pereira, Luiz antônio de Lima, antônio Luiz de Lima, Luiz Fulício Lima (na Bahia, em 1968, utilizou a alcunha de “viúvo”) e, finalmente, antônio maria da conceição,

24 José Geraldo aguiar

nome com o qual faleceu e foi registrado o óbito em Buritis de minas, embora na lápide do cemitério se encontre escrito o nome de antônio Teixeira Lima. Fiquei impressionado com as informações de que Lampião e seus companheiros vieram do nordeste para minas Gerais, subindo o rio São Francisco, e mantiveram contatos ou receberam a proteção de pessoas que foram minhas conhecidas, como o capitão enéas mineiro de Souza, Brasiliano Braz, oscar caetano Gomes, Dr. manoel Ferreira, odilon Rodrigues Barbosa, o Dr. Joaquim costa, diretor do DnocS (antigo iFocS), manoel José de Souza, o neco de Santa maria, os dois últimos de montes claros e outros. Também me surpreendeu o fato narrado no livro de que, como juiz da comarca de São Francisco, proferi decisão em ação possessória contra o verdadeiro Lampião, só que a ação fora movida contra João Teixeira Lima, um dos nomes falsos que ele usou na clandestinidade. o livro registra que Lampião não era aquele monstro que espetava crianças em seu punhal de prata, ao contrário de que registram setores da história. o autor o retrata como um homem bom. caridoso, sensível à miséria que reinava e ainda reina no nordeste, agia contra as injustiças, era protetor dos amigos e implacável com os inimigos. o autor retrata o homem que conheceu em minas Gerais e com quem manteve muitos contatos como astucioso, enigmático, misterioso, audacioso e corajoso, todas essas qualidades conhecidas e próprias do verdadeiro Lampião. com este livro sobre a vida e morte de Lampião, vê- se que o chefe do cangaço brasileiro sempre teve saídas estratégicas e poderei indicar três delas. a primeira foi a

Fé e devoção

“Quando a madrugada, despertada, se sacudia nos assanhos do sol nascente, ou a mornidez do fim das tardes amolegava as almas, costumava este famoso místico e Rei do canganço – capitão virgulino Ferreira da Silva – fincar-se de pé, nos altos dos tabuleiros, para contemplar, demoradamente e farto de orgulho, as vastidões do seu Reino, mantido na sujeição do seu ferro e sinal, e conquistado numa grande guerra de vinte anos – a guerra de Lampião!”

“Sou senhor absoluto De todo esse sertão aqui quem quiser passar precisa apresentar Licença de Lampião”.

(versos de Lampião) Lampião seu tempo e seu reinado, padre Frederico Bezerra maciel, p.24, do primeiro volume.

M