Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

Avaliação pré-operatória de vasos toracodorsais para reconstrução de mama com músculo gran, Exercícios de Cirurgia Plástica

Um estudo sobre a avaliação pré-operatória da integridade de vasos toracodorsais em pacientes que estão sendo preparados para reconstrução de mama com músculo grande dorsal, após esvaziamento axilar prévio. O estudo utiliza angiotomografia para avaliar a integridade dos vasos toracodorsais e compara-la à ultrassonografia com doppler. O documento conclui que a angiotomografia é uma opção viável, segura e eficaz para avaliar a integridade dos vasos toracodorsais, oferecendo melhor visualização tridimensional do sistema vascular.

Tipologia: Exercícios

2022

Compartilhado em 07/11/2022

A_Santos
A_Santos 🇧🇷

4.4

(111)

214 documentos

1 / 4

Toggle sidebar

Esta página não é visível na pré-visualização

Não perca as partes importantes!

bg1
197
Arquivos Catarinenses de Medicina - Volume 44 - Suplemento 1 - 2015 XXXI Jornada Sulbrasileira de Cirurgia Plástica - Florianópolis - SC
Avaliação pré-operatória com angiotomografia da integridade dos vasos
toracodorsais para reconstrução de mama com músculo grande dorsal em
pacientes com esvaziamento axilar prévio
Preoperative evaluation with tomographic angiography of thoracodorsal vessels for breast
reconstruction with latissimus dorsi in patients with previous axillary lymph node dissection
Daniel Pinheiro Machado da Silveira1,GeraldoCesarCastroAlthoff2, Paulo Eduardo Krauterbluth Solano Junior3, Rafael Netto4,
Pedro Bins Ely5
RESUMO
Introdução: O retalho latíssimo do dorso (RLD)
permanece como uma das principais estratégias
para os casos de reconstrução mamária pós-
mastectomia. A lesão dos vasos toracodorsais durante
o esvaziamento axilar pode ocorrer em 2,5% dos
casos. A ultrassonografia com Doppler pode ser
utilizada na avaliação desses vasos, porém o exame
é operador-dependente e necessita de um avaliador
com treinamento específico. Métodos: Realizada uma
série de pacientes com esvaziamento axilar prévio
submetidas à avaliação por angiotomografia do
pedículo toracodorsal. Resultados: Foram avaliados
4 casos. Não houve complicações relacionadas à
realização da angiotomografia. Em todos os casos foi
identificadaaintegridadedosvasostoracodorsais.Não
houve complicações vasculares do retalho. Conclusão:
O uso da angiotomografia demonstrou ser uma boa
opção, viável e segura na avaliação pré-operatória da
integridade dos vasos toracodorsais no planejamento
cirúrgico de RLD para reconstrução de mama.
DESCRITORES:Reconstrução,Mama,Tomografia
ABSTRACT
Introduction: The latissimus dorsi flap (LDF)
remains one of the main strategies for cases of
post-mastectomy breast reconstruction. Damage to
thoracodorsal vessels during axillary dissection can
occur in 2.5% of cases. Doppler ultrasonography can
be used in the evaluation of these vessels, but the
examination is operator-dependent and requires a
doctorwithspecifictraining.Methods:Caseseriesof
patients with prior axillary dissection submitted to
evaluation by CT angiography of the thoracodorsal
pedicle. Results: A total of 4 cases were evaluated.
There were no complications related to the realization
of angiography. In all cases it was identified the
integrity of the thoracodorsal vessels. There were no
flapvascularcomplications.Conclusion:TheuseofCT
angiography was considered a good, viable and safe
option in the preoperative evaluation of the integrity
of thoracodorsal vessels in the surgical planning of
LDF for breast reconstruction.
KEYWORDS: Reconstruction, Breast, Tomography
1. Médico Residente do Serviço de Cirurgia Plástica e Microcirurgia Reconstrutiva
da Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre / Universidade
Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre
2. Médico Residente do Serviço de Cirurgia Plástica e Microcirurgia Reconstrutiva
da Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre / Universidade
Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre
3. Médico Residente do Serviço de Cirurgia Plástica e Microcirurgia Reconstrutiva
da Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre / Universidade
Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre
4. Médico Instrutor do Serviço de Cirurgia Plástica e Microcirurgia Reconstrutiva
da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre / Universidade Federal de
Ciências da Saúde de Porto Alegre
5. Professor adjunto e chefe do Serviço de Cirurgia Plástica e Microcirurgia
Reconstrutiva da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre / Universidade
Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre
RESUMO EXPANDIDO
Arquivos Catarinenses de Medicina ISSN (impresso) 0004- 2773
ISSN (online) 1806-4280
pf3
pf4

Pré-visualização parcial do texto

Baixe Avaliação pré-operatória de vasos toracodorsais para reconstrução de mama com músculo gran e outras Exercícios em PDF para Cirurgia Plástica, somente na Docsity!

Arquivos Catarinenses de Medicina - Volume 44 - Suplemento 1 - 2015 XXXI Jornada Sulbrasileira de Cirurgia Plást

Avaliação pré-operatória com angiotomografia da integridade dos vasos

toracodorsais para reconstrução de mama com músculo grande dorsal em

pacientes com esvaziamento axilar prévio

Preoperative evaluation with tomographic angiography of thoracodorsal vessels for breast

reconstruction with latissimus dorsi in patients with previous axillary lymph node dissection

Daniel Pinheiro Machado da Silveira^1 , Geraldo Cesar Castro Althoff^2 , Paulo Eduardo Krauterbluth Solano Junior^3 , Rafael Netto^4 , Pedro Bins Ely^5

RESUMO

Introdução: O retalho latíssimo do dorso (RLD) permanece como uma das principais estratégias para os casos de reconstrução mamária pós- mastectomia. A lesão dos vasos toracodorsais durante o esvaziamento axilar pode ocorrer em 2,5% dos casos. A ultrassonografia com Doppler pode ser utilizada na avaliação desses vasos, porém o exame é operador-dependente e necessita de um avaliador com treinamento específico. Métodos: Realizada uma série de pacientes com esvaziamento axilar prévio submetidas à avaliação por angiotomografia do pedículo toracodorsal. Resultados: Foram avaliados 4 casos. Não houve complicações relacionadas à realização da angiotomografia. Em todos os casos foi identificada a integridade dos vasos toracodorsais. Não houve complicações vasculares do retalho. Conclusão: O uso da angiotomografia demonstrou ser uma boa opção, viável e segura na avaliação pré-operatória da integridade dos vasos toracodorsais no planejamento cirúrgico de RLD para reconstrução de mama.

DESCRITORES: Reconstrução , Mama , Tomografia

ABSTRACT

Introduction: The latissimus dorsi flap (LDF) remains one of the main strategies for cases of post-mastectomy breast reconstruction. Damage to thoracodorsal vessels during axillary dissection can occur in 2.5% of cases. Doppler ultrasonography can be used in the evaluation of these vessels, but the examination is operator-dependent and requires a doctor with specific training. Methods: Case series of patients with prior axillary dissection submitted to evaluation by CT angiography of the thoracodorsal pedicle. Results: A total of 4 cases were evaluated. There were no complications related to the realization of angiography. In all cases it was identified the integrity of the thoracodorsal vessels. There were no flap vascular complications. Conclusion: The use of CT angiography was considered a good, viable and safe option in the preoperative evaluation of the integrity of thoracodorsal vessels in the surgical planning of LDF for breast reconstruction. KEYWORDS: Reconstruction, Breast, Tomography

  1. Médico Residente do Serviço de Cirurgia Plástica e Microcirurgia Reconstrutiva da Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre / Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre
  2. Médico Residente do Serviço de Cirurgia Plástica e Microcirurgia Reconstrutiva da Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre / Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre
  3. Médico Residente do Serviço de Cirurgia Plástica e Microcirurgia Reconstrutiva da Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre / Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre
  4. Médico Instrutor do Serviço de Cirurgia Plástica e Microcirurgia Reconstrutiva da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre / Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre
  5. Professor adjunto e chefe do Serviço de Cirurgia Plástica e Microcirurgia Reconstrutiva da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre / Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre

RESUMO EXPANDIDO

Arquivos Catarinenses de Medicina ISSN (impresso) 0004- 2773ISSN (online) 1806-

Arquivos Catarinenses de Medicina - Volume 44 - Suplemento 1 - 2015 XXXI Jornada Sulbrasileira de Cirurgia Plástica - F

INTRODUÇÃO

O latíssimo do dorso permanece como uma das principais estratégias para os casos de reconstrução mamária pós-mastectomia. Este retalho possui a vantagem da segurança técnica, aliada às vantagens dos métodos autólogos^1.

Apesar de ser utilizado como retalho livre, na maioria dos casos, o latíssimo do dorso é usado de forma pediculada nos vasos toracodorsais2-6. Assim, a integridade do seu pedículo é fundamental para o sucesso do tratamento.

Embora o pedículo toracodorsal seja conhecido por sua segurança e por uma abordagem cirúrgica favorável, a lesão destes vasos durante o esvaziamento axilar pode ocorrer em 2,5% dos casos 7. Isso pode acarretar estenose vascular, com risco aumentado para complicações isquêmicas do retalho 8-^.

A ultrassonografia com Doppler pode ser utilizada na avaliação dos vasos toracordorsais 9 , porém o exame é operador-dependente e necessita de um avaliador com treinamento específico^8. A angiotomografia apresenta-se como uma opção para a avaliação destes casos.

OBJETIVO

Descrever o uso da angiotomografia na avaliação dos vasos toracodorsais em pacientes com esvaziamento axilar prévio e candidatas à reconstrução de mama com retalho do latíssimo do dorso.

MÉTODO

Realizada uma série de casos de pacientes com esvaziamento axilar prévio submetidas à avaliação por angiotomografia do pedículo toracodorsal. Os critérios de inclusão foram:

  1. Pacientes submetidas a reconstrução mamária tardia com grande dorsal ou submetidas à mastectomia de resgate + reconstrução imediata após setorectomia/ radioterapia prévios.

  2. Esvaziamento axilar prévio em todos os casos.

Foi realizada angiotomografia com cortes coronais, axiais e reconstrução em terceira dimensão para avaliação da artéria toracodorsal antes da realização do procedimento de reconstrução mamária.

RESULTADOS

Foram avaliadas 4 pacientes (Tabela 1), todas com história de terem sido submetidas à radioterapia previamente. Uma paciente apresentava cirurgia abdominal prévia, uma apresentava obesidade e duas apresentavam carência de tecidos na região abdominal. Todos os casos foram submetidos à angiotomografia antes da reconstrução mamária, com identificação da integridade dos vasos toracodorsais nas 4 pacientes (Figura 1). Não houve complicações relacionadas à realização da angiotomografia. No pós-operatório, as pacientes não apresentaram necrose muscular, necrose cutânea, liponecrose, infecção, deiscência de ferida operatória ou qualquer complicação vascular. As pacientes evoluíram com resultado estético e funcional satisfatórios (figura 2, 3, 4 e 5). Tabela 1 Características das pacientes.

Figura 1 Angiotomografia com cortes coronais e sagitais demonstrando a integridade dos vasos toracodorsais.

Figura 2 CASO 1: Aspecto pré-operatório e pós- operatório de 6 meses (visão anterior).

esvaziamento axilar prévio

Arquivos Catarinenses de Medicina - Volume 44 - Suplemento 1 - 2015 XXXI Jornada Sulbrasileira de Cirurgia Plástica - F

arteriais, além de seu padrão tridimensional e por não ser completamente operador-dependente pode tornar a angiotomografia superior à dopplerfluxometria no planejamento cirúrgico de RLD.

REFERÊNCIAS

  1. Watanabe K, Kiyokawa K, Rikimaru H, Koga N, Yamaki K, Saga T. Anatomical study of latissimus dorsi musculocutaneous flap vascular distribution. J Plast Reconstr Aesthet Surg 2010; 63:1091-98.
  2. Quillen CG. Latissimus dorsi myocutaneos flaps in head and neck reconstruction. Plast Reconstr Surg 1979;63:664-70.
  3. Chowdhuryn CR, McLean NR, Griffithes KH, et al. The repair of defects in the head and neck region with the latissimus dorsi myocutaneos flap. J Laryngol Otol 1988;102:1127-32.
  4. Morgan RF, Edgerton MT, Wanebo HJ, et al. Reconstriction of full thickness chest wall defects. Ann Surg 1988;207:707-16.
  5. Doi K, Sakai K, Ihara K, et al. Reinnervated free muscle transplantation for extreme reconstruction. Plast Reconstr Surg 1993;91:872-83.
  6. Watson JS, Graig RDP, Orton CI. The free latissimus dorsi myocutaneous flap. Plast Reconstr Surg 1979; 64:299-
  7. Laporta R, Longo B, Pagnoni M, et al. Accidental injury of latissimus dorsi flap pedicle during axillae dissection: Types and reconstruction algorithm. Microsurgery 2014;34(1):5-
  8. Pauchot J, Aubry S, Rodiere E, Kastler B, Tropet Y. Color Doppler ultrasound evaluation of thoracodorsal pedicle quality after axillary lymph node dissection. A way to increase latissimus dorsi flap reliability: about 74 patients. Ann Chir Plast Esthet 2009; 54(2):112-9.
  9. Blondeel PN, Beyens G, Verhaeghe R, et al. Doppler fluxometry in the planning of perforator flaps. Br J PLast Surg 1998; 51:202-
  10. Maxwell GP. Iginio Tansini and the origin of the latissimus dorsi musculocutaneous flap. Plast Reconstr Surg 1980;65:686-
  11. Olivari N. The latissimus flap. Br J Plast Surg 1976;29:126-128.
  12. McCraw JB, Penix JO, Baker JW. Repair of major defects of the chest wall and spine with the latissimus dorsi myocutaneos flap. Plast Reconstr

Surg 1978;62:197-

  1. Thomas JM. Latissimus dorsi reconstruction of the breast. Br Med J (Clin Res Ed). 1983;287(6392):569- 570
  2. Hartrampf CR, Scheflan M, Black PW. Breast reconstruction with a transverse abdominal island flap. Plast Reconstr Surg 1982; 69: 216–25.
  3. Codner MA, Nahai F. The gluteal free flap breast reconstruction: making it work. Clin Plast Surg 1994; 21: 289–96.
  4. Arnez ZM, Pogorelec D, Planinsek F, et al. Breast reconstruction by the free transverse gracilis (TUG) flap. Br J Plast Surg 2004; 57: 20–6.
  5. Hammond DC. Latissimus dorsi flap breast reconstruction. Clin Plast Surg 2007; 34(1):75-82.
  6. Munhoz AM, Aldrighi C, Montag E, et al. Periareolar skin-sparing mastectomy and latissimusdorsi flap with biodimensional expander implant reconstruction: surgical planning, outcome, and complications. Plast Reconstr Surg 2007; 119: 1637–49.
  7. Spear SL, Boehmler JH, Bogue DP, et al. Options in reconstructing the irradiated breast. Plast Reconstr Surg 2008; 122: 379–88.
  8. Bonomi S, Settembrini F, Salval A, Gregorelli C, Musumarra G, Rapisarda V. Current indications for and comparative analysis of three diferente types of latissimus dorsi flaps. Aesthet Surg J 2012; 32(3): 294-302.
  9. Rosson GD, Williams CG, Fishman EK, Singh NK. 3D CT angiography of abdominal wall vascular perforators to plan DIEAP flaps.Microsurgery 2007;27(8):641-6.
  10. Rozen WM, Palmer KP, Suami H, Pan WR, Ashton MW, Corlett RJ, et al. The DIEA branching pattern and its relationship to perforators: the importance of preoperative computed tomographic angiography for DIEA perforator flaps. Plast Reconstr Surg 2008; 121: 367-373.
  11. Rozen WM, Phillips TJ, Ashton MW, Stella DL, Gibson RN, Taylor Gi. Preoperative imagins for DIEA perforator flaps: a comparative study of computed tomographic angiography and Doppler ultrasound. Plast Reconstr Surg 2008;121(1):9-16.

esvaziamento axilar prévio