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Guias e Dicas
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Jogos Dramáticos na Socialização do Adolescente no Ensino ..., Provas de Teatro

Para Viola Spolin no livro Jogos Teatrais na sala de aula, o jogo dramático envolve, o brincar, a liberdade, a intuição, a transformação esta completamente.

Tipologia: Provas

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Boto92
Boto92 🇧🇷

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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7
Cadernos PDE
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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE

NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

Versão Online ISBN 978-85-8015-079-

Cadernos PDE

II

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

SUPERINTENDENCIA DA EDUCAÇÃO

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE

UNIVERSIDADE ESTADUAL PARANÁ – FAP

ÁREA ARTE

VIVIANY SALOM DE MIRANDA ZAVERI

JOGOS DRAMÁTICOS NA SOCIALIZAÇÃO DO ADOLESCENTE

NO ENSINO FUNDAMENTAL

CURITIBA – PR

Localização Escola Estadual Monsenhor Ivo Zanlorenzi

Rua Eduardo Sprada, 4114 – Campo Comprido, Curitiba- PR

Resumo: A Unidade Didática destina-se a fundamentação teórica e as atividades práticas a serem desenvolvidas na Proposta de Intervenção Pedagógica na Escola, e está direcionada a alunos do 9º Ano. Estruturada partindo da introdução onde se mostra a importância e os conceitos dos jogos dramáticos na escola, suas características e peculiaridades. Destaca a utilização dos jogos dramáticos, como uma forma de socialização dos alunos, através de práticas relacionadas à empatia dos indivíduos, desenvolvendo a observação e a dinâmica do grupo envolvido. As atividades práticas englobam, o improviso, técnicas cênicas em grupo e individuais, bem como os jogos de cena e dramatizações do cotidiano, desenvolvendo o conhecimento da arte dramática, focando sempre no processo e na construção do conhecimento, não apenas em resultados finais como apresentações, e sim no cotidiano dos jogos e como estes podem interferir no convívio social do ambiente escolar.

Palavras Chave (3 a 5 palavras) Jogos, jogos dramáticos, socialização, teatro, improviso.

APRESENTAÇÃO

A Unidade didática a ser apresentada, desenvolverá o que foi proposto no projeto de implementação pedagógica na Escola, como parte integrante do Programa de Desenvolvimento educacional – PDE, da Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Esta proposta metodológica será direcionada para os alunos do 9°ano do ensino fundamental, no turno matutino, da Escola Estadual Monsenhor Ivo Zanlorenzi, localizada na Rua Eduardo Sprada, n°4114, bairro Campo Comprido, na cidade de Curitiba – PR.

A socialização do educando é parte importante do processo educacional, pois faz a integração entre os membros participantes do ensino-aprendizagem, e está presente nas diversas disciplinas do ciclo escolar, porém ao observar as queixas de professores em relação ao comportamento dos alunos, bem como dos alunos entre seus colegas de classe, percebesse que existe um conflito das relações, o qual sempre existiu, mas tem tomado força com o passar do tempo, transformando-se em casos extremos em bulliyng. Por ser um problema real e pertinente, que todo professor pode observar em seu trabalho docente, a pesquisa adotada foi justamente sobre como a arte, no caso o teatro pode ajudar nas relações sociais. De tal modo os jogos teatrais mostraram ser um excelente caminho para melhorar as relações no ambiente escolar.

O jogo é uma maneira lúdica de aprender e apropriar-se de conceitos e conteúdos, é algo chamativo, pois sai do cotidiano e leva para a reflexão de forma divertida e participativa. Os jogos dramáticos representam, além disso, uma gama de situações e formas de expressão pessoal e grupal, que em sala de aula podem contribuir muito para a melhoria dos relacionamentos interpessoais.

No contexto do jogo existem muitos aspectos, dentre eles: culturais, sociais, políticos, cognitivos e motores entre outros, os quais podem ser explorados e experimentados durante sua realização, que na maioria das vezes se mostra um momento divertido e prazeroso, por ser descontraído atrai a atenção e estimula o aluno a participar.

A importância dos Jogos:

A natureza do jogo é a ação, a prática a experimentação requisitos que devem ser supervisionados e estabelecidos através de regras, só se aprende a jogar jogando, e este tipo de jogo, dramático, teatral tem como qualquer outro, estas características e as possibilidades já citadas, sendo assim de grande valia na aprendizagem como um todo, não apenas nas aulas de arte. O teatro nos trás em sua bagagem, os jogos dramáticos com improvisos e exercícios, que dispõe uma série de propriedades, capazes de despertar no aluno o olhar para si ,e para o outro, identificar relações sociais e afetivas, lidar com questões cotidianas e observar de modo crítico o que se passa a seu redor. Para Spolin:

“O jogo é democrático! Todos podem aprender jogando! O jogo estimula vitalidade, despertando a pessoa como um todo - mente e corpo, inteligência e criatividade, espontaneidade e intuição - quando todos, professor e alunos estão atentos para o momento presente.” (2012, p.30).

Conhecer as diferentes linguagens ou poéticas artísticas já fazem parte do currículo escolar, o teatro como uma delas é tratado algumas vezes erroneamente como momento festivo de apresentação, visando o resultado final e não o processo desenvolvido, partindo desta observação se faz necessário colocar a importância dos jogos dramáticos e teatrais como um processo de construção do conhecimento, onde será oportunizado ao aluno práticas nas quais respeitem o conhecimento e realidade cultural do educando, de forma a ampliar seu repertório.

Segundo a DCE: “Na escola, a dramatização evidenciará mais o processo de aprendizagem do que a finalização, a montagem de uma peça. É no

teatro e em seus gêneros, propostos como jogo do riso, do sofrimento e do conflito, que se veem refletidas as maneiras de sentir

Augusto Boal evidencia que o teatro e a arte de representar como manifestação é possível a todos, a qual estamos dispostos a estabelecer em nosso cotidiano, que o papel de espectador não deve ser o único, que devemos transformar a realidade através da arte, mesmo que seja em nosso dia-a-dia, na forma de enfrentar problemas ou na maneira de encarar o mundo. Para o autor “todo teatro é político” e desencadeia várias situações, as quais nos trazem a reflexão como resultado, determinando o senso crítico e o pensamento social, que não deve ser condicionado, porém socialmente temos a opressão de classes, culturas que acabam limitando a liberdade de expressão.

Então é possível se manifestar através dessa linguagem e ela é aberta a todos, e uma forma de alcançar essa fluência é através de jogos dramáticos, os quais podem ser desenvolvidos dentro do currículo educacional, e desenvolvidos através das práticas propostas pelo professor, que deve buscar conhecer seu contexto e conteúdo, bem como formas de transmitir e direcionar estas atividades.

A prática dos jogos dramáticos pode e deve ser introduzida no início da vida escolar, desde a pequena infância e ter continuidade e amadurecimento no decorrer da aprendizagem , para Slade :

“O jogo dramático é uma parte vital da vida jovem. Não é uma atividade de ócio, mas antes a maneira da criança pensar, comprovar, relaxar, trabalhar, lembrar, ousar, experimentar, criar e absorver.(1978,p.07.)

O jogo dramático conforme Slade pode ser pessoal ou projetado. Pessoal: onde o corpo é o instrumento, enquanto personagem a ser assumido, o que resumidamente com a prática reflete em desenvolvimento de liderança e controle pessoal nos participantes. Projetado: quando se usa objetos, brinquedos, fantoches, para projetar intenções, ocasionando concentração, organização e

a emoção a ser compartilhada através de uma estética pessoal organizada a partir das vivências do aluno, através das atividades.

Atividades que devem respeitar e despertar o imaginário do aluno, através de práticas que podem usar diversos recursos, como cenas com temas específicos, improvisos com imagens, sons, leituras. Explorar a linguagem verbal e corporal, bem como o espaço para desenvolver o gesto e sua dramaticidade.

Elkonin coloca a influencia do jogo no papel do desenvolvimento psíquico da criança e que ele é um agente de transição para os novos períodos evolutivos do educando, sendo assim a mediação deste processo deve ser elaborado a fim de estabelecer ligações com o cotidiano dos envolvidos, seus anseios e questões.

Para Viola Spolin no livro Jogos Teatrais na sala de aula, o jogo dramático envolve, o brincar, a liberdade, a intuição, a transformação esta completamente ligada à imaginação onde: “Os efeitos do ato de jogar não são apenas sociais ou cognitivos. Quando jogadores estão focados no jogo, são capazes de transformar objetos ou criá-los”. Spolin(p.33). Ela coloca que as transformações surgem da troca de energia entre os participantes, e que elas ocorrem vários momentos da ação. A autora reforça que existem três essências do jogo teatral que seriam: foco, instrução e avaliação.

Foco Que significa manter-se atento, cada atividade terá um foco diferente do qual não se deve fugir se quiser solucionar a ideia proposta (problema), o foco não é o objetivo do jogo, mas é necessário para manter os jogadores dinâmicos, a incerteza sobre os resultados diminui preconceitos e gera envolvimento e une os participantes.

Instrução É o estalo inicial da dinâmica, frase ou enunciado que mantém o jogador com foco. Isto irá guiar os participantes em direção ao foco, gerando interação, movimento e transformação.

Avaliação Não se trata da avaliação metodológica, de julgamento ou crítica, mas o reestabelecimento do foco, a observação de que os participantes lidam com o problema que o foco propõe, se os alunos que estão como espectadores compartilham o jogo. É um momento para os jogadores e o professor emitirem suas opiniões sobre a maneira “correta” de fazer algo. “Não assuma nada; apenas avalie o que você acabou de ver” Spolin ( 2001p.35).

O formato do jogo, também é parte integrante das ideias e práticas da autora citada, bem como esse formato pode ser maleável de acordo com a faixa etária número de alunos e a observação do mediador.

Olga Reverbel coloca em seu livro “Oficina de teatro” os princípios pedagógicos e psicológicos do ensino do teatro e de suas práticas como o jogo no desenvolvimento social do educando. “Educar não é transmitir conhecimentos treinar condutas, mas criar uma situação psicossocial que leve o aluno descobri- los por si mesmo e integrá-los” (1978 p. 12). No mesmo livro a autora discorre sobre a importância das atividades e propõe organizações metodológicas para que uma oficina teatral possa ser bem sucedida, divide as formas de atividades com temas, observando o relacionamento grupal, descontração, respiração, técnicas vocais, relaxamento, espontaneidade, gesto, improvisações verbais e gestuais, jogos de cena, para então tratar das questões de interpretação e montagem teatral.

Nesta unidade didática a ser trabalhada, o resultado final de uma peça teatral não é o foco do estudo, e sim a dinâmica que antecede e os benefícios obtidos através dela, o que importa é o desenvolvimento psicossocial e as relações interpessoais dos participantes, para que estas relações sejam saudáveis e despertem a empatia o respeito mutuo e o entendimento de grupo e também da individualidade.

O imaginário é alvo de muitos estudos filosóficos e antropológicos, o qual pode ser estruturado através da antropologia como fez, Gilbert Durand (1997), onde o princípio construtivo da imaginação consiste em, simbolizar os anseios e medos relacionados à vida e a morte com a intenção de dominá-los. Assim a

Iniciam as atividades sempre com aquecimento, corporal e vocal depois entram os jogos propriamente ditos como: Jogos de movimento rítmico, que focam na interação do grupo e também podem ser usados como aquecimento, Jogos de transformação, feitos com objetos no espaço cênico, visa sentir o espaço e despertar a imaginação e espontaneidade diante de situações, Jogos sensoriais para aguçar os sentidos e respeitar as subjetividades dos jogadores, jogos como parte de um todo envolvendo o grupo, jogos de espelho, para refletir o que se vê.

Então se tem os jogos partindo das conhecidas perguntas: Onde? Quem? O que? Criando ambientes, personagens e ação através do jogo. Jogos do onde são referentes ao cenário ou ambiente onde ocorre a cena, Jogos do quem se referem ao personagem e seus conflitos e os relacionamentos que são desencadeados a partir dele, jogos do que, envolvem a ação sendo a interação entre os personagens e o cenário juntamente com o tema que flui por meio desta estrutura.

A autora então conduz uma série de exemplos que partem destes pressupostos, com nomenclatura específica e descrição passo a passo para que o professor possa utilizar em sala de aula.

Para Olga Reverbel em seu livro “Um caminho do teatro na escola”, ela aborda questões históricas relacionadas ao ensino do teatro na escola, sua importância pedagógica, aborda a pedagogia da expressão, as formas de expressão de modo geral e nas artes, principalmente no teatro. Dedica um capítulo inteiro sobre as técnicas de expressão (vocal, corporal, musical, coreográfica, mímica, plástica e dramática), e outro capitulo para o jogo dramático, que para ela é um estímulo incomparável, de caráter individual e coletivo. Onde os jogos se mostram um precioso instrumento de aperfeiçoamento físico e intelectual.

A autora prevê em suas técnicas o aquecimento corporal e vocal como agentes fundamentais do processo, sugere alguns tipos de jogos como: representação de personagens, jogo de profissões, jogo de som e ação, jogo dois a dois, jogo em grande grupo, assim ela determina o jogo de acordo com a faixa etária e número de participantes. Faz um relato sobre as experiências

realizadas nas escolas, discute a importância do fazer teatro na escola, com linguagem bem pedagógica, priorizando sempre que a participação do aluno na atuação é voluntária, deve ser ativa e coletiva.

Incentiva que os jogos comecem com linguagem gestual para depois valorizar a linguagem verbal, saindo do cotidiano da comunicação dos participantes, demonstra através de experiências que se pode trabalhar com os jogos usando textos simples do folclore, até trechos de peças de teatro nas atividades. Utiliza também as ideias dos participantes para que eles mesmos construam improvisos e cenas para desenvolver com o grupo.

Ryngaert propõe em “O Jogo Dramático no Meio Escolar”, uma sequência de classificação de experiências. Em sua tipologia inicia com o ponto de partida do jogo que pode ser um texto, imagens, fotografias e etc. Indica exercícios técnicos para desbloquear o imaginário, utilizando gestos, voz, entonações, para desenrolar o discurso. Improvisação coletiva sem olhar exterior, jogo pelo jogo sem expectadores dando maior liberdade e ludicidade a prática. O Corpo, o objeto e a fabricação de imagens. Esta proposta envolve o uso de imagens publicitárias, fotos, reproduções de obras de arte, a turma estabelece um conjunto de materiais que permite experimentar o funcionamento metonímico do objeto no discurso teatral. Improvisação de situações a partir de propostas modificáveis, o próprio título é autoexplicativo, improvisar com situações que possam mudar evitando verbalismo. Dizer um texto não dramático, ou seja, fazer uma leitura qualquer que impeça a invenção prendendo o jogador ao texto e seu ritmo. A Volta do texto dramático, a fim de valorizar uma obra a ser estudada. Improvisação coletiva para os outros: uma situação de comunicação, esta atividade permite a aprendizagem da liberdade

Os envolvidos poderão se expressar partindo de uma temática livremente. O autor enfatiza que essa classificação é apenas um guia, não um manual a ser seguido a cada passo. E que cabe a cada um definir suas práticas de acordo com cada situação.

Augusto Boal articula jogos e exercícios em “200 Jogos e exercícios para o ator e não-ator que pretende dizer algo através do teatro” onde o título já mostra as ideia de teatro democrático onde todos podem participar, dos iniciados aos

Relaxamento

Relaxar atingindo normotonia muscular: O aluno deverá relaxar, mentalizando as partes do corpo. Iniciando pelos pés, subindo lentamente tentando desmanchar os nódulos de tensão. Respirar de modo costodiafragmático Deitado – O aluno deverá deitar colocar as mãos na região do diafragma (situando os dedos logo acima do umbigo) fazendo com que o abdome eleve em seguida expirar sentindo o abdome baixar lentamente , este exercício deve feito de forma nasal.

Relaxamento geral

  • Deixar o corpo cair como um pêndulo e expirando;
  • Rotação da cabeça; rotação dos ombros;
  • Alongar o corpo em todas as direções – espreguiçar tentando chegar com as mãos ao teto;
  • Massagem da cintura escapular e laríngea;

Relaxamento do trato vocal

  • Fazer caretas (relaxamento facial e maxilar);
  • Vibração dos lábios sem som e com som (se não se conseguir pode-se pedir a produção de [z] ou [f]);
  • Vibração da língua sem som e com som (BRRR…/TRRR…/PRRR…); Fazer estalos com a língua;

Os últimos dois exercícios irão promover o relaxamento das estruturas glóticas e supraglóticas.

A vibração deve primeiro ser feita sem som e de seguida com som, sendo esta última acompanhada de uma extensão vocal - do mais grave para o agudo e vice-versa, Ex: BrrrrrrrrrriiiiiiiIIIIIIIIIIIIIIiiiiiiiiiiiii

  • Mastigação com simultânea produção vocal (relaxamento da língua e de toda a musculatura laríngea)

Respiração

  • Inspirar rapidamente pelo nariz e expirando pela boca soltando o ar lentamente. O tempo entre a inspiração e a expiração deve ir aumentando;
  • A respiração deverá ser costo-diafragmática;

Ressonância

  • Trabalhar com sons nasais contínuos ou modelados para aumentar a ressonância melhorando a projeção vocal:
  • Sequência “Ma Na Nhá” por 1 minuto;
  • Produção de palavras orais/nasais: vede-vende; puto-punto; lobo-lombo;

Jogos Dramáticos em Ação

1- Jogo do ambiente: com todos os alunos reunidos em círculo, iremos fechar os olhos e imaginar um lugar (praia, floresta, cidade) descrever as características do lugar escolhido, e pedir para quem souber e quiser fazer os sons que representam este ambiente, chegando a uma paisagem sonora. Com a paisagem e sons definidos podemos iniciar de olhos abertos, uma estória sobre este lugar cada um pode falar no máximo duas palavras e as preposições, tendo que ter coerência na continuidade da estória em conjunto. Feitas as práticas vamos dialogar sobre ela.

2 -Jogo do movimento: Fazer a proposta com os alunos organizados em círculo, depois pedir para que se movimentem desordenada e lentamente no espaço, obedecendo aos níveis que deverão ser intercalados, nível alto (ponta dos pés), nível médio (corpo levemente flexionado), nível baixo (corpo bem flexionado ou no chão), pode ser colocada uma música de fundo. Em seguida irão caminhar em duplas segurando em uma parte do corpo do colega (braço com braço, perna com perna, costas com costas, cabeça com cabeça e assim vai) o objetivo é trocar o máximo de vezes possível a dupla, tocando no próximo e soltando o colega. Ao sinal combinado todos voltam a andar sozinhos, porém terão de imitar movimentos diferentes do cotidiano ex: mancar, saltar, arrastar, balançar o corpo, daí entram personificações andar do idoso, do jovem, da modelo, do colega, da professora, deixar que eles mesmos indiquem. Ao sinal todos podem

7- Jogo da dublagem: em duplas, um dos jogadores ficará sentado fazendo a leitura em voz alta e entonada de um texto dado pelo mediador e o outro irá movimentar os lábios e gesticular dublando o jogador que está lendo, revezando as duplas com textos diferentes e curtos, para dar tempo de todos jogarem e não inibir os participantes.

8- Jogo das quatro cabeças: organizar grupos de quatro alunos que serão uma só voz(irão tentar falar a mesma coisa ao mesmo tempo e movimentar-se como se fosse uma só pessoa) de improviso com outro grupo também na mesma situação, dado um tema ex: festa, conversa entre amigos, jogo de vôlei, lanchonete e etc. Trocando os participantes sinal de tempo para início e término.

9- Jogo das palavras soltas: em uma cena qualquer dado um tema ex: terapia, manicure etc...enquanto os participantes improvisam, o mediador irá falar uma palavra a qual deverá fazer parte do improviso e assim vai introduzindo várias palavras as quais os jogadores terão de improvisar com elas naquela situação do improviso e do tema dado.

10- Jogo com objetos: em grupo de quatro alunos usar um tema como o telejornal (onde teremos personagens fixos como os ancoras menino e menina), o repórter e a garota do tempo, que ficarão posicionados e irão criar as notícias de acordo com os objetos que serão mostrados durante a fala que iniciará livre e deverá manter o ritmo conforme os objetos serão apresentados e indicados para os jogadores.

11- Jogo das frases prontas: cada aluno irá fazer uma frase livre, podendo ser irreverente, absurda, simples, ditado popular e etc, após escrever colocarão em uma caixa, da qual cada um irá tirar uma das frases e deverá interpretá-la ou comentá-la.

12- Jogo do espelho: jogo de empatia onde os jogadores irão brincar com sua imagem e o reflexo da mesma onde um será o espelho do outro, aprofundar a brincadeira com trechos de textos de teatro que o espelhado estaria estudando, e interpretando na frente do espelho.

Variantes destas atividades podem ser encontradas em: É Tudo Improviso.

Encaminhamentos metodológicos:

As orientações serão tratadas nas atividades, através de dinâmicas em grupo, improvisos, esquetes do cotidiano, observações comportamentais, gestualidade, movimento, e interações temáticas. Também serão introduzidos, conceitos sobre o teatro e suas vertentes a fim de contextualizar as atividades propostas, bem como enriquecer o repertório do aluno sobre as artes cênicas.

Para o processo será utilizada a sala de aula, espaços externos da escola como pátio, jardim, e etc. Os mais diversos materiais poderão ser utilizados, como maquiagem, fantasias, objetos, aparelhos áudio visuais, entre outros, dependendo da atividade a ser aplicada, as quais estão especificadas e organizadas no capitulo anterior com doze sugestões de práticas. O expressão pessoal e grupal dos alunos, que terão de participar e analisar as participações dos colegas.

Mostrar respeito, em relação aos colegas e suas atividades, entender como o outro pode vir a se sentir, através da empatia que será desenvolvida com as atividades, colocar-se no papel do outro para que isso ocorra efetivamente durante os jogos dramáticos, vivenciar questões simples do cotidiano, desmistificar a gestualidade usando o corpo para se expressar, entender e aperfeiçoar o diálogo, usar a voz e suas tonalidades para captar o que o outro está transmitindo, e identificar o que a voz representa no seu dia a dia, valorizar nas atividades o aquecimento vocal, e como faz diferença o tom com que se fala e o que ele pode representar.

Avaliação: As avaliações serão contínuas, e dependerão da participação no processo, do envolvimento do aluno, em seus questionamentos, nas observações pessoais e do grupo, não basta apenas participar e sim entender o