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Este documento discute as importâncias da oclusão dentária ideal, incluindo a desoclusão de dentes posteriores, a função em grupo e a guia anterior. Além disso, ele aborda os problemas de maloclusão repentina e edema, e as soluções por meio de ajustes oclusais com resina composta. O texto inclui figuras para ilustrar as ideias.
Tipologia: Notas de aula
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Londrina 2017
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Odontologia da Universidade Estadual de Londrina. Orientador: Prof. Dr. Pedro Marcelo Tondelli
Londrina 2017
Dedico este trabalho a todos aqueles que fizeram parte da minha vida e formação acadêmica, que de alguma forma contribuíram para a realização de mais uma etapa.
A Deus por toda força, proteção e sabedoria necessária para a conclusão deste trabalho e de mais essa etapa fundamental.
Aos meus pais e meu irmão que jamais mediram esforços para me tornar cada dia melhor, por todo amor, apoio e incentivo, não apenas para a conclusão deste trabalho, mas durante toda minha vida, amo vocês incondicionalmente.
A todos meus amigos e namorado que aguentaram juntos comigo todas as angústias, felicidades, estresses e dúvidas. Vocês foram essenciais.
Ao meu Professor Orientador, Pedro Marcelo Tondelli, por toda dedicação, conhecimento transmitido e pela paciência para a realização deste trabalho. Meu eterno obrigada.
A Profa. Dra. Elisa Emi Tanaka Carloto por compartilhar seu conhecimento e enriquecer ainda mais este trabalho. Muito obrigada.
A todos os professores, alunos, funcionários e pacientes que contribuíram, direta ou indiretamente, para a construção dos meus conhecimentos.
EL KADRI, Jamili Akila Teixeira. Oclusão: eliminando interferências por meio de acréscimo de material restaurador. 2017. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Odontologia) – Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2017.
A oclusão mutuamente protegida é um dos objetivos a serem alcançados no tratamento odontológico, a fim de restabelecer a saúde do sistema estomatognático. No movimento mandibular de lateralidade, deve existir apenas o contato dos caninos do lado em que a mandíbula está deslocando - lado de trabalho - promovendo total desoclusão dos dentes posteriores do mesmo lado e ao lado oposto ao movimento - lado de balanceio. No movimento de protrusão, apenas os incisivos devem se tocar, liberando os dentes posteriores. Assim, as forças em direção horizontal tocam somente nos caninos e incisivos, e as forças da mastigação, em um plano vertical, são dissipadas pelos pré-molares e molares, promovendo uma proteção mútua. Quando há contato nos dentes posteriores durante esses movimentos, são denominados interferências, que contribuem para o surgimento de abfrações, perda óssea, mobilidade, reabsorção radicular e DTMs. As remoções das interferências podem ser feitas por meio de desgaste seletivo ou por meio de acréscimo restaurador nos caninos e/ou incisivos. Este trabalho procurou elucidar por meio de 2 casos clínicos a remoção das interferências com acréscimo restaurador nos caninos, evidenciando quando a incorporação é feita em caninos superiores ou inferiores. Conclui-se que o acréscimo restaurador nos caninos possibilita a remoção das interferências de forma rápida e prática, promovendo uma oclusão mutuamente protegida.
Palavras-chave: Oclusão Dentária; Sistema Estomatognático; Dente Canino.
EL KADRI, Jamili Akila Teixeira. Occlusion: eliminating interference by adding restorative material. 2017. Work Completion of course (Undergraduate Dentistry) - State University of Londrina, Londrina, 2017.
ABSTRACT
Mutually protected occlusion is one of the objectives to be achieved in dental treatment in order to restore the health of the stomatognathic system. In lateral mandibular movement, there must be only the contact of the canines on the side where the mandible is moving - working side - promoting total disocclusion of the posterior teeth on the same side and on the opposite side of the movement - balance side. In the protrusion movement, only the incisors should touch, releasing the posterior teeth. In this way, the forces in the horizontal direction are absorbed only by the canines and incisors, and the chewing forces, in a vertical plan, are dissipated by the premolars and molars, promoting mutual protection. When exists contact in the posterior teeth during these movements, they are called interferences, which contribute to the appearance of abfrations, bone loss, mobility, root resorption and TMDs. Interferences removal can be done by selective tooth grinding or through the use of restorative materials in the canines and/or incisors. This work aims to exemplify through two clinical cases, the removal of interferences with restorative addition in the canines, evidencing when the attachment is done in upper or lower canines. In the first case, composite resin incorporation was made on the palatal and incisal surfaces of the upper canine, since there was a horizontal overlap between the canines, making this indication safer, with less grinding or fractures. It is concluded that the restorative addition in the canines allows the removal of the interferences in a fast and practical way, promoting a mutually protected occlusion.
Key-words: Dental Occlusion; Stomatognathic System; Cuspid.
Figura 21 - Interferência oclusal no movimento de protrusão tocando na vertente da
Figura 22 - Interferências oclusais no lado de trabalho tocando nas vertentes das cúspides vestibulares do segundo pré-molar e primeiro molar superior (marcas retangulares). ............................................................................................................
Figura 23 - Interferências oclusais no lado de balanceio tocando nas vertentes das cúspides palatinas dos pré-molares e primeiro molar superior do lado direito (marcas retangulares)..............................................................................................................
Figura 24 - Arcada em oclusão.................................................................................
Figura 25 - Movimento de lateralidade para a direita com interferências.................
Figura 26 - Arcada superior após a checagem das interferências com carbono......
Figura 27 - Arcada inferior após a checagem das interferências com carbono........
Figura 28 - Remoção das interferências por desgaste seletivo – arcada superior...
Figura 29 - Remoção das interferências por desgaste seletivo – arcada superior...
Figura 30 - Remoção das interferências por desgaste seletivo – arcada inferior.....
Figura 31 - Relação dos caninos do lado esquerdo em topo-a-topo........................
Figura 32 - Vista lateral esquerda – relação topo-a-topo..........................................
Figura 33 - Movimento de lateralidade para o lado esquerdo (lado de trabalho) com a desoclusão feita pelos dentes posteriores..............................................................
Figura 34 - A- Condicionamento com ácido fosfórico 37% na superfície lingual,vestibular e vertente distal do canino. B e C– Aplicação de sistema adesivo e posteriormente sua fotopolimerização. D- Incorporação de resina em uma única camada na face lingual e incisal do canino inferior...................................................
Figura 35 - A – Escultura prévia. B e C – primeira fotopolimerização com os dentes ocluídos e posteriormente com a boca aberta. D - Acabamento e remoção de excesso de forma a eliminar qualquer contato prematuro........................................
Figura 36 - Resultado final – guia de desoclusão efetuada por caninos .................
Figura 37 - Trespasse horizontal entre caninos impossibilitando a desoclusão imediata.....................................................................................................................
Figura 38 - Aplicação de adesivo após o condicionamento com ácido fosfórico 37%. Note o aspecto opaco do esmalte............................................................................ 64
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simplicidade na eliminação de interferências oclusais com o acréscimo de material restaurador, evidenciando quando, como, onde e por que deve ser realizado.
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nociceptores. Em seguida, os neurônios aferentes conduzem este estímulo até o SNC, que desencadeia uma ação muscular ou glandular. A nocicepção refere-se detecção e transmissão de um estímulo ou evento nocivo.
O arco reflexo é um tipo de mecanismo neuromuscular incondicionado, ou seja, sem um treinamento prévio ou a intervenção do cérebro. Normalmente, nas primeiras ocorrências existe uma intervenção do cérebro para a percepção, integração e resposta motora, que com a repetição, o estímulo é levado apenas até o nível do tálamo onde por meio de uma sinapse, a resposta motora é desencadeada tornando o reflexo inconsciente e instantâneo.
O sistema muscular é composto por músculos esqueléticos também denominados estriados, que são encarregados do controle de movimentos voluntários do corpo, e de músculos lisos, que atuam no controle de movimentos involuntários presente em paredes de vasos sanguíneos e órgãos internos. Os músculos que atuam de forma direta na mastigação são o temporal, o masseter, o pterigóideo lateral e o pterigóideo medial, ilustrados a seguir. No entanto, ainda participam dos movimentos e com grande importância na função mandibular os músculos digástricos, supra-hioideo, infra-hioideo, milo-hioideo e posteriores do pescoço que terão uma breve descrição.
O músculo temporal (Figura 1) tem a função de elevação, retração, posicionamento e oclusão dos dentes. Sua origem é na linha temporal superior e assoalho da fossa temporal e inserção no processo coronóide e borda inferior do ramo da mandíbula. É inervado pelos nervos temporais profundos (ramos do trigêmeo) e vascularizado por artérias temporais profunda anterior, média e posterior.
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Figura 1: Músculo temporal O músculo masseter (Figura 2) tem a função de elevação da mandíbula e oclusão dos dentes assim como o temporal. Sua porção superficial tem origem nos dois terços anteriores do arco zigomático, enquanto sua porção profunda origina-se na superfície média do arco zigomático e ambos têm sua inserção na superfície lateral externa do ramo e ângulo da mandíbula. É inervado pelo nervo massetérico - também um ramo do trigêmeo - e vascularizado pela artéria massetérica - ramo da artéria maxilar.
Figura 2: Músculo masseter O músculo pterigóideo lateral (Figura 3) tem a função de protrusão da mandíbula e tracionamento do disco articular para frente. A porção superior tem origem na superfície infratemporal da asa maior do osso esfenóide e a inferior na