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O mundo do Antigo Testamento
Tipologia: Notas de estudo
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Não perca as partes importantes!
Redatores: JAMES I. PACKER, A. M., D. PHIL. Regent College MERRILL G. TENNEY, A.M., Ph. D. Wheaton Graduate School WILLIAM WHITE, JR., Th. M., Ph. D.
Digitalizado por id
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Mundo do Antigo Testamento apresenta-nos os povos que influenciaram a história de Israel durante o período do Antigo Testamento. Além disso, traz ao conhecimento do estudante da Bíblia acontecimentos da história de Israel e o significado destes à luz da revelação completa que Deus faz de si próprio na Bíblia. O Antigo Testamento descreve um mundo que é, a um só tempo, semelhante e dessemelhante ao nosso. Por certo conservamos em comum com aquele mundo os elementos básicos da vida — nascimento, crescimento, morte, a família, a nação, o lavrador, o soldado, o magistrado, o professor, o médico, mas a falta de qualquer dos inventos mecânicos e elétricos com os quais nos acostumamos coloca o mundo do Antigo Testamento a uma grande distância do nosso. A medida que estudamos os povos e os acontecimentos do Antigo Testamento, estamos mais bem preparados para julgar nossas próprias vidas e sociedades segundo os padrões da lei de Deus. Nosso estudo pode ajudar-nos, também, a ver a demonstração clara da obra poderosa de Deus na história, porque cada um dos povos que influenciaram a vida de Israel foi um ator no grande palco da civilização. Ao considerar o drama desses povos, podemos ver os intermináveis conflitos de feudos de sangue entre pequenos clãs polígamos, observar o desmoronamento de sociedades que se entregaram ao hedonismo desenfreado, e regozijar-nos com o triunfo eterno dos que foram fiéis a Deus quando não o era a vasta maioria da humanidade. Além de todos os valores e lições que possam advir do conhecimento dessa história, os povos e os acontecimentos do Antigo Testamento apontaram para a vinda do Messias, Jesus Cristo, e para o Seu cumprimento nele. O tema subjacente do Antigo Testamento — e também do Novo — é Criação-Queda- Redenção-Restauração. É na vida das pessoas e das nações que enchem as suas páginas que vemos este drama encaminhando-se para o seu cumprimento. Em O Mundo do Antigo Testamento, o estudante verá que esses povos realmente viveram as experiências registradas, as quais não foram criações literárias de algum escritor imaginativo. Quanto mais conhecermos esse mundo, tanto melhor compreenderemos os seus acontecimentos. Esperamos, também que nossa imaginação seja estimulada e nossos apetites despertados para estudar a Palavra de Deus e permitir que ela nos ilumine o coração.
saia.
Durante a maior parte do tempo que passamos acordados, consideramos tão só o que nos está
lugares. Os capítulos 10 a 11 do Gênesis refletem esta tendência. Os primitivos estados religiosos realizaram grandes coisas. Por exemplo, inventaram a escrita quando começaram a manter registros econômicos, e seus primeiros registros foram feitos, provavelmente, em cera ou barro. Não demorou muito, arquitetaram a aritmética para ajudá-los no cômputo de suas transações comerciais. Então começaram a registrar princípios de ética, lendas, histórias, leis, canções, poemas e fatos históricos. Assim, na época de Abraão, muitas das civilizações situadas em torno do Mediterrâneo haviam posto seus idiomas em forma escrita. Quando um estado religioso arcaico declinava e outro o conquistava, a língua local e os hábitos de adoração misturavam-se. Por isso não podemos, hoje, dizer onde se originaram muitas das línguas e crenças antigas. Os povos do Oriente Próximo começaram a adorar muitos deuses do mesmo tipo (uma prática que denominamos politeísmo). Narravam lendas sobre famílias de deuses mais velhos e deuses mais jovens. Acrescentaram deuses e mais deuses às suas religiões até que formaram uma aglomeração desnorteante de divindades. Ao trocarem as cidades da Palestina antiga suprimentos com outras regiões do Oriente Próximo, também trocavam costumes religiosos. Deixaram provas dessas religiões pagãs mistas nas antigas cidades de Jericó, Hazor, Bete-Semes e outras. O Antigo Testamento descreve este confuso estado de coisas (Josué 24:2, 15).
C. O Estabelecimento de Impérios (cerca de 2700 a.C). Quando os estados religiosos arcaicos se tornaram ricos e seguros, e proveram mais alimento e proteção para seus povos, o resultado foi a explosão populacional. Os mais bem organizados espalharam-se para além de suas fronteiras tradicionais e abrangeram mais algumas cidades-estados das redondezas. Tornaram-se os primeiros impérios do mundo. O primeiro desses foi, provavelmente, o Egito, seguido depois por Elão, Hati (mais tarde Hatusás), e as cidades semíticas da Mesopotâmia (cf. Gênesis 14:1; Deuteronômio 7:1). Os mesopotâmios instalaram o primeiro ditador do mundo, Sargão de Agade (talvez o "Ninrode" de Gênesis 10). Os arqueólogos encontraram prova de outros reinos poderosos no médio Eufrates e ao longo da costa da Síria e de Israel. Um desses — Ebla, ao norte da Síria — ainda está sob investigação, e é possível que os eruditos necessitem de uma geração para traduzir os registros que estão desenterrando. Durante esse tempo, fortes nações de navegadores apareceram nas ilhas do Leste do Mediterrâneo e do mar Egeu. Dois grupos que deveríamos lembrar são os minoanos e os acadianos, porque eles comerciaram com os povos da Palestina e com eles cambiaram idéias religiosas. Foi essa a época de Abraão e seus descendentes, que eram nômades semitas, pois nesse tempo os povos semitas do Oriente Próximo assumiram o comando das culturas não-semíticas mais antigas — tais como os impérios dos sumerianos, dos humanos e dos hititas. O povo de Abraão era rico e sofisticado. Erigiram grandes templos, comerciaram com nações pagãs, e criaram extensas leis e corpos de literatura. A arte e a arquitetura dos sumérios, dos minoanos, dos acadianos e dos egípcios floresceram como nunca dantes. Alguns dos grandes tesouros artísticos de todos os tempos chegaram até nós procedentes dessa época. D. A Era de Amarna (1500 a.C). Com o declínio dos grandes impérios, as nações do Oriente Médio alcançaram um novo equilíbrio de poder. Os estados menores do Leste do Mediterrâneo e do vale do Tigre-Eufrates escaparam das garras dos impérios estrangeiros. Por algum tempo eles puderam desenvolver-se e comerciar entre si mesmos e com seus vizinhos mais poderosos.
Deusa da Fertilidade. Esta estatueta de uma deusa pagã veio da cidade de Mari, no rio Eufrates, perto de Harã (onde Abraão fez uma parada a caminho de Canaã). Esta figura foi feita por volta de 2500 a.C, cerca de 400 anos antes de Abraão. Pensam os eruditos que a deusa era de uma categoria inferior.
A era recebe seu nome da capital do misterioso faraó Akhenaton. Seus oficiais escreveram muitas cartas aos políticos de importância secundária da Síria-Palestina e aos neo-hititas ao norte, cartas que ainda temos. Os palestinos e os hititas, que supostamente faziam parte do império egípcio, na realidade louvavam o Egito da boca para fora e cuidavam
de seus próprios interesses. O Êxodo e a conquista de Canaã ocorreram nessa época, que foi também a época de Moisés e Josué e da compilação do Pentateuco, os cinco primeiros livros da Bíblia. A riqueza e o esplendor da Era de Amama têm fascinado os estudiosos de todo o mundo. Podemos ter uma idéia dessa grandeza considerando os tesouros do túmulo do rei Tutancamen. Tutancamen era apenas um rei menino, títere de seus conselheiros. Assim, a grande pilha de objetos preciosos sepultados com ele foi, sem dúvida, tão só uma amostra das riquezas dos grandes faraós dessa época. De todos os estados do Oriente Próximo pertencentes ao período, devemos prestar especial atenção a Ugarite, na costa do Líbano. Ugarite era o centro da língua e religião cananéias, e as tábulas de argila que os arqueólogos têm encontrado ali jorram muita luz sobre o mundo dos cananeus antes da chegada dos israelitas. Durante o período de Amarna, os povos do Oriente Próximo comerciavam com a maior parte do mundo conhecido — desde o norte da Europa até às fronteiras da China. A principal potência era Babilônia, que se tornou tão forte ao ponto de controlar o Oriente Próximo no período seguinte da história. A Era de Amarna terminou no período em que Israel estava sob o governo dos juizes. Segundo o Livro dos Juizes, o Oriente Próximo sofreu muita luta política no fim desse período, à medida que os novos impérios faziam suas manobras para controlar a área.
E. Os Estados Multinacionais (desde 1200 a.C). Em sua maioria, os reinos da Era de Amarna eram pequenos, por isso marcamos o fim dessa era no tempo em que surgiram reinos mais amplos. Cada reino de Amarna havia-se limitado ao povo de uma raça, língua ou religião, mas os novos reinos controlavam muitos grupos diferentes. Entre esses novos reinos estavam a Assíria, a Pérsia e as primitivas cidades gregas situadas na região costeira da Turquia. Essa nova era, para Israel, começou com o reinado de Saul e seguiu-se com o de Davi e o dos seus descendentes. Os livros históricos e proféticos do Antigo Testamento foram escritos nessa época. Os historiadores, amiúde, denominam essa época de Primeira Comunidade de Israel. O rei Davi foi contemporâneo de Homero, o lendário poeta cego de origem grega, que escreveu a Ilíada e a Odisséia, provavelmente no décimo século antes de Cristo. O rei Salomão, filho de Davi, comerciou com os egípcios, ao sul, e com os hititas, ao norte. Ele elevou Israel ao auge de seu esplendor e poder. No governo de seu filho Roboão, as duas tribos sulinas separaram-se das dez tribos do Norte de Israel. As tribos do Sul congregaram-se em torno de Roboão e foram chamadas nação de Judá, enquanto as do Norte seguiram a Jeroboão, rival de Roboão, e foram denominadas nação de Israel. A Assíria conquistou Israel no ano 722 a.C, e mais tarde, em 586 a.C, o rei Nabucodonosor II da Babilônia destruiu Jerusalém e levou para o cativeiro mais um grupo de judeus. No século seguinte, a Pérsia veio a ser a principal potência do interior da Ásia. O Império Persa cresceu ao ponto de dominar o Egito, a Babilônia e toda a Síria-Palestina.
F. A Era da Supremacia Grega (450-325 a.C). Por esse tempo, o povo da península grega havia edificado um sistema muito bem-sucedido de cidades-estados e colônias comerciais. Despachavam mercadorias das praias do mar Negro para as costas da Europa e da África e construíam cidades e portos em todas as praias do Mediterrâneo. Contudo, nunca conseguiram unir- se em torno de uma cidade ou de um líder. Quando o período dos estados multinacionais se aproximava do fim, os persas tentaram invadir a Grécia, mas foram repelidos por Atenas e seus aliados. Atenas tornou-se uma grande potência no meio século que se seguiu.
Durante essa nova época, os judeus voltaram à Palestina e reconstruíram sua nação a partir das ruínas. Israel ainda fazia parte do Império Persa, mas os novos reis persas concederam autonomia aos judeus. A este segundo período de autogoverno de Israel os historiadores denominam Segunda Comunidade. Enquanto os persas perdiam força em suas guerras com a Grécia, Israel expandiu-se e retomou alguns de seus antigos territórios.
Então se levantou uma nova potência para unir os estados gregos. O novo conquistador era a Macedônia, sob a liderança do rei Filipe (seu túmulo foi recentemente descoberto na região Norte da Grécia). Filipe deixou o império para seu filho Alexandre. O jovem havia sido instruído na academia de Atenas pelo famoso filósofo Aristóteles. Ele amava a civilização e a cultura gregas, e se pôs a caminho para trazer o mundo todo sob a influência dos costumes gregos. Em linguagem
O Rolo de Iaaías. Este é um dos mais bem preservados rolos de pergaminho das cavernas de Qumran, próximas ao mar Morto. Ele contém o livro inteiro de Isaías, copiado entre 100 a.C. e 100 d.C. O rolo tem mais de 7 metros de comprimento. Antes de este e de outros pergaminhos serem descobertos em 1947, os mais antigos manuscritos disponíveis do Antigo Testamento datavam de mais ou menos 900 d.C.
Sargão. Esta máscara de bronze oriunda das ruínas de Nínive, pensa-se, representa o rei Sargão de Agade (Acade). Foi moldada por volta de 2500 a.C. Sargão fez de Agade e Nipur poderosas cidades-estados, que mais tarde se tornaram os núcleos do Império Babilônio.
As tábulas de argila até agora encontradas na Suméria foram escritas principalmente no período médio dos primitivos estados religiosos (cerca de 2000 a.C. a 1650 a.C), mas algumas datam de períodos posteriores, até por volta de 500 a.C. As tábulas dão-nos uma boa quantidade de informações acerca de como a língua hebraica mudou através dos séculos, e como se assemelhava a outras línguas semíticas. Algumas tábulas também nos mostram como os israelitas cruzaram o caminho dos babilônios em diferentes tempos na história.
B. Deir el-Bahari. Também obtemos um vislumbre da vida cotidiana dos tempos antigos nas ruínas de uma aldeia conhecida como Deir el-Bahari. Aqui viviam os operários que construíram os grandes túmulos do Vale dos Reis do Egito, onde os faraós da décima oitava dinastia possuíam túmulos primorosos esculpidos de um canyon de pedra (1580-1340 a.C). Os operários de Deir el- Bahari rabiscaram notas acerca de seus feitos diários sobre pedaços de cerâmica. Esses cocos de cerâmica eram um tipo barato e abundante de artigos de papelaria. E uma vez que eram realmente pedaços de argila cozida, sobreviveram quase tão bem quanto as tábulas de argila da Suméria. O que nos dizem, pois, esses cacos de cerâmica? Em primeiro lugar, os artífices tinham muita auto-estima e independência. Trabalhavam um dia de oito horas e uma semana de dez dias segundo o calendário egípcio. Seus senhores lhes pagavam salários e lhes davam rações de alimento. Os cacos de cerâmica mostram que esses operários se preocupavam com o metal, a pedra e as ferramentas de que necessitavam para terminar o projeto, e se queixavam dos que não compareciam ao trabalho. Eram, pois, muito semelhantes aos construtores de nossos dias! Sabemos que trabalhadores como esses também cavavam minas de cobre no Sul do Sinai e construíam estradas na Palestina. C. Cidades Helenísticas no Egito. No final do século dezenove, os arqueólogos começaram a cavar ao redor das ruínas de antigas cidades localizadas ao lado dos grandes lagos do Baixo Egito. Muitas pessoas viviam ali nos tempos helenísticos, por isso os arqueólogos esperavam encontrar algumas relíquias interessantes. Descobriram pilhas e mais pilhas de papiros (um tipo antigo de papel fabricado de junco). Nesses papiros encontraram registros dos muitos pormenores da vida cotidiana das cidades antigas. Os papiros abriram uma nova porta para a compreensão dos costumes dos tempos do Novo Testamento. Na realidade, fizeram reviver o mundo do governo romano imperial. Além disso, os papiros nos deram os mais primitivos manuscritos conhecidos de muitos autores gregos clássicos — dentre eles, Platão, Aristóteles, Homero, Píndaro e Menandro. Os mais importantes de todos os papiros foram alguns dos mais antigos fragmentos do Novo Testamento. Assim, dos montes de ruínas do Egito vieram alguns dos melhores registros da vida cotidiana do mundo antigo.
D. As Cavernas de Qumran. Em 1947 um pastor descobriu enormes potes de barro nas cavernas de Qumran, na praia noroeste do mar Morto. Dentro dos potes encontrou pergaminhos com escritura he braica muito antiga. Conforme se revelou, foram escritos entre os anos 100 a.C. e 100 d.C. Esses rolos foram alguns dos mais impor tantes materiais já encontrados na Palestina. Mesmo depois de 2000 anos, eles ainda estavam em bom estado de conservação. Continham o texto de muitos livros do Antigo Testamento, e assim confirmaram que os exemplares posteriores da Bíblia que os tradutores vinham usando eram exatos. Esta foi uma prova de grande peso a favor do ponto de vista conservador das Escrituras, o qual afirma que a Palavra de Deus tem passado de geração a geração com fidelidade. Nem todos os textos de Qumran foram publicados, e muitas das controvérsias a respeito deles ainda não foram solucionadas. Os arqueólogos têm pesquisado de ponta a ponta a margem ocidental do rio Jordão e os altos penhascos ao longo do mar Morto, mas têm realizado pouco trabalho ao longo da margem oriental, a qual era tão povoada nos tempos antigos quanto a ocidental. E de esperar também que a praia norte do mar Morto produza mais surpresas para o estudo bíblico à medida que a pesquisa continua. Já os achados de Qumran têm-nos ajudado a entender os tempos do Novo Testamento e o controle romano da Palestina.
E.Pompéia e Herculano. Uma violenta erupção do vulcão Vesúvio destruiu duas pequenas cidades romanas ao longo da baía de Nápoles em agosto do ano 79 da era cristã. Os caçadores de tesouros e os cientistas têm escavado as ruínas dessas cidades — Pompéia e Her culano — por mais de 200 anos. Se o leitor visitá-las hoje, verá muitos alqueires exatamente como o eram há 1900 anos. Eram cidades típicas, e gente rica e gente pobre vivia lado a lado. Os arqueólogos encontraram uma coleção deslumbrante de arte e escultura em ambas as cidades. Também desenterraram algumas obras hidráulicas de grande escala, edifícios bem planejados, e engenhosas ferramentas domésticas. Infelizmente, apenas uns poucos fragmentos de papiros chamuscados sobreviveram à erupção, e esses são cópias de ensaios filosóficos gregos. Desça, porém, as ruas de uma dessas ruínas escavadas sobre a bela baía de Nápoles, e você verá o tipo de mundo que Pedro e Paulo conheceram quando levavam a mensagem de Jesus por todo o Império Romano. F.Ebla. Esta é uma cidade do Norte da Síria que os arqueólogos começaram a explorar em
nos conta como Deus realizou este plano de salvação. Naturalmente, considerando-se que a Palavra de Deus se concentra nesse aspecto da história do mundo, não é de esperar que ela nos narre tudo quanto aconteceu nos tempos antigos. Ela registra só o que necessitamos saber a fim de compreendermos a história da redenção.
Diversas coisas importantes aconteceram no período que decorre entre Adão e Abraão, "o pai de todos os que crêem" (Romanos 4:11). Por exemplo, houve o primeiro homicídio. Adão e Eva tiveram muitos filhos e filhas (Gênesis 5:4), mas a Bíblia cita somente dois por serem importantes para a história da redenção. Eva pensava que seu primogênito, Caim, fosse quem destruiria a Satanás e os livraria da maldição do pecado e da morte (Gênesis 4:1). Mas Caim, movido de àúme, matou seu irmão Abel. Deus castigou-o, expulsando-o da comunidade que servia a Deus. (Sabemos que Adão e Eva continuaram a adorar a Deus porque seus filhos ofereceram a ele holocaustos [Gênesis 4:3-5], e o Novo Testamento refere-se a Abel como um homem de verdadeira fé [Hebreus 11:4].) Não obstante, Deus salvou Caim da Penalidade plena de seu crime; marcou-o de sorte que outras pessoas soubessem que ele não desejava que Caim fosse morto. Não sabemos ao certo qual foi a marca que Deus pôs em Caim, mas deve ter sido claramente visível aos que o encontrassem.
Zigurate de Ur. Este templo de Ur era usado na adoração pagã que Abraão deixou para trás quando foi para a Terra Prometida. A palavra zigurate é tradução do assírio ztqauraht ("altura, pináculo").
Então Deus deu a Adão e Eva o terceiro filho, Sete, que tomou o lugar de Abel. O Redentor do mundo viria da família de Sete. Mas, e quanto à família de Caim? A Bíblia mostra que Lameque, filho de Caim, herdou os caminhos maus do pai (Gênesis 4:19-24). Lameque vangloriava-se de não precisar da proteção de Deus, porque podia valer-se de sua espada (Gênesis 4:23-24). Rejeitou os sagrados padrões matrimoniais estabelecidos por Deus e tomou para si mais de uma esposa. Em verdade, ele atribuía valor tão baixo à vida humana, que matou um homem que o feriu. O mal espalhou-se a toda a humanidade (Gênesis 6:1-4). Diz a Bíblia que gigantes ou "homens poderosos" viviam nesse tempo, mas a sua vida espiritual certamente não correspondia à sua estatura física! Deus enviou um grande Dilúvio para castigar a humanidade pecaminosa, e este foi o mais importante acontecimento do período antigo. Contudo, Deus preservou a vida de Noé e de sua família numa arca (um grande barco de madeira), de sorte que afinal ele pudesse cumprir a promessa de redimir a raça humana. Muitos cristãos, hoje, estão convencidos de que o Dilúvio cobriu o mundo inteiro. De acordo com 2 Pedro 3:6: ".. .pelas quais veio a perecer o mundo daquele tempo, afogado em água". Gleason L. Archer mostra em detalhe que o tamanho da arca era suficiente para conter todas as variedades de animais que existem hoje. 2 Sendo assim, com toda a certeza caberiam nela todas as variedades de vida dos dias de Noé. Notemos que Deus mandou entrar na arca sete pares de animais limpos (Gênesis 7:2), e um par de animais impuros (Gênesis 7:15). Após o Dilúvio, Deus estabeleceu a pena de morte para o homicídio e indicou agentes humanos como executores (Gênesis 9:1-7). Também pôs no firmamento o arco-íris como lembrete ao seu povo de que nunca mais ele destruiria a humanidade pela água (Gênesis 9:11-17). Não obstante, logo depois do Dilúvio, Canaã (ou "Cão"), filho de jsjoé, desrespeitou o pai, pecando contra Deus, e este o amaldiçoou (Gênesis 9:20-29). Então Deus, por intermédio de Noé, descreveu o curso da história subseqüente. Disse que um descendente de Sem traria salvação ao mundo, e que os descendentes de Jafé participariam dessa salvação. A família de Jafé mudou-se para o norte e se constituiu nos proge-nitores dos gentios dos tempos do Novo Testamento (Gênesis 10:2). Mais um fato aconteceu antes de Abraão entrar em cena. Orgulhosos moradores de cidade tentaram chegar ao céu mediante a construção de uma torre em Babel (Gênesis 11). Deus condenou seus modos arrogantes dividindo-os em diferentes grupos de línguas, espalhando-os depois para regiões diferentes (Gênesis 11:1-7; cf. 9:1). Foi assim, parece, que se iniciaram as grandes famílias de línguas do mundo. Que é que tudo isto significa para nós? Mostra, com clareza, que o mal continuou a aumentar desde os tempos do Dilúvio até Abraão. Sabemos que, durante esse período, as pessoas adoravam muitos deuses (Josué 24:2; cf. Gênesis 31:19, 30-32), e a imoralidade campeava. Por isso Deus, que tencionava
salvar a humanidade, decidiu começar de novo em uma família, por meio da qual "serão benditas todas as famílias da terra".
DE ABRAÃO A MOISÉS Para trazer salvação ao restante da humanidade, Deus escolheu a família de Abraão, que morava em Ur, capital do antigo reino da Suméria. Um dia, por volta de 2000 a.C., Deus chamou a Abraão para deixar a casa de seu pai e ir para uma nova terra. A Bíblia acompanha os passos de Abraão desde Ur até Harã (norte da Palestina), através da Palestina, ao Egito, e de volta à Palestina. Deus prometeu dar um filho a Abraão e fazer de sua descendência uma grande nação. Deus prometeu, também, fazer da família de Abraão uma bênção para todas as nações (Gênesis 12:2-3: 17:1-6). No princípio, Abraão creu no que Deus lhe disse; mais tarde, porém, duvidou de que Deus fizesse como havia prometido, e tentou forçar a mão de Deus. Desse modo, quando Deus não lhe deu um filho tão cedo quanto ele esperava, Abraão tomou a serva de sua mulher, a jovem Hagar, e teve com ela um filho. Muito embora o mundo antigo aceitasse este meio de assegurar um herdeiro, era uma violação da lei de Deus para o casamento (Gênesis 2:24), e Abraão sofreu amargamente as conseqüências de seu pecado. Ismael, seu primogênito, voltou-se contra Isaque, o filho da promessa que nasceu treze anos depois, e como conseqüência teve de deixar a casa de Abraão.
Moisés
A figura mais decisiva da história do Antigo Testamento foi Moisés, que livrou o povo de Israel do cativeiro. Alguns comentaristas crêem que seu nome é uma combinação das palavras egípcias "água" (mo) e "tirar" (shi). Pode ser, pois, um lembrete de como a filha de faraó tirou o menino Moisés do cesto que flutuava no Nilo (Êxodo 2). Moisés tinha um irmão mais velho por nome Arão e uma irmã chamada Miriã. Ele nasceu logo depois que faraó ordenou a seus soldados que matassem todos os meninos israelitas recém-nascidos como forma de controlar a população dos escravos. A mãe de Moisés fez um cesto de junco, colocou nele o menino, e deixou-o a flutuar no rio Nilo sob os olhos vigilantes da irmã. Quando a filha de faraó encontrou o menino, adotou-o na família real. Quando jovem, Moisés, num acesso de fúria, matou um capataz de escravos egípcio (Êxodo 2:llss.). Fugiu para a terra inóspita de Midiã, onde se casou com Zípora, filha dum sacerdote. O casal teve dois filhos — Gerson e Eliezer (Êxodo 222; 18:4). Depois de haver Moisés vivido em Midiã cerca de quarenta anos, o Senhor apareceu-lhe numa sarça ardente ao lado do monte Sinai ou Horebe (Êxodo 3), e deu-lhe instruções para tirar seu povo do Egito e conduzi-lo à Terra Prometida de Canaã. Moisés alegou que não poderia convencer o rei a permitir que os israelitas saíssem, de modo que o Senhor o deixou levar consigo a Arão como seu porta-voz. Moisés voltou ao Egito levando a mensagem: "Deixa ir o meu povo." Uma vez que o rei exigiu um sinal de poder divino para confirmar a mensagem de Moisés, este foi lançado contra os magos da corte de faraó. (Segundo a tradição judaica, os nomes dos magos eram Janes e Jam-bres.) Conquanto o rei visse Moisés e Arão realizarem milagres mais espetaculares do que os de seus próprios magos, ele se recusou a permitir que o povo saísse. Então Deus enviou uma série de dez pragas que culminaram com a morte de todos os primogênitos do Egito — incluindo o próprio filho de faraó — a fim de convencer o monarca, que finalmente resolveu honrar a solicitação de Moisés. Mesmo assim, o rei mudou de idéia enquanto os israelitas deixavam o país e tentou detê-los nas praias do mar Vermelho, mas Deus dividiu as águas de sorte que os israelitas escaparam. Moisés conduziu o povo ao monte Sinai, onde ele se encontrou com Deus e recebeu um sistema de leis para governá- los na Terra Prometida. Deus resumiu essa lei nos Dez Mandamentos, que ele gravou em tábuas de pedra e deu a Moisés. De volta ao acampamento israelita, Moisés verificou que o povo havia voltado à adoração pagã, e, cheio de ira, arremessou as tábuas ao chão, simbolizando que o povo havia quebrado a aliança. Depois que o povo se arrependeu do pecado, Moisés voltou ao monte e recebeu de novo os Dez Mandamentos. Durante quarenta anos os israelitas peregrinaram no deserto entre Sinai e Canaã, e nesse tempo Moisés e Arão foram seus governantes civis e religiosos. Deus impediu Moisés de entrar na Terra Prometida por haver-lhe desobedecido em Meribá, onde ele feriu uma pedra com sua vara para obter água. Não obstante, Deus conduziu Moisés ao topo do monte Nebo, de onde ele viu a Terra Prometida e depois morreu. Nos seus 120 anos de vida, Moisés conduziu o povo da escravidão para a liberdade, registrou sua história passada escrevendo o que são hoje os cinco primeiros livros do Antigo Testamento, e recebeu a Lei que os governaria por séculos vindouros.