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Temos a remoção mecânica do tecido cariado e o capeamento pulpar indireto como fortes aliados. Paciente S.L.L, 39 anos, compareceu a Clínica de Emergência da ...
Tipologia: Notas de aula
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Protection pulp dentin complex: indirect pulp capping with glass ionomer (case report)
GUIMARÃES, Pâmella Cristina Ferreira^1 ; LAURINDO, Thaynara Carneiro^1 ; IRRAZABAL, Leandro^2 ; MARTINS, Victor da Mota^3 ; SILVA, Camila Ferreira^2
1 Acadêmica de Odontologia da Faculdade Morgana Potrich- FAMP 2 Professor Mestre da Faculdade Morgana Potrich- FAMP 3 Mestre em Odontologia pe Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Uberlândia- FOUFU
Atualmente uma das principais preocupações no cotidiano odontológico é manter ou restituir o equilíbrio biológico e funcional da estrutura dental, sendo assim, existe uma busca constante de materiais que possam restabelecer e conservar o tecido pulpar sadio. Temos a remoção mecânica do tecido cariado e o capeamento pulpar indireto como fortes aliados. Paciente S.L.L, 39 anos, compareceu a Clínica de Emergência da Faculdade Fama apresentando restauração de amálgama insatisfatória do elemento 16, com aspecto de falta de material na oclusal, margem mal adaptada com fendas, inicio de cárie recorrente e desconforto no momento da higienização do tipo mecânica. No momento da remoção da restauração e da cárie notou-se que a cavidade era profunda. Optou-se pelo cimento de ionômero de vidro que é um excelente material indicado para o capeamento pulpar indireto em cavidades profundas quando não tem risco de exposição pulpar, que com a liberação de flúor auxilia na remineralização dental e diminui a sensibilidade pós-operatória. O presente relato clínico tem como proposta principal devolver a função ao elemento 16, estética por escolha do material restaurador resina composta completamente indicada para dentes posteriores pela boa higiene oral do paciente, com a técnica incremental, utilizando resina de dentina e de esmalte de cor A2 da marca Dentsply. Obteve-se resultado bem satisfatório respeitando a estrutura anatômica e o mínimo de intervenção possível nas cúspides, sulcos e pontes de esmalte.
Palavras chave: capeamento pulpar indireto, cimento de ionômero de vidro, cavidades profundas.
A doença cárie dentária é um dano traumático que concebem as máximas intimidações para os dentes. Um procedimento de capeamento pulpar busca conservar a vitalidade da polpa[1,2]. A finalidade do capeamento pulpar é promover a cura da polpa pelo estímulo do tecido remanescente pelo material capeador. Esta ação controla a microinfiltração e a penetração de bactérias e contaminantes [3,4]. A cárie dentária é uma doença infectocontagiosa multifatorial. Seu desenvolvimento é verificado pela presença de bactérias e carboidratos fermentáveis (sacarose), sendo modificada, entre outros fatores, pelos componentes salivares e pela exibição a fluoretos [5]. A pesquisa visual tem sido o meio preferido para diagnóstico de lesões cariosas oclusais assim, olhos clínicos aguçados, ao invés de sondas, são importantes na busca de exterioridades quanto à textura, brilho e coloração das lesões. Para isso, é imprescindível que as superfícies fiquem limpas, livres de biofilme, secas e bem iluminadas, ao se fazer o exame de inspeção visual. Entretanto as faltas de um método único e eficaz para detecção de lesões iniciais comprometem o diagnóstico e o tratamento destas lesões [5,6]. As finalidades da terapia restauradora vão além de restaurar a forma e a função dentária, de modo que procuram minimizar a irritabilidade pós-operatória e preservar a vitalidade pulpar [7].
O relato a seguir foi autorizado pelo paciente e professor orientador. Paciente gênero masculino J.O.L 34 apresentava o elemento 16 com restauração insatisfatória de amálgama. Após a realização do exame clinico, radiográfico e o início do procedimento operatório constatamos que se tratava de uma cavidade profunda, com risco de sensibilidade dentinária, necessitando assim de uma proteção do complexo dentino-pulpar pela técnica do capeamento pulpar indireto. O elemento envolvido não apresentava dor espontânea, nenhum tipo de mobilidade e um bom suporte ósseo (Figura 1).
Posteriormente foi realizada a anestesia infiltrativa, IACO (Isolamento Absoluto do Campo Operatório) e a remoção da restauração insatisfatória. Tomando-se cuidado para não promover a exposição pulpar e alargamento excessivo da cavidade (Figura 2). Finalizada a remoção da restauração utilizou-se broca esférica de baixo calibre em alta rotação sob refrigeração para evitar a degradação desnecessária. A dentina remanescente sobre a parede pulpar mostrava-se escurecida e endurecida, aspectos característicos de dentina esclerosada (Figura 3). Efetuou-se a limpeza da cavidade com clorexidina 0,12%, proteção do complexo dentino- pulpar com cimento de ionômero de vidro forrador (VITREBOND) (Figura 4), fotopolimerização, condicionamento ácido da dentina com ácido fosfórico 37% (ACID GEL) por 15 segundos (Figura 5), lavagem e secagem da cavidade com papel absorvente (Figura 6), sistema adesivo prime e bond (PRO-LINE) (Figura 7) fotopolimerizado por 20 segundos (Figura 8), seguido da técnica incremental de resina composta de cor A2 (DENTSPLY) para esmalte e dentina ( Figura 9), usando a sonda exploradora para desenhar os sulcos (Figura 10). Cada incremento foi fotopolimerizado por 15 segundos e a polimerização final por 60 segundos. O acabamento foi feito com brocas diamantadas de granulação fina e extra fina 2200 (Figura 12). O polimento da resina composta foi realizado logo após o acabamento com as borrachas de polimento (MICRODONT) e pasta diamantada (DIAMONDR-FGM). Após a conclusão dos procedimentos clínicos observamos resultado funcional satisfatório mantendo o equilíbrio do sistema estomatognático, o elemento não apresentou sensibilidade pós operatória, situação estética aprovada pelo paciente, margens bem adaptadas, apresentando sulco principal bem definido, sulco secundário, pontes de esmalte e cúspides com o mínimo de intervenção possível (Figura 13).
Figura 1. Radiografia do elemento 16 Figura 2. Isolamento absoluto
Figura 9. Técnica incremental da resina composta
Figura 11. Aspecto após reconstrução incremental de resina
Figura 13. Aspecto final da restauração
Figura 10. Reconstrução dos sulcos secundários e primário
Figura 12. Acabamento e polimento da restauração
O Capeamento pulpar indireto (CPI) é uma conduta minimamente invasiva tomada em casos em que se deseja evitar a exposição pulpar e a possível prática de pulpotomia [8]. A pulpotomia (PP) tem demonstrado menor índice de sucesso (70%) quando comparada à técnica do CPI (90%) e, em contrapartida, tem-se notado resultados clínicos parecidos a longo prazo, tanto para remoção total, como para remoção parcial do tecido cariado[46]. De tal modo o CPI tem sido a terapêutica de opção em dentes decíduos e permanentes com lesões profundas, sem sintomatologia [8,9]. A retirada parcial do tecido cariado, agregada no CPI, embasa-se na proposta de dividir a dentina em duas camadas distintas: a infectada (mais externa, inteiramente desorganizada, necrótica, não passível de remineralização) e a pretensiosa (desmineralizada, porém com estrutura colágena mantida). Adentro dessa proposta, a dentina afetada poderia ser conservada nas paredes de fundo da cavidade [10], uma vez que, por ter a estrutura colágena preservada, após selamento, a disposição é a redução na contagem de microrganismos e paralisação da lesão [8,10,11]. A dentina remanescente, no caso em questão, expunha coloração escurecida e consistência endurecida. Embora ambos os critérios serem subjetivos e a cor não ser o melhor quesito para se avaliar a dentina cariada [8], a textura do tecido remanescente na cavidade aparentava características de dentina esclerosada. Essa camada dentinária mostra-se com menor contaminação bacteriana e é mais mineralizada, representando a resposta do organismo frente à lesão de cárie [^12 ]. De tal modo, a manutenção desse tecido concebe uma vantagem ao se considerar a realização do CPI a fim de resguardar e manter a vitalidade do órgão pulpar. Características de interesse clínico dos CIV, é que são materiais muito usados na Odontologia moderna devido às suas propriedades clínicas, que incluem liberação de flúor, adesividade à estrutura dentária, coeficiente de expansão térmico-linear semelhante à estrutura dentária, poder antimicrobiano e rapidez anticariogênica[13,14,15]. Dessa forma, os cimentos de ionômero de vidro e seus derivados proporcionam adesividade e biocompatibilidade aos tecidos dentários, sendo preconizados para a proteção indireta do complexo dentino-pulpar[16]. Os mecanismos primários pelos quais o flúor ajuda na prevenção à cárie são: acrescentando a resistência à desmineralização e facilitando a remineralização dos tecidos dentais duros[17]. Em pacientes de alto risco de cárie, a utilização de materiais restauradores com flúor é extremamente importante para o controle de cáries secundárias[18].