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INVENTÁRIO FLORESTAL PARA A ADEQUAÇÃO DO SISTEMA VIÁRIO
DE ACESSO AO NOVO HOSPITAL NO PROLONGAMENTO DA AVENIDA
UNIVERSITÁRIA
1. APRESENTAÇÃO
Inventários florestais são utilizados em vários tipos de levantamentos para
fins de reconhecimento, diagnóstico e avaliações no campo florestal. Além disso
são importantes ferramentas utilizadas no diagnóstico do potencial produtivo ou
protetivo de florestas. É através dos resultados dos inventários florestais que se
apoiam decisões importantes acerca da viabilidade de empreendimentos
florestais, que exigem investimentos financeiros.
Nos levantamentos florestais é prática usual selecionar uma ou mais
amostras que consiste em pequenas frações da população que se deseja obter a
informação. O verdadeiro valor de uma característica ou variável é denominado
parâmetro e só existe na natureza. Entretanto, através da observação de um certo
número de unidades amostrais pode-se estimar sua estatística correspondente.
Quaisquer estimativas dos parâmetros estão sujeitas a erros de
amostragem, oriundos de procedimentos de seleção e operação das unidades
amostrais.
Os inventários florestais são instrumentos básicos utilizados para se
avaliar estatisticamente as reais potencialidades e capacidades produtivas dos
recursos florestais de determinada área.
2. IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDIMENTO
2.1.Empreendimento
Prolongamento da Avenida Universitária de acesso ao novo hospital.
2.2. Proprietário
Nome: Município de Pitanga
CNPJ: 76.172.907/0001-
Endereço: Centro Administrativo 28 de janeiro, 171
Telefone: 42-3646-
Email: agriculturapitanga@gmail.com
2.3. Responsável Técnico
Nome: Fernando Marcelo Chiamolera
CPF: 043.061.849-
Endereço: Rua Fernando Lisboa Junior, 25 ap 01 – Bairro Santa Cruz
Guarapurava - PR
Telefone: 042 99810-
Email: chiamolera@hotmail.com
Formação: Engenheiro Agrônomo.
CREA: PR-162662/D
2.4. Justificativa
Para um melhor acesso ao novo hospital no município de Pitanga
(coordenadas UTM 22J 419964,20 E / 7261168,03 S), cuja localização de sua
instalação está apresentada na Figura 1, houve a necessidade de revisão do
sistema viário. Esta nova diretriz foi sancionada pela Lei complementar nº 53 de
25 de fevereiro de 2019. O acesso ao novo hospital é realizado pelo
prolongamento da Avenida Universitária (em vermelho na Figura 1) com uma
extensão de 1.384,91 metros, entre as coordenadas UTM: 22J 421225,51 E /
7261189,99 S e 22J 419887,76 E / 7261193,54.
FIGURA 2 – LOCALIZAÇÃO DAS ÁREAS DE SUPRESSÃO DE VEGETAÇÃO
FONTE: adaptado de GOOGLE EARTH (2019)
FIGURA 3 – LOCALIZAÇÃO DAS PARCELAS DE AMOSTRAGEM DA ÁREA DE
SUPRESSÃO 1
FONTE: adaptado de GOOGLE EARTH (2019)
FIGURA 4 – LOCALIZAÇÃO DAS PARCELAS DE AMOSTRAGEM DA ÁREA DE
SUPRESSÃO 2
FONTE: adaptado de GOOGLE EARTH (2019)
A área de supressão 1 (Figura 2) é de vegetação em estágio médio
avançado, com diversas espécies nativas como Ocoteaspixian, Ilexparaguariensis
e Campomanesiaxanthocarpa. A Tabela 1 apresenta um resumo das informações
referentes a área de supressão 1 e as Figura 5, 6 e 7 ilustram a vegetação
presente e característica desse local.
TABELA 1 – INFORMAÇÕES DA ÁREA DE SUPRESSÃO 1
ÁREA DE
SUPRESSÃO
ÁREA (m²) COORDENADAS
UTM
FIGURAS ESTÁGIO DA
VEGETAÇÃO
1 889,34 22J 420153.44 E/ 7261198.62 S
Até
22J 419985.59 E/ 7261206.54 S
5, 6 e 7 Médio a Avançado
FIGURA 5 – VEGETAÇÃO PRESENTE NA ÁREA DE SUPRESSÃO 1
FONTE: o autor
indivíduo na amostra. A Tabela 2 apresenta as informações gerais referentes as
parcelas amostrais e as Tabelas 3, 4, 5, 6, 7 e 8 apresentam as informações
referentes as espécies nativas amostradas. O porcentual das áreas das parcelas
amostradas em relação a área de supressão 1 é de 34,06 %.
Para obtenção do diâmetro à altura do peito (DAP) foi utilizado a seguinte
fórmula.
DAP = Circunferência à altura do Peito (CAP)
Essa informação é importante para estimar a o volume de lenha que a área
proporcionará.
Para a determinação do volume de lenha existente na área será utilizado
a seguinte equação desenvolvidas pela Fundação Centro Tecnológico de Minas
Gerais (CETEC), em 1995, conforme disponibilizado por Sorares et.al. (2006).
O volume total será também considerado como valor de referência para a
quantidade de lenha disponível na área. A quantidade de madeira comercial (Tora)
não será considerado pois as espécies levantadas não apresentam interesse
comercial.
O DAP também será utilizado para obtenção da área basal de cada espécie
através da fórmula:
AB =
TABELA 2 – INFORMAÇÕES DAS PARCELAS AMOSTRAIS DA ÁREA DE
SUPRESSÃO 1
ÁREA DE
SUPRESSÃO 1
(m²)
PARCELA
AMOSTRAL
ÁREA
(m²)
PONTOS DA
PARECELA
COORDENADAS
UTM
ESTÁGIO DA
VEGETAÇÃO
889,34 1 87,54 1 22J 420025.53m E/
7261201.68m S
Médio a Avançado
2 22J 420017.05m E/
7261210.86m S
3 22J 420008.74m E/
7261213.89m S
4 22J 420011.47m E/
7261204.68m S
2 126,45 1 22J 420047.98m E/
7261204.82m S
2 22J 420051.07m E/
7261195.73m S
3 22J 420062.08m E/
7261195.69m S
4 22J 420064.83m E/
7261204.99m S
3 88,95 1 22J 420138.78m E/
7261194.16m S
2 22J 420137.96m E/
7261186.95m S
3 22J 420152.00m E/
7261187.03m S
4 22J 420150.53m E/
7261193.48m S
TABELA 3 – INFORMAÇÕES GERAIS DAS ESPÉCIES NATIVAS DA PARCELA
AMOSTRAL 1
ÁREA DE SUPRESSÃO 1
PARCELA AMOSTRAL 1
NOME VULGAR NOME CIENTÍFICO NÚMERO DE
AMOSTRAS
ÁREA BASAL
(m²)
VOLUME DE
LENHA (m³)
VOLUME DE
TORA (m³) Canela Branca Ocoteas pixian 7 0,212923912 2,44 0 Erva Mate Ilex paraguariensis 4 0,0195983 0,05 0 Gabiroba Campomanesia xanthocarpa
Canela Preta Ocotea catharinensis 1 0,005378996 0,05 0 Guaçatumba Preta
Schoefferia Uruguay- ensis
Magnólia amarela
Magnolia champaca 1 0,001790346 0,01 0
Carne-De-Vaca Clethras cabra 1 0,001790346 0,01 0 TOTAL GERAL 17 0,27008 2,864 0
TABELA 4 – INFORMAÇÕES DAS ESPÉCIES INVENTARIADAS NATIVAS DA
PARCELA AMOSTRAL 1
ÁREA DE SUPRESSÃO 1
PARCELA AMOSTRAL 1
TOTAL 0,099742189 1,
Ocotea catharinensis 1 0,55 0,175076 13 0,024070213 0,
TOTAL 0,031462355 0,
Cunoniaceae Lamanonia sp
TOTAL 0,041925935 0,
Prunus myrtifolia 1 0,4 0,127328 5 0,012731352 0,
TOTAL 0,0284068 0,
Clethras cabra 1 0,13 0,041382 4 0,001344749 0,
TOTAL 0,0063179 0,
Inderteminada 1 0,19 0,060481 7 0,002872511 0,
Inderteminada 1 0,89 0,283304 12 0,063028151 0,
TABELA 7 – INFORMAÇÕES DAS ESPÉCIES NATIVAS DA PARCELA
AMOSTRAL 3
ÁREA DE SUPRESSÃO 1
PARCELA AMOSTRAL 3
NOME
VULGAR
NOME CIENTÍFICO NÚMERO DE
AMOSTRAS
ÁREA BASAL
(m²)
VOLUME DE
LENHA (m³)
VOLUME DE
TORA (m³) Vacun Allophy lusedulis 2 0,016551395 0,07 0 Solanacea 2 0,002864873 0,01 0 Gabiroba Campomanesia xanthocarpa
Mosqueteiro 1 0,00079571 0,003 0 Salicacea 1 0,011490046 0,11 0 Malvacea 1 0,024953451 0,18 0 Laranja de bico
Myrtaceae 1 0,003182838 0,01 0
Carne-De- Vaca
Clethras cabra 1 0,015404936 0,22 0
Espécie indeterminada 1 0,015404936 0,12 0 TOTAL GERAL 11 0,09781 0,783 0
TABELA 8 – INFORMAÇÕES DAS ESPÉCIES INVENTARIADAS NATIVAS DA
PARCELA AMOSTRAL 3
ÁREA DE SUPRESSÃO 1
PARCELA AMOSTRAL 3
NOME
CIENTÍFICO
ARVORE CAP (m) DAP (m) ALTURA (m)
ÁREA BASAL
(m²)
VOLUME TOTAL (m³)
Solanacea 1 0,16 0,050931 4 0,002037016 0,
TOTAL 0,002864873 0,
Allophy lusedulis
TOTAL 0,016551395 0,
Campomanesia xanthocarpa
Mosqueteiro 1 0,1 0,031832 4 0,00079571 0, Salicacea 1 0,38 0,120961 10 0,011490046 0, Clethras cabra 1 0,44 0,14006 12 0,015404936 0, Myrtaceae 1 0,2 0,063664 3 0,003182838 0, Malvacea 1 0,56 0,178259 9 0,024953451 0, Espécie indeterminada
A área de supressão 2 (Figura 2) é de vegetação em estágio médio
avançado, com diversas espécies nativas como Ocoteas pixian, Schoefferia
Uruguayensis e Campomanesia xanthocarpa. A Tabela 9 apresenta um resumo
das informações referentes a área 2 e as Figuras 8, 9 e 10 ilustram a vegetação
presente e característica desse local.
TABELA 9 – INFORMAÇÕES DA ÁREA DE SUPRESSÃO 2
ÁREA DE
SUPRESSÃO
ÁREA (m²) COORDENADAS
UTM
FIGURAS ESTÁGIO DA
VEGETAÇÃO
2 182,06 22J 420496.82 E/ 7261156.60 S
Até
22J 420383.44 E/ 7261157.81 S
8, 9 e 10 Médio a Avançado
FONTE: o autor
FIGURA 10 – VEGETAÇÃO PRESENTE NA ÁREA DE SUPRESSÃO 2
FONTE: o autor
Pelo fato da vegetação localizada na Área de Supressão 2 se encontrar
em estágio médio avançado, foi realizada uma amostragem da mesma, para o
levantamento florístico e fitossociológico da vegetação (Figura 4), considerando a
Circunferência a Altura do Peito – CAP mínimo de 10 cm para inclusão do
indivíduo na amostra. A Tabela 10 apresenta as informações gerais referentes as
parcelas amostrais e as Tabelas 11, 12, 13 e 14 apresentam as informações
referentes as espécies nativas amostradas. O porcentual das áreas das parcelas
amostradas em relação a área de supressão 2 é de 39,6 %.
TABELA 10– INFORMAÇÕES GERAIS DAS PARCELAS AMOSTRAIS DA ÁREA
DE SUPRESSÃO 2
ÁREA DE
SUPRESSÃO 2
(m²)
PARCELA
AMOSTRAL
ÁREA
(m²)
PONTOS DA
PARECELA
COORDENADAS
UTM
ESTÁGIO DA
VEGETAÇÃO
182,06 4 32,90 1 22J 420400.10m E/
7261158.03m S
Médio a Avançado
2 22J 420399.40m E/
7261154.55m S
3 22J 420408.46m E/
7261157.88m S
4 22J 420407.91m E/
7261153.78m S
5 49,89 1 22J 420458.32m E/
7261158.04m S
2 22J 420455.47m E/
7261164,17m S
3 22J 420466.73m E/
7261161,16m S
4 22J 420468.71m E/
7261157.38m S
TABELA 11 – INFORMAÇÕES DAS ESPÉCIES NATIVAS DA PARCELA
AMOSTRAL 4
ÁREA DE SUPRESSÃO 2
PARCELA AMOSTRAL 4
NOME
VULGAR
NOME
CIENTÍFICO
NÚMERO DE
AMOSTRAS
ÁREA BASAL
(m²)
VOLUME DE LENHA
(m³)
VOLUME DE
TORA (m³) Vacun Allophylus edulis
Canela Branca
Ocoteas pixian 2 0,308074857 3,78 0
Pessegueiro Bravo
Prunus myrtifolia
Erva Mate Ilex paraguariensis
Rutacea 1 0,002578099 0,01 0 TOTAL GERAL 14 0,415949 4,59 0
TABELA 12 – INFORMAÇÕES DAS ESPÉCIES INVENTARIADAS NATIVAS DA
PARCELA AMOSTRAL 4
ÁREA DE SUPRESSÃO 2
PARCELA AMOSTRAL 4
NOME
CIENTÍFICO
ARVORE CAP (m) DAP (m) ALTURA (m)
ÁREA BASAL
(m²)
VOLUME TOTAL (m³)
Allophylus edulis 1 0,3 0,095496 8 0,007161386 0,
TOTAL 0,042713687 0,
Ocoteas pixian 1 1,41 0,44883 15 0,158195011 2,
TOTAL 0,308074857 3,
Prunus myrtifolia 1 0,45 0,143244 4 0,016113118 0,
TOTAL 0,041066569 0,
Ilex paraguariensis 1 0,52 0,165526 7 0,021515986 0,
informações referentes a área 3 e as Figura 11, 12 e 13 ilustram a vegetação
presente e característica desse local.
TABELA 15 – INFORMAÇÕES DA ÁREA DE SUPRESSÃO 3
ÁREA DE
SUPRESSÃO
ÁREA (m²) COORDENADAS
UTM
FIGURAS ESTÁGIO DA
VEGETAÇÃO
3 646,25 22J 420556.49 E/ 7261122.02 S
Até
22J 420415.44 E/ 7261129.27 S
5, 6 e 7 Inicial
FIGURA 11 – VEGETAÇÃO PRESENTE NA ÁREA DE SUPRESSÃO 3
FONTE: o autor
FIGURA 12 – VEGETAÇÃO PRESENTE NA ÁREA DE SUPRESSÃO 3
FONTE: o autor
FIGURA 13 – VEGETAÇÃO PRESENTE NA ÁREA DE SUPRESSÃO 3
FONTE: o autor
4. CONCLUSÃO
Com o levantamento das informações é possível apresentar um resumo
apresentado na Tabela 16 a seguir.
TABELA 16 – RESUMO DAS INFORMAÇÕES LEVANTADAS