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Inventário de Avaliação Pediátrica de Incapacidade (PEDI): aplicabilidade no diagnóstico de transtorno invasivo do desenvolvimento e retardo mental.
Tipologia: Notas de estudo
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Data de recebimento: 28/10/ Data da aprovação: 07/01/
Roseli PAicheco^1 , JuliAnnA Di MAtteo^2 , siMone cucolicchio^3 , cláuDio GoMes^4 , MARcio FAlcão siMone^5 , FRAncisco BAPtistA AssuMPção JR^6
O objetivo da pesquisa foi verificar através do Inventário de Avaliação Pediá- trica de Incapacidade (PEDI), diferenças no desempenho funcional e a necessida- de de auxílio do cuidador em 61 crianças, sendo 34 com transtorno invasivo do de- senvolvimento e 27 com retardo mental, com médias de idade 8,06 e 8,12 respec- tivamente, todos diagnosticados previa- mente por equipe multidisciplinar, atra- vés das escalas ATA, CARS e Vineland. Os dados obtidos foram analisados estatisticamente, através do programa Bioestat 5.0, realizando test t para com- paração de médias, o qual não eviden- ciou diferenças significativas no desem- penho e na necessidade de auxílio do cuidador, exceto no item mobilidade de habilidades funcionais. Palavras-chave: Retardo mental/ diagnóstico, Transtorno autistico/diag- nóstico, Transtornos globais do desen- volvimento infantil, Avaliação da defici- ência, Escalas de graduação psiquiátrica
The goal of this research is to verify through Pediatric Evaluation of Disa- bility Inventory (PEDI), differences in performance and the need of aid from the caregiver of 61 children, being 34 of them with pervasive development disor- der and 27 with mental retardation, the average of their age is between 8,06 and 8,12 respectively, all previously diagno- sed by a multidisciplinary team, through the scales ATA, CARS and Vineland. The collected date were statistically analyzed by the program Bioestat 5.0, and T Tests were made to compare the averages, which showed no significant differences in performance and the need of aid from the caregiver, except for item mobility of functional abilities. Key-words: Mental retardation / diagnosis; Autistic disorder/diagnosis; Child development disorders, pervasive; Disability evaluation; Psychiatric status rating scales
Autismo é uma síndrome compor- tamental de etiologias múltiplas e dis- túrbios do desenvolvimento, caracteri- zados por déficits na interação social, observados através da inabilidade em relacionar-se com o outro, usualmente combinado a déficits na linguagem e no relacionamento(1). Características do autismo também são encontradas em outros transtornos do desenvolvimento. Em decorrência, foi descrito um “continum autístico” que varia de acordo com o grau de com- prometimento cognitivo(2). Existe uma grande relação com a deficiência men- tal e esta associação chega até 2/3 dos casos(3).
Paicheco R, Di Matteo J, Cucolicchio S, Gomes C, Simone MF, Assumpção Jr FB O diagnóstico de retardo mental (RM) pode variar de acordo com as influências que o indivíduo sofre do meio no qual foi estruturado, por isso é um quadro clínico de difícil precisão (4). Está relacionado ao funcionamento adaptativo, que se refere ao modo como o indivíduo enfrenta com eficiência, as exigências do dia – a – dia e o grau em que atinge os critérios de independência pessoal esperados quando comparados aos demais de sua idade, bagagem só- cio-cultural e contexto comunitário (5). Exceto em alguns casos genéticos, que já são conhecidos e sabe-se que ine- rente a eles está o Retardo Mental, estes diagnósticos só são definidos após os primeiros anos de vida, depois das famí- lias observarem atrasos no desenvolvi- mento, dificuldades em realizar algumas tarefas ou alterações no comportamento, ou ainda quando creches e escolas refe- rem tais situações, pois nesta fase inicial da vida, espera-se um desenvolvimento contínuo, que favoreça a diminuição da dependência materna e/ou cuidador, o que muitas vezes não ocorre. O conceito de independência refere-se a desasso- ciação de um ser em relação a outro, do qual dependia ou era por ele dominado. Seria o estado de quem ou do que tem liberdade ou autonomia. Devido à dificuldade que pacien- tes com Transtornos Invasivos ou com Retardo Mental tem em responder aos testes psicométricos (6), e sabendo que alguns quadros psiquiátricos são carac- terizados por alterações perceptivas e cognitivas específicas (atenção, memó- ria, planejamento) que prejudicam seu desempenho, o uso de escalas e inventá- rios é de suma importância para se ava- liar o nível funcional e adaptativo. Assim, o objetivo desta pesquisa foi verificar, através do Inventário de Avalia- ção Pediátrica de Incapacidade (PEDI) (7), se existem diferenças no desempenho funcional e na necessidade de auxílio do cuidador em crianças diagnosticadas com Transtornos Invasivos de Desenvol- vimento e com Retardo Mental.
Foram avaliados 61 sujeitos, 27 apresentando retardo mental com idade média de 8,12 ± 1,37 anos, e 34 com Transtornos Invasivos de Desenvolvi- mento com idade média de 8,06 ± 1, anos, entre os meses de abril e maio de 2008, todos inseridos em programas de reabilitação diferenciados, há mais de 2 anos, na Unidade Clínica AVAPE de São Bernardo do Campo. Os participantes foram diagnostica- dos previamente por equipe multidis- ciplinar, sendo avaliados clinicamente e através das escalas ATA(8)^ e CARS(9) , específicas para autismo, e Vineland, visando avaliação de desenvolvimento. A escala Vineland é de fácil aplica- ção e por isso muito utilizada em popu- lação com retardo mental. Avalia o nível funcional da criança em quatro áreas, a saber, comunicação, atividades de vida diária, socialização e habilidades moto- ras mensurando um quociente de desen- volvimento (10). O PEDI é um instrumento de ava- liação infantil, que possui o objetivo de fornecer uma descrição detalhada do desempenho funcional da criança, docu- mentando suas mudanças longitudinais em três áreas funcionais: autocuidado, mobilidade e função social. Fornece também, dados acerca do quão inde- pendente o paciente é ou se precisa da intervenção de cuidadores, bem como se utiliza alguma modificação no ambiente para facilitar seu desempenho(7). Geral- mente é um teste aplicado em crianças com incapacidades/dificuldades físi- cas(7), porém já se encontram na literatu- ra, pesquisas com aplicação em crianças com retardo mental(11). Foi traduzido e adaptado no Brasil, do original norte-americano “Pediatric Evaluation of Disability Inventory” (12) seguindo todos os critérios e procedi- mentos descritos na literatura, que in- cluíram as etapas de tradução, adaptação cultural e desenvolvimento de normas brasileiras, sendo realizado pelos Depar- tamentos de Terapia Ocupacional e de Fisioterapia da Universidade Federal de Minas Gerais. Seus dados normativos, que constituíram a amostra de padroni- zação brasileira, foram obtidos através de 276 crianças da Região Metropolita- na de Belo Horizonte (7). É um questionário aplicado através de entrevista com o cuidador, pelo jul- gamento clínico de alguns terapeutas ou educadores que estejam familiarizados com a criança ou através de observação direta durante a execução das tarefas. Deve se considerar que a entrevista re- trata seu desempenho em casa, e a ava- liação em consultório pode ser diferente uma vez que a criança pode reagir, inti- midada, a um ambiente estranho. O teste consiste em três partes, sen- do:
Paicheco R, Di Matteo J, Cucolicchio S, Gomes C, Simone MF, Assumpção Jr FB