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Introdução de Alimentos em Lactentes de Risco: Estudo no Município de Cuiabá, Notas de estudo de Enfermagem

Este artigo descreve o calendário de introdução de alimentos e líquidos nos seis primeiros meses de vida em lactentes considerados de risco ao nascer, no município de cuiabá-mt, brasil. O estudo revelou a introdução precoce de alimentos e líquidos e sua associação com o uso de chupeta e mamadeira, tipo de aleitamento nas primeiras horas de vida do recém-nascido, prevalência do aleitamento materno exclusivo e intercorrências na gravidez/parto.

O que você vai aprender

  • Qual é a relação entre a prevalência do aleitamento materno exclusivo e a introdução de alimentos e líquidos?
  • Quais intercorrências na gravidez/parto estão associadas à introdução precoce de alimentos e líquidos?
  • Qual é o calendário de introdução de alimentos e líquidos em lactentes considerados de risco ao nascer?
  • Existe associação entre a introdução precoce de alimentos e líquidos e o uso de chupeta e mamadeira?

Tipologia: Notas de estudo

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Neilson89
Neilson89 🇧🇷

4.4

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79
Introducing food to infants considered to be at risk at birth
Artigo
originAl Introdução de alimentos para lactentes considerados de
risco ao nascimento
Endereço para correspondência:
Christine Baccarat de Godoy Martins – Rua Fortaleza, no 70, Jardim Paulista, Cuiabá-MT, Brasil. CEP: 78065-350
E-mail: leocris2001@terra.com.br
Christine Baccarat de Godoy Martins
Departamento de Enfermagem, Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá-MT, Brasil
Danuza da Silva Santos
Faculdade de Enfermagem, Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá-MT, Brasil
Fernanda Cristina Aguiar Lima
Programa de Pós-graduação em Enfermagem, Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá-MT, Brasil
Maria Aparecida Munhoz Gaíva
Departamento de Enfermagem, Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá-MT, Brasil
doi: 10.5123/S1679-49742014000100008
Resumo
Objetivo: descrever o calendário de introdução de alimentos/líquidos nos seis primeiros meses de vida e investigar fa-
tores associados a essa introdução, entre lactentes considerados de risco ao nascer. Métodos: estudo transversal, mediante
inquérito domiciliar com lactentes considerados de risco ao nascer, realizado no município de Cuiabá-MT, Brasil, em 2011.
Resultados: foram avaliados 113 lactentes; todos receberam alimentos/líquidos antes dos seis meses de idade – água (86,7%),
chás (68,1%), leite de vaca integral (15,9%), leite em pó (59,3%), sucos (67,3%), papa salgada (69,0%), alimentação
da família (38,0%), bolacha/pão (45,1%), caldos (60,2%), iogurte (60,2%) –; observou-se associação entre introdução
precoce de alimentos/líquidos e uso de chupeta e mamadeira, menor tempo de aleitamento materno exclusivo, aleitamento
artificial nas primeiras 24 horas de vida e intercorrências na gravidez/parto. Conclusão: faz-se necessária a orientação das
gestantes e mães quanto à manutenção da amamentação exclusiva e ao calendário adequado para a introdução de alimentos.
Palavras-chave: Aleitamento Materno; Saúde Materno-Infantil; Desmame; Inquéritos Epidemiológicos; Estudos
Transversais.
Abstract
Objective: describe the timing of introducing food/liquid in the first six months of life and associated factors among
infants considered at risk at birth. Methods: cross-sectional study using household survey with infants considered
at risk at birth in the city of Cuiabá-MT, Brazil, 2011. Results: 113 infants were assessed. All received food/liquids
before six months of age: water (86.7%), tea (68.1%), whole cow's milk (15.9%), powdered milk (59.3%), fruit juice
(67.3%), savoury purée (69.0%), same food as the family (38.0%), biscuits/bread (45.1%), bouillon (60.2%), yogurt
(60.2%). Association was observed between early introduction of foods/liquids and: use of dummies/feeding bottles,
shorter duration of exclusive breastfeeding, bottle feeding with milk in the first 24 hours of life, and complications
during pregnancy/childbirth. Conclusion: pregnant women and mothers need to be guided regarding maintaining
exclusive breastfeeding and appropriate timing for introducing food.
Key words: Breast Feeding; Maternal and Child Health; Weaning; Health Surveys; Cross-Sectional Studies.
Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília, 23(1):79-90, jan-mar 2014
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Baixe Introdução de Alimentos em Lactentes de Risco: Estudo no Município de Cuiabá e outras Notas de estudo em PDF para Enfermagem, somente na Docsity!

Introducing food to infants considered to be at risk at birth

Artigo

originAl Introdução de alimentos para lactentes considerados de

risco ao nascimento

Endereço para correspondência: Christine Baccarat de Godoy Martins – Rua Fortaleza, no^ 70, Jardim Paulista, Cuiabá-MT, Brasil. CEP: 78065- E-mail : leocris2001@terra.com.br

Christine Baccarat de Godoy Martins Departamento de Enfermagem, Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá-MT, Brasil Danuza da Silva Santos Faculdade de Enfermagem, Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá-MT, Brasil Fernanda Cristina Aguiar Lima Programa de Pós-graduação em Enfermagem, Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá-MT, Brasil Maria Aparecida Munhoz Gaíva Departamento de Enfermagem, Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá-MT, Brasil

doi: 10.5123/S1679-

Resumo

Objetivo : descrever o calendário de introdução de alimentos/líquidos nos seis primeiros meses de vida e investigar fa-

tores associados a essa introdução, entre lactentes considerados de risco ao nascer. Métodos : estudo transversal, mediante

inquérito domiciliar com lactentes considerados de risco ao nascer, realizado no município de Cuiabá-MT, Brasil, em 2011.

Resultados : foram avaliados 113 lactentes; todos receberam alimentos/líquidos antes dos seis meses de idade – água (86,7%),

chás (68,1%), leite de vaca integral (15,9%), leite em pó (59,3%), sucos (67,3%), papa salgada (69,0%), alimentação

da família (38,0%), bolacha/pão (45,1%), caldos (60,2%), iogurte (60,2%) –; observou-se associação entre introdução

precoce de alimentos/líquidos e uso de chupeta e mamadeira, menor tempo de aleitamento materno exclusivo, aleitamento

artificial nas primeiras 24 horas de vida e intercorrências na gravidez/parto. Conclusão : faz-se necessária a orientação das

gestantes e mães quanto à manutenção da amamentação exclusiva e ao calendário adequado para a introdução de alimentos.

Palavras-chave : Aleitamento Materno; Saúde Materno-Infantil; Desmame; Inquéritos Epidemiológicos; Estudos

Transversais.

Abstract

Objective : describe the timing of introducing food/liquid in the first six months of life and associated factors among

infants considered at risk at birth. Methods : cross-sectional study using household survey with infants considered

at risk at birth in the city of Cuiabá-MT, Brazil, 2011. Results : 113 infants were assessed. All received food/liquids

before six months of age: water (86.7%), tea (68.1%), whole cow's milk (15.9%), powdered milk (59.3%), fruit juice

(67.3%), savoury purée (69.0%), same food as the family (38.0%), biscuits/bread (45.1%), bouillon (60.2%), yogurt

(60.2%). Association was observed between early introduction of foods/liquids and: use of dummies/feeding bottles,

shorter duration of exclusive breastfeeding, bottle feeding with milk in the first 24 hours of life, and complications

during pregnancy/childbirth. Conclusion : pregnant women and mothers need to be guided regarding maintaining

exclusive breastfeeding and appropriate timing for introducing food.

Key words : Breast Feeding; Maternal and Child Health; Weaning; Health Surveys; Cross-Sectional Studies.

Epidemiol. Serv. Saúde , Brasília, 23(1):79-90, jan-mar 2014

Introdução

A introdução de alimentos e líquidos na dieta de

lactentes é de grande importância para um bom cres-

cimento e desenvolvimento, 1 embora seja essencial

atentar para a idade adequada em que os alimentos/

líquidos devem ser ofertados à criança, assim como

para a qualidade e a quantidade dos alimentos ofere-

cidos.^2 A Organização Mundial da Saúde recomenda

manter o aleitamento materno após os seis meses de

idade, além de introduzir outros alimentos em função

das maiores demandas energéticas do lactente e do

aleitamento materno exclusivo já não ser mais sufi-

ciente para satisfazer suas necessidades nutricionais. 3-

Essa etapa de adoção de alimentos na dieta

do lactente merece especial atenção. Os alimen-

tos devem ser introduzidos de forma segura e

nutricionalmente adequada, uma vez que graves

consequências podem surgir decorrentes de sua ini-

ciação incorreta, como a desnutrição e as doenças

diarreicas. 6-7^ Quando introduzido precocemente, o

alimento torna-se desvantajoso: diminui a duração

do aleitamento materno, interfere na absorção de

nutrientes importantes, aumenta o risco de conta-

minação e reações alérgicas. 8

A introdução precoce de alimentos em lactentes

considerados de risco ao nascimento é preocupante,

dada sua imaturidade fisiológica e neurológica, e

requer acompanhamento sistemático.8-

É considerado recém-nascido de risco quem, na

ocasião do nascimento, responde a um dos seguintes

critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde:

residir em área de risco; apresentar baixo peso ao

nascer (inferior a 2.500g); ser prematuro (abaixo de

37 semanas de idade gestacional); apresentar asfixia

grave (Apgar menor que 7 no quinto minuto de vida);

criança internada ou com intercorrências na materni-

dade ou em unidade de assistência ao recém-nascido;

criança que, por ocasião da alta da maternidade/

unidade de cuidados do recém-nascido, necessita de

orientações especiais (em uso de antibióticos e com

icterícia); recém-nascido de mãe adolescente (menos

de 18 anos); recém-nascido de mãe com baixa ins-

trução (com menos de oito anos de estudo); e com

histórico de morte de crianças com idade menor que

5 anos na família.^9

Muito se tem produzido sobre esse grupo consi-

derado de risco. 8-10^ Entretanto, pouco se sabe sobre

a introdução de alimentos e líquidos na dieta dessas

crianças consideradas sob risco ao nascer, principal-

mente no primeiro semestre de vida.

Nessas circunstâncias, torna-se essencial estudar a

introdução de alimentos e líquidos entre os lactentes

nascidos de risco, a fim de direcionar as estratégias

específicas de atenção capazes de contribuir para uma

alimentação adequada e, conseqüentemente, favorecer

o crescimento e desenvolvimento saudáveis e a redução

da morbimortalidade nessas crianças.

O presente estudo teve como objetivo descrever o

calendário de introdução de alimentos/líquidos nos

seis primeiros meses de vida e investigar fatores asso-

ciados a essa introdução, entre lactentes considerados

de risco ao nascer, no município de Cuiabá, capital do

estado de Mato Grosso, Brasil.

Métodos

Trata-se de estudo transversal, cuja população foi

composta por crianças nascidas em Cuiabá-MT, no mês

de janeiro de 2011, consideradas de risco na ocasião

do nascimento, cujas famílias residiam no município.

Para a seleção da população de estudo, utilizou-se a

Declaração de Nascido Vivo (DN), da qual se conside-

raram, como critérios de inclusão, crianças nascidas

em janeiro de 2011, em uma das três maternidades do

município, sua família ser residente em Cuiabá-MT e

responder a pelo menos um dos seguintes critérios de

classificação para recém-nascido de risco, definidos

pelo Ministério da Saúde:^9

a) recém-nascido com menos de 37 semanas de idade

gestacional;

b) peso ao nascer menor que 2.500 gramas;

c) asfixia grave – Apgar menor que 7 no 5º minuto de

vida –;

d) ser filho de mãe adolescente – menos de 18 anos

–; e

e) ser recém-nascido de mãe com baixa instrução –

menos de 8 anos de estudo.

A Organização Mundial da Saúde recomenda manter o aleitamento materno após os seis meses de idade, além de introduzir outros alimentos.

Alimentação para lactentes de risco ao nascimento em Cuiabá-MT

Epidemiol. Serv. Saúde , Brasília, 23(1):79-90, jan-mar 2014

Alimentação para lactentes de risco ao nascimento em Cuiabá-MT

Epidemiol. Serv. Saúde , Brasília, 23(1):79-90, jan-mar 2014

a 2.500 gramas; e 9,1% apresentaram asfixia grave

(Apgar menor que 7 no 5o^ minuto de vida).

Todas as crianças receberam alimentos/líquidos

antes dos seis meses de idade, como água, papa salgada

caseira, chás, sucos e outros (Tabela 1).

Destaca-se a introdução de água, chás, leite de

vaca integral e leite em pó antes dos 15 dias de vida,

e a maioria dos alimentos aos três meses de idade.

Alimentos como sucos, papas, alimentação da família,

refrigerantes, bolachas, cereais infantis, salgadinhos,

doces e outros foram predominantes em idades

maiores. Além desses, foram introduzidos, precoce-

mente, um lanche típico de Cuiabá-MT chamado de

“baguncinha” (pão com ovo, hambúrguer, salsicha,

bacon, presunto, queijo, tomate e alface), café, couro

de porco, fígado, galinha caipira, hortaliças, legumes/

verduras, macarrão, macarrão instantâneo, mingau,

salgado, sorvete, suco de couve e temperos. Todavia,

o macarrão instantâneo e as verduras apresentaram

frequências mais expressivas (Tabela 2).

O uso de chupeta (relatado por 66 mães – 58,4%)

esteve associado com a introdução precoce de alimen-

tos/líquidos. Entre as crianças que usaram a chupeta,

foi maior a introdução precoce de água, sucos, leite

em pó, chás, papa salgada caseira, caldos, frutas

raspadas/amassadas, bolachas/pães e leite de vaca

integral (Tabela 3).

O uso da mamadeira (identificado em 62 crian-

ças – 54,9%) também esteve associado à introdução

precoce de alimentos/líquidos. Entre as crianças que

usaram mamadeira, foi maior a introdução precoce

de água, sucos, papa salgada caseira, chá, leite

em pó, frutas raspadas/amassadas, caldo e iogurte

(Tabela 3).

Tabela 1 − Distribuição dos recém-nascidos de risco (n=113) segundo a introdução de alimentos e líquidos antes

dos seis meses de idade, no município de Cuiabá, Mato Grosso, 2011

Alimentos e líquidos Sim^ Não n % n % Água 98 86,7 9 8, Chás 77 68,1 30 26, Sucos (naturais e artificiais) 76 67,3 31 27, Frutas raspadas/amassadas 71 62,8 36 31, Frutas inteiras 11 9,7 96 85, Papa salgada caseira 78 69,0 29 25, Papa salgada industrializada 10 8,9 97 85, Caldos (feijão, frango) 68 60,2 39 34, Leite em pó 67 59,3 40 35, Leite de vaca integral 18 15,9 89 78, Leite de vaca desnatado 4 3,5 103 91, Fórmulas infantis 2 1,8 105 92, Iogurte 68 60,2 39 34, Gema de ovo 5 4,4 102 90, Ovo inteiro 1 0,9 106 93, Carne desfiada 43 38,1 64 56, Refrigerantes 22 19,5 85 75, Bolachas/pães 51 45,1 56 49, Cereais infantis 2 1,8 105 92, Salgadinho industrial 16 14,2 91 80, Doces (balas/chocolate) 13 11,5 94 83, Enlatados 2 1,8 105 92, Embutidos 4 3,5 103 91, Alimentação da família 43 38,1 64 56,

a) Em cada uma das linhas, acrescenta-se 5,3% de informações ignoradas, proporção correspondente às 6 mães (das 113 que responderam o inquérito) que não souberam responder sobre a introdução, antes dos seis meses de idade, dos alimentos/líquidos pesquisados.

Christine Baccarat de Godoy Martins e colaboradores

Epidemiol. Serv. Saúde , Brasília, 23(1):79-90, jan-mar 2014

A associação entre a introdução precoce de ali-

mentos/líquidos e o número de consultas de pré-natal

não foi estatisticamente significativa (p=0,725). Além

disso, as mães que introduziram alimentos e líquidos

precocemente na dieta de seus filhos haviam passado

por mais de 6 consultas no pré-natal (89,8%), 5 a 6

consultas (6,4%) e até 4 consultas (3,8%).

Não houve associação entre a introdução precoce

de alimentos/líquidos e a escolaridade materna. Con-

tudo, verificou-se maior proporção dessa prática entre

as mães com maior escolaridade: 54,0% da introdução

precoce de alimentos e líquidos ocorreu nas mães com

mais de 8 anos de estudo; 28,0% entre as mães com 4

a 7 anos; 9,6% entre aquelas com 1 a 3 anos; e 8,4%

entre as mães que não tinham estudo.

A Tabela 4 apresenta a introdução precoce de ali-

mento/líquido segundo o tempo de aleitamento materno

exclusivo. Observou-se que quanto menor foi o tempo

de amamentação, maior foi a proporção de alimentos/

líquidos introduzidos precocemente. Por exemplo, a

água, o chá, os sucos, o leite em pó e a papa salgada

foram introduzidos com maior frequência entre as mães

que não amamentaram (21,4%, 22,1%, 19,7%, 28,4%

e 20,5%, respectivamente). Fórmulas infantis, caldo

(de feijão ou frango), bolacha/pão, cereais infantis e

a alimentação da família foram oferecidos à criança

em maior proporção pelas mães que amamentaram

exclusivamente por menos de 15 dias (40,0%, 23,5%,

23,5%, 60,0% e 23,3%, respectivamente). O leite de

vaca integral foi introduzido em maior proporção pelas

mães que amamentaram até um mês de vida da criança

(33,3%). O refrigerante, por sua vez, foi oferecido em

maior proporção pelas mães que amamentaram até dois

meses de vida da criança (22,7%). Destaca-se o valor

Tabela 2 − Distribuição dos recém-nascidos de risco (n=113) segundo a idade em que os alimentos foram

introduzidos, no município de Cuiabá, Mato Grosso, 2011

Alimentos e líquidos

Idade em que foi introduzido o alimento/líquido <15 dias 15 a 29 dias 1 mês 2 meses 3 meses 4 meses 5 meses 6 meses Ignorado % % % % % % % % % Água 8,2 3,2 9,2 13,2 26,5 18,3 6,1 12,2 3, Chás 18,1 6,5 18,1 11,7 21,1 11,7 2,5 9,1 1, Sucos (naturais e artificiais) – 1,3 – 2,6 15,8 21,3 22,3 31,5 5, Frutas raspadas/amassadas – – – – 7,1 22,5 12,7 50,7 7, Frutas inteiras – – – – 9,1 18,2 18,2 54,5 – Papa salgada caseira – – – – 7,8 10,2 25,6 48,7 7, Papa salgada industrializada – – – – – 10,0 10,0 70,0 10, Caldos (feijão, frango) – – – – 4,4 13,3 20,5 55,9 5, Leite em pó 21,0 3,0 8,9 13,4 8,9 16,4 8,9 16,4 3, Leite de vaca integral 5,5 – 16,7 – 11,1 11,1 27,8 11,1 16, Leite de vaca desnatado – – – 25,0 – 25,0 25,0 – 25, Fórmulas infantis – – – – – – 40,0 60,0 – Iogurte – – – – 10,3 20,6 16,1 48,5 4, Gema de ovo – – – – 20,0 – 20,0 40,0 20, Ovo inteiro – – – – – – 100,0 – – Carne desfiada – – – – 2,3 7,0 16,3 60,5 13, Refrigerantes – – – – 4,5 9,2 4,5 40,9 40, Bolachas/pães – – – – 5,9 5,9 25,4 53,0 9, Cereais infantis – – – – – – 60,0 40,0 – Salgadinho industrial – – – – 6,2 – 12,5 56,2 25, Doces (bala/chocolate) – – – 7,7 7,7 – 23,0 46,1 15, Enlatados – – – – – – 100,0 – – Embutidos – – – – – – 25,0 50,0 25, Alimentação da família – – – – 4,6 16,2 18,6 46,5 14,

Christine Baccarat de Godoy Martins e colaboradores

Epidemiol. Serv. Saúde , Brasília, 23(1):79-90, jan-mar 2014

Tabela 4 − Distribuição dos recém-nascidos de risco (n=113) segundo a introdução de alimentos antes dos seis

meses e o limite de idade em que prevaleceu o aleitamento materno exclusivo, no município de

Cuiabá, Mato Grosso, 2011

Alimentos/ líquidos introduzidos

na a^ <15 dias 15 a 29 dias 1 mês 2 meses 3 meses 4 meses 5 meses 6 meses (^) Valor de p b % % % % % % % % % Água 21,4 18,4 3,0 13,3 12,2 15,3 11,2 3,1 2,1 0, Chás 22,1 19,5 2,6 13,0 9,1 16,9 10,4 3,9 2,5 0, Sucos (naturais e artificiais) 19,7 18,4 2,6 17,1 9,2 15,8 10,5 3,9 2,6 0, Frutas raspadas/amassadas 19,7 21,1 1,4 16,9 8,5 14,1 12,7 2,8 3,0 0, Frutas inteiras 27,3 36,5 – 9,1 9,1 9,1 9,1 – – 0, Papa salgada caseira 20,5 19,2 2,6 16,7 10,3 14,1 9,0 2,6 5,0 0, Papa industrializada – 20,0 – 10,0 10,0 10,0 20,0 10,0 20,0 0, Caldos (feijão, frango) 16,2 23,5 1,5 17,6 11,8 16,2 10,3 1,5 1,4 0, Leite em pó 28,4 22,4 3,0 10,4 9,0 11,9 10,4 3,0 1,5 0, Leite de vaca integral 11,1 5,6 – 33,3 16,7 22,2 5,6 5,6 – 0, Leite de vaca desnatado – 25,0 – – – 50,0 – 25,0 – 0, Fórmulas infantis – 40,0 – – – – 60,0 – – 0, Iogurte 16,2 20,6 1,5 17,6 11,8 17,6 8,8 5,9 – 0, Gema de ovo 20,0 20,0 – 20,0 – 40,0 – – – 0, Ovo inteiro – 100,0 – – – – – – – 0, Carne desfiada 25,6 11,6 2,3 18,6 9,3 20,9 7,0 – 4,7 0, Refrigerantes 9,1 18,2 4,5 4,5 22,7 18,2 13,6 9,2 – 0, Bolachas/pães 9,8 23,5 2,0 21,6 11,8 15,7 9,8 3,9 1,9 0, Cereais infantis – 60,0 – – – – 40,0 – – 0, Salgadinho industrial 12,5 18,8 – 18,8 6,3 31,3 – 12,3 – 0, Doces (balas/chocolate) 15,4 23,1 – 23,1 23,1 7,7 7,6 – – 0, Enlatados – 50,0 – – – 50,0 – – – 0, Embutidos – 50,0 – 25,0 25,0 – – – – 0, Alimentação da família 18,6 23,3 2,3 16,3 11,6 14,0 9,3 2,3 4,3 0,

a) na: não amamentou b) teste do qui-quadrado de Pearson

de risco ao nascer. Revelou-se a introdução precoce

de alimentos e líquidos na dieta das crianças, bem

como sua associação positiva com: uso de chupeta

e mamadeira; prevalência do aleitamento materno

exclusivo; tipo de aleitamento logo após o nascimento;

e intercorrências na gravidez/parto.

A introdução precoce de alimentos/líquidos no

calendário alimentar de lactentes também foi verificada

em outras pesquisas, as quais identificaram, entre

esses alimentos/líquidos, água, chás, sopas, sucos,

frutas, carnes, fórmulas infantis e comida salgada. 11-

Muitos desses alimentos foram oferecidos antes dos

dois meses de idade, com um aumento de 30% entre o

quarto e o quinto mês, sendo que mais da metade das

crianças menores de quatro meses já estavam a receber

água, chás, sucos, outros leites (fórmulas infantis) e/

ou alimentos complementares, 13 coincidentemente

com os resultados do presente estudo. Não foi possível

distinguir a oferta de suco natural do artificial, pois

as mães relataram que, ao introduzirem suco para as

crianças, ofereceram, simultaneamente, suco natural

e artificial.

Tais práticas podem levar à diminuição do aleita-

mento materno exclusivo (AME) ou sua interrupção.^9

Já o acompanhamento alimentar, com orientações

individuais no primeiro ano de vida da criança, pode

evitar que alimentos e líquidos sejam incluídos na

alimentação da criança precocemente – a exemplo

do macarrão instantâneo e do salgadinho industrial,

presentes na alimentação dos lactentes avaliados.

Alimentação para lactentes de risco ao nascimento em Cuiabá-MT

Epidemiol. Serv. Saúde , Brasília, 23(1):79-90, jan-mar 2014

Pesquisa 14 demostrou que alimentos ricos em

carboidratos e pobres em proteínas contêm produtos

químicos, como aditivos, corantes e conservantes, além

de quantidade excessiva de sal e gorduras saturadas,

gorduras trans e colesterol, o que pode predispor, no

futuro, a doenças como hipertensão arterial, doenças

cardiovasculares e obesidade. Acrescenta-se, ainda,

o custo mais elevado desses alimentos em relação

aos naturais, o que pode comprometer o orçamento

da família.

Nesse cenário, destaca-se a relevância da Primei-

ra Semana de Saúde Integral, uma das estratégias

a serem implementadas pelo Pacto Nacional pela

Redução da Mortalidade Materna e Neonatal, 15 que

tem como um de seus objetivos a promoção do alei-

tamento materno.^9 Aliada a essa estratégia, ressalta-se

a importância do seguimento dos recém-nascidos de

risco nos programas de puericultura, visto que os

alimentos/líquidos foram introduzidos precocemente

na dieta alimentar dessas crianças por iniciativa das

próprias mães e familiares.

Pesquisas demonstram que o uso de chupeta e ma-

madeira nos seis primeiros meses diminui o período

de aleitamento materno exclusivo. 16-17^ A mamadeira

interfere nas funções de mastigação, sucção e deglu-

tição. Ademais, quando introduzidas precocemente,

acredita-se que a mamadeira e a chupeta possam

gerar “confusão de bicos” devido às diferenças exis-

tentes entre a sucção na mama e no bico artificial.

Consequentemente, a redução ou interrupção da

Tabela 5 − Distribuição dos recém-nascidos de risco (n=113) segundo a introdução de alimentos antes dos seis

meses e o tipo de aleitamento logo após o nascimento (nas primeiras 24 horas), no município de

Cuiabá, Mato Grosso, 2011

Alimentos/ líquidos introduzidos

Tipo de aleitamento nas primeiras 24 horas após o nascimento Materno exclusivo Misto Artificial Banco de leite Ignorado Valor de p a % % % % % Água 92,5 100,0 100,0 77,8 12,5 0, Chás 72,5 66,7 100,0 66,7 12,5 0, Sucos (naturais e artificiais) 76,3 66,7 100,0 33,3 – 0, Frutas raspadas/amassadas 67,5 58,3 100,0 66,7 – 0, Frutas inteiras 10,0 8,3 25,0 11,1 – 0, Papa salgada caseira 75,0 66,7 100,0 66,7 – 0, Papa industrializada 11,3 8,3 27,8 – – 0, Caldos (feijão, frango) 68,8 21,7 100,0 44,4 – 0, Leite em pó 56,3 100,0 100,0 44,4 25,0 0, Leite de vaca integral 20,0 8,3 25,0 – – 0, Leite de vaca desnatado 5,0 – 19,0 – – 0, Fórmulas infantis 2,0 – 50,0 – – 0, Iogurte 68,8 50,0 50,0 55,6 – 0, Gema de ovo 5,0 – 25,0 – – 0, Ovo inteiro 1,3 – 28,9 – – 0, Carne desfiada 37,5 41,7 75,0 55,6 – 0, Refrigerantes 23,8 8,3 42,5 22,2 – 0, Bolachas/pães 25,0 25,0 56,3 22,2 – 0, Cereais infantis 0,5 – 2,5 – – 0, Salgadinho industrial 17,5 8,3 38,6 11,1 – 0, Doces (bala/chocolate) 13,8 – 25,0 11,1 – 0, Enlatados 2,5 – 4,7 – – 0, Embutidos 5,0 – 8,9 – – 0, Alimentação da família 25,0 33,3 43,8 33,3 – 0,

a) teste do qui-quadrado de Pearson

meses de idade do lactente, pode ter contribuído para

a caracterização de um viés de memória, particular-

mente sobre a época de introdução dos alimentos.

Não obstante, outros autores 28-30^ aplicaram a mesma

metodologia de recordatório para investigações sobre

o tema, encontrando o momento da introdução de

alimentos como marcante na memória das mães.

Por se tratar de um estudo transversal, é mister

destacar que as características aqui verificadas po-

dem se modificar ao longo do tempo, na medida das

intervenções e estratégias em implantação. Portanto,

os dados aqui apresentados e discutidos devem ser

analisados sob essa ótica.

A despeito das limitações ao estudo, os resultados

apresentados contribuem para a construção do perfil

de um segmento ainda pouco conhecido, princi-

palmente no município. A pesquisa foi desenhada

com o objetivo de fornecer dados pioneiros sobre

a introdução de alimentos e líquidos para lactentes

considerados de risco ao nascimento no município de

Cuiabá, estado de Mato Grosso, o que introduz uma

perspectiva inédita no estudo da alimentação em um

grupo considerado de risco.

Outra consideração deve-se à importância da licen-

ça maternidade de seis meses, pois o fato de a mãe

trabalhar fora de sua casa, muitas vezes informalmente,

pode contribuir para o desmame.

Destaca-se, portanto, a importância de estratégias

e programas de acompanhamento durante todo o

primeiro ano de vida, com vistas não apenas a orientar

o aleitamento materno e o calendário alimentar da

criança e sim atender as demais necessidades da mãe,

seu filho e família. O trabalho multidisciplinar com

profissionais de diferentes áreas do conhecimento

científico e de interesse direto para a Saúde Pública,

como Enfermagem, Nutrição, Medicina, Serviço Social

e afins, mostra-se essencial nesse sentido.

O cenário observado aponta para a necessidade de as

unidades de Saúde da Família priorizarem a formação

de equipes que acompanhem e orientem as famílias

sobre a alimentação de lactentes nascidos de risco,

cujo crescimento e desenvolvimento saudável constitui

prioridade para o Ministério da Saúde do Brasil e deve

ser efetivamente incorporado pelos serviços de saúde.

Contribuição dos autores

Todas as autoras participaram da concepção e

delineamento do estudo, análise e interpretação dos

dados, redação ou revisão crítica relevante do con-

teúdo intelectual do manuscrito e aprovação final da

versão a ser publicada. Todas são responsáveis por

todos os aspectos do trabalho, incluindo a garantia

de sua precisão e integridade.

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