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Patologia: Estudo de Alterações em Células, Tecidos e Órgãos, Resumos de Patologia

Uma introdução à patologia, incluindo conceitos básicos como patogenia, alterações morfológicas, adaptações celulares e a relação entre eles e a lesão celular. Além disso, discute diferentes tipos de lesões, como necrose, apoptose e calcificação patológica, e os processos de adaptação celular, como hiperplasia, atrofia e metaplasia.

Tipologia: Resumos

2023

Compartilhado em 10/11/2022

thiago-goncalves-xyj
thiago-goncalves-xyj 🇧🇷

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Introdução a patologia
A patologia se dedica ao estudo das alterações estruturais, bioquímicas e
funcionais em células, tecidos e órgãos que constituem a base das doenças
Patologia geral – inflamação, ocorre praticamente igual em todos os tecidos do
corpo humano.
Patologia sistêmica – examina a alterações e os mecanismos envolvidos em
doenças especificas
Patogenia - sequência de eventos celulares, bioquímicos e moleculares que
acontecem após a exposição das células ou tecidos a um agente lesivo.
Alterações morfológicas – alterações estruturais nas células ou tecidos que são ora
característicos de uma doença, ora diagnósticas de um processo etiológico.
Respostas celulares ao estresse e aos estímulos nocivos:
Existe um limiar de vida, que a célula consegue responder as demandas
fisiológicas, chamado de homeostase
Adaptações celulares – respostas estruturais e funcionais reversíveis as alterações
fisiológicas ou a estímulos patológicos (aumento de tamanho, número de células,
diminuição de tamanho ou mudança do fenótipo das células) – quando o estimulo
é pausado, a célula pode voltar ao normal/original.
Se os limites das respostas adaptativas forem excedidos ou se as células forem
expostas a agentes ou estímulos nocivos, privada de nutrientes essenciais,
mutações que afetem a estrutura – ocorre a denominada lesão celular
Lesão celular é reversível até certo ponto, mas se o dano continuar ou for muito
intenso, a lesão pode ser irreversível
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Introdução a patologia  A patologia se dedica ao estudo das alterações estruturais, bioquímicas e funcionais em células, tecidos e órgãos que constituem a base das doenças  Patologia geral – inflamação, ocorre praticamente igual em todos os tecidos do corpo humano.  Patologia sistêmica – examina a alterações e os mecanismos envolvidos em doenças especificas  Patogenia - sequência de eventos celulares, bioquímicos e moleculares que acontecem após a exposição das células ou tecidos a um agente lesivo.  Alterações morfológicas – alterações estruturais nas células ou tecidos que são ora característicos de uma doença, ora diagnósticas de um processo etiológico.

Respostas celulares ao estresse e aos estímulos nocivos:  Existe um limiar de vida, que a célula consegue responder as demandas fisiológicas, chamado de homeostase  Adaptações celulares – respostas estruturais e funcionais reversíveis as alterações fisiológicas ou a estímulos patológicos (aumento de tamanho, número de células, diminuição de tamanho ou mudança do fenótipo das células) – quando o estimulo é pausado, a célula pode voltar ao normal/original.

 Se os limites das respostas adaptativas forem excedidos ou se as células forem expostas a agentes ou estímulos nocivos, privada de nutrientes essenciais, mutações que afetem a estrutura – ocorre a denominada lesão celular  Lesão celular é reversível até certo ponto, mas se o dano continuar ou for muito intenso, a lesão pode ser irreversível

 Lesão irreversível pode ser sucedida de morte celular  Adaptação, lesão irreversível e morte celular – podem ser uma progressão  Morte celular – resulta de várias causas, como isquemia, infecção e substancias toxicas.  Necrose e apoptose, são as duas principais vias de morte celular  Privação de nutrientes – autofagia  O cálcio é frequentemente depositado em sítios de morte celular – calcificação patológica  Hipóxia A) (^) produção de ATP, entre as principais causas estão:a diminuição da cadeia respiratória desencadeia a diminuição na  Redução do fluxo sanguíneo (isquemia)  Oxigenação inadequada (deficiência cardiorrespiratória)  Redução da capacidade de transporte de O2 (anemia ou monóxido de carbono)  Grave perde sanguínea B) Lesões reversíveis ligadas a hipoxia  Degeneração hidrópica – reduz as bombas eletrolíticas dependentes de ATP, aumenta a quantidade de Na+ no citosol – o  que faz com que entre mais água nas células para “diluir”Esteatose – acúmulo de acetil-coA, por exemplo na degradação de álcool em situações de alcoolismo, que faz com que esse acetil entre na cadeia da produção de triglicerídeos. C) Lesões irreversíveis: A ausência de oxigênio em tecido neural, neurônios só suportam 3min sem O2, células miocárdicas podem resistir até 30min  Sistema imunológico pode desencadear repostas exageradas em infecções ou naturalmente, em doenças autoimunes – o que pode causar lesão celular

Processos de adaptação celular  Hipertrofia – aumento do tamanho das células  Hiperplasia – aumento do número de células  Atrofia – diminuição do tamanho das células  Metaplasia – um tipo x de célula é substituído por outro, em um determinado tecido 1.1) Processos de adaptação celular  Hipertrofia  Hiperplasia   AtrofiaMetaplasia A) Hipertrofia Em casos de hiper fisiológica, que acontece em situações normais como a hipertrofia muscular em exercícios ou o mm.liso do útero quando acontece gravidez. Em casos de patologia podemos citar hipertrofia do coração, em casos de hipertensão ou estenose valvar. E também no cérebro quando existe a hipertrofia de neurônios motores na hemiplegia.  Quando o coração precisa fazer mais força para bombear o sangue, hipertensão – maior volume sanguíneo – existe o aumento do cardiomiócitos. Hipertrofia

Nesse caso existe uma redução do tamanho de um órgão ou tecido que resulta da redução do tamanho e do número de células. Em casos fisiológicas temos; o útero pós parto, involução do timo e mama pós lactação.  Já em situações patológicas podemos chamar atenção para desuso da mm.esqueletica em casos de imobilização por gesso, perda de inervação por doenças neuromusculares, poliomielite. Redução do suprimento sanguíneo – atrofia cerebral na aterosclerose. Nutrição inadequada – carência de vitaminas  Atrofia cerebral, com o passar da idade existe a aterosclerose – acumulo de gordura no cérebro, que causa atrofia – atrofia senil.Atrofia renal, por falta de suprimento sanguíneo decorrente do acumulo de gordura na a.renal – impossibilita a chegada adequada de sangue no órgão, que nesse caso involui. D) METAPLASIA É a mudança de um determinado tecido adulto diferenciado em um outro também adulto diferenciado e de mesma origem embriológica.  Metaplasia escamosa das vias respiratórias – o estresse gerado por situações como; fumaça e bebidas quentes. O epitélio, que é muito delicado e colunar, ele passa a ser estratificado pavimentoso. Essa mudança, causa perda em funções básicas como a produção do muco e cílios – o que favorece infecções respiratórias.  Metaplasia escamosa da traqueia-intubação (o atrito envolvido no processo de intubação)  Metaplasia intestinal – Esôfago de Barret (doença do refluxo gastroesofágico crônico, quando o refluxo acontece, o suco gástrico – que é basicamente ácido, estressa a mucosa. Existe a mudança de escamoso para colunar. O risco de a lesão progredir para câncer: precursor do adenocarcinoma.  Metaplasia escamosa do colo uterino – um epitélio colunar é transformado em escamosa. Causas como uma inflamação da parede do útero (cervicite crônica inespecífica) pode ser o motivador dessa situação. DEGENERAÇÕES CELULARES, PIGRMENTAÇÕES E CALCIFICAÇÕES  O conceito de degeneração celular está ligado a possibilidade de reversibilidade  Uma das manifestações da degeneração é o acumulo intracelular de quantidades anormais de uma certa substancias Exemplos: a) A ausência de enzimas que degradam uma certa substância dentro de uma célula, e faz com que essa substancia fique depositada no citosol. Doença de deposito lisossômico – acúmulo de matérias endógenos ou acúmulo de matérias exógenos Tipos de degeneração:

01)Degeneração hidrópica  Lesão reversível  Acumulo intracelular de água –  Desequilíbrio no controle hidroeletrolítico pela membrana

Mecanismos/etiologia  Hipoxia  Hipertermia   Radicais livresInfecções bacterianas e virais o No fígado, existe o inchaço dos hepatócitos, que ficam na lâmina mais claros – contudo, o núcleo dos hepatócitos na degeneração hidrópica continua centralizado o Em casos de hipóxia, redução da respiração mitocondrial, diminuição da atividade da bomba de sódio e potássio – ciclo do sódio, fica mais concentrado no interior das células – água entra, diminui a concentração de potássio – resulta da o^ tumefação celular (inchaço)Perda de fosfolipídios e da integridade da membrana celular com o aumento do cálcio - esse aumento causa maior produção de enzimas líticas (fosfolipases, proteases, ATPases e endonucleases) o que pode gerar degradação celular. A perda de fosfolipídios está associada a degradação da membrana. o Aumento da respiração anaeróbica, maior produção de ácido lático e por consequência diminuição do PH, que pode danificar a estrutura celular. Aspectos macro da degeneração hidrópica: o Quando analisamos a estética, o órgão pode ficar mais pálido – com aumento do volume existe a compressão de capilares e má distribuição sanguínea. Capsula densa, consistência pastosa, e também pode ser notado uma cor cinza no tecido o Já no aspecto micro – hepatócitos inchados e claros, atenção para não confundir com esteatose, na hidrópica o núcleo continua central, mesmo que inchado. 02) Esteatose  Lesão potencialmente reversível – pode levar a morte celular  Acumulo de gorduras neutras  Células que normalmente não armazenam nada, começam a acumular gordura neutras  Hepatócitos, fibras do miocárdio, túbulos renais e musculo esquelético estriado são os principais tecidos  É uma condição, não uma doença, se houve mudança na causa pode existir a melhora no tecido

Mecanismos/etiologia

o Vacuolização plasmática (espaços brancos, devido a lavagem da gordura na produção da lâmina) o Gotículas lipídicas periféricas e núcleo central – esteatose microvesivular o Grande gota lipídica, núcleo periférico – esteatose macrovesicular 02) Lipidoses  Acúmulo intracelular de outros lipídeos (não triglicerídeos)  Colesterol e seus ésteres   Células que normalmente não armazenam nadaLocalizadas ou sistêmicas  Exemplos: aterosclerose, xantomas e sítios de inflamações crônicas A) Xantomas – colesterol e ácidos graxos, formando pequenas bolhas ou placas no tecido subcutâneo e tendões B) Aterosclerose – deposito de colesterol e ésteres de colesterol, na túnica intima das artérias de médio e grande calibre. Os macrófagos que vão para o local, acabam por produzir células espumosas que dificultam a passagem sanguínea e pode gerar infarto. Possui causas genéticas e ambientais.  Artérias encefálicas – diminuição da memoria  Artérias coronárias – infarto e angina Fatores de risco para aterosclerose – dislipidemia, hipertensão arterial, tabagismo, sedentarismo e estresse. Consequências:  Isquemia, hipóxia, morte dos tecidos, aneurismas, hipertensão e embolia. VESICULA EM MORANGO – acumulo focal de colesterol na parede da vesícula biliar, camada mucosa. Apresenta coloração amarelada. DOENÇA DE GAUCHER   Distúrbio de depósito lisossômicoEsfingolipidosesAcúmulo de glicocerbrosídeos nos tecidosOcorre quando pais transmitem aos filhos o gene defeituoso (distúrbio autossômico recessivo)Acúmulo de glicocerebrosídeo em macrófagos (células de Gaucher)As células de Gaucher podem ser encontradas no baço, fígado, medula óssea  **_Sintomas: esplenomegalia e hepatomegalia

  1. Degeneração hialiana:_**  Lesão potencialmente reversível, se não causar morte celular  Acúmulo intracelular de material proteico  As celulas e tecidos afetados ganham um aspecto hialino (vítreo)  Condensação de proteínas do citoesqueleto, acúmulo de material viral, proteínas endocitadas Etiologia

 Infecções virais  Alteração no citoesqueleto  Corpos apoptóticos – infecções virais  Anticorpos – inflamações crônicas  Proteinúria – alterais renais  Endotoxinas bacterianas

a) Alteração do citoesqueleto 1) Corpúsculo de Mallory  Filamentos ou massa eosinofílica perinuclear  É formado por ajuntamento de aglomerado de proteínas do citoesqueleto, que sofrem alterações por radicais livres  Pode estar presente – hepatite alcoólica, não alcoólico e hepatocarcinomas

  1. Corpúsculo de Russel  Agregação de globulinas em plasmócitos – colar de pérolas  Esférico, vítreo, homogêneo, acidófilo e birrefrigente  Causas: inflamações crônicas como leishmaniose e agudas como na salmoneloses b) Degeneração Mucoide – essa degeneração acontece com acúmulo de muco que forma as chamadas células em anel de sinete – núcleo hipercromático deslocado para a periferia. Acontece em situações como casos de adenocarcinoma gástrico. c) Degeneração hialina – amiloidose  Doenças que possuem deposição material protéico fibrilar, substancia amilóide.  Quando ocorre uma grande quantidade de acúmulo de proteínas, pode comprimir vasos sanguíneos, o que leva a atrofia de órgãos  Mais comum em; rim, coração, fígado e tubo digestivo

3) Glicogenose  Acúmulo anormal intracelular de glicogênio, consequência de desequilíbrio na síntese ou catabolismo do mesmo  Comum; fígado, rins, músculos esqueléticos, coração  Atenção para o que acontece no diabetes melito – não existe enzima para quebrar o glicogênio e colocar na corrente sanguínea, o que faz com que esse glicogênio se acumule intracelular. É A ÚNICA DOENÇA QUE TEM ACUMULO INTRACELULAR.  DOENÇA DE POMPE  DOENÇA DE VON GIERKE – GLICOGENOSE TIPO I 4) Pigmentações

 Cálculos no organismo  Cálculos – massas esferoidais, ovoides ou facetadas  Precipitação sucessivas de sais inorgânicos ao redor de uma matriz orgânica  Ocorrência: rins, vias urinarias, vesicular biliar e vias biliares