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indicando a ideia de um traçado de mapas e cartas. ... datum/gif/surface.gif>. ... a utilização desta tecnologia no Brasil e o principal elo de ligação.
Tipologia: Provas
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W E
S
A palavra cartografia tem origem na língua portuguesa, tendo sido registrada pela primeira vez em 1839 numa correspondência, indicando a ideia de um traçado de mapas e cartas. Hoje entendemos cartografia como a representação geométrica plana, simplificada e convencional de toda a superfície terrestre ou de parte desta, apre- sentada através de mapas, cartas ou plantas. Por meio da cartografi a, quaisquer levantamentos (ambientais, socioeconômicos, educacionais, de saúde, etc.) podem ser represen- tados espacialmente, retratando a dimensão territorial, facilitando e tornando mais efi caz a sua compreensão. Não se pode esquecer, no entanto, que os mapas, como meios de representação, traduzem os interesses e objetivos de quem os pro- põe, podendo se aproximar ou se afastar da realidade representada. Além disso, enfrentam, como veremos mais adiante, as limitações e distorções que inevitavelmente surgem quando da transposição da realidade para o plano. Todo produto cartográfico é sempre útil e válido para uma deter- minada aplicação, em um determinado instante do tempo.
Carta Internacional do Mundo, ao Milionésimo Fonte: Porto Alegre (RS): folha topográfica SH-22. 4 ed. Rio de Janeiro: IBGE, 1998.
Mapa de Mercator (1587)
Planta - Cidade de Porto Alegre Fonte: Empresa Siscart S.A.
Para que cada ponto da superfície da Terra pudesse ser lo- calizado no mapa, foi criado um sistema de linhas imaginárias chamado Sistema de Coordenadas Geográficas. A coordenada geográfica de um determinado ponto da superfície da Terra é obtida pela interseção de um meridiano e um paralelo. Os meridianos são linhas imaginárias que cortam a Terra no sentido norte–sul, ligando um polo ao outro. Os parale- los são linhas imaginárias que circulam a Terra no sentido leste–oeste. Paralelos e meridianos são definidos por suas dimensões de latitude e longitude, respectivamente.
A longitude é a distância, em graus, entre o meridiano de origem e o meridiano local. Por convenção, adotou-se como origem o Meridiano de Greenwich (que passa pelo observatório de Greenwich na Inglaterra). Os valores da longitude variam de 0º (Greenwich) a 180º a leste e a oeste de Greenwich. Os valores das longitudes são considerados negativos a oeste de Greenwich (hemisfério ocidental) e positivos a leste de Greenwich (hemisfério oriental).
Polo Norte 90o^ N
Polo Sul 90 0 S
LATITUDE
Polo Norte
Polo Sul
LONGITUDE
Os paralelos nos indicam a latitude, que é a distância, em graus, da linha do Equador até o paralelo de um de- terminado lugar. Os valores da latitude variam de 0º (linha do Equador) a 90º (polos), devendo ser indicada também a posição: no hemisfério sul (S) ou no hemisfério norte (N).
Fonte: IBGE, Diretoria de Geociências, Coordenação de Cartografia.
Todas as altitudes são contadas a partir do nível médio dos mares, determinado por medições feitas pelos marégra- fos em diferentes pontos do litoral. Nos mapas, a altitude é representada por uma escala de cores que varia do verde (baixas altitudes) ao marrom (altitudes mais elevadas). São também utilizadas as curvas de nível, definidas por planos paralelos ao nível do mar que interceptam o relevo em inter- valos regulares definidos a cada 20 m, 50 m, etc., conforme os objetivos da representação cartográfica. Cada curva de nível traz o valor, em metros, da distância do plano de inter- seção ao nível do mar.
Instalação do marégrafo digital
Mapa Físico do Brasil
Curvas de nível sobre a fotografia aérea do Morro do Corcovado
Fonte: Instituto Pereira Passos - IPP Fonte: IBGE, Diretoria de Geociências, Coordenação de Cartografia.
Perfil do Morro do Corcovado
metros
Foto: Chris Broome/Shutterstock.
Diferentes projeções cartográficas foram desenvolvidas para permitir a representação da esfericidade terrestre num plano (mapas e cartas), cada uma priorizando determinado aspecto da representação (dimen- são, forma, etc.). É importante ressaltar que não existe uma projeção cartográfica li- vre de deformações, devido à impossibilidade de se representar uma superfície esférica em uma superfície plana sem que ocorram extensões e/ou contrações.
Projeção Cilíndrica de Peters
Fonte: IBGE, Diretoria de Geociências, Departamento de Cartografia.
Fonte 1: Dana, Peter H. Map projection overview. Planar projection surface. Disponível em:http://www.colorado.edu/geography/gcraft/notes/mapproj_f.html/plane.gif. Acesso em: set. 2002. Fonte 2: Dana, Peter H. Map projection overview. Conical projection surface. Disponível em:http://www.colorado.edu/geography/gcraft/notes/mapproj_f.html/cone.gif. Acesso em: set. 2002.
Fonte 3: Dana, Peter H. Map projection overview. Cylindrical projection surface. Disponível em:http://www.colorado.edu/geography/gcraft/notes/mapproj_f.html/cylinder.gif. Acesso em: set. 2002.
As projeções cartográficas são classificadas, principalmente, quanto à superfície de projeção e às propriedades: — quanto à superfície de projeção: podem ser projeções planas, cônicas ou cilíndricas, quando forem utilizadas as superfícies de um plano, cone ou cilindro como base para planificar a esfera terrestre. Os exemplos abaixo demonstram a transformação da superfície terrestre em uma superfície plana com auxílio das superfícies de projeção.
Projeção Plana Polar
Projeção Cônica de Albers
— quanto às propriedades: podemos minimizar as deformações ocorridas pela planificação da superfície terrestre no que diz respeito às áreas, aos ângulos ou às distâncias, mas nunca aos três simultaneamente. Os exemplos abaixo mostram a possibi- lidade de alterar as projeções para o Brasil de acordo com as propriedades.
Fonte: IBGE, Diretoria de Geociências, Departamento de Cartografia.
Não há deformação dos ângulos em torno de quais- quer pontos.
Os comprimentos são representados em escala uniforme.
Não altera as áreas, conservando, assim, uma rela- ção constante com a sua correspondência na su- perfície terrestre.
É uma projeção afilática (não é conforme ou equivalente ou equidistante) e pseudocilíndrica (não possui nenhuma superfície de projeção, porém apresenta características semelhantes às da projeção cilíndrica).
É uma projeção afi lática (não é conforme ou equivalente ou equidistante) e policônica (utili- za vários cones como superfície de projeção).
Fonte: IBGE, Diretoria de Geociências, Departamento de Cartografia.
5° 0° -5° -10° -15° -20° -25°
-30°
5° 0° -5° -10° -15° -20° -25°
-30°
-75° -70° -65° -60° -55° -50° -45° -40° -35°
-75° -70° -65° -60° -55° -50° -45° -40° -35° -30°
É uma projeção conforme cilíndrica.
5° 0° -5° -10° -15° -20° -25° -30°
5° 0° -5° -10° -15° -20° -25° -30°
-75° -70° -65° -60° -55° -50° -45° -40° -35° -30°
-75° -70° -65° -60° -55° -50° -45° -40° -35° -30°
Projeção pseudocilíndrica adequada para mapea- mento temático do mundo.
Escala 1:50 000 Escala 1:100 000
Escala 1:250 000 (^) Escala 1:1 000 000 Fonte: Noções básicas de cartografi a. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/cartografia/manual_nocoes/indice.htm. Acesso em: out. 2009.
Os cartógrafos trabalham com uma visão reduzida do território, sendo necessário indicar a proporção entre a superfície terrestre e a sua representação. Esta proporção é indicada pela escala. A escala re- presenta, portanto, a relação entre a medida de uma porção territo- rial representada no papel e sua medida real na superfície terrestre. As escalas são definidas de acordo com os assuntos represen- tados nos mapas, podendo ser maiores ou menores conforme a necessidade de se observar um espaço com maior ou menor nível de detalhamento. A escala pode ser representada numérica ou graficamente. A es- cala numérica indica a relação entre as dimensões do espaço real e do espaço representado, por meio de uma proporção numérica. Por exemplo, numa escala 1:100 000, 1 centímetro medido no mapa representa uma distância de 100 000 centímetros ou 1 quilômetro na superfície terrestre. A escala gráfica é a representação gráfica de distâncias do ter- reno sobre uma linha reta graduada. É constituída de um segmen-
to à direita de referência zero, conhecido como “escala primária”, e de outro à esquerda, denominado “talão” ou “escala de fracio- namento”, dividido em submúltiplos da unidade escolhida, gradua- dos da direita para a esquerda. Na escala gráfica, não há necessidade de transformação mate- mática de centímetros para quilômetros ou metros.
O levantamento aerofotogramétrico é um dos métodos utilizados para o mapeamento da superfície terrestre. O voo fotogramétrico é realizado por uma aeronave, na qual é aco- plada uma câmera fotogramétrica que cobre toda a área a ser mapeada.
Para obter uma cobertura completa do terreno a ser re- presentado, as fotografias aéreas são tomadas de modo so- breposto. Com o auxílio de um aparelho fotogramétrico, rea- liza-se a restituição, processo de confecção do mapa, através de um modelo tridimensional.
foto 1 foto 2
modelo tridimensional
representação cartográfica
linha de voo
plano defotografi as
altura do voo
superposição longitudinal(aprox. 60%)
foto 1 foto 2
Fonte: IBGE, Diretoria de Geociências, Departamento de Cartografia.
Para facilitar a representação cartográfica, foi criado um sis- tema de símbolos conhecidos como convenções cartográficas. Os símbolos foram escolhidos de forma a conter um certo grau de compreensão e intuição de seu significado, possibilitando a leitura da informação contida no mapa por qualquer pessoa em qualquer parte do mundo.