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intoxicações exógenas, Notas de aula de Medicina

A intoxicação exógena refere-se aos efeitos nocivos que ocorrem após a exposição a substâncias químicas externas ao organismo, como agrotóxicos, medicamentos, produtos de higiene e limpeza, entre outros.

Tipologia: Notas de aula

2025

Compartilhado em 12/06/2025

nycole-farias
nycole-farias 🇧🇷

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INTOXICAÇÃO EXÓGENA
-Intoxicação exógena é um conjunto de efeitos nocivos que
se manifestam por meio de alterações clínicas ou
laboratoriais devido ao desequilíbrio orgânico causado pela
interação do nosso sistema biológico com os agentes tóxicos.
-Agente tóxico São considerados agentes tóxicos as
substâncias ou os compostos químicos, de origem natural ou
antropogênica, capazes de causar dano a um sistema
biológico mediante alteração de uma ou mais de suas
funções, podendo provocar a morte sob certas condições de
exposição.
-Principais agentes xicos causadores de intoxicações
exógenas são:
. Medicamentos - Benzodiazepínicos
. Agrotóxicos;
. Produtos químicos de uso industrial;
. Metais;
. Álcool;
-Sua ação é determinada pelo tipo de substância ou
composto químico, e sua intensidade é proporcional à dose
e ao tempo de exposição.
-Tipos de intoxicação são consideradas como agudas e
crônicas e podem se manifestar de forma leve, moderada e
grave,a depender da quantidade da substância química que
foi absorvida, do tempo de absorção, da toxicidade do
produto, da suscetibilidade do organismo e do tempo
decorrido entre a exposição e o atendimento.
AGUDA
CRÔNICA
-Decorrente de uma única
exposição ao agente tóxico ou
mesmo de sucessivas
exposições.
-Prazo médio de 24 hrs.
-Podendo causar efeitos
imediatos sobre a saúde.
-Exemplos: medicamentos,
álcool, drogas ilícitas, CO,
produtos domésticos tóxicos.
-Abordagem inicial:
ambulatorial investigação
de efeitos tardios e
monitoramento da exposição
a longo prazo.
-Restabelecer a homeostase
orgânica e esclarecer o agente
desta ação.
-Efeitos aparecem no decorrer
de repetidas exposições.
-Pode impactar em diferentes
órgãos e sistemas do corpo
humano.
-Manifestações neurológicas,
imunológicas, respiratórios,
endócrinas, hematológicas,
dermatológicas, hepáticas,
renais, malformações
congênitas, tumores.
-Existem dificuldades em
diagnosticar e estabelecer a
associação causa/efeito das
intoxicações.
-Exemplos: envenenamento
por metais pesados (chumbo,
mercúrio), pesticidas,
solventes industriais, abuso
crônico de substâncias como
álcool e tabaco.
VIAS DE
PENETRAÇÃ
O
PRINCIPAIS
CAUSAS
REPERCUSSÕES CLÍNICAS
ORAL
(DIGESTIVA)
Ingestão de
medicamentos ou
produtos de
limpeza, alimentos
e bebidas
contaminadas.
Náuseas, vômitos, dor
abdominal, alterações
neurológicas
RESPIRATÓRI
A
(INALATÓRIA
)
Inalação de gases
tóxicos ou fumaça.
Tosse, dispneia,
broncoespasmo, edema
pulmonar,Hipóxia e, em
casos graves, parada
respiratória.
DÉRMICA
(PELE)
Pesticidas,
produtos químicos
ou substâncias
tóxicas.
Inflamação ou
queimaduras químicas
nas áreas afetadas, lesões
cutâneas.
PARENTERAL
(INJEÇÃO)
Drogas
intravenosas
contaminadas
Introdução direta num
organismo, geralmente
por injeção
Fases da intoxicação
1. Fase de exposição: contato do agente tóxico com o
organismo.
2. Fase toxicocinética: período de movimentação do
agente tóxico no organismo (absorção,
distribuição, armazenamento, biotransformação e
eliminação do agente tóxico )
3. Fase toxicodinâmica: Interação entre as moléculas
das substâncias químicas e os sítios de ação dos
órgãos.
4. Fase clínica: sinais e sintomas, alterações
patológicas.
. Subclínica;
5. Clínico: sinais e sintomas, quadros clínicos e
síndromes são evidentes.
INTOXICAÇÃO POR MEDICAMENTOS
BENZODIAZEPÍNICOS -Diazepam, Clonazepam, Alprazolam
GRAVIDAD
E
CONDUTA TERAPÊUTICA
LEVE
observação, hidratação
oral, ambiente seguro
MODERAD
O
Monitorização, suporte
ventilatório se necessários,
carvão ativado (se <1hr de
ingestão)
GRAVE
Vasos sanguíneos
permeáveis, suporte
ventilatório. Flumazenil
com cautela, UTI se
necessário.
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INTOXICAÇÃO EXÓGENA

-Intoxicação exógena é um conjunto de efeitos nocivos que

se manifestam por meio de alterações clínicas ou

laboratoriais devido ao desequilíbrio orgânico causado pela

interação do nosso sistema biológico com os agentes tóxicos.

-Agente tóxico → São considerados agentes tóxicos as

substâncias ou os compostos químicos, de origem natural ou

antropogênica, capazes de causar dano a um sistema

biológico mediante alteração de uma ou mais de suas

funções, podendo provocar a morte sob certas condições de

exposição.

-Principais agentes tóxicos causadores de intoxicações

exógenas são:

. Medicamentos - Benzodiazepínicos

. Agrotóxicos;

. Produtos químicos de uso industrial;

. Metais;

. Álcool;

-Sua ação é determinada pelo tipo de substância ou

composto químico, e sua intensidade é proporcional à dose

e ao tempo de exposição.

-Tipos de intoxicação → são consideradas como agudas e

crônicas e podem se manifestar de forma leve, moderada e

grave,a depender da quantidade da substância química que

foi absorvida, do tempo de absorção, da toxicidade do

produto, da suscetibilidade do organismo e do tempo

decorrido entre a exposição e o atendimento.

AGUDA CRÔNICA

-Decorrente de uma única exposição ao agente tóxico ou mesmo de sucessivas exposições. -Prazo médio de 24 hrs. -Podendo causar efeitos imediatos sobre a saúde. -Exemplos: medicamentos, álcool, drogas ilícitas, CO, produtos domésticos tóxicos. -Abordagem inicial: ambulatorial → investigação de efeitos tardios e monitoramento da exposição a longo prazo. -Restabelecer a homeostase orgânica e esclarecer o agente desta ação. -Efeitos aparecem no decorrer de repetidas exposições. -Pode impactar em diferentes órgãos e sistemas do corpo humano. -Manifestações neurológicas, imunológicas, respiratórios, endócrinas, hematológicas, dermatológicas, hepáticas, renais, malformações congênitas, tumores. -Existem dificuldades em diagnosticar e estabelecer a associação causa/efeito das intoxicações. -Exemplos: envenenamento por metais pesados (chumbo, mercúrio), pesticidas, solventes industriais, abuso crônico de substâncias como álcool e tabaco.

VIAS DE

PENETRAÇÃ

O

PRINCIPAIS

CAUSAS

REPERCUSSÕES CLÍNICAS

ORAL

(DIGESTIVA)

Ingestão de medicamentos ou produtos de limpeza, alimentos e bebidas contaminadas. Náuseas, vômitos, dor abdominal, alterações neurológicas RESPIRATÓRI A (INALATÓRIA ) Inalação de gases tóxicos ou fumaça. Tosse, dispneia, broncoespasmo, edema pulmonar,Hipóxia e, em casos graves, parada respiratória. DÉRMICA (PELE) Pesticidas, produtos químicos ou substâncias tóxicas. Inflamação ou queimaduras químicas nas áreas afetadas, lesões cutâneas. PARENTERAL (INJEÇÃO) Drogas intravenosas contaminadas Introdução direta num organismo, geralmente por injeção

Fases da intoxicação →

1. Fase de exposição: contato do agente tóxico com o

organismo.

2. Fase toxicocinética: período de movimentação do

agente tóxico no organismo (absorção,

distribuição, armazenamento, biotransformação e

eliminação do agente tóxico )

3. Fase toxicodinâmica: Interação entre as moléculas

das substâncias químicas e os sítios de ação dos

órgãos.

4. Fase clínica: sinais e sintomas, alterações

patológicas.

. Subclínica;

5. Clínico: sinais e sintomas, quadros clínicos e

síndromes são evidentes.

INTOXICAÇÃO POR MEDICAMENTOS

BENZODIAZEPÍNICOS -Diazepam, Clonazepam, Alprazolam

GRAVIDAD

E

EFEITOS TÓXICOS CONDUTA TERAPÊUTICA

LEVE Sonolência, fala arrastada, ataxia observação, hidratação oral, ambiente seguro MODERAD O Confusão, hipotonia, sedação profunda Monitorização, suporte ventilatório se necessários, carvão ativado (se <1hr de ingestão) GRAVE Como depressão respiratória, bradicardia Vasos sanguíneos permeáveis, suporte ventilatório. Flumazenil com cautela, UTI se necessário.

AINEs - ANTI-INFLAMATÓRIOS

ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS

ANTICONVULSIVANTES

INTOXICAÇÃO POR SOLVENTES ORGÂNICOS

HIDROCARBONETOS

AGUDA CRÔNICA MANEJO

Irritação nas vias Anemia, Afastamento, respiratórias, aperto no peito, tosse seca, dispneia, coriza, asma, dispneia, efeitos alucinógenos, menor coordenação motora. leucopenia, trombocitopenia), risco de leucemia, alterações neurológicas e renais. monitoramento hematológico, avaliação renal periódica.

CETONAS

AGUDA CRÔNICA MANEJO

Dores de cabeça, náuseas, vômitos, irritação ocular e nasal, depressão do SNC. Danos neurológicos, problemas respiratórios, efeito sobre fígado e rins.

ÁLCOOIS

AGUDA CRÔNICA MANEJO

Náuseas, vômitos, dor abdominal, tontura, confusão mental. hepatopatia, pancreatite, neuropatia periférica, lesão ocular e neurológica persistente Abandono da substância Tratamento de suporte (hepático, oftalmológico, neurológico

ÉSTERES

AGUDA CRÔNICA MANEJO

Irritação das mucosas, tontura, dor de cabeça, Sonolência leve, Dermatite de contato. Irritação respiratória persistente, Dermatite,Fadiga crônica, dor de cabeça contínua.

INTOXICAÇÃO POR METAIS PESADOS

CHUMBO

AGUDO CRÔNICO MANEJO

Dor abdominal, anemia hemolítica, hepatite e pressão intracraniana aumentada. Fadiga, mal estar, irritabilidade, anorexia, apatia, nefropatia irreversível. -Linhas de burton. Remover da fonte de exposição, quelantes, EDTA cálcico.

GRAVIDADE EFEITOS TÓXICOS CONDUTA

TERAPÊUTICA

LEVE Náuseas, dor epigástrica, vômito leve. Hidratação MODERAD O Vômito persistente, dor abdominal intensa, tontura Hidratação venosa, carvão ativado (<1hr), monitorar função renal e hepática. GRAVE Sangramento GI, acidose metabólica, insuficiência renal, convulsão Internação, correção hidroelétrica, hemodiálise (se necessário) GRAVIDA DE

EFEITOS TÓXICOS CONDUTA TERAPÊUTICA

LEVE Sonolência, boca seca, taquicardia leve. observação, ECG seriado MODERA DO Agitação, hipotensão, taquicardia, alucinações Monitoramento cardíaco, , suporte hemodinâmico, carvão ativado. GRAVE Arritmias ventriculares, coma, convulsões, parada cardíaca, QRS alargado. Bicarbonato de sódio IV, benzodiazepínicos para convulsões UTI, suporte intensivo GRAVIDADE EFEITOS TÓXICOS CONDUTA TERAPÊUTICA LEVE Nistagmo, tontura, leve sonolência Hidratação MODERAD O Ataxia, vômitos, confusão mental, hipotensão Monitorização, carvão ativado, controle de eletrólitos GRAVE Coma, convulsões, depressão respiratória, hepatotoxicidade UTI, diálise, L-carnitina, suporte vital