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INTERVENÇÕES PEDAGÓGICAS NA ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO: UMA REFLEXÃO CONCEITUAL SOBRE OS ANOS INICIAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA, Manuais, Projetos, Pesquisas de Pedagogia

O objetivo deste estudo foi apresentar o conceito de alfabetização, o letramento sua teorização e as intervenções pedagógicas dentro desses processos nos anos iniciais da educação básica. Sendo assim direcionar um processo de estratégias metodológicas que possa contribuir de forma significativa na alfabetização e letramento dos discentes nos primeiros anos de escolarização.

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2020

Compartilhado em 26/10/2020

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FACULDADE PLUS
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ALFABETIZAÇÃO E
LETRAMENTO
INTERVENÇÕES PEDAGÓGICAS NA ALFABETIZAÇÃO E
LETRAMENTO: UMA REFLEXÃO CONCEITUAL SOBRE OS ANOS
INICIAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA
FORTALEZA, 26 DE MAIO DE 2020.
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FACULDADE PLUS

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ALFABETIZAÇÃO E

LETRAMENTO

INTERVENÇÕES PEDAGÓGICAS NA ALFABETIZAÇÃO E

LETRAMENTO: UMA REFLEXÃO CONCEITUAL SOBRE OS ANOS

INICIAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA

FORTALEZA, 26 DE MAIO DE 2020.

INTERVENÇÕES PEDAGÓGICAS NA ALFABETIZAÇÃO E

LETRAMENTO: UMA REFLEXÃO CONCEITUAL SOBRE OS ANOS

INICIAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA

Trabalho de Conclusão de Especialização, do Curso de Alfabetização e Letramneto. da Faculdade Plus para obtenção de aprovação. Orientador

FORTALEZA, 26 DE MAIO DE 2020.

TERMO DE APROVAÇÃO

O objetivo deste estudo foi apresentar o conceito de alfabetização, o letramento sua teorização e as intervenções pedagógicas dentro desses processos nos anos iniciais da educação básica. Sendo assim direcionar um processo de estratégias metodológicas que possa contribuir de forma significativa na alfabetização e letramento dos discentes nos primeiros anos de escolarização. Esse trabalho foi elaborado, por meio de pesquisas bibliográficas que buscaram nas teorias compreender o significado desses processos, buscando práticas educativas e pedagógicas para a compreensão do conhecimento dos educandos. Vale destacar que independentemente do método de alfabetização as práticas pedagógicas devem ser interativas, prazerosas, bem elaboradas que contribua no processo de aprendizagem do aluno. Nesse contexto, as particularidades discutidas nesse estudo precisam ser consideradas para que o aluno consiga desenvolver ao máximo sua autonomia, capacidade de análise e reflexão por meio de um diálogo ativo e permanente que contribua para o alcance de uma formação de qualidade. De modo geral, a intervenção pedagógica e as atividades são estratégias que precisam direcionar os alunos em processo de alfabetização. Palavras-chave : Alfabetização, Letramento, Estratégias, Professor, Aluno.

PEDAGOGICAL INTERVENTIONS IN LITERACY AND LETTERING:

A CONCEPTUAL REFLECTION ON THE INITIAL YEARS OF BASIC

EDUCATION

ABSTRACT

The aim of this study was to present the concept of literacy, literacy, its theorization and pedagogical interventions within these processes in the early years of basic education. Thus, directing a process of methodological strategies that can significantly contribute to the literacy and literacy of students in the first years of schooling. This work was elaborated by means of bibliographic researches that sought in the theories to understand the meaning of these processes, seeking educational and pedagogical practices to understand the students' knowledge. It is worth mentioning that regardless of the literacy method, pedagogical practices must be interactive, pleasurable, well-designed that contribute to the student's learning process. In this context, the particularities discussed in this study need to be considered for the student to be able to develop his autonomy, analysis and reflection capacity to the maximum through an active and permanent dialogue that contributes to the achievement of quality training. In general, pedagogical intervention and activities are strategies that need to direct students in the literacy process. Keyword: Literacy, Literacy, Strategies, Teacher, Student ¹Alan Mendes Soares, concludente do curso de especialização em Alfabetização e Letramento pela FACULDADE PLUS ²Maria Celeste de Melo Castro, mestre em ciências da educação, orientadora da FACULDADE PLUS.

A escolha do tema se deu pelo interesse pessoal e por acreditar na intervenção pedagógica como parte de solução dos problemas resultantes da mediação no processo alfabetização e letramento nos anos inicias de escolarização. Este estudo é de grande relevância para o meio acadêmico, principalmente para professores, alunos e famílias devido ao impacto do processo de alfabetização e do letramento nas práticas sociais do indivíduo ou grupo social.

2. CONCEITUAÇÃO DE ALFABETIZAÇÃO

É chamado de alfabetização o processo em que o indivíduo se apropria de leitura e escrita de forma adequada, esse processo o qual inicia se na infância. Para Soares (2004) a alfabetização é “[...] a ação de ensinar e aprender a ler e a escrever”, ao tempo que letramento “[...] é estado ou condição de quem não apenas sabe ler e escrever, mas cultiva e exerce as práticas sociais que usam a escrita”. Portanto é possível afirmar que o processo de alfabetização é um caminho para o letramento, pois ser alfabetizado é conhecer o código escrito, ou seja, sabe ler e escrever, dessa forma foi necessário ampliar esses conhecimentos, os indivíduos precisavam compreender o sentido dos textos. A alfabetização refere-se à aquisição da escrita enquanto aprendizagem de habilidades pela leitura, escrita e as chamadas práticas de linguagem. Isso é levado a efeito, em geral por meio do processo de escolarização e, portanto, da instrução formal. A alfabetização pertence assim, ao âmbito individual. (TFOUNI, 1998, p.9, e 1995, p. 9-10). A alfabetização não se trata apenas de codificação e decodificação, é atribuir sentido e significado com base nas diferentes situações de utilização. Por isso tudo, precisa existir uma ampliação metodológica dentro desse processo No caso da alfabetização um indivíduo alfabetizado não é necessariamente um indivíduo letrado, alfabetizado é aquele que sabe ler e escrever, codificar e decodificar a língua escrita. Enquanto a alfabetização ocupa-se da aquisição da escrita por um indivíduo, ou grupos de indivíduos, o letramento focaliza os aspectos sócio históricos da aquisição de um sistema escrito por uma sociedade. (TFOUNI, 1995, p.20). A construção da linguagem escrita na criança faz parte de seu processo geral, se dá como um trabalho contínuo de elaboração cognitiva por meio de inserção no mundo da escrita pelas interações sociais e orais, considerando a significação que a escrita tem na sociedade.

É necessário que haja práticas de alfabetização e de letramento nas salas de aula, em que as crianças se interajam na cultura escrita, na participação em experiências variadas com a leitura e a escrita, conhecimento de diferentes tipos e gêneros de material escrito para assim compreenderem a função social que a leitura e a escrita trazem. Contudo, é importante reconhecer as possibilidades e necessidades de promover a conciliação entre essas duas dimensões da aprendizagem da língua escrita, integrar alfabetização e letramento, sem perder, a especificidade de cada um desses processos. De acordo com Ribeiro (2003, p. 91), alfabetização “é o processo pelo qual se adquire o domínio das habilidades de utilizá-lo para ler e escrever, ou seja, o domínio da tecnologia do conjunto de técnicas – para exercer a arte e ciência da escrita”. Nesse sentido, alfabetização significa fazer e interpretar as práticas da leitura e da escrita. Compreender e interpretar sobre o significado da leitura e da escrita, mediante o letramento, possibilitará o uso e as habilidades na construção do conhecimento. Portanto, alfabetizar é ensinar ao aluno a ler, a escrever e interpretar dos mais simples aos textos mais complexos. É proporcionar ao educando um conhecimento abrangente, alfabético, ortográfico e sinais gráficos. E o mesmo tempo leva ló a fazer utilização desses conhecimentos da leitura e escrita, no seu contexto social. O professor em sua pratica fazendo o ensino adequado fara com que a criança veja a escrita e a leitura como algo natural e necessário, não apenas uma obrigação, um dever ou uma tarefa.

2.1 Letramento e sua teorização

É de incontestável o papel da leitura e escrita como meio de comunicação. Segundo Smith apud Soares (2009): Ler e escrever são processos frequentemente vistos como imagens espelhadas uma da outra, como reflexos sob ângulos opostos de um mesmo fenômeno: a comunicação através da língua escrita. Mas há diferenças fundamentais entre as habilidades e conhecimentos empregados na leitura e aqueles empregados na escrita, assim como há diferenças consideráveis entre os processos envolvidos na aprendizagem da leitura e os envolvidos na aprendizagem da escrita. (SMITH apud SOARES, 2009, p.67-68) Nesse sentido, cada uma dessas habilidades tem as suas próprias características que as definem e que, ainda, se distinguem. Por exemplo, a leitura na concepção da dimensão individual , de acordo com Soares (2009, p. 68), “é um conjunto de habilidades linguísticas e psicológicas, que se estendem desde a habilidade de decodificar palavras escritas até a capacidade de compreender textos escritos.”

ocorre a depender fundamentalmente de como a leitura e a escrita são concebidas e praticadas em determinado contexto social. Entretanto, de acordo com essa versão mais radical, Soares (2009) argumenta que as qualidades inerentes ao letramento em sua versão fraca, são negadas. Nesse sentido, as consequências do letramento estão relacionadas com processos sociais mais amplos, produzidas por eles, e resultam de uma forma particular de definir, de transmitir e de reforçar valores, crenças, tradições e formas de distribuição de domínio. Segundo Soares (2009), o letramento é um processo, mais que um produto. Assim, as escolas podem avaliar e medir a obtenção de habilidades, de conhecimentos, de usos sociais e culturais da leitura e da escrita, de maneira progressiva em vários pontos do contínuo. Todavia, ainda existe a falta de uma definição do letramento e a necessidade de sua avaliação. Assim, a escola divide codifica o conhecimento. Assim sendo, as escolas fragmentam e restringem o múltiplo significado do letramento (SOARES, 2009). Percebe-se implicitamente, que a escola se situa de forma ideológica em uma área de instabilidade, pois há, de um lado, as cobranças de uma sociedade que necessita de mão-de- obra e acomodada à situação em que se encontra e, é a esta vertente que o sistema escolar segue (assim, pode-se inferir que essa entidade, muitas vezes, possibilita a perpetuação da desigualdade e da exclusão social na sociedade) e de outro, o clamor dos que já perceberam a existência de um poder imposto e autoritário cuja continuidade advém da ignorância dos menos favorecidos. Para Kleiman, o ensino de leitura deve ter alguma forma de sistematização e intervenção do professor. Essa intervenção passaria por diversos pontos, no que se refere à escolha de textos que reunissem condições de coerência e interesse do leitor. Desta forma, Kleiman (1998, p. 181) destaca que “o letramento está também presente na oralidade, uma vez que, em sociedades tecnológicas como a nossa, o impacto da escrita é de largo alcance”.

3. INTERVENÇÕES PEDAGÓGICAS NAS SÉRIES INICIAIS

No decorrer de sua prática, o professor, se questiona, reflete e busca meios para se deparar com os desafios de trabalhar com a alfabetização, na diversidade de sua sala de aula. Isso significa, ensinar diferente a ler e escrever para alunos diferentes, pois cada um aprende no seu tempo e de sua maneira especifica.

Em suas práticas de sala de aula, é importante que o professor busque não apenas ser um transmissor de conteúdo, mas que assista seus alunos e os induzam a querer saber mais, sendo um facilitador da aprendizagem. Cagliari (2000), afirma que: A criança que entra na escola pode certamente levar um choque (...). Se ela for pobre, vier de uma comunidade que fala um dialeto que sofre discriminação por parte dos habitantes do lugar onde se situa a escola, seu caso será realmente dramático, trágico mesmo. Tudo o que ela conquistou até aquele momento será completamente ignorado, embora a escola possa dizer que está partindo do conhecimento de sua realidade. (CAGLIARI, 2000, p. 20). Assim sendo, para se ensinar português, é necessário que o docente leve em consideração as variações históricas, geográficas, sociais e estilísticas encontradas neste público que frequenta a sala de aula. Da qual ele é responsável, para que não ocorram preconceitos em relação à linguagem no ambiente citado. (CAGLIARI, 2000). No período de escolarização da criança, o professor deve ser capaz de construir várias possibilidades a se explorar e não, tão somente, um único caminho a ser percorrido. E a aprendizagem se dá nesse caminho. De acordo com Silva (2003): Ele (o educador) predispõe teias, cria possibilidades de envolvimento, oferece ocasião de engendramentos, de agenciamentos. E estimula a intervenção dos alunos como coautores de suas ações. Assim, o professor modifica sua ação modificando seu modo de comunicar em sala de aula. (SILVA, 2003, p.267) Observa-se que esse posicionamento na sala de aula expressa que o professor disponibiliza a construção do conhecimento de forma experiencial e, nesse sentido, utiliza de vários recursos no contexto educacionais para que a escola acompanhe as mudanças ocorridas. Quando se pensa em educação voltada para as escolas públicas deve-se observar o público alvo desse ambiente. Geralmente, são crianças que possuem pais que tem pouco acesso ao mundo do letramento, essas crianças muitas vezes possuem motivação apenas na escola. Não se ensina a gostar de ler por imposição, nem por exercícios obrigatórios de leitura de texto e gramática. Neste aspecto, para formar indivíduos letrados na escola, é preciso que se desenvolva um trabalho gradual e contínuo. Segundo Carvalho: A formação de leitores em grande escala, via escola, só ocorrerá se houver uma política de leitura, traduzida na adequada formação de professores leitores, na oferta abundante de bons e variados materiais escritos, e na instalação de bibliotecas e

iniciando o processo da leitura. Nesse sentido, é necessário que ele tenha tempo suficiente para vencer estas dificuldades. Portanto, é possível afirmar que o professor crie condições para que o aluno realize a ação de aprender, pois o aprendizado passa pelo processo de captar, analisar o objeto e acomodá-lo na mente. Este processo é conhecido como processo de internalização. (VIGOTSKY, 1999). Diante disso, o educador deve ter um olhar diferenciado para o processo de alfabetização, buscando sempre refletir sobre sua ação pedagógica, analisando suas práticas de forma a contribuir no seu trabalho de alfabetizador. A partir dessa perspectiva, para que o professor alfabetizador obtenha êxito em suas mediações, é preciso que ele possa contar com abordagens didáticas e teorias específicas desse processo de alfabetização e letramento, com vistas a aprimorar por um processo de ensino e aprendizagem embasado em critérios bem definidos. As propostas didáticas devem apresentar características essenciais a necessidade de dos alunos e que possa contribuir no processo de alfabetização e letramento.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com base no que foi exposto, podemos reafirmar que a alfabetização e o letramento nos impulsiona a um agir que prioriza a aprendizagem da língua atrelada a uma prática social. Conceber a linguagem como instrumento de interação, norteia novas ressignificações para com as relações entre conteúdos curriculares, priorizando também novas relações entre professor e aluno. A leitura é uma das ferramentas que permite o indivíduo ver o mundo de outra forma. Pode-se dizer que a alfabetização e o letramento são utilizações das habilidades de escrita e leitura nas práticas sociais. Ainda consiste no uso das habilidades de leitura e escrita voltadas para o social e para o processo de conscientização dos indivíduos como um todo. Na escola alfabetização e o letramento são processos. Existem diversas formas de leitura encontradas no cotidiano das pessoas, como um bem cultural e muitas dessas formas dependem do contexto familiar a qual o indivíduo está inserido.

É incontestável a importância do professor em sala de aula, o processo de aprendizagem depende também da postura do aluno frente a vontade de aprender. Nesse sentido, a pesquisa revelou que no processo alfabetização e letramento é fundamental considerar o aspecto social, psicológico, biológico e emocional dos educandos e, também, os aspectos político e econômico da sociedade na qual estão inseridos tornando-os, assim, cidadãos reflexivos e críticos e tendo a oportunidade de se desenvolverem, também, nos demais âmbitos que fazem parte do ser humano. Em relação ao desenvolvimento da habilidade de leitura percebeu-se que é de suma importância propiciar o acesso aos vários gêneros textuais sem olvidar da intervenção pedagógica de modo a possibilitar o progresso dos discentes. Através deste trabalho, pode-se observar que as atividades que maximizam o aprendizado da leitura são aquelas que englobam o ser humano plenamente abarcando suas emoções, respeitando a sua forma de se expressar, sua linguagem e sua cultura, o que propicia o seu progresso pessoal, e portanto, o ato de ler é um processo complexo. Podemos concluir que, a leitura torna-se prioridade para a aprendizagem do ser humano, pois é através dela que o leitor adquire e enriquece o vocabulário, dinamiza o raciocínio, interagindo com o outro através das palavras a partir de características que são particulares ao homem.