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internato pediatria notas, Notas de aula de Pediatria

internato pediatria notas das aulas prova

Tipologia: Notas de aula

2020

Compartilhado em 28/06/2020

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amanda-francisco 🇧🇷

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INTERNATO PEDIATRIA I
Seguinte: isso aqui são as minhas anotações de aula com alguns memes, imagens, comentários malucos da minha
cabeça e citações de frases dos professores (ou seja, se você não gostar não precisa ficar reclamando e falar que
isso está uma porcaria. Você sempre pode usar as suas anotações).
Breve legenda: coisas em cinza = eu tinha nas minhas anotações, mas a professora não deu dessa vez; nêne = bebê
= pacotinho de vida/leite; Tidinho = Dr. Aristides (obviamente eu não chamo ele assim na frente dele)
Dito isso, podemos começar.
CASOS CLÍNICOS DR. PAULO
1. Menino, 5 a com dor em art. Coxo-femural E há 15 dias, claudicando. Nega febre ou outras queixas. Ao exame
físico discreta limitação a abdução de coxo-femural E.
o Conduta inicial: Rx de bacia, hemograma e VHS
Hemograma e VHS vieram normais
Rx de bacia: desgaste articular, osteopenia/osteoporose
o Diagnóstico: necrose asséptica de Legg-Perthes-Calve
*As principais localizações das osteocondrites são epífise femural (doença de Legg-Calvé-Perthes);
tuberosidade tibial (doença de Osgood-Schlatter); epífise vertebral (doença de Scheuermann); navicular
(doença de Köhler); 2º metatarso (doença de Freiberg); núcleo do calcâneo (doença de Sever); semilunar
(doença de Kienböck); epífises das falanges do 2º, 3º e 4º dedos da mão (doença de Tiemann).
2. 3 anos de idade, artrite de tornozelo há 1 dia e coceira no corpo. Referia ter outros casos na família.
o Diagnóstico:
Artrite por hipersensibilidade
Rush que lembra uma urticária -> pode fazer edema articular -> artrite
Geralmente aparece depois da alimentação (principalmente pela presença de corantes)
Vasculite hipocomplementêmica familiar (deficiência de C2 ou C4)
Hx familiar de artrite, rush cutâneo de repetição
o Conduta:
Antialérgico e dosagem de complemento
3. Menino de 5 anos de idade com dor no joelho direito e claudicando há 2 dias. Nega febre ou traumatismo.
Antecedente de tosse e coriza há 2 semanas. Ex. físico apresenta bom estado geral com dor a rotação do
quadril D, sem sinais inflamatórios. O dx e conduta:
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INTERNATO – PEDIATRIA I

Seguinte: isso aqui são as minhas anotações de aula com alguns memes, imagens, comentários malucos da minha cabeça e citações de frases dos professores (ou seja, se você não gostar não precisa ficar reclamando e falar que

isso está uma porcaria. Você sempre pode usar as suas anotações).

Breve legenda: coisas em cinza = eu tinha nas minhas anotações, mas a professora não deu dessa vez; nêne = bebê

= pacotinho de vida/leite; Tidinho = Dr. Aristides (obviamente eu não chamo ele assim na frente dele)

Dito isso, podemos começar.

CASOS CLÍNICOS – DR. PAULO

  1. Menino, 5 a com dor em art. Coxo-femural E há 15 dias, claudicando. Nega febre ou outras queixas. Ao exame físico discreta limitação a abdução de coxo-femural E. o (^) Conduta inicial: Rx de bacia, hemograma e VHS  Hemograma e VHS vieram normais  (^) Rx de bacia: desgaste articular, osteopenia/osteoporose o (^) Diagnóstico: necrose asséptica de Legg-Perthes-Calve *As principais localizações das osteocondrites são epífise femural (doença de Legg-Calvé-Perthes); tuberosidade tibial (doença de Osgood-Schlatter); epífise vertebral (doença de Scheuermann); navicular (doença de Köhler); 2º metatarso (doença de Freiberg); núcleo do calcâneo (doença de Sever); semilunar (doença de Kienböck); epífises das falanges do 2º, 3º e 4º dedos da mão (doença de Tiemann).
  2. 3 anos de idade, artrite de tornozelo há 1 dia e coceira no corpo. Referia ter outros casos na família. o (^) Diagnóstico:  (^) Artrite por hipersensibilidade  Rush que lembra uma urticária -> pode fazer edema articular -> artrite  Geralmente aparece depois da alimentação (principalmente pela presença de corantes)  (^) Vasculite hipocomplementêmica familiar (deficiência de C2 ou C4)  Hx familiar de artrite, rush cutâneo de repetição o (^) Conduta:  Antialérgico e dosagem de complemento
  3. Menino de 5 anos de idade com dor no joelho direito e claudicando há 2 dias. Nega febre ou traumatismo. Antecedente de tosse e coriza há 2 semanas. Ex. físico apresenta bom estado geral com dor a rotação do quadril D, sem sinais inflamatórios. O dx e conduta:

o (^) Diagnóstico:  (^) Sinovite transitória de quadril (melhora depois de 5/7 dias)  Geralmente de origem viral (IVAS faz quadro de sinovite)

  1. Feminina, 4 anos, febre e dor nas pernas há 1 mês. Edema e dor importante a movimentação de joelho E e tornozelo D. Algumas equimoses em braços. Palidez cutâneo-mucosa ++/4. o (^) Conduta inicial:  Hemograma, VHS e Rx de articulações (exames padrão para quando suspeita de processos inflamatórios)  Hemograma:  Hb 7,5 (N 11 - 13)  Leucócitos 25.000 com 80% de linfóficos (N 9.000 - 13.000 ?) -> Leucose  (^) VHS = 80mm  Rx: aumento de partes moles o (^) Conduta após o resultado dos exames:  (^) Punção de medula óssea -> Consegue um dx mais precoce de leucoses linfóides o (^) Diagnóstico:  (^) Leucose linfóide (leucocitose com 80% de linfócitos pode ser o primeiro sinal)
  2. Menina, 7 anos de idade, dores nas pernas e as vezes nos braços desde 2 anos de idade, principalmente a noite, sem localização definida. o (^) Conduta:  (^) Observação ambulatorial (ela tem isso há anos e até agora não deu ruim)  A dor não é definida, não tem como fazer exame o (^) Diagnóstico  Dor da fase de crescimento (pode começar desde que a criança começa a andar, bem novinha)
  3. Menino, 8 anos, branco, dores articulares há 6 anos, manchas roxas nas pernas. Ao exame: hipermobilidade articular generalizada + equimoses e pele fina com vasos visíveis em coxas e pernas. o (^) Diagnóstico:  Sd. de Ehlers-Danlos (pele fina por falta de colágeno, sangramentos fáceis)  Pesquisa de hipermobilidade  Polegar no punho  Cotovelo que hiperextende  5º dedo paralelo ao braço  Joelhos hiperxstendidos  Coloca toda a palma das mãos no chão  Pregas cutâneas com >5cm *Marfan também dá hipermobilidade *Sd de hipermobilidade (inclui Ehlers-Danlos e Marfan) -> Artrite episódica juvenil

o (^) Deformidades o (^) Doenças genéticas  Ações para a queda da TMI pós-neonatal o (^) Medidas de atenção básica à saúde:  Imunização  Aleitamento materno  (^) Terapia de reposição/re-hidratação oral (TRO)  Vigilância médica: puericultura  (^) Acesso aos progressos da medicina: hospital, UBS, ...  Saneamento básico e higiene  (^) Progressos na economia e educação  Causas de óbitos neonatais: o (^) Anóxia perinatal * o (^) Infecção neonatal* o (^) Prematuridade*  (^) 10 % dos bebês brasileiros nascem antes de 37 semanas (nos países desenvolvidos a porcentagem é muito parecida)  (^) Não há o que fazer para reduzir  A assistência ajuda a amenizar -> Evita a prematuridade que é evitável (quem ia nascer só prematuro, pode ser que venha a ser de termo. Quem ia nascer um prematuro com poliesculhambose, pode ser que venha a ser só um prematuro) *** "Os 3 cavaleiros do apocalipse neonatal"** o (^) Deformidades e doenças congênitas o (^) Morbidade relacionada: insuficiência respiratória, infecções, dificuldades alimentares, lesões neurológicas  Ações para redução da TMI neonatal: o (^) Qualidade do pré-natal o (^) Qualidade da assistência ao parto (pediatra na sala de parto) o (^) Assistência ao recém-nascido de risco (UTI neonatal) o (^) Profissionais de alto nível de especialização: médicos e enfermagem; área física hospitalar; equipamento hospitalar  A TMI cairá menos de 10:1000 no país que investir em profissionais de assistência materno-infantil hospitalar -

Papel do pediatra  Paradoxo neonatal o (^) Em lugares que tem mais parto normal, a mortalidade infantil é maior o (^) Lugares que tem muita cesariana, a mortalidade infantil é menos o (^) Explicação: em teoria, nos lugares em que há predomínio de cesariana, as pessoas tem mais acesso a médicos (obstetras e pediatras). Já nos lugares que a maioria é parto normal, muitas vezes as gestantes não chegaram nem a ter contato com obstetras (provavelmente um povo mal assistido). o (^) Taxa de cesariana: tem que ser 15-20% -> Em locais que praticamente só tem parto normal, tem algumas cesarianas que eram necessárias e não foram feitas -> Aumenta a mortalidade infantil

Passado, presente e futuro da morbidade infantil  Problemas de saúde neonatais -> Estão em alta (TOOOP pra quem quer lidar com os mini nênes) o (^) Anóxia perinatal o (^) Infecções o (^) Prematuridade o (^) Sd. Da angústia respiratória do RN e IRA o (^) Broncodisplaisa pulmonar o (^) Retinopatia da prematuridade o (^) Enterocolite necrosante o (^) Dificuldades de alimentação o (^) Lesões neurológicas -> proteção do SNC o (^) Malformações o (^) Cirurgias o (^) Doenças metabólicas  Doenças infecciosas:

o (^) Diminuíram com os anos:  (^) Varíola  Poliomielite  (^) Difteria  Febre Tifóide  Tétano  (^) Tuberculose  Sarampo Não existe sarampo antes de 7-9 meses de vida (herda os anticorpos da mãe)  Rubéola  (^) Caxumba  Coqueluche  (^) Gastroenterites de causa bacteriana e enteroparasitoses  Estreptococcias (escarlatina, impetigo, doença reumática, GNDA)  Hepatite A  (^) Herpes simplex 1 o (^) Continuam em alta:  (^) Pneumonia/Meningite/Sepse -> "Os 3 cavaleiros do apocalipse bacteriano"  Doenças próprias da infância: varicela, exantema súbito, eritema infeccioso, mão-pé-boca, herpangina  Infecções virais respiratórias do lactente: traqueobronquite, bronquiolite, PNM (influenza, adenovírus, rinovírus, VSR**, enterovírus, coronavírus, metapneumovírus, bocavírus) *Mais raro, mas o mais grave **Vírus sincicial respiratório -> provoca muito internamento **Rinovírus -> Mais leve  Infecções gastrointestinais: rotavírus e calicivírus *Vacina diminuiu a gravidade  Desnutrição proteico-energética o (^) Vem diminuindo sem parar (Obrigada Deus! O Senhor é TOP!)  Obesidade o (^) Está aumentando  Anemia por deficiência de ferro o (^) Diminuindo (era pra ter sumido)  Deficiência de vitamina D o (^) É alta -> Aumenta -> Teoricamente o valor de referência não era dos melhores  Doenças alérgicas -> Aumentaram o (^) Asma o (^) Rinite alérgica o (^) Dermatite atópica *Hipótese da higiene o (^) APLV (deu três arrepios aqui)

 Tratamento das doenças: Diminuiu  Prevenção das doenças: aumentou  Reabilitação: muito a melhorar  Qualidade de vida: muito a melhorar

Especializações em pediatria -> Pediatra geral passou a ter mais tempo para cuidar de alguns aspectos:  Encefalopatia crônica  Doenças genéticas e cromossômicas  Doenças crônicas: pulmonares, GI, renais, SNC, endocrinológicas, reumatológicas, cardíacas, imuno-alérgicas, neoplasias  Síndromes psiquiátricas e de comportamento  Doenças degenerativas (obesidade, hiperlipidemia, HAS, diabetes)  Prevenção de acidentes e morte violenta  Prevenção de drogadição, DST, Gravidez precoce

ICTERÍCIA NEONATAL – DRA. JULIANA

Introdução  A icterícia constitui um dos problemas mais frequentes no período neonatal e corresponde a expressão clínica da HIPERBILIRRUBINEMIA (TUDO AQUI VAI SER BILIRRUBINA INDIRETA) *BD -> Colestase neonatal -> Sempre patológico  Na prática 98% dos RN apresentam níveis séricos aumentados de BI, como adaptação fisológica ao metabolismo da bilirrubina *no RN quando a bilirrubina chega a 5-6 que aparece a icterícia Origem da bilirrubina  Provém da degradação de ptn contendo HEME no sistema reticulo endotelial  A principal pnt contendo HEME é a Hb das hemácias  Bilirrubina vem da degradação de Hb Icterícia  Na maioria das vezes é considerada um processo fisiológico  Por vezes, a hiperbilirrubinemia indireta decorre de um processo patológico lesivo ao cérebro = encefalopatia bilirrubínica (fase precoce do aumento de BI impregnando o cérebro) *BD NUNCA passa as barreiras e atinge o cérebro  Kernicterus é a forma crônica da doença, com sequelas clínicas permanentes resultantes da toxicidade da bilirrubina o (^) Lesão neurológica permanente (COM CERTEZA VAI TER PROBLEMAS! - > Evite a todo custo pelo amor de Deus!)  O RN (principalmente prematuro) quando sofre uma lesão cerebral em determinada área, independente da etiologia, é capaz de translocar a função daquela área para uma outra área inativa - > NEUROPLASTICIDADE  "A presença de icterícia antes de 24 horas de vida ou de valores de BT >13mg/dl, independente da idade pós- natal, alerta para a investigação de processo patológico" Metabolismo da bilirrubina  Transporte: a bilirrubina não conjugada (BI) é transportada até os hepatócitos ligada a albumina  Captação: dissociada da albumina ela atravessa a barreira do hepatócito e liga-se a ligandina (ptn y) e é transportada até sistema reticulo endoplasmático (intracelulares)  Conjugação: no SRE ela é convertida em bilirrubina conjugada (BD) por ação enzimática (glicoruniltransferase)  Excreção: a BD é levada para a árvore biliar e vai para TGI onde é eliminada nas fezes  A BD pode ser reabsorvida e voltar para o fígado para reconjugação pela enzima beta-glicuronidase, processo chamado circulação êntero-hepática  As bactérias intestinais impedem essa reabsorção (transforma em estercobilinogênio e sai pelas fezes -> Tudo TOP)  Intestino o (^) Nos adultos:  (^) Ação de bactérias transforma BD em estercobilinogênio, impedindo sua reabsorção para a circulação o (^) Nos RN  Ausencia de bactérias intestinais  Através da ação de enzimas (beta-glicuronidase), a mucosa intestinal hidrolisa a BD em BI que é reabsorvida pelo intestino para a circulação (circulação entero-hepática)  Logo a hiperbilirrubinemia ocorre por: o (^) Aumento da produção de bilirrubinas o (^) Diminuição da excreção de bilirrubina

No RN…  Quantidade maior de Hb circulantes (bebe tem hemoconcentração - VG alto) e menor vida média das hemácias  Def de ligandinas (em especial nos RNPT)  Ausência de bactérias intestinais  Circulação entero-hepática aumentada Icterícia fisiológicaTardia (após 24h de vida)Caráter transitório e autolimitado *resolve espontâneamente (não precisa de fototerapia ou outro tto)

 RN a termo - níveis séricos até 13mg/dl  RNPT - níveis séricos até 15mg/dl Icterícia patológicaInício precoce (antes de 24h de vida)Rápido aumento de BT (>0,5mg/hora)  RNT: >13mg/dl (ou zona 3 de Kramer)  Presença de formas eritrocitárias jovens (reticulócitos) e anormais (eliptócitos e esferócitos*) - hemácias estão sendo degradadas *principalmente  Aumento da BD  Sinais clínicos associados: vômitos, letargia, má sucção, apneia/taquipneia, perda excessiva de peso o (^) Necessita de foto ou exossanguineotransfusão

Causas (Tia Ju acha essa parte TOP -> Bom você saber)  Hemólise (TOP 10 sengundo a tia Ju) o (^) Congênitas  (^) Incompatibilidade Rh, ABO ou antígenos irregulares - 80% dos casos  Anticorpo destruindo eritócitos  Começou cedo e aumentou muito rápido  Primeiro exame -> RETICULÓCITOS -> Aumentado = Hemólise  Painel de hemácias -> Exame usado para antígenos irregulares  Enzimáticas: def de G6PD, piruvatoquinase  Alteração na membrana eritrocitária: esferocitose  (^) Hemoglobinopatias: alfa-talassemia o (^) Adquiridas  (^) Infecções bacterianas (sepse) ou virais  Altera estrutura da capsula da hemácia -> Hemólise induzida pelo processo da sepse  Coleções sanguíneas extravasculares o (^) Bossa (mal delimitado), cefalohematoma (sangramento de periósteo - forma definida), equimoses, máscara cianótica, hematomas (muito comum nos prematuros)  (^) Hemácias reabsorvidas 3 dias depois -> Icterícia o (^) Tocotrauma  Policitemia (VG > 65%) o (^) Candidatos à policitemia: PIG, GIG, filho de mãe diabética, clampeamento tardio de cordão (tardio de verdaaade)*  Sofreram na vida fetal e tiveram que produzir mais eritrócitos -> Sd. de hiperviscosidade -> Degrada na corrente sanguínea -> Icterícia *Ficou passando o sangue do nêne para a placenta  Circulação entero-hepática aumentada o (^) Anomalias GI, jejum prolongado, baixa ingesta hídrica (não entra, então não tem como sair) o (^) Qualquer situação que não tenha trânsito intestinal  Def ou inibição da conjugação o (^) DM materna, hipotireoidismo congênito, galactosemia, Sd de Gilbert, Sd Crigler-Najjar

Avaliação clínica da icterícia  Icterícia por hiperbilirrubinemia apresenta progressão céfalo-caudal  Escala de Kramer

 Imunização primária -> lenta e eficaz. Produz IgM (não atravessa barreira placentária - não atinge o primeiro nêne)  Imunização secundária -> rápida e forte, produz IgG  Por isso recomenda-se que toda mãr Rh- tem que fazer o Rhogan (vacina para impedir produção de anticorpos anti-Rh+ caso o nêne tenha esse tipo sanguíneo)

Incompatibilidade ABO  É 5x mais comum que a Rh, porém o número de EXT realizado é muito menor  Mãe do grupo O e RN do grupo A ou B  Fisiopatologia semelhante a incompatibilidade Rh  RN geralmente saudável e sem anemia associada  Raramente hidropsia fetal, anemia intensa, plaquetopenia e hemoglobinúria *mãe Rh- que abortou -> faz o Rhogan Fatores de risco  Idade gestacional o (^) IG <38 semanas é considerada um dos fatores de risco mais importante para hiperbilirrubinemia significante o (^) IG entre 35-36 semanas, é considerada um dos fatores de risco mais importantes para hiperbilirrubinemia significante o (^) Esses RN possuem capacidade diminuida de conjugação hepática da bilirrubina o (^) Apresentam dificuldade na sucção = mais propensos a baixa ingesta  Associados na encefalopatia o (^) A BI pode ser tóxica o (^) Kernicterus: associada a níveis superiores a 20mg/dl o (^) FACILITADORES PARA IMPREGNAÇÃO CEREBRAL: diminuem ligação bilirrubina/albumina = penetração na barreira hemato encefálica  (^) PREMATURIDADE, hemólise, hipóxia neonatal, acidose, hipoalbuminemia, infecções graves Investigação laboratorial  De rotina o (^) Bilirrubina total e frações o (^) Tipagem sanguínea materna e do RN o (^) Teste de Coombs direto no RN o (^) VG/Hb e contagem de reticulócitos  Controle o (^) Icterícia precoce e hemólise acentuada: dosagem de bilirrubinas e Ht de 6/6h o (^) Icterícia tardia: controlar de 12/12h ou 24/24h conforme gravidade  Se icterícia importante sem dx o (^) Pesquisa de acs maternos para antígenos irregulares (anti-C, ant--E, anti-Kell) o (^) Dosagem sanguínea de glicose-6-fosfato desidrogenase (G6PD) o (^) Hormônios tireoidianos e TSH (teste do pezinho)

Tto  Detectado o bebê ictérico deve ser feita a aferição do valor da bilirrubina (BC) o (^) Se Bc >13 = bilirrubina sérica o (^) Os valores de bilirrubina sérica devem ser colocados nos gráficos específicos, conforme idade gestacional e fatores de risco para indicação de tto  Diretirz para fototerapia em RN >35 sem o (^) Curvas de fototerapia  (^) Acima da curva -> Nível de fototerapia -> TEM que começar a tratar  Nênes de maior risco tem a fototerapia indicada antes (o valor de referência para um RNPT é menor do que para um RNT)  (^) Saber quantas horas de vida, IG e se tem chance de ter incompatibilidade sanguínea  Como interpretar:  Próximo a curva -> Foto simples  2 - 3 pontos acima da curvo -> Foto dupla  Perto do nível de EXO -> Fototerapia na UTIN  Nível de EXO -> Fototerapia dupla intensa na UTIN

o (^) Fatores de risco: incompatibilidade sanguínea, acidose metabólica, asfixia, hipoxemia, hipotermia, hipoglicemia, sepse, menigite, hipoalbuminemia  Nênes mais propensos a aumentar mais rápido a bilirrubina ou impregnar mais rápido no SNC o (^) Nível de EXO

Fototerapia  Faz no mínimo 24h de fototerapia e depois coleta um novo exame  Leva a modificação das moléculas de bilirrubina através de ração fotoquímica que gera isômeros solúveis  Eficácia da fototerapia depende de: o (^) Comprimento de onda da luz o (^) Irradiância o (^) Superfície corpórea exposta a luz  Bilitron (SUPER LED) - > TOOOOP o (^) Lâmpadas eletrônicas já focadas no espectro azul o (^) Toda luz emitida pela fototerapia LED é teoricamente utilizada na fotoisomerização da bilirrubina o (^) Diminui o número de EXT o (^) Não adianta para RN que já nasce imunizado (quando Coombs indireto da mãe é positivo o RN vai para UTIN)

 Lesão neurológica  Kernicterus - mais grave  Síndrome do bebê bronzeado o (^) Exposição na fototerapia em RN com BD aumentada (>3) o (^) Destruição eritrocitária muito grande -> Fígado não dá conta -> Entope hepatócito e vias biliares -> Colestase secundária a sobrecarga no hepatócito o (^) Vai ficar para sempre com essa cor de pele TOP (pq a BD é a quem impregna na pele)

PROBLEMAS MAIS COMUNS NO RN E NO LACTENTE – DR. MAURÍCIO

 RN -> Até 28 dias  Lactente -> 29 dias até 2 anos Hábitos intestinais  Mecônio - cor verde escura, consistência pegajosa, inodoro o (^) Tem que eliminar nas primeiras 48h  A partir de 72h - Fezes amarelo ouro o (^) AME -> Amarelo mais forte o (^) Fórmula -> amarelo pálido)

 Reflexo gastro-cólico exacerbado o (^) Faz cocô toda vez que mama o (^) Parece diarreia o (^) Está bem, urinando bem (bom parâmetro para saber se a ingestão está sendo adequada) o (^) Na diarreia: nêne desidratado, mais debilitado, urina menos, pele mais pregueada, parte sólida separada da líquida

 Constipação intestinal o (^) Funcional  Está mamando e urinando bem  (^) Nênes podem ficar até 1 semana sem fazer cocô (Imagina: uma semana sem trocar fraldas com cocô! Seria um sonho?)  (^) Hábito do bebê -> Bebê em BEG, normocorado, com ganho de peso -> Orienta a mãe a realizar uma massagem no sentido do ponteiro do relógio -> eliminar gases o (^) Orgânica  Dificuldade para evacuar  (^) Distensão abdominal  Fezes secas, endurecidas ou em cíbalos (investigar dç. de Hirschiprung, hipotireoidismo, estenose, etc.)

 Cólica do lactente o (^) Diagnóstico de exceção -> elimina todos os outros antes o (^) Episódios repetidos de choro e irritação em criança hígida, geralmente no fim da tarde e começo da noite o (^) Começa em torno do terceiro mês de vida o (^) Etiologia:

o (^) Passagem do conteúdo gástrico através do esôfago, resultando na DRGE quando há sintomas e/ou complicações o (^) Causas:  (^) Relaxamento intermitente do tônus do esfíncter esofágico inferior e aumento da pressão intra- abdominal  Manifestações clínicas: vômitos, ganho de peso insuficiente, disfagia, dor abdominal/subesternal, esofagite, problemas respiratórios  Quando mama -> Alivia  Avaliação e manejo o (^) Lactentes com vômitos cíclicos:  (^) Conduta expectante  Se vômitos persistirem após 1 a 2 anos -> Rx esôfago-estômago-duodeno para investigar anormalidade anatômica o (^) Lactentes com vômitos recorrentes e ganho de peso insuficiente:  Hemograma, eletrólitos (Na, K, Cl, HCO3, Ca), Ur/Cr, TGO, TGP, glicemia, NH3, rotina urina, RX esôfago-estômago-duodeno o (^) Lactentes com vômitos recorrentes e irritabilidade:  (^) Phmetria -> <4 com duração 15 a 30s  Endoscopia esofágica - esofagite, esôfago de Barret, etc. o (^) Lactentes com odinofagia e/ou disfagia:  Dx diferencial com ingestão de corpo estranho -> Saber se houve algum episódio de sufocamento (afogamento com alimento) -> Suspeitar de aspiração de corpo estranho (via digestiva ou respiratória)  Esofagograma com bário o (^) Lactentes com asma:  Bebês chiadores  (^) Teste terapêutico com omeprazol por 3 meses  Tratamento o (^) Medidas gerais - posição vertical pós-alimentação, evitar balanças após alimentar, evitar roupas apertadas o (^) Manejo dietético  (^) Menor volume, menos tempo e maior frequência  3 primeiros minutos -> mama 80%  Mais uns 3 minutos completa a mamada  Reduz o tempo das mamadas e aumenta as quantidades durante o dia (não diminui as calorias, mas não deixa o estômago cheio) *Todo nêne precisa de 100 cal/kg/dia (?)  Fórmulas anti-refluxo (gelatinizam na pancinha do nêne)  Amido -> Em contato com o suco gástrico -> Solidifica o (^) Fármacos pró-cinéticos: aumentam o peristaltismo esofágico e aceleram o esvaziamento gástrico  (^) Cisaprida (melhorava o trânsito no estômago, aumentava a rapidez de passagem -> Fazia alteração cardíaca), domperidona (Nome comercial: Motilium -> só funciona in vitro), metoclopramida o (^) Posicionamento da criança  (^) Sd da morte súbita do lactente  Profilaxia:  Intervalo maior entre as gestações  Não dormir na cama dos pais  Não ter fumaça de cigarro em casa  Não dormir com paninho/ursinho  Não dormir em superfície muito macia  DORMIR EM DECÚBITO DORSAL (POSIÇÃO SUPINA)  Proclive de 30° (apenas se for um sono assistido)  Reino Unido: chupeta usada como protocolo para evitar morte súbita  ALTE - Evento de aparente risco de vida  Mesma sintomatologia de morte súbita, mas tem “salvação”  Faz bradicardia, apneia

 50% dessas crianças vão chegar ao hospital e mesmo com a investigação não descobre a causa  Outros 50% te causas GI, respiratórias, ...  Esse nêne precisa ter o sono assistido -> Ou seja, ninguém mais dorme o (^) Neutralizador da acidez gástrica  Fármacos anti-secretores (ranitidina, omeprazol) - diminuem a produção de ácido clorídrico  Tomar cuidado, pois retira uma barreira de proteção do nêne  Combina com a família de usar 2x/dia/5-7 dias e retira -> Só volta a usar quando voltar a fazer crise  Antiácidos (hidróxido de alumínio e magnésio) - neutralizam o ácido clorídrico o (^) Cirurgia: fundoplicatura a Nissen  Monilíase oral ("sapinho") o (^) Placas brancas circundadas por halo vermelho em mucosa oral o (^) Diferenciar de placa de leite:  (^) Placa sai rapidamente e não deixa uma crosta brilhante -> leite  (^) Remove com dificuldade e deixa uma superfície sangrante -> “sapinho” o (^) Etiologia: Candida albicans o (^) Tratamento:  Nistatina por 2 semanas (1ml/6-6 horas) -> Mais chato de usar  Miconazol gel oral por 7 a 10 dias

Problemas de pele  Descamação o (^) Mudou o ambiente dela, começa a desidratar  Miliária ("brotoeja") - rubra e cristalina o (^) Obstrução das glândulas sudoríparas  Base - Reação inflamatória maior, mais sintomática - > Rubra  (^) Ápice - Menos sintomática, menos intensa -> Cristalina o (^) Tratamento  Na hora do banho tem que romper as vesículas  (^) Faz um saquinho com aveia e "esfolia" o nêne na hora do banho  NÃO passa creme depois

 Dermatite de fraldas o (^) Popular assadura o (^) Multifatorial o (^) Para evitar:

Problemas no umbigo  Umbigo deve cair em torno de 10-14 dias e se comunica com a cava até 30 dias  Artéria umbilical única o (^) 2 artérias e 1 veia o (^) Muito frequente ter malformação de trato urinário quando tem apenas 2 vasos o (^) Sd de Edward também está associado

 Granuloma umbilical o (^) Até o 14º dia o umbigo cai o (^) Fétido + secreção o (^) Ficou um pedacinho -> Granuloma o (^) Tto: Retirada cirúrgica ou cauterização química (sulfadiazina de prata)

 Onfalite o (^) Infecção na pele ao redor do umbigo o (^) Superfície próxima do umbigo fica endurecida, pele brilhante, ... o (^) Interna e começa ATB  Hérnia umbilical o (^) Quanto mais prematuro o nêne -> Maior a chance o (^) Faz um "bolinha" no umbigo

o (^) Quase 90% das vezes vai fechar sozinho o (^) NÃO ENFAIXE O NÊNE (NÃO TRANSFORME SEU NÊNE NUMA MÚMIA, a não ser que seja Halloween)

Problemas geniturinários  Hérnia inguinal - persistência processus vaginalis o (^) Mais frequente em meninos o (^) 60% direita, 20% esquerda, 20% bilateral o (^) Mais comum em prematuros o (^) Dx de hérnia = tratamento cirúrgico

(Esse nêne tem hérnia umbilical e abdominal. Duplamente premiado.)  Hidrocele - líquido no processus vaginalis