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Uma detalhada análise da insuficiência cardíaca, incluindo suas causas, estágios, sintomas e tratamentos. O texto aborda a insuficiência cardíaca sistólica e diastólica, além de discutir o débito cardíaco, a pressão atrial direita e a insuficiência cardíaca aguda e compensada.
Tipologia: Esquemas
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Problema 3, tutoria 3
O termo “insuficiência cardíaca” se refere a falência ou incapacidade do coração para bombear sangue o suficiente para satisfazer as necessidades do corpo.
→Pode resultar de uma doença intrínseca do coração (cardiomiopatia) ou em virtude de outras doenças crônicas que causam processo de alteração da função cardíaca (sistólica ou diastólica). Dois tipos: Insuficiência cardíaca fração de ejeção reduzida (sistólica): neste caso , o coração não consegue bombear ou ejetar o sangue para fora das cavidades corretamente , ou seja, tem-se o que se denomina fração de ejeção reduzida. Neste caso, o coração contrai menos ou de forma mais fraca , o que causa acúmulo de sangue. Insuficiência cardíaca fração de ejeção preservada (diastólica): ocorre quando o coração não se enche de sangue com facilidade, porque seus músculos estão mais rígidos. Aqui, ao contrário do que ocorre na insuficiência cardíaca sistólica: O coração não relaxa para se encher de sangue adequadamente (fração de ejeção preservada). A Classificação da New York Heart Association (NYHA) fornece uma maneira simples de classificar o grau da insuficiência cardíaca. Ela classifica os pacientes em uma das quatro categorias com base em suas limitações durante a atividade física. Classificação da NYHA – Os estágios da insuficiência cardíaca: Classe I – Sem sintomas e sem limitação na atividade física habitual (andar, subir escadas ou realizar pequenos esforços) Classe II – Sintomas de leve falta de ar durante atividades físicas habituais. Classe III – Limitação marcada das atividades devido a falta de ar, mesmo durante uma atividade de pequena intensidade, como, por exemplo, andar distâncias curtas (20-100 m). Confortável apenas em repouso. Classe IV – Limitações severas. O paciente apresenta falta de ar mesmo enquanto está em repouso. A maioria fica restrita à cama ao longo de todo o dia.
Principal → Contratilidade do miocárdio diminuída devido a diminuição do fluxo sanguíneo coronariano. Mas também pode ser devido a: Lesões das valvas cardíacas; Pressão externa em torno do coração; Deficiência de vitamina B (tiamina); Em quadros de tratamento de IC faz-se uso prolongado de diuréticos (reduzem o volume intravascular, o volume ventricular e a pré carga que, consequentemente, causam deficiência de tiamina. Doença muscular cardíaca primária; (?) Ou outras anormalidades
1. Infarto agudo do miocárdio A principal causa de insuficiência cardíaca é a isquemia cardíaca ou o infarto do miocárdio. Infarto significa morte tecidual, que no caso do coração se refere ao músculo cardíaco. Logo, quanto mais extenso for o infarto, mais fibras musculares morrerão e, consequentemente, mais fraco ficará o coração. Se o infarto necrosar uma extensa área, o paciente pode até morrer por falência aguda da bomba cardíaca, que é chamada de insuficiência cardíaca aguda. A insuficiência cardíaca também pode se desenvolver lentamente nos pacientes com doença isquêmica. O paciente pode sofrer vários pequenos infartos ao longo dos anos – com ou sem sintomas claros – provocando um progressivo acúmulo de tecido cardíaco necrosado e insuficiente. Nesses casos, a insuficiência cardíaca se instala de forma mais lenta. 2. Hipertensão arterial Quando o paciente apresenta uma pressão arterial elevada , o coração precisa fazer mais força para vencer a resistência dos vasos sanguíneos e distribuir o sangue pelo corpo. Assim como ocorre com qualquer músculo que é exposto a um estresse frequente, a parede dos ventrículos começa a crescer e ficar mais forte , um processo chamado hipertrofia cardíaca.
Débito cardíaco normal (em condições de repouso): 5L/min e pressão atrial direita de 0 mmHg → coração foi lesado, o Débito cardíaco vai para 2L/min e a pressão atrial direita foi para +4 mmHg. ➔ Ela aumentou porque o sangue venoso que vai para o átrio direito vindo do organismo é represado. Se o DC cai, reflexos circulatórios são ativados. Exemplo: reflexo barorreceptor (é ativado pela baixa da PA) → essa forte reflexão simpática exerce dois efeitos sobre a circulação :
**1. Age sobre o próprio coração;
Novo estado circulatório: DC 4,2 L/min e Pressão atrial direita de 5 mmHg. Estágio crônico da IC – retenção de líquidos e DC compensado. O baixo DC exerce efeito em relação a função renal, causando anúria quando o DC cai para 50% a 60% do normal. De modo geral: O débito urinário permanece reduzido abaixo do normal → o DC e a PA permanecem abaixo do normal → em geral, o débito urinário só retorna ao normal após ataque cardíaco agudo quando o DC e a PA aumentem aos níveis normais ou quase normais. Retenção moderada de líquido na IC : O aumento do volume de sangue aumenta o retorno venoso por dois modos:
Então, o DC não pode aumentar o suficiente para fazer com que os rins excretem quantidade normais de líquido → então o líquido continua a ser retido, a pessoa desenvolve mais e mais edema → leva a morte. Ponto A: estado aproximado da circulação antes da compensação. Ponto B: poucos minutos após a estimulação simpática ter compensado o máximo que pôde – antes do início da retenção. Aqui o DC foi para 4L/min e a PAD para 5 mmHg. Essa aparente condição de estabilidade não permanece, porque o DC não foi elevado o suficiente para promover a excreção renal adequada do líquido, então a retenção contínua podendo levar a morte. Insuficiência cardíaca unilateral A insuficiência do lado esquerdo predomina sobre a insuficiência do lado direito. Lado esquerdo em falência sem insuficiência concomitante do lado direito → sangue permanece indo para os pulmões através do vigor cardíaco direito. Porém ele não é bombeado com intensidade adequada para fora dos pulmões para fazer a circulação sistêmica. Assim, a pressão média de enchimento pulmonar aumenta (muito sangue deslocado da circulação sistêmica para a pulmonar) → Volume do sangue nos pulmões aumenta → pressão pulmonar capilar aumenta → se ficar acima do valor médio (28 mmHg), o líquido vai sendo filtrado para fora dos capilares e é acumulado nos espaços intersticiais → edema pulmonar. Insuficiência cardíaca de baixo débito – choque cardiogênico O coração pode ficar incapaz de bombear a quantidade mínima de fluxo sanguíneo para manter o corpo vivo após ataques cardíacos agudos. → Assim, os tecidos corporais vão padecendo e deteriorando, levando a morte dentro de poucas horas a poucos dias. Sintomas: Dispneia; Edema pulmonar: A incapacidade de bombear o sangue para os tecidos, causa
É a síndrome de choque circulatório. Índice de sobrevida é menos que 30%.
eficientemente ao coração porque esse não consegue bombear o sangue que já se encontra dentro dele. Essa lentidão no fluxo pulmonar causa extravasamento de líquidos - congestão pulmonar. Por conta disso, a doença é frequentemente chamada de insuficiência cardíaca congestiva. Em casos graves, o paciente pode desenvolver edema pulmonar, que é uma urgência médica. Nesse quadro, o paciente tem tanta água no tecido pulmonar, que é como se ele estivesse se afogando. Dispneia paroxística noturna: é uma falta de ar que só surge quando o paciente se deita. Quando nos deitamos, o sangue que está nas pernas deixa de sofrer interferência da gravidade e consegue retornar mais facilmente ao coração e aos pulmões. Se temos um coração esquerdo fraco e aumentamos a quantidade de sangue que chega aos pulmões, acabamos por favorecer o surgimento de congestão pulmonar. Por isso, muitos pacientes com insuficiência cardíaca não toleram ficar muito tempo deitado. ➔ Alguns precisam dormir com mais de um travesseiro, de forma a manter sempre o tronco mais alto que o resto do corpo, diminuindo, assim, a quantidade de sangue que retorna aos pulmões pelo lado direito do coração. Retenção de líquidos e edemas: Quando o coração esquerdo começa a não conseguir bombear o sangue eficientemente , os rins passam a receber menos sangue o necessário. Os rins interpretam isso como uma queda no volume de sangue do corpo → começam a reter água e sal para tentar encher as artérias. ➔ O resultado é um excesso de água no organismo, que se traduz com o aparecimento de edemas (inchaços), principalmente nas pernas. Se também houver insuficiência do coração direito , esses edemas são ainda maiores, pois além do excesso de água, o ventrículo direito não consegue fazer com que o sangue das pernas chegue aos pulmões. ➔ Ocorre então um grande represamento de sangue nos membros inferiores e aparecimento de volumoso inchaço nas pernas. ➔ Dependendo do grau de disfunção cardíaca, pode haver edemas até a barriga, chamado de ascite. Diagnóstico: A primeira coisa que um médico fará se suspeitar que tem insuficiência cardíaca é fazer:
Também pode ser visto congestão pulmonar; Presença de linhas B de Kerley (linhas dispostas na horizontal e indicam congestão). Ecocardiograma transtorácico BNP (peptídeo natriurético cerebral) e NT- proBNP A dilatação das câmaras cardíacas provoca estímulo do BNP e ANP, aumentando a excreção de sódio e água e assim reduzir a pré carga. O BNP é útil no diagnóstico diferencial de pacientes que se apresentam com quadros de dispneia e tosse seca; Tratamento: Uma parte é focada no alívio dos sintomas e outra em diminuir o fenômeno de remodelamento cardíaco (ocorre devido a hiperativação do SRAA) e sistema simpático. A terapêutica busca melhorar a função sistólica ventricular , aliviar os sintomas , regular as alterações neuro-humorais da IC, reduzir o fenômeno de remodelamento ventricular , minimizar complicações como tromboembolismo e arritmias. O primeiro passo para o tratamento: mudanças comportamentais. Reduzir ingesta hídrica (menos de 1 L e meio por dia); Ingestão de sal (menos de 5g por dia) Cessação do tabagismo e etilismo Devem ser vacinados para influenza e pneumococos.
O impulso cardíaco que passa através do coração traz consigo uma corrente elétrica que se propaga do coração para os tecidos vizinhos do coração. Essa corrente gera então potenciais elétricos, os quais são registrados pelo eletrocardiograma.
Completo QRS: produzido por potenciais derivados dos ventrículos (antes da contração ventricular) – período que a onda de despolarização se propaga. Onda T: é fruto dos potenciais gerados enquanto os ventrículos são reestabelecidos da despolarização. Final da excitação dos ventrículos. É a onda de repolarização. Intervalo PQ: período de transição. Vai do início da excitação dos átrios até o inicio da excitação dos ventrículos. De 0, 1 a 0, 2 segundos. Intervalo QT: despolarização e repolarização de ambos os ventrículos. De 0,32 a 0, segundos. Ciclo cardíaco: intervalo entre duas ondas R.
Hipertrofia ventricular esquerda (HVE): ou sobrecarga ventricular esquerda. É um aumento da massa muscular do ventrículo esquerdo provocado pelo esforço do coração em bombear sangue nos pacientes com hipertensão arterial. A hipertrofia ventricular esquerda costuma ter com sinais o aumento da amplitude do complexo QRS , uma alteração da onda T e desvio do eixo elétrico para a esquerda. Fonte: https://www.mdsaude.com/cardiologia/exame-eletrocardiograma-ecg/#Atividade_eletrica_do_coracao Complexo estimulante do coração Sistema que proporciona autonomia na excitação , sendo constituído por células musculares cardíacas especializadas. Possui 4 segmentos :
Fascículo atrioventricular (feixe de His): ➢ 2 cm de comprimento; ➢ Posição: posição subendocárdica no átrio; Do átrio vai atravessando para o trígono fibroso direto → vai para o septo interventricular, na parte membranácea desse septo , ele se divide nos ramos ventriculares (direito e esquerdo) → o fascículo AV conduz impulsos elétricos do nó AV para os ventrículos. Ramo ventricular esquerdo: Se ramifica a partir do fascículo atrioventricular → indo para a esquerda e se dividindo em três grandes feixes:
→Ambos os eletrodos estão em áreas positivas, não existe diferença de potencial para ser registrada. →No registro a direita o potencial retorna ao zero. Essa onda completa que é negativa é chamada de onda de repolarização , visto que ela é fruto da propagação de repolarização. Potencial de ação monofásico do músculo ventricular e as ondas QRS e T do ECG padrão O potencial de ação monofásico do músculo ventricular dura de 0,25 a 0,35 segundo. Ocorre uma deflexão inicial que é ascendente e íngreme desse potencial de ação. Essa deflexão inicial é derivada da despolarização. E, o retorno do potencial a linha de base , é derivada da repolarização. Relação entre a contração atrial e ventricular e o ECG Para o músculo poder contrair , é necessário que antes ocorra a despolarização pelo músculo para poder iniciar os processos químico da contração. Sendo assim: Onda P – ocorre no início da contração dos átrios e o Complexo QRS no início da contração dos ventrículos; Os ventrículos ficam contraídos até que a repolarização tenha ocorrido, ou seja, até o final da onda T.
→É uma das melhores ferramentas para avaliação complementar da IC ; →Fornece informações quantitativas que permitem avaliar: Dimensão das câmaras cardíacas;
Presença de valvopatias associadas; Através do cálculo da FE. Permite diferenciar ICFEp e ICFEr (requerem tratamento e prognósticos diferentes). O principal componente é o transdutor , que é responsável por gerar ondas sonoras por meio de cristais com efeitos piezoelétrico (capacidade de alguns cristais gerarem corrente elétrica por resposta a uma pressão mecânica) e que por meio da pele penetram no corpo, recebendo a onda de ultrassom refletida. O exame é feito com o paciente deitado, sendo o transdutor colocado em uma posição chamada de Janela Acústica. É um local do corpo no qual o som não é diminuído por tecido pulmonar ou tecido ósseo, exemplo: espaços intercostais. A janela acústica não é um ponto fixo do ponto de vista anatômico , mas sim uma região em que a posição do transdutor seja ideal para cada paciente. É possível visualizar as cavidades cardíacas, as estruturas valvulares e os fluxos do sangue no interior do coração. De acordo com a janela acústica, existem dois tipos de Ecocardiografia:
Na estenose aórtica , a valva fica espessada, gerando aumento de pressão no VE. Assim, o ventrículo responde aumentando a hipertrofia (inicialmente concêntrica e depois excêntrica). O aumento da pressão também é transmitido para o átrio esquerdo , o qual sofre uma dilatação, e para o pulmão. A longo prazo, o aumento da pressão pulmonar aumenta as pressões do lado direito do coração e para o sistema venoso. Então a hipertrofia tenta compensar o desequilíbrio do sistema – se tornando um fator patológico. O espessamento da valva aórtica → provoca disfunção contrátil (insuficiência sistólica) e déficit no relaxamento normal , visto que a pós-carga excessiva gerada inibe a ejeção e reduz o débito cardíaco, o que leva a insuficiência. A insuficiência é piorada à medida que a hipertrofia aumenta , já que as paredes dos ventrículos ficam mais rígidas, ou seja, tem uma maior dificuldade para relaxar e contrair. Principais sintomas: Dispneia aos esforços; Angina – associada a hipertrofia ventricular que aumenta a necessidade de oxigênio, sendo a oferta incapaz de atender essa demanda, provocando dor torácica; Hipertrofia concêntrica: ocorre quando tem sobrecarga cardíaca, demandando maior eficiência do coração que responde aumentando o tamanho das suas células , deixando a parede do miocárdio mais grossa. Hipertrofia excêntrica: coração aparece dilatado por conta da sobrecarga de volume , aumentando a cavidade provocando defeitos na sístole.
Síncope - com o baixo débito cardíaco, existe um esforço para compensar a queda da resistência vascular periférica, ocorrendo diminuição da pressão arterial e, assim, diminuição no fornecimento de sangue oxigenado para o cérebro e insuficiência cardíaca. Insuficiência cardíaca – é o quadro mais grave. Possui dispneia e ortopneia. Se for IC esquerda e, se for direita, ocorre estase de jugular e edema de membros inferiores. Insuficiência aórtica: corresponde a um fechamento incompleto da válvula , levando a regurgitação (eliminação) do sangue. Pode ter causa primária ou ser provocada por doença da aorta. Também pode ser causada por defeitos congênitos (valva bicúspide), febre reumática e endocardite infecciosa – infecção bacterina na superfície do endocárdio. →Quando há acometimento da valva aórtica, quase sempre a mitral apresenta problemas. A principal causa dessa complicação é a dilatação da aorta , que pode ser resultado de HAS, dissecção da aorta e aneurisma, doença do tecido conjuntivo, sífilis terciária e doenças reumáticas (espondilite anquilosante). Quando a valva não fecha corretamente, o sangue acaba retornando na diástole. Em situações normais, o sangue da diástole vem do átrio esquerdo. Porém, nesses casos, parte do sangue vem da aorta, o que acaba gerando uma sobrecarga de volume no ventrículo esquerdo → resulta na hipertrofia excêntrica , já que a câmara esquerda é obrigada a aumentar pra aguentar essa quantidade de sangue. A evolução da doença faz o volume excessivo ser transmitido para o átrio → que passa para os pulmões (por meio das veias pulmonares) → o aumento da pressão pulmonar transmite sobrecarga para o lado direito do coração e daí para o sistema venoso. Quando clínico: insuficiência cardíaca; Dispneia; Ortopneia - Desconforto ao respirar na posição deitada reta de barriga para cima; Dispneia paroxística noturna (DPN); Congestão sistêmica; Sensação de batimento mais intenso.